Frente pró-aborto: ditadura anti-Brasil e anti- vida


21/08/2011 - A “Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto” reuniu-se em plenária na capital federal. Ali tratou de como enfrentar e, eventualmente, erguer uma barragem contra a onda pela vida que assusta os políticos desde a eleição presidencial de 2010, conforme noticiou a publicação eletrônica esquerdista “Carta Maior”.

O contingente feminista foi a Brasília para participar da “Marcha das Margaridas” pela reforma agrária que ganhou o apoio da presidente Dilma Rousseff. A seguir realizou sua reunião no Congresso Nacional, claro sinal do apoio que a causa anti-vida tem nos ambientes políticos.

Na ocasião, a frente pela morte dos nascituros enxergou poucas chances de ampliar o aborto. Decidiu, então, concentrar seus esforços em frustrar projetos que poderiam salvar inúmeras vidas. O contingente da Frente foi reforçado por grupos homossexuais e estudantis de esquerda.

Cartaz da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto
A questão central, segundo “Carta Maior”, foi de como enfrentar o avanço do “conservadorismo”. Os presentes concordaram que a opinião pública brasileira se mostrou contrariada com o posicionamento abortista dos principais candidatos à presidência na ocasião da eleição presidencial de 2010.

Candidatos que, segundo as regras da boa democracia, deveriam representar a opinião pública, não o fizeram. O povo brasileiro quis colocar a recusa do aborto no centro do debate político. Para os principais candidatos e movimentos feministas, o fato de o povo se manifestar é algo deplorável, pois nessa hora ele externa lamentáveis “sentimentos conservadores”.

Tais sentimentos, segundo as militantes da Frente anti-vida, não apenas dificultaram a ampliação do aborto, mas agora animam projetos que limitam as possibilidades de interromper a vida, já admitidas na legislação brasileira.

As ativistas militantes de esquerda rejeitaram radicalmente a proposta cordata que oferece benefício financeiro às vítimas de estupro que decidam levar adiante a sua gravidez, um projeto aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.

“Tem pelo menos quatro projetos tramitando no Congresso para transformar o aborto em crime hediondo”, declarou Sílvia Camurça, da Articulação de Mulheres Brasileiras, ONG que faz parte da Frente, ao lado da Marcha Mundial de Mulheres, da Liga Brasileira de Lésbicas e da União Nacional dos Estudantes (UNE). A coalizão de feministas, lésbicas e esquerdistas também quer barrar o ensino religioso e promover um laicismo extremamente agressivo no Brasil. Qualquer acordo entre Brasil e Vaticano provoca arrepios em tais militantes.

No Senado: plenária da Frente Nacional pelo Fim da Criminalização
das Mulheres e pela Legalização do Aborto (Antonio Cruz/ABr)
“Nós queremos fazer o debate do aborto não a partir dos valores e concepções de alguns setores da sociedade”, afirmou Sônia Coelho, da Marcha Mundial de Mulheres. - Por “alguns setores”, entenda-se a maioria esmagadora da população, visto que, segundo o Censo, mais de 90% dos brasileiros professam religiões cristãs, e, mesmo entre os não cristãos, esses “alguns setores” ainda compõem a imensa maioria que já se declarou, em diversas oportunidades, contrária ao aborto.

E o povo brasileiro não repele só a ampliação do aborto. Pesquisa do Instituto Sensus, divulgada dois dias antes da plenária da Frente, mostrou que outras bandeiras levantadas pelo grupo de esquerda contam com apoio minoritário dos brasileiros: a aprovação do casamento homossexual (somente 37%) e a descriminalização das drogas (17%), por exemplo.

No sentido contrário, a redução da maioridade penal no Brasil é defendida por 81% da população(!). Mas aí, neste caso, as frentes de esquerda, incluindo-se o governo, são totalmente contrárias ao debate. – O que nos leva a uma reflexão inevitável: que democracia é a nossa, em que a vontade da maioria é solenemente ignorada pelos governantes?

Na Marcha das Margaridas, reforma agrária é ocasião para reunir militantes da cultura da morte
Para os participantes desses movimentos supostamente libertários, porém, todos estes sinais – ser contra o aborto e pelo direito de nascer, acreditar na moral, entender que os direitos humanos devem ser aplicados primeiramente aos humanos direitos... - demonstram o “conservadorismo” do povo brasileiro, o que é alarmante e deve ser combatido a todo custo. Isso eles já estão fazendo e vão continuar fazendo, com intensidade cada vez maior e apoio do nosso governo e da mída, disso podemos ter certeza. "Conservadores", uni-vos!

De fato o aborto, o homossexualismo, a descriminalização das drogas e a facilitação cada vez maior para o crime são bandeiras que caminham sempre à frente dos governos de ideologia esquerdista (como é o caso do PT, PV, PSOL e outros...). O comunismo marxista pode ter fracassado no mundo inteiro, mas está bem vivo (cada vez mais) na América Latina, e continua firme no seu propósito de “descristianizar” a sociedade.

Para a feminista Nalu Farias, “o Brasil vive um retrocesso, porque os ‘governos populares na América Latina’ estão obtendo encorajadores avanços...” De que governos populares latino americanos ela estaria falando? Hugo Chaves? Evo Morales? Misericórdia, Senhor....

Nalu Farias propôs que a Frente toque a ofensiva a favor do aborto através dos “espaços de integração latino-americana, como a Cúpula dos Povos”. Graças a Deus, a imensa maioria da população brasileira pouco se interessa por esses espaços, que são completamente dominados pelos partidos de esquerda e ideologia comunista. As ativistas da “cultura da morte” poderão, portanto, se mexer à vontade nesse ambiente, de costas para o Brasil real, que ainda é cristão e ligado aos bons valores morais essenciais.


A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) lamentou o fato de que “o movimento de mulheres está sendo lançado ao gueto, cada vez mais colocado na ‘marginalidade’, depois que se colocou no debate político no Brasil no período eleitoral ser contra ou a favor do aborto”. - As declarações da senadora suscitam perguntas de furar os olhos: em eleições presidenciais não pode então o povo brasileiro manifestar o que pensa em matéria tão importante como o aborto? Sua opinião não deve ser respeitada como sendo a do verdadeiro soberano em qualquer democracia: o povo? Pode o povo ser levianamente acusado de “lançar no gueto” e “marginalizar” os outros só por não concordar com a política dominante?

Onde estão a democracia e o respeito pelas opiniões diferentes? Onde está a famosa “diversidade” que essas pessoas dizem defender? O linguajar da senadora resumia perfeitamente o ditatorialismo esquerdista, mas não surpreende: é próprio da “cultura da morte” esquerdista.

O povo brasileiro não quer os absurdos propostos pela legião anti-vida e pró-crime. A Igreja Católica vai à frente, e, felizmente, nesse caso acompanhada pelas comunidades evangélicas (e até espíritas) realmente sérias.

Fonte:
O que está acontecendo na América Latina?

Reconhecido teólogo protestante quer ver o Papa como líder de todos os cristãos


O teólogo protestante Reinhard Frieling defende que o Papa Bento XVI seja nomeado líder honorário de todos os cristãos do mundo.

"O sonho da comunhão entre todos os cristãos pode se tornar realidade se os protestantes oferecerem ao papa o papel de chefe honorário da cristandade", declarou Reinhard, ex-líder do Institute Kundlichen, de Bensheim, que também é professor emérito da Universidade de Marburg. Para ele, o Papa poderia “falar em nome da cristandade em situações extraordinárias”. Ele argumentou que uma liderança comum daria mais crédito ao cristianismo como mensagem.

Se a proposta se viabilizar, o aniversário de 500 anos da reforma protestante, em 2017, poderá ser a ocasião certa para concretizar a visão, baseada em sua opinião do Papa já ser o "porta-voz para todos os cristãos."

O teólogo protestante sugere que as igrejas da Reforma abandonem sua auto-suficiência e assumam as "corajosas consequências ecumênicas".

Essa proposta lembra uma outra que já foi feita há dez anos pelo bispo Johannes Friedrich, da Igreja Luterana da Baviera. Friedrich argumentava que o papa poderia ser aceito como porta-voz do cristianismo mundial, como serviço ecumênico de unidade..

Uma visita do Papa a Alemanha está prevista para os dias 22 a 25 de setembro de 2011, e inclui as cidades de Freiburg e Berlim, com um discurso diante do Bundestag, o Parlamento alemão, e uma reunião com representantes da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD) no Mosteiro Agostiniano de Erfurt.

Bento XVI visita templo luterano em Roma

Vídeo da visita de Bento XVI aos luteranos



Fonte:
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 23-08-2011.

Pedro, Apóstolo e Pilar da Igreja: o primeiro Papa


Nos Evangelhos, os relatos em que Pedro aparece ocupam um lugar de destaque, e as descrições têm grandes semelhanças, tanto em Mateus, Marcos e Lucas, quanto em João. Entre os testemunhos característicos de cada um dos evangelistas ao relatar os episódios, temos como certo que o primeiro Papa não se chamava Pedro de nascimento, e sim Simão, no grego, ou Simeão, em aramaico.

Tomando como referência os quatro Evangelhos, que são unânimes nesse ponto, vemos que esse nome iniciático foi dado por Jesus. Era um novo nome, que, ao que tudo indica, até então não havia sido dado a ninguém.

