Imitação de Cristo


É maravilhoso e gratificante ver como a Santíssima Trindade abençoa e ilumina certas pessoas para perpetuar a Doutrina Cristã através de belíssimas obras literárias. Uma destas obras chama a atenção em especial: estamos falando de “Imitação de Cristo”, escrito pelo Padre Tomás de Kempis por volta do ano 1441.

O autor nasceu no ano de 1380, em Kempen, pequeno povoado da Diocese de Koln (Alemanha). Seguiu o exemplo de seu irmão, João, tomando o hábito dos regulares de Santo Agostinho, no Mosteiro de Sant'Ana. Ordenado Sacerdote em 1412, ocupou durante toda sua longa vida o cargo de mestre de noviços. Faleceu em 1471, com 91 anos de idade, legando à posteridade, além dos quatro livros que formam o volume Imitação de Cristo, muitas outras obras ascéticas, entre as quais se destacam: Soliloquium Animae, Orationes et Medidationes de Vita Christi, Vita Gerardi Magni, Chronica Montis St. Agnetis, etc…

Alguns admiradores deste clássico do cristianismo chegam a classificar a obra Imitação de Cristo como o quinto Evangelho revelado.

Sobre esta obra também declarou o Arcebispo Mártir Darboy: “Depois da Bíblia, nenhum livro me parece tão adaptado a todos os leitores”.

Imitação de Cristo sempre foi considerado pela Igreja, em todos os tempos, como o principal livro que, depois da Bíblia, deve estar sempre ao nosso alcance para leitura.

Em vários capítulos a sensação de ter Jesus Cristo sussurrando em nossos ouvidos é tão clara que emociona, conforta e fortalece, tornando mais firme nossa fé. O Deus Vivo nos fala tão diretamente através da sua leitura, que é impossível ao homem/mulher de fé não sentí-Lo ao nosso lado, a nos inspirar, fortalecer, instruir.

Rogamos a Deus que todos os leitores tenham a grande graça de desfrutar profundamente desta obra fascinante.

Fonte: http://portalcot.com/br/blog


** Leia ou baixe gratuitamente esta belíssima e fundamental obra da mais genuína literatura cristã, versão exclusiva Voz da Igreja (em PDF). - Para baixar é necessário possuir conta no Scribd (abrir uma conta é grátis e não demora mais que 3 minutos).

O fim da Igreja?


Que vergonha...

Predizer e desejar a morte da mãe do outro, enquanto convidadamos esse outro a aceitar a nossa mãe como sua, é desvio de conduta. É desonesto. É esta a desonestidade que cometem os membros de uma "igreja" que existe há algumas décadas e conta com alguns milhares de fiéis, anunciando o fim da Igreja que tem dois mil anos de história e mais de 1 bilhão e duzentos milhões de fiéis. São estes que convidam os fiéis da Igreja Católica, que se eles querem ver morta, a migrar para a comunidade deles.

Desde o ano passado, corre pela Internet uma tal “profecia” que anuncia para breve o fim do catolicismo romano. Mais uma agressão que sofremos. Mesmo acreditando no legítimo ecumenismo, de vez em quando somos obrigados a ouvir tais barbaridades, como vimos falsos pregadores a chutar com desprezo nossas imagens sagradas, e aturar gente que entra em nossos santuários para quebrar os nossos símbolos.

A cantora "evangélica" Ana Paula Valadão, da denominação "igreja da Lagoinha", num show em Salvador (BA), profetizou o fim da Igreja Católica Apostólica Romana. Em determinado momento da sua apresentação, a cantora, usando uma passagem bíblica totalmente fora de contexto, repetia diversas vezes a palavra "tambores", como num transe, ao mesmo tempo em que a bateria acelerava a batucada. Momentos depois, as palavras de ordem dela eram: “Receba o tambor, receba o tambor…É a ruína dos falsos deuses, é a ruína do povo idólatra”...

