Ex-pastor "evangélico" explica porque a Missa é totalmente bíblica


Scott Hahn compartilhando seu testemunho na Catedral de Westminster, Londres

Conheça o impressionante depoimento de Scott Hahn, ex-ministro presbiteriano, autor, entre muitos outros, do livro autobiográfico "O Banquete do Cordeiro", que conta em detalhes a trajetória de sua conversão à Igreja de Jesus Cristo. O texto abaixo é um trecho desta obra, que recomendamos vivamente.

"Ali estava eu, incógnito, um ministro protestante à paisana, esgueirando-me nos fundos de uma capela em Milwaukee para participar pela primeira vez da Missa. A curiosidade me arrastara até lá e eu ainda não tinha certeza de que fosse uma curiosidade saudável. Ao estudar os escritos dos primeiros cristãos, encontrei inúmeras referências à “liturgia”, à “Eucaristia”, ao “sacrifício”. Para aqueles primeiros cristãos, separada do acontecimento que os católicos de hoje denominam “Missa”, a Bíblia – o livro que eu mais amava – era incompreensível.

Eu queria entender os cristãos primeiros, mas não tinha nenhuma experiência de liturgia. Por isso, persuadi a mim mesmo a ir ver, como uma espécie de exercício acadêmico, mas jurando o tempo todo que não ia me ajoelhar nem participar de idolatria.

Sentei-me na obscuridade, em um banco bem no fundo daquela capela no subsolo. À minha frente havia um número considerável de fiéis, homens e mulheres de todas as idades. Impressionaram-me suas reflexões e sua evidente concentração na oração. Então um sino soou e todos se levantaram quando o padre surgiu de uma porta ao lado do altar. Hesitante, permaneci sentado. Durante anos, como calvinista evangélico, fui instruído para acreditar que a Missa era o maior sacrilégio que alguém poderia cometer. Tinha aprendido que a Missa era um ritual com o propósito de “sacrificar Jesus Cristo outra vez”. Por isso, eu seria um espectador, ficaria sentado, com a Bíblia aberta ao meu lado.

Entretanto, à medida que a Missa prosseguia, alguma coisa me tocou. A Bíblia não estava só ao meu lado. Estava diante de mim – nas palavras da Missa! Um versículo era de Isaías, outro dos Salmos, outro de Paulo. A experiência era prodigiosa. Eu queria interromper tudo e gritar: “Ei! Posso explicar o que está acontecendo a partir das Escrituras? Isso é maravilhoso!” Não obstante, mantive minha posição de espectador à parte até que ouvi o sacerdote pronunciar as palavras da consagração: “Isto é o meu corpo… Este é o cálice do meu sangue”.

Eu senti todas as minhas dúvidas se esvaírem. Quando vi o sacerdote elevar aquela hóstia branca, percebi que uma prece subiu de meu coração em um sussurro: “Meu Senhor e meu Deus. Sois realmente vós!”

A partir daquele ponto, fiquei, por assim dizer, tolhido. Não imaginava uma emoção maior que a que aquelas palavras provocaram em mim. Porém a experiência intensificou-se um momento depois, quando ouvi a congregação repetir: “Cordeiro de Deus… Cordeiro de Deus… Cordeiro de Deus”, e o sacerdote responder: “Eis o Cordeiro de Deus…”, enquanto elevava a hóstia.

Em menos de um minuto a frase “Cordeiro de Deus” ressoou quatro vezes. Graças a longos anos de estudos bíblicos, percebi imediatamente onde eu estava. Estava no livro do Apocalipse, no qual Jesus é chamado Cordeiro nada menos que vinte e oito vezes em vinte e dois capítulos. Estava na festa de núpcias que João descreve no final do último livro da Bíblia. Estava diante do trono do Céu, onde Jesus é saudado para sempre como o Cordeiro. Entretanto, não estava preparado para isso – eu estava na Missa!


Voltei à Missa no dia seguinte e no outro dia e no outro. Cada vez que voltava, eu “descobria” mais passagens das Escrituras consumadas diante dos meus olhos. Contudo, naquela capela escura, nenhum livro me era tão visível quanto o da revelação de Jesus Cristo, o Apocalipse, que descreve a adoração dos anjos e santos do Céu. Como nesse livro, vi, naquela capela, sacerdotes paramentados, um altar, uma assembléia que entoava: “santo, santo, santo”. Vi a fumaça de incenso, ouvi a invocação de anjos e santos; eu mesmo entoava os aleluias, pois me sentia cada vez mais atraído a essa adoração. Continuei a me sentar no último banco com minha Bíblia e mal sabia para onde me voltar – para a ação no Apocalipse ou para a ação no altar, que pareciam cada vez mais ser exatamente a mesma.

Mergulhei com vigor renovado em meu estudo do cristianismo antigo e descobri que os primeiros bispos, os Padres da Igreja, tinham feito a mesma “descoberta” que eu fazia a cada manhã. Eles consideravam o livro do Apocalipse a chave da liturgia e a liturgia a chave do livro do Apocalipse. Alguma coisa intensa aconteceu com o estudioso e crente que eu era. O livro da Bíblia que eu achava mais desconcertante – o do Apocalipse – agora elucidava as idéias mais fundamentais de minha fé: a idéia da aliança como elo sagrado da família de Deus. Além disso, a ação que eu considerava a maior das blasfêmias – a Missa – agora se revelava o acontecimento que ratificou a aliança de Deus: “Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança”.