A unanimidade dos evangelistas em contar como Jesus mudou o nome de Simão para Pedro, - o que representa a missão fundamental que a ele foi confiada, - indica que esse fato era bastante conhecido dos primeiros cristãos, e que era considerado muitíssimo importante no contexto da Igreja nascente. Fato é que o novo nome dado por Jesus a Simão se propagou na tradição: nas cartas de Paulo, mais antigas que os Evangelhos, a transcrição aramaica do nome Pedro, – Cefas, – tornou-se a maneira habitual de designar o primeiro entre os discípulos. A importância de Pedro e sua ligação privilegiada com Jesus era tão valorizada nas primeiras comunidades cristãs, porque estas eram ainda formadas, majoritariamente por judeus, que sabiam bem que a mudança de nome de um profeta ou homem santo, como vemos no Antigo Testamento da Bíblia, é sempre um sinal de eleição divina.

Simão Pedro tem grande relevância nos relatos, e seu nome é descrito às vezes de formas diferentes, mas com o mesmo significado: Pedra ou Rocha, a Pedra fundamental da Igreja na Terra.

Cefas vem do aramaico Kêphâ. Aparece uma vez no Evangelho (Jo 1,42), e 8 vezes nas cartas de Paulo (1 Cor 1,12; 3,22; 9,5; 15; 5; Gl 1,18; 2,9.11.14), sinal de seu uso frequente desde os primórdios da Igreja. Pedro (Petros) é a tradução grega de Cefas. É a forma mais corrente nos Evangelhos (95 vezes), no livro de Atos (56 vezes), em Paulo (2 vezes) e nos endereçamentos das epístolas de Pedro (2 vezes). João utiliza correntemente a dupla nomeação, Simão Pedro (17 vezes), como que para demonstrar aqueles que o conheciam antes da mudança, que se tratava do mesmo homem. Lucas e Mateus utilizam-na uma vez cada um (Lc 5,8; Mt 16,16).

Como percebemos, é perfeitamente coerente a exegese católica quando ensina que Pedro recebe de Cristo um novo nome, em vista de uma grande e importantíssima missão que lhe foi confiada. A concessão desta Missão a um homem imperfeito e ainda falho vem acompanhada de uma Promessa que ultrapassa a pessoa humana a quem ela foi confiada: "As portas do inferno não prevalecerão...". No caso, a missão de Pedro e de seus sucessores é firmar os filhos da Igreja na fé, como uma rocha que resiste a séculos de mudanças, permanecendo firme sem ser abalada.

"...Era a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dentre os mortos.

E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.

Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.

Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas."


Cinema, JMJ e juventude católica

Matthew Marsden
O ator do filme ‘Transformers’, Matthew Marsden, assegurou que os atores e atrizes de Hollywood “não são só entretenimento” e que muitos deles "são católicos, têm fé e vão à igreja com suas famílias”, embora isto não saia nas revistas.

“Não vamos ver nas legendas que um ator vai à Missa, mas há muitos atores católicos em Hollywood”, sublinhou Marsden, que fez questão de mostrar esse outro lado do cinema durante a apresentação do Programa de Cinema da JMJ 2011 (Jornada Mundial da Juventude - e você já sabe que a JMJ 2013 será no Brasil, certo?), no qual foram exibidos vários filmes de temática religiosa.

Durante a entrevista coletiva para explicar o programa cinematográfico, que pela primeira vez na história foi incluído na JMJ, a responsável da área de Cultura da JMJ, Carla Díez de la Rivera, destacou que “o Senhor está esperando no tapete vermelho para aproximar-se dos corações” porque, em sua opinião, "Deus pode falar através do conteúdo plasmado em um filme ou através das interpretações dos distintos atores".

Nesse sentido, a responsável pelas atividades de cinema da JMJ, Teresa Ekobo, elogiou que o cinema religioso seja possível e agradeceu a “gratuidade absoluta” dos filmes, que foram cedidas por seus autores para este programa, ao mesmo tempo em que agradeceu a generosidade dos donos dos cinemas da rua Fuencarral (Madri), que foram abertos para a exibição de mais de vinte filmes em 16 salas.


Estrela juvenil: "Nem tudo é glamour"

Monique Coleman
Do mesmo modo, Monique Coleman, atriz da série "High School Musical", grande sucesso entre adolescentes, que também é a primeira Embaixatriz da ONU para a Juventude, desde novembro de 2010, destacou que teve a sorte de tornar seus sonhos realidade, mas que não estaria onde está sem a sua fé ou sem a força de Deus. Por isso, afirmou que quer compartilhar a sua fé com os jovens.

“É importante expor a verdade aos jovens, para que vejam que fazer dos sonhos realidade não é só ‘glamour’. É muito importante que os jovens conheçam quem são, que aprendam a amar-se a si próprios... O cinema é visto como algo superficial e neste momento eu busco mostrar às outras pessoas que fazer o bem pode repercutir no mundo”, refletiu a jovem atriz, que participou da JMJ porque é “uma pessoa jovem que ama aos jovens e que acima de tudo ama a Deus”.

Também o produtor do longa ‘A Paixão de Cristo‘, Steve Mc Eveety, explicou que sua presença na JMJ se deve ao fato que ele queria ver milhares de jovens celebrando o Papa Bento XVI, porque esta é a primeira vez que se inclui o cinema na JMJ e porque aproveitou para realizar o Caminho do Santiago com sua família durante os dias prévios.

Já o padre William Raymond, que dirige uma produtora que desde 1947 e se dedica a filmes religiosos em Hollywood, explicou que a sua última produção "O Rosário das Estrelas" surgiu como resultado da proposta de João Paulo II de que os jovens não deixassem de rezar o Rosário: o filme mostra que várias estrelas do mundo do cinema, dos espetáculos e do esporte mundial rezam o Rosário frequentemente, e também destacou que, através da internet, hoje é possível rezar online, junto com “gente famosa”.

ACI/Europa Press

Perseguição aos cristãos: um lado preocupante da JMJ 2011

A Igreja vive um momento difícil. A Eucaristia é depreciada, os Sacramentos são transgredidos, a humanidade vêm se distanciando de Deus a cada dia, e o pior: até mesmo dentro da Igreja, crescem grupos e movimentos estranhos à própria fé. Os princípios cristãos são desvirtuados, de tal forma que a Igreja vive uma crise jamais vista.

Em todo o mundo, cresce assustadoramente o perigo da islamização, que aos poucos vai tomando conta da Europa. O ateísmo também cresce e ganha adeptos. Na política, a ideologia ateia e marxista, que parecia morta e sepultada, mostra-se mais viva do que nunca: tomou conta do Brasil. Quanto mais avança a tecnologia e aumentam os confortos que a ciência moderna é capaz de proporcionar, mais aumenta a cegueira espiritual da humanidade. Muitos sacerdotes se perdem, e em torno de cada caso de desvio de algum clérigo, - mesmo os que não são comprovados, - a imprensa arma um grande circo. A mesma imprensa que se cala quanto à perseguição que os cristãos vêm sofrendo em todo o mundo.

Dentro deste cenário pavoroso, cristãos são perseguidos, - somente por crerem em Jesus Cristo, - em diversas partes do mundo. Aqui no Brasil, este país tão carente de cultura e educação, ainda tão alienado aos problemas do mundo, muitos não sabem que na Índia, neste exato momento, cristãos estão sendo perseguidos, torturados e assassinados, assim como em todo o mundo islâmico. Mas essas notícias não costumam aparecer no Jornal Nacional. E nem na imprensa internacional.

Na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deste ano, na Espanha, os jovens peregrinos católicos foram afrontados por movimentos ativistas anticatólicos. Houve tumulto e agressões da parte de manifestantes favoráveis ao Estado laico e contra o financiamento público da visita do Papa Bento XVI e da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) [1].

Após o protesto, que contou com a presença de milhares de pessoas, a polícia enfrentou participantes para desalojar parte do centro da cidade. Milhares de peregrinos de todo o mundo foram a Madri da JMJ 2011, e a atitude dos católicos foi exemplar. A oração é a melhor arma para lutar contra os inimigos de Cristo e as imagens que têm corrido o mundo atestam o heroísmo dos jovens que se ajoelham a rezar nas ruas em resposta às provocações (clique sobre as imagens abaixo para ampliá-las).


Ativista gay vocifera contra os jovens católicos que rezam


Freiras são insultadas nas ruas sem nenhum motivo


Jovem tampa os ouvidos e beija o Crucifixo diante dos berros insultuosos de um irado anticatólico


Contra os que levantam o terceiro dedo da mão, num gesto obsceno e ofensivo, jovens católicos respondem com mãos em forma de coração e Terços, sem medo de mostrar orgulho e amor à Santa Igreja e ao Papa.


Abaixo, dois filmes que tratam da perseguição aos cristãos no mundo (recomenda-se cautela com o segundo vídeo, que contém cenas fortes):





O título do segundo filme do Indiana Jones era...

Bem em frente à igreja São João Batista do Brás, no bairro homônimo, em São Paulo, o empresário Edir Macedo está construindo a sua réplica do Templo do Rei Salomão, segundo a visão da IURD (‘igreja’ universal do reino de deus). Surgem algumas perguntas que não querem calar:

# Jesus Cristo profetizou que do Templo do Rei Salomão não ficaria pedra sobre pedra (Lucas 21, 5-6), pois a Antiga Aliança, da Lei, seria definitivamente substituída pela Nova e Eterna Aliança, da Graça. Que homem é esse que surge querendo reerguer o que o próprio Cristo disse que cairia?