A seguir, pediu à banda que tocasse os tambores em ritmo baiano, e as bailarinas dançaram se debatendo, algumas pelo chão. - Muitos internautas compararam a apresentação às manifestações da macumba. - A cantora parecia fora de si, e de um lado para o outro do palco soltou as palavras, (Aqui em Salvador) Aonde a idolatria chegou, aonde chegou o culto aos deuses, aonde entrou a influência de toda mariolatria no nosso Brasil, desde as primeiras missas efetuadas em solo brasileiro …o Senhor fará tocar novos tambores nesta nação”, proclamou. Quem tiver estômago forte, pode assistir ao vídeo aqui.

Ana Paula Valadão pertence à uma das seitas ditas "evangélicas" que associam a devoção à Virgem Maria com idolatria, e não demonstram o menor respeito para com a religião da maioria dos brasileiros. A artista afirma que fala em nome de Deus e proclama a suposta "profecia" da queda da religião que, para ela, trouxe a idolatria ao nosso país: a Igreja Católica. Querer falar em nome do Criador é algo muito sério, e nos lembra dos falsos profetas citados na Bíblia.

Toda a doutrina, e toda a vida e obra de Nosso Senhor Jesus Cristo estão fundamentados no Amor, o que nos leva responder à cantora imbuídos de Caridade, e não de outros sentimentos. Portanto, não levaremos em consideração aqui as manjadas acusações de idolatria, assunto do qual já tratamos aqui, aqui e aqui, e nos atemos a comentar as palavras ditas: “…A Igreja Católica Apostólica Romana do Brasil será invadida por uma onda de conversão… Haverá entre os padres, entre os seminaristas um espírito de ousadia para tomarem posição diante do Senhor”, como falou ela.

De fato uma onda de Graça e de conversão invade a Igreja Católica desde o seu início, quando foi fundada por Jesus Cristo e confiada aos cuidados de Pedro (conf. Mt 16, 18 - Jo 21, 15) e à Sucessão Apostólica. Diferente dos "evangélicos", pregamos que precisamos de conversão continuamente e não ostentamos o título de "salvos" por vanglória e presunção, mas como dom de Deus por Cristo na Cruz, o que não é resultado de voluntarismo humano. Para nós não basta ir diante de uma assembleia e dizer "aceito Jesus" para ser salvo. É preciso uma conversão de alma interna, profunda e autêntica, que se reflete na vida e nas obras da pessoa, e não somente da boca para fora.

Como católicos, não possuímos rancor contra nossos irmãos "evangélicos". Apenas esperamos, e exigimos, respeito, assim como respeitamos o livre direito de cada um escolher em que acreditar. Porém, lembramos que toda a história do nosso país está identificada com a religião católica. Segundo estimativas oficiais, entre 73,8 e 84,5 por cento dos brasileiros se declaram católicos. A grande maioria das instituições sociais mais fundamentais do nosso país foram fundadas e são mantidas por instituições católicas. , São incontáveis os hospitais, creches, escolas, universidades, entidades de caridade e obras assistenciais que a Igreja iniciou e mantém, sem falar na construção da nossa sociedade, desde o início: a participação cívica em todas as frentes, como no Direito, com a humanização das leis, a contribuição essencial para a transformação dos nossos problemas sociais em problema público. A Igreja Católica Progressista organizou e influenciou as práticas, as ideias e os objetivos da sociedade civil brasileira: só como exemplo, recentemente, a ação da Igreja Católica foi indispensável para a aprovação da Lei Ficha Limpa, pois contribuímos desde comunidades até paróquias e dioceses, o que em números significa 90% da contribuição total para a aprovação do projeto, dados que muito nos orgulham. - Tudo o que pedimos é o mínimo: respeito.


