Existem diversos roteiros de estudos bíblicos, recomendados por biblistas, sacerdotes, teólogos, humanistas, etc. Todos têm lados bons e nenhum deles pode ser considerado ideal para todos indistintamente, porque há sempre uma gama de variáveis que farão diferença no aproveitamento de um ou outro método, a depender do grau de conhecimentos prévios do estudante, da sua disponibilidade, disposição interior, tipo de consciência, etc. Daremos aqui um rápido direcionamento, querendo especialmente salientar a importância de se seguir um plano de estudos, como um mapa ou como um “GPS” que auxilie no percurso e que dará certa segurança para impulsionar e motivar, para que não se desista no meio dessa grande jornada – a qual será, sim, desafiadora. Essa biblioteca de 73 Livros sagrados é variada, sendo que, entre estes, uns são muito diferentes dos outros; encontram-se nessa coleção os mais diversos estilos de escrita e obras produzidas em épocas muito distantes e nascidas de situações e contextos realmente muito distintos entre si.
Propomos, agora, um exercício de imaginação: imagine-se o estudante chegando a uma biblioteca tão rica quanto complexa. Sabendo de antemão que a coleção inteira desses livros tem uma mensagem para lhe transmitir, e uma mensagem importantíssima, que poderá transformar radicalmente a sua vida.
O que você vai aprender com a leitura desses livros poderá, literalmente, salvar a sua vida, conduzindo-o à vida eterna. Mas é preciso saber a ordem correta para a leitura desses livros, para que a compreensão da sua mensagem seja possível, pois é preciso considerar o conjunto completo dessa grande obra.
Que fazer, então? Escolher, aleatoriamente, um primeiro livro para ler? Claro que, por uma mera questão de organização espacial, os livros estão dispostos em estantes segundo uma determinada ordem. Essa ordem segue, ainda que não muito precisamente, uma sequência segundo as datas de produção de cada livro. A ordem se apresenta, portanto, do livro mais antigo para o mais recente, conforme dispostos nas prateleiras – mas, como já dito, essa disposição não é muito precisa. Que fazer? Como saber qual a melhor sequência para a leitura? Qual livro ler primeiro? E depois deste? E depois?
Talvez o primeiro e mais básico instinto natural humano diga para optar simplesmente pelo primeiro livro que encontrar na estante – seja começando pela direita ou pela esquerda, por cima ou por baixo da estante –, passando para o segundo, e assim prosseguir na sequência, chegando até o último.
Bem, se o leitor adotar esse sistema e conseguir persistir, mantendo-se firme em sua determinação até o final, terá conseguido ler todos os 73 Livros. Mas podemos dizer que, no caso da Bíblia, esse sistema é altamente desaconselhável. Sim, muitas pessoas abrem a Bíblia no início e começam a ler a partir do Livro do Gênesis. E há dados indicativos de que, fazendo assim, geralmente não passam do quarto ou quinto livro. Então desanimam e não retomam mais a leitura, ao menos por um longo tempo. Ainda pior, acabam concluindo que tal tarefa é muito difícil para elas, ou mesmo que não é possível entender a Bíblia. Assim, vemos que é mesmo desejável um plano, um roteiro para a leitura do Livro Sagrado.
O plano de leitura apresentado aqui é defendido, entre outros, pelo Mons. Jonas Abib, o fundador e diretor da conhecida comunidade católica Canção Nova – um padre de linha dita “carismática” que pouco tem a ver com os trabalhos do nosso apostolado e a nossa linha teológica –, mas cujo roteiro é sem dúvida coeso, racional e funcional. Destina-se especialmente àqueles que desejam começar a ler a Bíblia procurando entendê-la através dela mesma. Isso é possível desde que se evite a cilada do fundamentalismo e que se procure orientar essa leitura em conjunto com materiais complementares aos estudos, como este nosso. Indicaremos a seguir um plano de leitura com uma sequência que consideramos interessante.
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