# Para ser realmente uma réplica fiel do Templo, precisa ser adornado com muitas imagens de escultura, como era o original: querubins, frutas, flores, palmas, bois, leões e até anjos com duas faces, conforme descreve detalhadamente a Bíblia Sagrada (I Reis 7, Ezequiel 41, 17-1 e outras). Também segundo a Bíblia, o Templo foi feito daquela forma, segundo a Vontade de Deus. Mas segundo ensina a “igreja universal”, qualquer tipo de imagem de escultura no culto a Deus é idolatria. Aliás, foi um “pastor” desta mesma empresa que chutou uma imagem de Nossa Senhora, há alguns anos. Então, será que Edir Macedo vai mandar adornar o Templo com imagens, ou vai contrariar as descrições da Bíblia?

# A questão principal: qual o sentido de se reerguer uma imitação do Templo de Salomão nos dias de hoje, se não estamos mais, graças a Deus, no tempo da Lei, e sim no Tempo da Graça em Jesus Cristo??

Para quê o templo, depois de Jesus ter estabelecido a Nova e Eterna Aliança entre Deus e a humanidade, no seu Corpo e no seu Sangue, que estão presentes no Sacramento da Eucaristia?

De qualquer maneira, fica a sugestão ao Pe. Marcelo Monge, que patrocina este blog e a revista Voz da Igreja: que tal instalar, bem no meio da praça, entre os dois templos, a igreja católica e réplica do Edir Macedo, uma placa indicativa com os seguintes dizeres:

“Daquele lado: réplica do templo da Arca da Antiga Aliança;
Deste lado: templo da Igreja Católica Apostólica Romana, fundada por Jesus Cristo, com o Tabernáculo da Nova e Eterna Aliança, onde o Senhor espera os verdadeiros cristãos em Corpo, Alma e Divindade.”



O templo na propaganda da "igreja" universal



Que tipo de adoração acontecerá lá dentro?

"Vende-se Tudo"

Texto de Martha Medeiros


No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos.

O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe,ao meu lado, comentou:

- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, - respondi, - já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar,aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.

Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante.

Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma.

No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.

Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.

Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida... Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha dois anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.

Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.

... só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!

Do blog "Por que não dizem a verdade?"


"O Reino do Céu é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra, e o mantém escondido. Cheio de alegria ele vai, vende todos os seus bens e compra esse campo.” (Mateus 13,44-46)

"Jesus disse-lhe: 'Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no Céu; vem, e segue-me'." (Mateus 18,22)

Aparições marianas: Nossa Senhora de Salete


Prosseguimos com a série de artigos a respeito das principais aparições da Virgem Maria ao redor do mundo, iniciada com a abordagem sobre Nossa Senhora de Fátima.

As aparições marianas são vistas como um sinal da Divina Promessa de Salvação aos fiéis, e também como um prelúdio do Apocalipse. Entretanto, a maioria desconhece que os relatos das "visitas" especiais da Virgem Maria a este mundo remontam, no mínimo, ao século III, quando Gregório, o Taumaturgo, atestou que Maria lhe aparecera uma noite, acompanhada de João Batista, para introduzi-lo no Mistério da Piedade.

Popularmente, considera-se que as modernas aparições marianas tiveram início com as visões da camponesa Bernardete Soubirous, em Lourdes, na França, no decorrer do ano de 1858: essas visões até hoje inspiram o interesse de religiosos e pesquisadores de fenômenos supranaturais do mundo inteiro.

Mas, na realidade, as aparições da Virgem Maria na era moderna começaram 28 anos antes do ocorrido em Lourdes, no Convento das Irmãs de Caridade da Rue du Bac, em Paris. Ali, uma freira chamada Catarina Labouré afirmou que a Virgem lhe aparecera como uma figura cercada de luz, com um com um pé sobre um globo branco e o outro pisando a cabeça de uma serpente com manchas amarelas. Nas mãos, disse Catarina, a Virgem levava uma esfera dourada que representava o mundo, imagens fortemente relacionadas com o que se lê no Livro das Revelações (Apocalipse), no qual se lê que uma “Mulher vestida de Sol” luta contra Satanás pelo destino das almas humanas.

Catarina Labouré contou que a Virgem lhe prevenira de que o mundo estava prestes a ser dominado por “males de toda espécie”, e também relatou que Maria Santíssima a encarregara de mandar cunhar uma medalha que reproduzisse a forma com que ela se apresentara: por isso, essa aparição ficou conhecida como a de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.

Pretendemos voltar ao assunto dessas e outras aparições, incluindo a de Nossa Senhora de Guadalupe ao índio Juan Diego, em oportunidades futuras, já que existem ainda muitos detalhes a serem explorados acerca de tão fascinante assunto. Por hora serviram apenas como introdução para um tema que é muito vasto.


Concepção artística de Nossa Senhora de Salete

A primeira aparição mariana em que segredos proféticos foram revelados a videntes ocorreu em 1846, no pequeno povoado de Salete, nos Alpes franceses. Os videntes de Salete eram dois jovens pastores, Melanie ou Melânia Calvat, de 14 anos, e Maximim ou Maximino Giraud, de 11. Os dois contaram que a Virgem lhes aparecera enquanto eles estavam dando de beber ao gado numa fonte, e que ela chorava enquanto lhes dizia que estava sofrendo por causa da humanidade, e depois lhes avisou que coisas terríveis ocorreriam. Depois disso começaram a ocorrer curas milagrosas naquela fonte, que logo chamaram a atenção das autoridades da Igreja. Estas não tardaram a afastar Melanie e Maximim dos seus pais, e os levaram a frequentar a Escola das Irmãs da Providência em Corps. Os padres franceses que examinaram os dois ficaram muito mal impressionados com os jovens, descrevendo-os como “mal-educados”. Mesmo os clérigos mais céticos admitiram, porém, que quando os dois falavam de suas experiências com a “Senhora”, eles pareciam se transformar, já que falavam desses fatos com uma eloquência e sobriedade que nenhum deles demonstrava em nenhum outro momento, e era exatamente isso o que mais impressionava neste caso.

Alguém que se dispõe a inventar uma visão ou encenar uma mentira com certeza tentaria passar a impressão de seriedade e virtuosidade; é isso que fazem todos os charlatões, desde que o mundo é mundo. Ninguém parece mais educado e sóbrio do que um falso místico.

O boato de que a Virgem revelara um segredo a cada um dos videntes de Salete começou a se espalhar pela França no decorrer de 1847. Além de dizer que esses segredos existiam, os dois jovens negaram-se a revelá-los e explicaram que a “Senhora” lhes pedira que não os divulgassem. Ofertas de recompensas, ameaças de prisão e morte, trapaças e armadilhas de todo tipo não conseguiram convencê-los a revelar esses segredos. Os investigadores do caso admitiram estar impressionados com a determinação dos jovens. Maximim era considerado um tanto aparvalhado, mas, ao se recusar a revelar os segredos, mostrou “uma correção, uma discrição e uma firmeza inteiramente estranhas à sua idade e situação”, observou um padre na época. - Quando informado de que tinha a obrigação de contar o que sabia ao confessor, Max pensou um instante e depois respondeu que o segredo não era nenhum pecado, e por isso ele não precisava revelá-lo.

Em 1848, os segredos de Salete tornaram-se objeto de enorme interesse para os que esperavam restaurar a monarquia francesa. Profecias falsificadas circulavam por toda parte. Ao mesmo tempo, os dignitários da Igreja redobravam seus esforços para convencer Melanie e Maximim a revelar o que lhes tinha sido dito. Uma grande pressão foi feita sobre Max, insistiram com o jovem durante todo o ano, tanto em 1849 como em 1850, chegando a tentar extrair o segredo pelo medo, confrontando-o com um homem de quem se dizia estar possuído pelo demônio. Foi o Arcebispo de Lyon que afinal persuadiu Max, em 1851, a confiar o segredo ao Papa Pio IX.

Depois de escrever a carta ao Papa, contando o que ele afirmava ser o que a Virgem lhe revelara, Max demonstrou grande alívio, jogando o papel para o alto e gritando: “Estou livre! Não tenho mais segredos! Sou como os outros!”

Com Melanie foi mais difícil, mas ela também acabou concordando em escrever uma carta ao Papa contando-lhe o segredo, desde que apenas ela pudesse, pessoalmente, selar e endereçar o envelope. Enquanto escrevia a carta, Melanie perguntou aos padres ali presentes o que significava “infalibilidade” e também com se escreviam as palavras “maculada” e “anticristo”. O Papa Pio IX leu as cartas diante de dois padres. ”Aqui temos toda a candura e simplicidade de uma criança”, comentou o papa após a leitura da carta de Max, a que ele pareceu reagir com pouco entusiasmo. Entretanto, ao ler a carta de Melanie, o papa chorou abertamente. Um amigo e confidente do Papa diria apenas que a carta de Max anunciava “misericórdia e recuperações” enquanto o texto mais longo de Melanie prevenia o mundo de grande sofrimento.

Em três anos, alguns panfletos que supostamente revelavam os segredos de Salete começaram a circular na Europa.