A "profetiza" que anunciou o fim dos católicos foi histericamente aplaudida. Mas na verdade ela apenas repete o que milhares de falsos pregadores antes dela já fizeram, e vêm fazendo nestes dois mil anos de história da Igreja de Jesus Cristo, seja por razões ideológicas, religiosas ou políticas. Mas o catolicismo não acabou e nem acabará até o fim dos tempos, é esta a promessa de Cristo Jesus. E os corpos dos milhares de "profetas" que anunciaram o nosso fim, se ainda existem, estão em seus túmulos na companhia do filósofo Voltaire, que também queria o fim do catolicismo. O fim de todos eles sempre vêm antes.


A postura católica

Nós, católicos de hoje, somos aconselhados a não desejar o fim das outras religiões. Encíclicas como a “Ut Unum Sint” de João Paulo II, deixam claro que agressões e ofensas como as do tempo da reforma e da contrareforma ficaram para trás. Os textos daquele tempo vazavam ódio, são tristes de se ler. Como continua triste ver e ouvir algumas pregações que garantem que a primeira Igreja de Jesus Cristo será arrasada.

Aos católicos não é permitido falar dessa forma. Sacerdote católico que falasse do jeito daquela "pastora", no mínimo seria chamado às falas por seu bispo. Não é por aí que se evangeliza. Alguém diga isso à tal "profetiza".


Referência:
http://www.padrezezinhoscj.com

Morre mais uma estrela

Amy Winehouse antes da fama

Amy Winehouse foi encontrada morta em Londres, sozinha, deitada em sua cama, aos 27 anos de idade, seguindo o mesmo roteiro trágico das vidas de outros ídolos mundiais da música, como Janis Joplin, Kurt Cobain, Jim Morrison Jimi Hendrix... Uma garota dotada de grande talento, uma linda e potente voz, que rapidamente alcançou o sucesso e os primeiros lugares das paradas. O que espanta é saber que uma moça bonita, rica, famosa e amada por tantos, com a vida inteirinha pela frente, simplesmente não se gostava. E aí, mais uma vez, fica nítido o quanto a religião é importante na vida de uma pessoa.

Não estamos falando aqui da religião puramente ritual, a religião como obrigação, algo que fazemos automaticamente, porque nossos pais disseram que deveríamos fazer. Estamos falando da religião no sentido verdadeiro, que vem do latim "religare", isto é, o religar com Deus, nosso Criador e Pai. Sim, Deus faz MUITA falta na vida de uma pessoa. De qualquer pessoa; não importa quanto dinheiro ou fama se tenha; não importa que sejamos muito importantes neste mundo, ou muito talentosos em alguma arte, ou muito admirados. Não importa nem mesmo que sejamos muito amados, se não tivermos Deus. A morte precoce da jovem cantora inglesa nos joga na cara aquela verdade que Jesus Cristo ensinou tão claramente: "De que aproveitará ao ser humano ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?" (Mateus 16, 26).

Casos como esse fazem pensar na questão da morte. Pode não parecer, mas pensar na morte é uma coisa muito útil e muito santa para se fazer. Quando somos jovens, achamos que somos eternos, invencíveis, que nada pode nos fazer mal. E é com este sentimento de invencibilidade que muitos caem na tentação das drogas, dos vícios, da promiscuidade... Pensando que serão capazes de ser mais fortes, que não serão tocados pelo vício e pela sujeira do mundo, é exatamente assim que o ser humano cai.

Vinte e sete anos era a idade de Amy! Morrer aos vinte e poucos é humanamente uma tragédia, a interrupção precoce de uma vida que poderia ter dado muito mais ao mundo. Ainda mais no caso de alguém que nasceu com um talento tão grande. Alguns adeptos da "vida loca" já comentaram que a vida dela foi curta mas foi intensa. Infelizmente, no caso de Amy, antes de ser intensa foi fútil e vazia. Sim, essa pobre moça provavelmente ganhou e gastou, nesses vinte e sete anos, mais dinheiro do que a maior parte de nós vai ser capaz de juntar a vida toda. Conheceu gente famosa, foi famosa, viajou o mundo, vestiu roupas caras, viveu muitas alegrias passageiras... Mas as coisas do mundo – fama, dinheiro, momentos de diversão – naturalmente só fazem sentido enquanto se está no mundo. E o mundo passa. A morte trágica desses grandes astros da música nos lembra também o Livro do Eclesiastes, segundo o qual "tudo neste mundo é vaidade".

