Módulo 4: Bíblia 1 | Apresentação às Escrituras

A Bíblia ou a Sagrada Escritura, ou ainda o termo no plural – Sagradas Escrituras, que é o que aqui preferimos –, é o nome dado não a um livro, mas à coleção (do grego biblos ou biblia [Βίβλος – βιβλία], plural de biblion [βιβλίον] = biblioteca; coletivo de livro) dos livros que, segundo a Fé cristã e católica, foram escritos sob a Inspiração do Divino Espírito Santo e que por isso, dizendo de outro modo, consideramos que têm a Deus por Autor.

    Essa coleção de livros foi entregue pela Divina Providência aos cuidados da Santa Igreja, pois é esta última é “a Casa de Deus, a Coluna e o Fundamento da Verdade” para todo aquele que crê (1Tm 3,15). É constituída por setenta e três livros, escritos por vários autores, denominados hagiógrafos, através de dezesseis séculos, parte em hebraico e aramaico, e parte no grego antigo koiné. Sua tradução latina, chamada Vulgata, é declarada autêntica pela Santa Igreja.

    A constituição interna das Sagradas Escrituras consiste na Inspiração divina, e sua entrega à santa Igreja indica a formalidade pela qual se torna fonte especialíssima da Revelação. Qualquer livro que não se enquadra nestas normas não faz parte da Sagradas Escrituras.

Nomes dados às Sagradas Escrituras no correr dos tempos

Há três nomes mais comumente usados para se referir aos textos sagrados, isso desde os tempos dos próprios hagiógrafos:

    Escritura ou Escrituras é o termo empregado já pelo Divino Mestre em Pessoa, e também pelos santos Apóstolos, que mais frequentemente lhe ajuntavam os adjetivos Sagrada(s) ou Santa(s).

    Bíblia, que como visto significa livros, mas também porque as Sagradas Escrituras constituem o Livro dos livros por antonomásia.

    Antigo ou Velho Testamento e Novo Testamento, citando o termo dos próprios Livros Sagrados, com o sentido de Promessa divina, juntamente com a preparação, instituição e história das duas Alianças de Deus com os homens: a primeira, antiga e consumada, e a nova e eterna aquela que nos trouxe o Cristo.

    Abriremos mão de usar aqui alguns outros nomes que caíram em desuso, como “Divina Literatura”, “Divina Biblioteca” e outros.