A Aprovação Eclesiástica

A aparição de Nossa Senhora de Salete foi reconhecida e aprovada pela Igreja em 1851. O Bispo de La Salette encarregou a dois teólogos das investigações da aparição e de todas as curas registradas. Durante cinco anos procederam-se as mais minuciosas investigações. Em toda a França, em aproximadamente oitenta lugares diferentes, os bispos encarregaram sacerdotes de investigar as curas milagrosas através das orações a Nossa Senhora de Salete. Centenas de graças foram registradas. O Santo Padre Pio IX aprovou a devoção a Nossa Senhora de Salete.

Palavras do Papa João Paulo II sobre La Salette:

"Neste lugar, Maria, Mãe sempre amorosa, demonstrou sua dor pelo mal moral causado pela humanidade. Suas lágrimas nos ajudam a entender a gravidade do pecado e a rejeição a Deus, enquanto manifestam, ao mesmo tempo, a apaixonada fidelidade que Seu Filho mantém com relação a cada pessoa, embora Seu Amor redentor esteja marcado com as feridas da traição e do abandono dos homens."

A partir das aparições, diversas congregações saletinas foram fundadas, entre as quais os Missionários e Irmãos de Nossa Senhora de Salete, que se dedicam a propagar a mensagem de reconciliação.

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Fonte bibliográfica:
SULLIVAN, Randall. Detetive de Milagres. São Paulo: Objetiva, 2005.

Ex-presidente Lula chama de enganadora e "bobagem" a promessa de Jesus Cristo


No lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar para a Bahia 2011/2012, na presença de aproximadamente mil pessoas reunidas num hotel de Salvador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desqualificou a promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo que garante o Céu aos pobres de coração.

O conteúdo anticristão do discurso causou estupor, e foi divulgado no exterior pela agência italiana ANSA, sendo reproduzido pelo jornal de Montevidéu “El País”.

O ex-presidente voltou-se inesperadamente contra Jesus Cristo e sua promessa sagrada, feita no Sermão da Montanha (bem-aventuranças): "Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!" (Mt, 5,3)

Fazendo eco à vulgata marxista, o ex-presidente afirmou:

Bobagem, essa coisa que inventaram que os pobres vão ganhar o reino dos céus. Nós queremos o reino agora, aqui na Terra. Para nós inventaram um slogan que tudo 'tá' no futuro: 'É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico ir para o céu'. O rico já está no céu, aqui. Porque um cara que levanta de manhã todo o dia, come do bom e do melhor, viaja para onde quer, janta do bom e do melhor, passeia, esse já está no céu. Agora o coitado que levanta de manhã, de sol a sol, no cabo de uma enxada, não tem uma maquininha para trabalhar, tem que cavar cada covinha, colocar lá e pisar com pé, depois não tem água para irrigar, quando ele colhe não tem preço. Esse 'tá' pro inferno.

O ex-presidente foi ovacionado pelos presentes, partidários da reforma agrária e do igualitarismo social.

Fonte: Portal IPCO

Aparições marianas: Nossa Senhora de Fátima


As aparições da Virgem Maria a Bernardete Soubirous ainda não tinham sido plenamente reconhecidas pela Igreja, quando ocorreram as aparições em Fátima, Portugal, um fenômeno que segundo o teólogo Michael O’Carrol, “tocaria a Igreja, no grau de papado, mais do que qualquer outro de sua espécie”. Houve um interesse extraordinário, demonstrado não só por uma sucessão dos Sumo Pontífices, como também por milhões de estudiosos, católicos ou não, do mundo inteiro. Os “três segredos”, que a vidente Lúcia dos Santos recebeu da Virgem, receberam especial atenção.

A determinação das autoridades em extrair de Lúcia o que ela proclamava saber sobre o futuro da humanidade era implacável. Imediatamente após ter conhecimento desses alegados segredos, o prefeito do vilarejo de Fátima, cético e anti-católico ferrenho, mandou chamar Lúcia e seus dois primos mais moços, Francisco e Jacinta Marto (nessa ocasião, Lúcia acabara de completar 10 anos, Francisco estava para completar 8 e a menor, Jacinta, tinha pouco mais de 7 anos) à presença dele, e lhes disse que revelassem tudo e prometessem não voltar mais ao lugar da alegada aparição. Como nem subornos nem ameaças tivessem nenhum efeito sobre as crianças, o prefeito preveniu Lúcia de que ele obteria o que queria, mesmo que isso significasse tirar-lhe a vida!

O prefeito então mandou prender os três e avisou que, enquanto estivessem na cadeia, um caldeirão de óleo fervente estaria sendo providenciado. Lúcia e os primos ficaram muitas horas à espera, apavorados, atrás das grades, até serem tirados de lá, e, um de cada vez, receberem a notícia de que aquela era a última chance de dizerem o que sabiam, e caso se negassem a dizer a verdade, seriam atirados no óleo. Mas nenhum dos três disse nada que contrariasse o que haviam afirmado antes!

Derrotado, o prefeito determinou que as crianças fossem interrogadas por uma equipe de teólogos e religiosos, o que durou dois meses. Dois meses de interrogatórios e pressão psicológica contínua sobre crianças ainda muito pequenas e muito simples! - Crianças criadas no campo, iletradas e acostumadas a dizer sempre a verdade. E durante todo esse período, a única informação obtida pelas autoridades sobre os segredos foi a declaração de Francisco de que o povo ficaria triste se os ouvisse. O que Lúcia lhe contara fora apenas isso, disse o menino.


Os pastores Lúcia, Francisco e Jacinta, em foto de 1917


Lúcia era a principal protagonista dos fenômenos ocorridos em Fátima. A primeira aparição, no lugar conhecido como Cova da Iria, onde as crianças estavam pastoreando ovelhas, aconteceu em 13 de maio de 1917. Como descreve Lúcia, “uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, reluzindo mais clara e intensamente que uma taça de cristal cheia de água cristalina, atravessada pelos raios de sol mais ardentes”, apareceu diante das três crianças enquanto elas descansavam à beira de um carvalho. Francisco e Jacinta disseram ter ouvido essa mulher de luz dizer: “Eu venho do Céu. E os convido a estar comigo aqui, durante seis meses consecutivos, sempre no dia 13, à mesma hora. Então eu lhes direi quem sou e o que quero”. A Senhora lhes dissera outras coisas, os menores acrescentaram, mas apenas Lúcia saberia repeti-las. Depois, a prima mais velha advertiu Jacinta e Francisco de que não dissessem nada a ninguém sobre o que acontecera.

Mas Francisco não podia se conter e exclamou: “Ah, mas que linda Senhora...” diversas vezes depois de terem voltado para casa. E Jacinta acabou dizendo aos pais que ela e o irmão tinham visto “Nossa Senhora”. Quando perguntaram a Lúcia porque pedira silêncio aos primos, explicou que não estava muito certa de que a “moça bonita” que eles viram fosse a Virgem Maria, e queria evitar o ridículo.

A mais moça de sete filhos, Lúcia era considerada em sua aldeia uma menina muito especial. Nas festas, as irmãs a vestiam e pintavam, e faziam com que ela cantasse e dançasse. Todos a admiravam. Aprendeu o catecismo aos cinco anos e teve permissão para fazer a primeira Comunhão aos seis, embora o habitual fosse fazê-la aos dez anos. Sua mãe mandou-a pastorear o rebanho da família, quando ela tinha ainda sete anos de idade.

A segunda aparição de Nossa Senhora ocorreu na Cova da Iria em 13 de junho, dia de Santo Antônio. Lúcia ficou preocupada ao ver que havia uma multidão à sua espera quando chegou, com Jacinta e Francisco, à Cova da Iria naquela manhã. Enquanto os dois primos almoçaram e brincaram com outras crianças, Lúcia permaneceu sentada, em silêncio, com uma expressão séria. Passava pouco do meio dia quando a menina mais velha chamou os primos: "Nossa Senhora está chegando”. Os três correram para o carvalho, onde a mulher vestida de branco, segundo disseram, havia aparecido. Lúcia levantou as mãos juntas e disse: "A Senhora me pediu que eu viesse aqui; por favor, me diga o que a senhora quer”. Logo, muitos da multidão ouviram um barulho que descreveram como "o zumbido de uma abelha”. Momentos depois, as pessoas ouviam um barulho “que parecia o som de um foguete, bem demorado”, como disse uma testemunha, mas só puderam ver que havia uma pequena nuvem a alguns centímetros do carvalho que se ergueu lentamente e desapareceu na direção do leste, enquanto os três videntes olhavam fixamente naquela direção.

Depois de algum tempo, Lúcia gritou: "Ela foi para o Céu! As portas se fecharam!” Conforme o relato das testemunhas, os brotos novos do topo da árvore se inclinaram para o leste. As pessoas começaram a subir na árvore, arrancando ramos e folhas dos galhos mais altos. Lúcia gritou, pedindo que eles só os tirassem da parte mais baixa da árvore, não tocada pela Virgem.