É como se Deus gritasse alto para nos despertar de nossa letargia: "Assim passa a glória do mundo!"... Morreram Cobain, Morrison, Hendrix, Joplin, Winehouse... Para os fãs, ficam suas músicas, e a saudade. E para eles próprios, de que valeu suas vidas?

Nossa vida é potencialmente curta (uma vez que cada um de nós pode morrer hoje ou amanhã). Por isso mesmo, sim, ela precisa ser "intensa"; mas o que é uma vida realmente intensa? Uma vida que valha intensamente a pena? Ou uma vida insana, sem propósito, que desperdiça loucamente suas energias em falsos prazeres, festas e futilidades?

Eu conheço uma vida curta que foi verdadeiramente intensa. Não viveu nem mesmo os vinte e sete anos de Amy: durou só vinte e quatro anos neste mundo. Não ganhou a fortuna de um Kurt Cobain e nem teve a fama glamourosa de um Jimi Hendrix ou de uma Janis Joplin, mas soube empregar verdadeiramente bem os anos de sua juventude. Era francesa e se chamava Teresa. Entre tantas outras coisas, deixou-nos estes versos:

Revesti as Armas do Todo-Poderoso,
Sua divina Mão dignou-se me adornar;
Doravante, nada me assusta.
Do seu amor, quem pode me separar?
Ao seu lado, lançando-me na arena,
Não temerei nem o ferro nem o fogo.
Meus inimigos saberão que eu sou rainha,
Que sou a esposa de um Deus!
Oh, meu Jesus! Guardarei a armadura
Com que me visto ante teus adorados Olhos.
Até o entardecer desta vida, minha mais bela veste
Serão meus santos votos!


[...]

Se do guerreiro tenho as armas poderosas,
Se o imito e luto com valentia,
Como a Virgem de encantos graciosos,
Também quero cantar, combatendo.
Fazes vibrar as cordas de tua lira
E esta lira, oh, Jesus, é meu coração!
Posso, então, das tuas misericórdias
Cantar a força e a doçura.
Sorrindo, desafio o combate
E, nos teus Braços, oh, meu divino Esposo,
Cantando hei de morrer, sobre o campo de batalha,
Com as armas na mão!…


('Minhas armas', in "Obras Completas de Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face", pp. 622-624. São Paulo, Editora Paulus, 2002)

A morte no campo de batalha, combatendo o bom combate, com armas na mão: eis o desejo de uma alma jovem! Não a morte num palco ou – pior – num apartamento vazio e solitário, desvanecido o glamour após deixar o palco e as luzes. A vida de combate preconizada por Santa Teresa, morta aos vinte e quatro anos, foi uma vida intensa. Que o Altíssimo tenha misericórdia da alma de Amy Winehouses e de tantos outros que também não se amam e escolhem o mesmo caminho. Que o Senhor lhe dê a paz. E que essa nova tragédia faça-nos ver que é fundamental viver bem a vida. E se gostar. Pois a melhor maneira de amar e fazer bem a si mesmo é amar a Deus, que é Amor e Vida, sobre todas as coisas.

Baseado em artigo do website Deus Lo Vult!

O Sinal da Cruz



A Cruz é a identidade dos cristãos. É o sinal que nos identifica como seguidores de Cristo. Sinal que surgiu do evento histórico e místico do Sacrifício de Jesus, pregado numa cruz. O Plano Divino para a salvação da humanidade passa pela Encarnação, Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. A Cruz é o Selo da nossa Salvação.

A entrega livre e voluntária que Jesus fez de si mesmo à Vontade do Pai, abraçando, carregando a cruz e deixando-se crucificar, sofrendo todos os horrores da crucificação por amor a nós, resultou em nossa salvação, assim como a Cruz é a Fonte de todas as nossas graças e bênçãos: as que aconteceram e as que acontecerão, até o fim dos tempos.

A Cruz era a pena de morte mais cruel que o direito romano aplicava aos piores criminosos, lei que foi aplicada injustamente a Jesus. No passado, a cruz era um instrumento de condenação, vergonha, castigo máximo e morte. Com a crucificação de Cristo, porém, conforme ensinam claramente as Escrituras, a Cruz recebeu significado totalmente novo: o significado exatamente oposto. De símbolo de condenação e morte, tornou-se o maior símbolo da salvação, de vida, bênção, libertação, cura e santificação.

É preciso compreender bem que o poder salvífico da Cruz não está simplesmente no fato de ser cruz. Sua força não está em duas traves cruzadas. O que lhe dá significado é o fato de o Filho de Deus tê-la abraçado e carregado com amor, tendo se sacrificado nessa mesma Cruz. Quem dá o novo sentido é Jesus Ressuscitado!

Desvinculada da Pessoa de Jesus, a Cruz não tem significado algum. A presença deste sinal nas torres das igrejas, nos santuários, capelas, oratórios, tumbas de cemitério, bem como em nossas casas, estabelecimentos comerciais, nos carros ou pendurada ao pescoço dos cristãos, demonstra a força e o poder do simbolismo da Cruz Redentora, que vem desde o princípio do cristianismo. Olhando a cruz recordamos Jesus crucificado, razão da nossa salvação e libertação.

Com ou sem a imagem de Cristo pregado a ela, a Cruz fala alto e forte ao coração dos que amam a Jesus. Ela proclama que temos um Salvador, e revela que fomos salvos graças à crucificação do Senhor. Convida-nos a nos apropriarmos da salvação realizada em Cristo. Conclama a aceitar Jesus, crer nele, viver em Sua Igreja, buscar a salvação nos Sacramentos e em todos os canais de bênçãos que a Igreja oferece.

Também traçamos muitas vezes o Sinal da Cruz sobre nós mesmos, exatamente com a finalidade de atrair, sobre nós, a Graça da Salvação de Jesus Cristo, a proteção do seu Poder, as bênçãos de que precisamos, bem como para afastar de nós o inimigo, com suas tentações e seduções. Por isso, se algum dia vier alguém com uma conversa estranha, dizendo que a cruz não é símbolo cristão e que não deve ser usada, repreenda tal pessoa: a cruz é usada pelos cristãos desde os primeiros tempos, como comprova o estudo da história do cristianismo. Existem documentos que comprovam o uso do Sinal da Cruz entre os cristãos desde os primeiros séculos da Igreja, e bem antes de Constantino, o que derruba certas "teorias da conspiração" absurdas que ouvimos por aí:

"Durante a tentação, façai piedosamente, na fronte, o Sinal da Cruz, pois este é o sinal da Paixão reconhecidamente provado contra o demônio, desde que feito com fé e não para vos exibir diante dos homens, servindo eficazmente como um escudo: o Adversário, vendo quão grande é a força que sai do coração do homem que serve o Verbo (pois mostra o sinal interior do Verbo projetado no exterior), fugirá imediatamente, repelido pelo Espírito que está no homem. Era isso que o profeta Moisés representava através do cordeiro morto na Páscoa e ensinava ao aspergir o sangue nos batentes das portas: simbolizava a fé que agora se encontra em nós, ou seja, a fé no Cordeiro Perfeito. Ora, persignando-nos na fronte e nos olhos com a mão, afastamos tudo aquilo que tenta nos destruir." (Hipólito de Roma, Tradição Apostólica, 235 dC)