Havia uma multidão muito maior à espera de Lúcia e dos primos na Cova da Iria, no mês seguinte, dia 13 de julho. Dois homens se prestaram a manter afastados os que estavam na frente, para impedir que Jacinta e Francisco fossem esmagados. A uma certa distância, Lúcia ajoelhou-se e rezou o rosário. Depois, levantou-se rapidamente, olhou para o leste e pediu para que as pessoas fechassem suas sombrinhas porque Nossa Senhora estava chegando. O pai de Francisco e Jacinta, Manuel Marto, homem cético, disse que olhou atentamente, mas não conseguiu ver nada; depois notou que havia uma nuvenzinha cinzenta pousada no cimo da árvore e que sentiu uma “deliciosa brisa fresca”. E também ouviu um zumbido, disse Manuel, como se fosse “um mosquito dentro de uma garrafa vazia”. A uma certa altura, Lúcia ficou "mortalmente pálida”, lembrou-se Manuel, e repetiu "Nossa Senhora”, com voz amedrontada, muitas vezes (Foi nesse momento que ela recebeu os segredos da Virgem, como explicaria Lúcia mais tarde). Manuel então ouviu um estrondo forte como o de um trovão, segundo contou. Lúcia levantou-se, apontou para o céu e gritou: "Lá vai ela!”

Depois daquele dia, Manuel passou a acreditar nas aparições, assim como muitos outros habitantes céticos da aldeia. Os três videntes ainda continuavam sendo ridicularizados pela maioria dos vizinhos, mas uma minoria importante, constituída de pessoas respeitadas na comunidade, passou a tratá-los como santos. Homens do campo prostravam-se aos pés das crianças, implorando-lhes que pedissem algum favor à Virgem. A mãe de Lúcia, entretanto, apenas se mostrava mais determinada a obrigar a filha a admitir que tudo não passava de mentira, e, de vez em quando, recorria às surras de vassoura. Lúcia continuava insistindo que estava dizendo a verdade, e, na Cova da Iria, as multidões aumentavam a cada mês.

Quase 70 mil pessoas(!), entre elas repórteres de jornais de Lisboa, Madri e Paris, estavam presentes para testemunhar a última aparição, em 13 de Outubro. A maioria estava ensopada; a região fora assolada por uma tempestade de proporções monumentais, no entardecer do dia 12, e a chuva continuou durante toda a manhã seguinte. Lúcia e Jacinta, usando vestidos novos e coroas brancas nas cabeças, foram levadas, debaixo de guarda-chuvas, ao local da aparição, acompanhadas de Francisco. Um padre que passara a noite ali, rezando, perguntou quando a Virgem apareceria. Lúcia gritou que seria ao meio dia. O padre olhou o relógio, disse que já era meio dia, e depois acrescentou que a Virgem não mentia. Poucos minutos depois, o padre começou a gritar dizendo que já passava de uma hora, que a aparição era uma ilusão e que as crianças deveriam ir para casa. Lúcia, quase em lágrimas, disse que os outros poderiam ir embora, mas que ela ficaria.

Apenas alguns minutos se passaram antes que a multidão visse a menina se virar para o leste, depois dizer a Jacinta que se ajoelhasse, porque ela havia visto relâmpagos e sabia que a Virgem estava chegando. Lúcia pediu que a multidão se calasse, e que fechassem os guarda-chuvas. Naquele momento, segundo testemunhas (entre as quais renomados repórteres ali presentes), a chuva parou repentinamente e as nuvens se abriram.

Lúcia levantou o rosto e gritou: “Olhem para o sol!”. Seu pedido foi atendido pela multidão, e muitos começaram a chorar. De maneira claramente anormal, após o aviso de Lúcia, as escuras nuvens de chuva haviam se aberto e o sol se mostrava por inteiro. Mas o mais impressionante aconteceria logo depois. Até os repórteres presentes afirmariam depois ter visto o sol “estremecer e dançar, e emitir feixes de luzes de cores mais brilhantes do que o mais vívido arco-íris”. Muitíssimos presentes afirmaram ter visto o sol girar como uma roda gigantesca, depois avançar em direção à Terra, como se fosse incendiá-la! Um destacado grupo de céticos, quase todos jornalistas, declarou que o sol naquele momento irradiou um calor incomum, o que fizera, em poucos minutos, suas roupas ensopadas ficarem completamente secas.

A Virgem apareceu novamente vestida de branco, Lúcia disse posteriormente, acompanhada de São José, que carregava o menino Jesus! Subitamente, Maria se mostrou muito triste, e então, ao lado dela, surgiu Jesus adulto, olhando com uma expressão de piedade para a multidão; então ergueu sua mão para abençoá-la. No final do êxtase, disse Lúcia, ela viu a imagem da Virgem como “Nossa Senhora do Monte Carmelo”, vestida de marrom escuro. Jacinta e Francisco disseram que viram apenas Maria com São José e o Menino Jesus; Jacinta disse ter ouvido algo que a Virgem dissera, e Francisco contou que não ouvira nada da Virgem, apenas a vira.

O interesse cada vez maior pelas aparições pouco ajudou Lúcia em sua terra natal. A maior parte dos moradores da aldeia passou a se esquivar da menina depois que um padre muito querido abandonou a paróquia de Fátima para evitar qualquer relação com o que estava acontecendo ali. Menos de um ano após as aparições, houve na região uma epidemia de gripe e a senhora Santos (mãe de Lúcia) foi uma das vítimas. Convencidas de que a mãe estava à morte, as irmãs de Lúcia pediram-lhe insistentemente que rezasse à Virgem. Depois disso, a senhora Santos melhorou, mas mesmo assim negou-se a mudar sua opinião. "Que estranho”, declarou ela na ocasião, "Nossa Senhora me curou, e mesmo assim, eu não acredito!” Mais tarde, quando lhe contaram que havia pessoas na aldeia que se preparavam para matar sua filha, a mãe de Lúcia disse que não iria se opor, “desde que a obriguem a confessar a verdade”!

Francisco e Jacinta ficaram doentes de gripe durante uma epidemia, e nenhum dos dois se recuperou totalmente. Francisco morrem em abril de 1919, aos 11 anos, conforme previsto por Nossa Senhora a Lúcia, que também já havia avisado sobre a morte da irmã Jacinta, então com 9 anos, que dez meses depois também faleceu.

Lúcia estava com 14 anos quando entrou para o colégio das Irmãs de Santa Dorotéia, em Vilar do Porto, em 1921. Em 1925, ela entrou para a ordem e fez seu postulado em Pontevedra. Ali, sozinha em sua cela, ela recebeu a primeira de uma série de visões que acabariam por convencê-la a revelar o que ela anteriormente jurara manter em segredo. No dia de Natal, disse Lúcia, a Virgem lhe apareceu acompanhada de uma criança que se ergueu numa nuvem luminosa. Mostrou-lhe um Coração rodeado de espinhos, e a criança pediu que ela tivesse compaixão de sua Mãe Santíssima. Menos de dois meses depois, enquanto ela estava trabalhando no jardim do convento, Jesus lhe apareceu-lhe como menino, e perguntou se ela dissera ao mundo o que a Virgem queria.

No final de 1927, depois que seu diretor espiritual lhe pedira um relato escrito de suas experiências, Lúcia foi ao Tabernáculo levar a questão a Deus. Enquanto rezava, não via Jesus, mas o ouvia dizer que ela devia escrever o que o padre pedira, com exceção do último dos três segredos, que não deveria ser contado. A última aparição da Virgem, relatada diretamente pela própria Lúcia, ocorreu em 13 de junho de 1929, na capela do Convento de Tuy, onde ela viveu seus últimos setenta anos. Ela recebeu o pedido, contou, de se sacrificar por aqueles que pecavam contra o Imaculado Coração de Maria.

O Bispo de Leiria, em 1930, declara as aparições de Fátima "dignas de crédito”, mas estas só se tornam realmente conhecidas em todo Portugal no início da década de 1940, quando as memórias de Lúcia começaram a ser publicadas. A descrição de Lúcia dos dois primeiros segredos que recebera foram bastante detalhadas. A Virgem mostrou, a ela e a Jacinta, uma visão do Inferno semelhante a um mar: “Mergulhados nesse fogo, demônios e almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas, como formas humanas que flutuassem no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saíam, juntamente com nuvens de fumaça caindo para todos os lados, como o cair de fagulhas de um grande incêndio, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, o que nos horrorizava e fazia estremecer de pavor”...

O segundo segredo explicava que a devoção ao Imaculado Coração de Maria poderia levar à salvação das almas dos pecadores. Lúcia escreveu que a Virgem lhe dissera que o que ela conhecia como Primeira Guerra Mundial terminaria logo, mas que, se a humanidade não deixasse de ofender a Deus, outra guerra pior surgiria no pontificado de Pio XI. Mais uma vez, as previsões se cumpriram.




Depois de publicado o último volume das Memórias de Lúcia, os pedidos insistentes para que ela revelasse o terceiro segredo, então ainda secreto, aumentaram. O bispo de Leiria era a autoridade responsável por Irmã Lúcia, mas ele relutava em mandar que ela revelasse o último segredo que recebera. No verão de 1943, porém, Lúcia adoeceu gravemente, conforme já esperado por ela própria. Afinal, em setembro daquele ano, o bispo encontrou-se com ela na enfermaria, em Tuy, e perguntou se ela poderia escrever o terceiro segredo para que este ficasse registrado. Um mês depois, ele ordenou que ela o fizesse. A superiora de Lúcia no convento contou que, em 2 de janeiro de 1944, a Virgem aparecera novamente para Irmã Lúcia, pela primeira vez em 15 anos, e, durante esse encontro, a autorizara a deixar registrado o terceiro segredo.