Tertuliano, Bispo de Cartago (que morreu antes do ano 220), registrou:

"Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o Sinal da Cruz." (De Corona Militis 3)

Assim também S. Cipriano de Cartago, martirizado no ano 258:

"Assim aconteceu também ao rei Ozias, quando segurou o turíbulo e, com violência, pretendeu oferecer ele mesmo o incenso, violando a Lei de Deus e desobedecendo ao sacerdote Azarias, que a isto se opunha [Cf. 2Crôn 26,16-20]. Lá mesmo foi confundido pela divina indignação e acometido por uma espécie de lepra na fronte. Pela sua ofensa a Deus, foi punido justamente naquela parte do corpo, onde recebem o Sinal (da Cruz) os eleitos de Deus." (Da Unidade da Igreja, cap. XVIII)

Podemos citar, ainda, as Atas dos Mártires dos primeiros séculos do cristianismo, que por sua vez dão a saber que os mártires se persignavam com o Sinal da Cruz logo antes de partirem para o enfrentamento de sua batalha final.

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* Este artigo contou com as colaborações 
do apostolado "Cristo em Nós" e de Lucas Henrique de Oliveira, do blog "Firmat Fides". Agradecemos aos nossos diletos irmãos em Cristo, ad majorem Dei Gloriam!
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Manual Bíblico Católico - 1


Onde é que está escrito na Bíblia que...

...Basta ler a própria Bíblia para conhecer Jesus Cristo e ser considerado cristão?

Resposta: Em lugar nenhum! Ao contrário, a Bíblia Sagrada afirma exatamente o contrário. No Evangelho segundo João, Jesus Cristo ensina: “Vocês examinam as Escrituras, julgando encontrar nelas a Vida Eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de mim; e vocês não querem vir a mim, para que tenham a Vida.” (João, 5, 39)

A própria Bíblia ensina que Deus não pode ser encontrado apenas nas Escrituras! Em absolutamente nenhum trecho a Bíblia Sagrada se apresenta como o único caminho até Jesus Cristo, e jamais afirma que basta ler as Escrituras para seguir Jesus ou alcançar a salvação.

O estudo das Sagradas Escrituras demonstra, isto sim, que a base e o fundamento de tudo o que precisamos saber a respeito de doutrina , do modo correto de ser e agir do cristão, da salvação das nossas almas e de tudo aquilo que se refere à Verdade, que é Cristo Jesus, devemos buscar primeiramente na Igreja que o próprio Cristo instituiu sobre a Terra, como vemos em Mateus 16, 18.

Nesta passagem, Jesus primeiro muda o nome de Simão para Pedra (Pedro); a seguir declara que sobre aquela Pedra fundaria a sua Igreja, e ainda entrega a Pedro as Chaves do Reino do Céu, dando-lhe autoridade sobre a mesma Igreja: “Tudo o que ligares na Terra será ligado no Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus”. Essa liderança de Pedro sobre a Igreja e sobre os Apóstolos é confirmada em várias passagens do Novo Testamento, especialmente em Atos dos Apóstolos, quando o próprio Pedro, em meio à reunião com todos os outros Apóstolos e anciãos e diz: “Irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu dentre nós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do Evangelho, e cressem”. (Atos dos Apóstolos 15, 7)

Pedro mesmo confirma que foi eleito dentre os Apóstolos. Mesmo assim, tem gente querendo dizer que não, que não existe Igreja nem Papa... Que a Pedra a que Jesus se referiu não era Pedro! É o cúmulo da cegueira! Jesus mudou o nome dele para Pedra, e logo depois, na mesma frase, lhe entregou as Chaves do Reino do Céu! Como é possível negar os fatos? E são esses mesmos, que fecham os olhos para as verdades da Bíblia, que se dizem os verdadeiros entendedores da Bíblia...