Em 17 de junho de 1944, uma carta escrita com a letra de Lúcia foi enviada ao bispo de Leiria. Embora Lúcia tivesse lhe permitido a leitura da carta, o bispo se negou a lê-la, e depois fez o possível para que as autoridades eclesiásticas superiores se responsabilizassem pela guarda do documento. Uma oportunidade de livrar-se do fardo apresentou-se ao bispo no início de 1957, quando a Congregação para a Doutrina da Fé pediu as fotocópias de todos os escritos de Lúcia. O bispo então enviou o original e a única cópia do terceiro segredo para Roma, num envelope lacrado.

Ir. Lúcia tinha àquela altura se tornado uma espécie de tesouro vivo da Igreja. Escondida atrás das paredes do convento em Tuy, Lúcia era um personagem de enorme importância e mistério para muitos católicos e religiosos em geral. Em 1954, ela deu a sua primeira entrevista, ao fundador do “Movimento por um Mundo Melhor”, que lhe perguntou se a organização que fundara era a resposta à mensagem de Maria. Lúcia respondeu que, dada a situação da humanidade, naquele momento, apenas um número limitado de pessoas seria salvo. Ela estava dizendo que muitas pessoas iriam para o inferno? – Ele perguntou. – Sim, era isso, Lúcia respondeu: “Muitos se perderam”.

A segunda entrevista de Lúcia foi dada em 1957, ao padre mexicano que fora designado para advogar pela beatificação de Jacinta e Francisco. Durante essa conversa, Lúcia divulgou uma notícia que viera à tona dez anos antes, a de que o terceiro segredo de Fátima seria revelado em 1960. Então, Ir. Lúcia deu o primeiro e único sinal do que poderia ser o conteúdo do terceiro segredo, explicando que a Virgem Santíssima estava empenhada numa luta decisiva contra Satanás, que sabia que o tempo dele seria breve, e que, portanto, estava determinado a roubar tantas almas quanto pudesse. “Quando essa luta chegar ao fim”, disse Lúcia, as pessoas serão “ou de Deus ou do Maligno”. Ela acrescentou ainda: "Se a Rússia não se converter, o país tornar-se-á um instrumento do castigo de Deus para o mundo todo, e muitas nações serão aniquiladas”.

Podemos entender porque ela relutou tanto em escrever o terceiro segredo, e porque todos os responsáveis por ele, ao longo dos anos, relutaram ainda mais em revelá-lo. Ao observar o impacto dos comentários de Lúcia nos católicos, muitas autoridades levantaram objeções. Era extremamente perigoso, escreveu um teólogo, quando “as afirmações de um indivíduo, mesmo uma mulher sincera e santa como a irmã Lúcia, são tratadas como se fossem a Palavra de Deus”.

A única cópia existente do terceiro segredo de Fátima estava guardada num cofre de madeira, onde se lia a inscrição Secretum Sancti Offici, sobre uma mesa no apartamento privado do Papa Pio XII. A importância que a Santa Sé atribuía às aparições ocorridas na Cova da Iria foi formalmente reconhecida em 29 de Outubro de 1950, quando a Imagem Peregrina da Virgem de Fátima chegou a Roma, depois de viajar pela Europa por quase três anos.

Exatamente no dia seguinte, numa reunião de que participaram mais de 400 bispos, o papa Pio XII anunciou sua intenção de definir o Dogma da Assunção, considerando que a Virgem Maria subira ao Céu integralmente, em corpo e espírito. Mais tarde, naquele mesmo dia, Pio XII deu uma volta a pé, sozinho, nos jardins do Vaticano onde havia sido posta uma estátua da Virgem de Fátima. Ele estava passeando pela esplanada de Lourdes, contou o papa, quando de repente viu o sol se transformar “num globo amarelo-claro, opaco, circundado de um halo luminoso”. O halo parecia ter sido formado de uma nuvem muito tênue, que cobria o globo, disse Pio XII, o que possivelmente permitia que ele olhasse diretamente para a luz sem nenhum dano ou mesmo incômodo para sua vista. O globo então começou a se movimentar, afastando-se, girando lentamente sobre o próprio eixo, primeiro deslocando-se da esquerda para a direita, depois da direita para a esquerda, antes de voltar a ser o sol como ele o conhecia.

Depois da morte do papa Pio XII, em 1959, a caixa que continha o terceiro segredo de Fátima foi enviada para o novo Papa, João XXIII, que leu a carta de Lúcia, mas não fez nenhum pronunciamento público. Amigos íntimos de João XXIII contaram que o papa lhes dissera que o texto não pertencia ao seu tempo, por isso ele preferia deixar que seus sucessores dispusessem sobre o documento. O papa Paulo VI leu o terceiro segredo pouco depois de sua coroação em 1963, ma também não se pronunciou publicamente sobre o assunto. Não se sabe se João Paulo I leu o terceiro segredo durante as poucas semanas de seu fatídico papado, mas imediatamente antes da sua eleição, o papa de vida curta tinha feito uma peregrinação a Fátima, e, depois, tivera um encontro privado com Lúcia.

Em 1984, o então Cardeal Ratzinger (atual Papa Bento XVI), braço direito de João Paulo II, confirmou que o Papa lera o terceiro segredo, mas que não levaria essa informação a público. E o assunto não foi adiante.

Segundo o consagrado especialista e pesquisador investigativo Fr. Benedict Groeschel, PhD em psicologia e referência mundial para casos de fenômenos sobrenaturais e supranormais, as aparições da Virgem Maria em Fátima, em 1917, representam o maior caso de Teofania da era moderna. Teofania é um acontecimento sobrenatural de primeira ordem, literalmente, uma “Manifestação Divina” visível e incontestável, algo como um “contato imediato de terceiro grau” com a Realidade Divina. Neste caso, o fenômeno mais tremendo foi o aparecimento do “sol que girava”. O observatório de Greenwich não fica muito longe do local e eles não perceberam nada; mas, exaustivamente comprovado, numa área de aproximadamente 60 Km quadrados(!), todos os que lá estavam, todos, crentes e não crentes, pessoas atentas e pessoas desatentas, viram esse sinal, que descreveram como o sol girando, multicolorido, e descendo na direção deles.

Muitos dos que estavam presentes se jogaram no chão. Houve casos muito impressionantes, como o de um maçom, socialista convicto, que fora até lá com a única intenção de se divertir e rir do que considerava uma “grande lorota”, e depois precisou ficar hospitalizado por três dias, dado o trauma causado pela experiência que viveu. A cena que presenciou o deixou em severo estado de choque, incapaz de se mover ou se comunicar!

É isso que a Teofania faz, porque ela se manifesta concretamente no mundo exterior, independente do que achamos que “sabemos”, do que queremos, do que cremos, da religião que escolhemos seguir ou do que achamos “justo”, “coerente” ou “sensato”.




"Meu Deus, eu creio, adoro, espero e Vos amo. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam." (Oração ensinada pelo anjo em Fátima, em 1917)


Veja aqui a reportagem original do jornal português "O Século", de 1917, sobre o Milagre do Sol.


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Fontes e bibliografia:

SWARTZ, Sandra L. Zindais. Encontering Mary. Princeton: Princeton University, 1991;
WOODWARD, Keneth. Making Saints: Who Becomes a Saint, Who Doesn't and Why. Nova Yorque: Simon & Shuster, 1990;
GROESCHEL, Benedict. A Still Small Voice. São Francisco: Ignatius Press, 1993;
SULLIVAN, Randall. Detetive de Milagres. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.

Alerta de Magdi Cristiano Allam, ex-muçulmano

A convite da Pastoral Universitária (Roma),
Magdi Cristiano Allam revelou detalhes
de sua conversão do Islã ao Cristianismo.

No Teatro Argentina de Roma, o subdiretor do jornal milanês Corriere della Sera, o mais lido da Itália, Magdi Cristiano Allam, teve um encontro com estudantes dos centros universitários da capital, para compartilhar um pouco da sua grande aventura humana e espiritual. Partindo da noite de Páscoa de 2008 ("o dia mais belo da minha vida", segundo ele), na qual Allam recebeu o batismo em São Pedro, pelas mãos de Bento XVI, o jornalista ítalo-egípcio narrou os episódios de sua vida e as reflexões que o induziram a abraçar "uma nova vida em Cristo e um novo itinerário de espiritualidade".

"Este caminho" – relatou Allam – "começou de modo aparentemente fortuito, na realidade providencial. Desde os quatro anos, tive a oportunidade de frequentar, no Egito, escolas italianas católicas: fui aluno, primeiro, das religiosas missionárias combonianas, e depois, a partir do quinto ano do ensino fundamental, dos salesianos."

"Recebi assim uma educação que me transmitiu valores sãos e apreciei a beleza, a verdade, a bondade e a racionalidade da fé cristã", na qual "a pessoa não é um meio, mas um ponto de partida e de chegada", acrescentou Allam.

"Graças ao cristianismo," – confessou, – "compreendi que a verdade é o outro rosto da liberdade: as duas são um binômio indissolúvel. A frase ‘A verdade vos libertará’ é um princípio que vós, jovens, deveis ter sempre em mente, especialmente hoje que, desprezando a verdade, abdica-se da liberdade."


"Minha conversão," – acrescentou – "foi possível graças à presença de grandes testemunhas da fé; o primeiro de todos, Sua santidade Bento XVI. Quem não está convencido da própria fé, com frequência é porque não encontrou nela testemunhas críveis deste grande dom."