Pedro não é chamado literalmente de “Papa” na Bíblia, porque esse termo surgiu séculos mais tarde, mas Pedro é claramente o primeiro Papa, isto é, o primeiro líder dos cristãos na Terra, que depois veio a ser chamado Bispo de Roma, onde se estabeleceu, e a partir de onde a Igreja se expandiu universalmente, cumprindo afinal o mandamento de Cristo, de levar o Evangelho até os confins da Terra (Mc, 16, 15).

Sabemos que esta Igreja é uma só, a Católica (Universal) Apostólica (dos Apóstolos) Romana (centro a partir do qual a Igreja se desenvolveu e cumpriu o seu papel evangelizador: é a mesma ‘Igreja de Roma’ citada nas cartas de Paulo) , a única que existe há dois milênios, e a mesma Igreja que produziu e preservou até hoje a Bíblia Cristã.

É importante saber: quando a Bíblia menciona “as escrituras”, está se referindo à Bíblia Judaica, que contém a Lei e os Profetas. A Bíblia Sagrada Cristã, que temos hoje, foi escrita, definida e preservada pela Igreja Católica através dos séculos. Ela ainda não existia no tempo dos Apóstolos. Concluindo o estudo deste tópico do nosso Manual Bíblico, veremos onde é que a Bíblia diz que está a base para a nossa salvação e a nossa fé:

“..A Casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da Verdade.” (1 Timóteo 3, 15)

Outras traduções dizem que a Igreja é a “Casa do Deus Vivo, a base e o fundamento da Verdade”... A coluna, o sustentáculo, a base e o fundamento da nossa fé é a Igreja ou a Bíblia? Como vemos, a própria Bíblia não poderia ser mais clara, direta e incisiva na resposta.


Conte-nos suas dúvidas: vozdaigreja@gmail.com

Encontrei a Redenção na Igreja de Jesus Cristo, através de Maria!

Nosso amigo e irmão em Cristo Miguel,
paroquiano da São João Batista do Brás

Sou católico desde a minha infância, mas não era praticante nem paroquiano de nenhuma igreja. Cheguei a conhecer também outras comunidades cristãs, mas ia aos cultos com a intenção de brincar e zombar do que diziam os pregadores. Não tinha muito respeito pela religião nessa época. E logo depois dos meus 20 anos de idade comecei a beber, e já tomava bebidas fortes: era cachaça pura, mesmo.

Comecei a beber como brincadeira, e acabei por me tornar alcoólatra. E assim eu bebi, descontroladamente, por mais de 20 anos. Bebia todo dia, toda hora, - comecei a trabalhar bêbado. A primeira rejeição que sofri por conta da bebida foi por parte da minha própria família.

Trabalhei no escritório de uma grande companhia construtora, e foi nessa fase que mais me afundei no vício. Bebia um copo, desses americanos, cheio até a

boca, de uma só vez, como se fosse água pura... Cheguei a tombar um automóvel zero km da empresa, completamente embriagado.

Em outra ocasião, atuando como representante de vendas, perdi o emprego por causa do vício. Estava completamente desmotivado, chegava a dormir dentro do carro.

Graças a Deus, porém, minha esposa Vanilda não desistiu de mim. E toda essa situação terrível durou até que não suportei mais e resolvi dar um ‘basta’. Um dia, estava no meu carro, dirigindo, quando tive uma espécie de ‘estalo’, me dizendo que precisava mesmo parar de beber. Nesse momento, por minha devoção à mãe de Jesus, pedi fervorosamente à Nossa Senhora Aparecida que me ajudasse nessa intenção.

Mas antes de pedir eu já havia me submetido a um longo tratamento pela Escola Paulista de Medicina, e até cheguei a ficar um período sem beber. O problema é que sentia muita falta do álcool; assim, acabava bebendo escondido. Quando dei por mim, estava novamente mergulhado até a cabeça no alcoolismo.

Quando pedi ajuda a Nossa Senhora, no entanto, foi uma experiência muito bonita, incomparável. Até ali eu já vinha determinado a parar, mas não encontrava forças por mim mesmo. Era invadido pela fraqueza e não conseguia parar. Mas naquele dia, ali na estrada, sozinho, pedi por essa força, e senti a presença e a energia amorosa de nossa Mãe Maria ao meu lado, ela que não me deixa sozinho. Nesse momento, não fiz nenhuma promessa que não poderia cumprir. Apenas confiei. E sinto que, até hoje, Nossa Senhora Aparecida está sempre ao meu lado, porque me sinto forte e amparado constantemente. Nunca mais senti o desejo de beber, fui completamente liberto do terrível vício do alcoolismo.

Hoje participo ativamente da Igreja de Jesus Cristo, na paróquia do bairro onde resido, a São João Batista do Brás. Estou sempre presente nas atividades promovidas pelos grupos e pastorais da comunidade, nos eventos, festas, passeios, nas muitas iniciativas de caridade, campanhas de assistência humanitária, de ajuda aos carentes, etc. Hoje posso dizer, com toda a convicção e alegria: sou católico, sou feliz!

Oração da noite


Em nome do Pai,†e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Meu Deus e meu Criador, eu vos adoro profundamente e dou graças pelos inúmeros benefícios que me tendes concedido, especialmente neste dia. Maria Santíssima, e vós, meus queridos santos do Céu, louvai, bendizei e glorificai por mim ao Supremo Doador de todos os bens.

Espírito Santo, iluminai o meu entendimento e fortificai a minha vontade, para que eu conheça e deteste as culpas que cometi durante esse dia, a fim de emendar-me delas.

[Fazer um exame de consciência, ainda que breve, sobre as faltas cometidas durante o dia, por pensamentos, palavras, obras e omissões, contra Deus, contra o próximo, e contra nós mesmos]

Senhor, pesa-me muito de vos ter ofendido, pois sois meu verdadeiro Deus, que me criaste à vossa Imagem e Semelhança; sois meu Redentor, e com vosso precioso Sangue e com tantas dores e angústias me remistes; peço-vos, Senhor, por vossa sagrada Morte e Paixão, me queirais perdoar, e proponho firmemente, com a vossa graça, nunca mais vos ofender, e apartar-me de todas as ocasiões que me fizeram cair em pecado. Assim seja. Amém.


CABRAL, Lucas. Preces, Orações Cotidianas Tradicionais e Breve Missal Tridentino. Recife: opúsculo. 2008, p. 3.

Oração da manhã - 2

Oferecimento das obras do dia


Ofereço-vos, ó Deus Pai, Filho e Espírito Santo, pela intercessão do Sacratíssimo Coração de Jesus, em união com a Santíssima Virgem Maria, todas as alegrias, obras e sofrimentos deste dia, excluindo-se meus novos pecados, se houverem, para a vossa Glória, pelas almas do purgatório e em reparação das minhas faltas, e por todas as intenções pelas quais o mesmo Divino Coração está continuamente intercedendo e sacrificando-se em nossos Altares. Amem; amem.


CABRAL, Lucas. Preces, Orações Cotidianas Tradicionais e Breve Missal Tridentino. Recife: opúsculo. 2008, p. 3.

Oração da Manhã - 1

Oferecimento das obras do dia


Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo; eu vos ofereço todos os meus pensamentos, palavras, obras e ações deste dia; descontados os meus novos pecados, se houverem. Seja, assim, tudo quanto eu fizer e padecer, tudo, ó meu Deus, para a vossa Glória, pelas almas do purgatório e em desagravo por minhas muitíssimas faltas contra Vós.

Santíssima Virgem Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós. São Miguel Arcanjo, protetor da Virtude, rogai por nós. Em Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, na Unidade do Espírito Santo; Amem.


CABRAL, Lucas. Preces, Orações Cotidianas Tradicionais e Breve Missal Tridentino. Recife: opúsculo. 2008, p. 3.
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