"Um binômio indissolúvel no cristianismo," – acrescentou o jornalista, – "é sem dúvida o de fé e razão. Esta última é capaz de dar substância à nossa humanidade, à sacralidade da vida, ao respeito à dignidade humana e à liberdade de escolha religiosa."

"Um evento, antes da conversão, fez-me refletir mais que os outros," – revelou: "o discurso do Papa em Ratisbona (12 de setembro de 2006). Naquela ocasião, citando o imperador bizantino Manuel II Paleólogo, afirmou algo que os próprios muçulmanos não negaram nunca: que o Islã difunde o próprio credo, sobretudo com a espada."

"Há um perigo mais sublime e maior que o do terrorismo dos ‘corta gargantas,’" – acrescentou Allam: "é o terrorismo dos ‘corta línguas’, ou seja, o medo de afirmar e divulgar nossa fé e nossa civilização, que nos leva à auto-censura e a negar nossos valores, pondo no mesmo nível tudo e o contrário de tudo: pensemos na Charia [lei islâmica, N. da R.], aplicada inclusive na Inglaterra."

"A denominada ‘bondade’," – acrescentou – "ou seja, conceder sempre ao outro o que quer, é exatamente o contrário do bem comum, perfeitamente assinalado por Jesus: ‘ama a teu próximo como a ti mesmo’ (Mateus 19, 16-19). Tal preceito evangélico nos confirma que não podemos querer bem os demais se antes não nos amamos a nós mesmos. O mesmo vale para nossa civilização."

"Contrários a tal princípio são o indiferentismo e o multiculturalismo que, sem nenhuma identidade, pretendem conceder todo tipo de direitos a todos. Resultado do multiculturalismo foi a implosão da solidez social e o desenvolvimento de guetos e grupos étnicos, em perene conflito com a população autóctone."

"Isto me leva a considerar o outro grande binômio da civilização cristã, o relativo a regras e valores, chave para um possível resgate ético da Europa atual. O velho continente é um colosso de materialidade com os pés de argila. O materialismo é um fenômeno globalizado, ao contrário da fé, que não o é."

Respondendo a uma pergunta sobre a possível compatibilidade entre fé e razão no islã, o ex-muçulmano Allam respondeu: "Ao contrário do cristianismo, religião do Deus encarnado no homem, o Islã se concretiza em um texto sagrado que, sendo um com Deus, não é interpretável".

"Os próprios gestos de Maomé," – acrescentou – "documentados pela história, e que nunca foram negados pelos próprios fiéis muçulmanos, testificam massacres e extermínios perpetrados pelo profeta. Portanto, o Alcorão é incompatível com os direitos humanos fundamentais e os valores não-negociáveis. No passado, tentei fazer-me porta-voz de um Islã moderado em si."


Quanto ao diálogo entre Islã e Cristianismo, o subdiretor do Corriere della Sera afirmou que é possível só e exclusivamente "se formos autenticamente cristãos no amor, inclusive para com os muçulmanos. Se relativizarmos o diálogo, instigaremos nossos interlocutores a ver-nos como infiéis, portanto, como terreno de conquista".

Dirigindo-se aos estudantes presentes, Magdi Allam sublinhou a importância de uma educação que volte a transmitir "uma concepção ética da vida, com valores e regras no centro de tudo". Negociação de tais princípios é, segundo Allam, "o capitalismo selvagem que, paradoxalmente, tem seu máximo desenvolvimento na China comunista".

"Não podemos conceber a pessoa em termos ‘empresariais’ e temos de encontrar regras de convivência que não se fundamentam no materialismo. Devemos redefinir nossa sociedade sobre o ser, e não sobre o ter", concluiu Allam.

4 de Agosto, Dia do Padre!


O padre: homem chamado para ser servo de Deus, sacerdote e um “pai” para uma comunidade.

O Dia do Padre é celebrado oficialmente em 4 de agosto, data da festa de São João Maria Vianney, desde 1929, quando o Papa Pio XI o proclamou “homem extraordinário e todo apostólico, padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico”.

Padroeiro é o representante de uma categoria de pessoas, cuja vida e santidade comprovadas estimulam a uma vida de fé em comunhão com a vontade de Deus. Tendo em vista essa explicação, vamos entender por que a Igreja escolheu este grande homem como exemplo a ser seguido pelos sacerdotes na condução de seus rebanhos.

João Maria Vianey nasceu na França, no ano de 1786, e depois de passar por muitas dificuldades por conta de suas poucas habilidades, foi ordenado sacerdote. Mas o bispo que o ordenou acreditou que o seu ministério não seria o do confessionário, entendendo que sua capacidade intelectual seria limitada para dar conselhos.

Então ele foi enviado à pequenina Ars, no interior da França, como auxiliar do padre Balley, o mesmo que vislumbrou, por santa inspiração, seu dom de vocação, e por confiar nele o preparou para o sacerdócio. E foi esse mesmo pároco a acreditar que o dom de São João Maria Vianney era justamente o do conselho, e o colocou servindo no confessionário.

Assim, Padre João Maria Vianney, homem justo, bondoso, extremado, penitente e caridoso, converteu e uniu toda a Ars. Amado e respeitado pelos fiéis e pelo clero da Igreja, sua fama de conselheiro correu todo o mundo cristão. Assim ele se tornou um dos mais famosos confessores da história da Igreja. Conhecido também como “Cura d'Ars”, mais tarde foi o pároco da cidade, onde morreu em 1858, sendo canonizado em 1925.

Sem dúvida, São João Maria Vianney é um excelente exemplo para as palavras profetizadas pelo Apóstolo Paulo: “Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes”. Ser padre é isso: é como a vida inteira do padroeiro dos párocos.

Ser padre é ser um “pai” para uma comunidade inteira. É o homem da Palavra de Deus, da Eucaristia, do perdão e da bênção, exemplo de humildade, penitência e tolerância; o pregador e conversor da fé cristã. Enfim, é ser comunicador e entusiasta da Igreja, que luta por uma vivência cristã cada vez mais perfeita.

Sua missão é construir comunidades, entender a alma humana e perdoar os pecados, evangelizar, unir e alimentar a comunidade pela Eucaristia. Assumir o que diz Jesus Cristo no Evangelho segundo São Lucas 21, 15: “Eu vos darei eloquência e sabedoria, às quais nenhum de vossos adversários poderá resistir nem contradizer”, e ser verdadeira testemunha da fé, por sua oração, sacrifício e coragem cristã.

Basedo em artigo produzido pela PasCom Santa Terezinha

Santa Clara de Assis


Clara de Assis viveu há oito séculos, e sempre foi bastante conhecida nos ambientes franciscanos. Foi contemporânea e companheira de São Francisco de Assis, fundadora da Segunda Ordem Franciscana, a das Irmãs Clarissas.


Irmã Clara de Assis e as Senhoras Pobres

O estilo de vida de Francisco não poderia ser privilégio dos homens. Muitas mulheres escutavam sua pregação, observavam seu estilo de viver o Evangelho e também queriam viver assim. Uma delas foi Clara.

Nasceu Clara em torno de 1193, em Assis, filha de Ortolana di Fiumi e Faverone Offreduccio. Recebera da mãe uma sólida religiosidade e do pai a força de caráter. Tinha mais três irmãs e um irmão. A caçula era Inês. Francisco a conhecia de vista, pois em Assis todos se conheciam. Admirava nela os longos cabelos dourados.

Aos 18 anos, Clara ouviu Francisco pregar os sermões da Quaresma na igreja de São Jorge, em Assis. As palavras dele inflamaram tanto seu coração, que ela o procurou, em segredo, pois também ela desejava viver "segundo a maneira do santo Evangelho".

Francisco lhe falou sobre o desprezo ao mundo e o amor a Deus, e fortaleceu-lhe o desejo nascente de abandonar tudo por amor a Cristo. Encerrou a conversa dizendo: "Quero contar-te um segredo, Clara: desposei a Senhora Pobreza e quero ser-lhe fiei para sempre". Clara respondeu que queria viver a mesma vida, a mesma oração e sobretudo a mesma pobreza.

Acompanhada de Bona di Gueifuccio, amiga íntima, para escutar Francisco, passou a frequentar a capela da Porciúncula. Estava decidida a viver o Evangelho ao pé da letra. Mas, como sair de casa? Francisco e os irmãos ensinaram-lhe o modo. O dia 18/19 de março de 1212 era Domingo de Ramos. Rica e belamente vestida, Clara participou da Missa da manhã. Não havia meio de sair desapercebida do castelo de seus pais, mas encontrou a única saída possível pela porta de trás do palacete: a saída dos mortos. Toda casa medieval tinha esta saída, por onde passava o caixão dos defuntos.

À noite, quando todos dormiam, a nobre e jovem Clara de Favarone fugiu de casa por esse buraco, percorrendo uma milha fora da cidade, até chegar à Porciúncula, onde foi recebida com muita festa pelos irmãos franciscanos, que tinham ido ao seu encontro com tochas acesas e a acompanharam até à porta da igreja.

Ali se desfez das vestes elegantes, e São Francisco, com uma grande tesoura, lhe cortou os cabelos, causando-lhe dó cortar tão formosa cabeleira. Em seguida, deu-lhe o hábito da penitência: uma túnica de aniagem amarrada em volta por uma corda e um par de tamancos de madeira. Clara se consagrou pelos três votos: pobreza, obediência e castidade.

Os familiares, enfurecidos, procuravam por Clara. Entrando na Capela, viram Clara prostrada aos pés do Altar. Puxaram-na com tanta força que lhe arrancaram o véu, percebendo então a cabeça raspada. E foi aí que concluíram que nada mais poderiam fazer: não conseguiriam mesmo mudar-lhe a ideia.

Como Francisco não tinha convento para freiras, Irmã Clara ficou alguns dias no mosteiro de São Paulo e algumas semanas no mosteiro beneditino de Panzo. Por fim, recolheu-se a São Damião, numa casa pobre contígua à capela, onde ficou até sua morte, em 1253. Seguiu-a na vocação a irmã Inês, 16 dias depois, e mais tarde sua irmã Beatriz e, por fim, até sua mãe, Ortolana.

A obra tornou-se conhecida, e diversas mulheres vieram fazer-lhe companhia. Ficaram conhecidas como as "Senhoras Pobres", ou "Irmãs Clarissas". Em pouco tempo, havia mosteiros em diversas localidades da Itália, França e Alemanha. Inês, filha do rei da Bohemia, também fundou um convento em Praga, e ela mesma tomou o hábito.


As Senhoras Pobres e a pobreza

Clara e sua comunidade praticavam austeridades desconhecidas entre as mulheres da época: não usavam meias, sapatos, ou qualquer outra proteção para os pés. Dormiam no chão. Observavam a abstinência completa de carnes, e falavam apenas quando obrigadas pela necessidade e pela caridade. Clara aconselhava o silêncio como meio de evitar os pecados da língua e de conservar a mente sempre concentrada em Deus. Jejuava tanto que Francisco teve de obrigá-la a não passar os dias sem comer ao menos um pedaço de pão. Clara mesmo percebeu seus exageros, e mais tarde escreveu para Inês da Bohemia: "Nossos corpos não são feitos de bronze, e nossas forças não são como pedra; por isso vos imploro, no Senhor, que vos abstenhais desse rigor excessivo da abstinência que praticais".

Como Francisco, Clara não aceitava qualquer propriedade. Quando o Papa Gregório IX lhe ofereceu uma renda, Clara protestou veementemente, dizendo: "Eu preciso ser absolvida dos meus pecados, mas não desejo ser absolvida da obrigação de seguir a Jesus Cristo". Em 1228, o Papa lhe concedeu o "Privilégio da Pobreza". Tinha sido um pedido insistente de Clara. Na Cúria romana, onde se pediam privilégios, títulos, propriedades e honrarias, causou espanto alguém pedindo o "privilégio de ser pobre".

Clara e Francisco conheciam a alma do mundo e sabiam que qualquer exceção à regra da pobreza desencadearia sua negação. Francisco o exemplificou com o caso do livro que um frade queria ter: primeiro se quer um livro, depois mais livros, depois uma estante, vem uma biblioteca, segue-se uma casa para guardá-la... E adeus, pobreza evangélica.

Mais tarde, em 1247, o Papa Inocêncio IV queria impor às Senhoras Pobres uma Regra que de certo modo permitisse a propriedade comum. Preocupada, Clara mesma redigiu uma Regra, lembrando-se de tudo o que vira e aprendera com Francisco. Ela pede, por amor de Deus, que concedam ao Convento de São Damião o "Privilégio da Pobreza". Esta Regra foi aprovada dois dias antes de sua morte, valendo o privilégio para São Damião. Para os outros conventos, permitiu-se uma espécie de propriedade comum.


Francisco e Clara, amizade de Santos

A obra de Clara estava sempre no coração de Francisco. Muitas vezes ele enviou doentes e enfermos que ela conseguia curar sob seus delicados cuidados. Apesar de sua humildade, Francisco era obrigado a reconhecer a grande admiração que Clara e as outras irmãs tinham por ele. Era uma admiração espiritual, mas também humana. Para evitar qualquer tipo de dependência, e para torná-las totalmente livres dele, passou a visitá-las cada vez mais raramente. As irmãs sofriam a sua ausência e alguns frades acharam que isso era falta de caridade, mas Francisco disse que a finalidade da ausência era "no futuro não haver nenhum intermediário entre Cristo e as irmãs".

Após longa ausência, e depois de muitos pedidos das irmãs, um dia Francisco aceitou ir pregar em São Damião. Entrou na igreja e ficou um momento de pé, rezando de olhos levantados para o céu. Depois pediu um pouco de cinza. Com ela desenhou um círculo à sua volta e o resto passou na cabeça. E então rompeu o silêncio, não para pregar, mas para rezar o Salmo da Penitência (Si 50). Depois foi embora, feliz por ter ensinado à Clara e às irmãs que nada mais podiam ver nele do que um pecador que fazia penitência.

Em março de 1225, já muito doente, Francisco visitou Clara em São Damião e manifestou o desejo de ali permanecer, mas a doença exigia tratamentos em outros lugares. Foi ali, sofrendo terrivelmente com a enfermidade e o barulho dos ratos que lhe impediam o sono, que explodiu num hino de alegria ao Criador, o "Cântico das Criaturas" ou ao "Irmão Sol". Foi no jardinzinho de Clara, que, pela última vez, que os dois conversaram. No ano seguinte morreu o "pai Francisco". Clara viveu mais 27 anos na paz e na saudade de Francisco.


Clara de Assis, mãe e adoradora

A si própria Clara gostava de chamar "uma plantinha do bem-aventurado pai Francisco". Ela nunca deixou os muros do convento de São Damião. Designada abadessa (superiora) por Francisco, em 1215, Clara dirigiu o convento durante 40 anos. Sempre quis ser serva das servas, submissa a todas e beijando os pés das irmãs leigas quando regressavam do trabalho de esmolar, servindo à mesa, assistindo aos que estivessem doentes. Enquanto as irmãs descansavam, ela ficava em oração e as cobria, caso as cobertas lhes caíssem. Saía da oração com o semblante iluminado. Falava com tanto fervor que inflamava os que ouviam sua voz.

A exemplo de Francisco, nutria fervorosa devoção ao Santíssimo Sacramento. Mesmo quando estava doente e acamada (esteve sempre doente nos últimos 27 anos de vida), ficava confeccionando belos corporais e toalhas para o serviço do Altar, que depois distribuía pelas igrejas de Assis.

A força e a eficácia poderosa de sua oração foi sentida, de maneira muito especial, em 1244, quando o imperador Frederico II atacou o vale de Espoleto, tendo ao seu serviço um exército de sarracenos. Lançaram-se ao saque de Assis, e como São Damião ficava fora dos muros, resolveram começar por ali. Embora muito doente, Clara levantou-se, fez colocar o Santíssimo num ostensório, e saiu com ele em punho, colocando-se bem à vista do inimigo. E Clara orou, com grande fervor, pedindo a Cristo que salvasse suas irmãs do saque e do estupro. Em seguida, orou pela cidade de Assis. No mesmo instante, o terror se apoderou dos assaltantes, que fugiram em debandada.


A morte de uma Santa

Clara suportou os longos anos de enfermidade com santa paciência. Em 1253, teve início uma longa agonia. O papa Inocêncio IV deu-lhe duas vezes a absolvição com o perdão dos pecados, e comentou: "Quisera Deus que eu necessitasse de perdão tão pouco assim". Clara doente e pobre, as mais altas autoridades da Igreja sentiam sua sabedoria e santidade, e vinham aconselhar-se com ela em São Damião.

Durante os últimos 17 dias não conseguiu tomar nenhum alimento. A fé e a devoção do povo aumentavam cada vez mais. Diariamente cardeais e prelados chegavam para visitá-la, pois todos tinham certeza de que era uma santa que estava para morrer

Ir. Inês, sua irmã, estava presente, bem como os três companheiros de Francisco, os freis Leão, Ângelo e Junípero. Vendo que a vida de Clara estava chegando ao fim, emocionados, leram a Paixão de Jesus segundo João, como tinham feito 27 anos antes, na morte de Francisco.

Clara consolou e abençoou suas filhas espirituais. E, para si, disse: "Caminhas pois tens um bom Guia. ó Senhor, eu vos agradeço e bendigo pela graça que me concedestes poder viver'. E foi recebida na Corte Celeste. Era Senhora Pobre e tinha 60 anos de vida.

Dois anos após a sua morte, o papa Alexandre IV canonizou-a em Anagni. Era o ano de 1255.




Oração a Santa Clara

Querida Santa Clara, que fostes motivo de alegria e orgulho santo para vossos pais e irmãs, que soubestes retribuir-lhes o amor e a dedicação com que vos cercaram desde o berço, eu vos consagro minha família e todos que comigo convivem.

Bem vedes, querida santa Clara como são difíceis os tempos em que vivemos, onde o amor e a fidelidade familiar, tornam-se quase impossíveis. Sei, contudo, que a Deus nada é impossível e que, com fé e confiança, tudo se alcança. Por isso, imploro confiante: visitai nosso lar, permanecei conosco, e já que sois mais clara que vosso próprio nome, auxiliai-nos a clarear nossa mente e nosso coração, para que possamos permanecer unidos entre nós, e, sobretudo, permanecer fiéis a Deus. Ide a Nosso Senhor Jesus Cristo e dizei-lhe uma palavra em nosso favor! Santa Clara, rogai por nós!

Amém.
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