Eu estava aturdido com a novidade de tudo aquilo. Durante anos tentei compreender o livro do Apocalipse como uma espécie de mensagem codificada a respeito do fim do mundo, a respeito do culto no Céu distante, a respeito de algo que, em sua maioria, os cristãos não poderiam experimentar aqui na terra. Agora, depois de duas semanas de comparecimento diário à Missa, eu me via querendo levantar durante a liturgia e dizer: “Ei, pessoal. Quero lhes mostrar onde vocês estão no livro do Apocalipse! Consultem o capítulo 4, versículo 8. Agora mesmo vocês estão no Céu”.

No Céu agora mesmo! Os Padres da Igreja mostraram que essa descoberta não era minha. Pregaram a respeito há mais de mil anos. Entretanto, eu estava convencido de que merecia o crédito pela redescoberta da relação entre a Missa e o livro do Apocalipse. Então descobri que o Concílio Vaticano II tinha me passado para trás. Reflita nestas palavras da Constituição sobre a Sagrada Liturgia:

Na liturgia terrena, antegozando, participamos da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual, peregrinos, nos encaminhamos. Lá, Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do tabernáculo verdadeiro; com toda a milícia do exército celestial entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos Santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareçamos com ele na Glória.

Espere um pouco. Isso é Céu. Não, isso é a Missa. Não, é o livro do Apocalipse. Espere um pouco: isso é tudo o que está acima.

Esforcei-me bastante para ir devagar, cautelosamente, com o cuidado de evitar os perigos aos quais os convertidos são suscetíveis, pois eu estava depressa me convertendo à fé católica. Contudo, essa descoberta não era produto de uma imaginação superexcitada; era o ensinamento solene de um concílio da Igreja Católica. Com o tempo, descobri que era também a conclusão inevitável dos estudiosos protestantes mais rigorosos e honestos. Um deles, Leonard Thompson, escreveu que “até mesmo uma leitura superficial do livro do Apocalipse mostra a presença da linguagem litúrgica disposta em forma de culto… A linguagem de culto desempenha importante papel na coerência do livro”. Bastam as imagens da liturgia para tornar esse extraordinário livro compreensível. As figuras litúrgicas são essenciais para sua mensagem, escreve Thompson, e revelam “algo mais que visões de ‘coisas que estão por vir’”.

O livro do Apocalipse tratava de Alguém que estava por vir. Tratava de Jesus Cristo e sua “segunda vinda”, a forma como, em geral, os cristãos traduziram a palavra grega parousia. Depois de passar horas e horas naquela capela de Milwaukee, em 1985, aprendi que aquele Alguém era o mesmo Jesus Cristo que o sacerdote católico erguia na hóstia. Se os cristãos primitivos estavam certos, eu sabia que, naquele exato momento, o Céu tocava a terra. “Meu Senhor e meu Deus. Sois realmente vós!”.

A partir daquele ponto da Missa, fiquei, por assim dizer tolhido. Não imagino uma emoção maior do que aquelas palavras provocaram em mim. Porém a experiência intensificou-se um momento depois, quando ouvi a congregação repetir: Santo,Santo,Santo, Senhor Deus do Universo…

Meu Deus,eu que estudara o Apocalipse durante 20 anos,entendia muito bem o que estava acontecendo ali… o Céu baixava-se naquele local para celebrar com os católicos!

Mais aturdido ainda fiquei quando ouvi toda assembléia proclamar: 'Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós… Dai-nos a Paz!', e o sacerdote responder: 'Eis o Cordeiro de Deus; eis Aquele que tira o pecado do mundo!'

Em menos de um minuto a frase 'Cordeiro de Deus' ressoou quatro vezes. Graças aos longos anos de estudos bíblicos, percebi imediatamente onde eu estava. Estava no livro do Apocalipse, no qual Jesus é sempre chamado Cordeiro. Estava na Festa de Núpcias que João descreve no Apocalipse. Estava diante do Trono do Céu, onde Jesus é saudado para sempre como Cordeiro. Entretanto,eu não estava preparado para isso – EU ESTAVA NA SANTA MISSA DO SENHOR!

Voltei à Missa no dia seguinte, e no outro dia e no outro. Cada vez que voltava, eu descobria mais passagens das Escrituras consumadas diante de meus olhos.

Mergulhei com vigor renovado em meu estudo do cristianismo antigo e descobri que os primeiros padres e bispos da Igreja, haviam feito a mesma descoberta que eu fazia a cada manhã. Eles consideravam o livro do Apocalipse a chave da Liturgia. Alguma coisa intensa acontecia com o estudioso e crente que eu era. ALÉM DISSO, A MISSA, QUE EU ACHAVA A MAIOR DAS BLASFÊMIAS, agora se revelava no acontecimento que ratificou a Aliança com Deus: 'Este é o Cálice de meu Sangue…'

Eu estava aturdido com a novidade de tudo aquilo. Em meio a crianças chorando e correndo dentro da igreja, para cá e acolá; em meio a um coral destoado nas vozes; em meio a mulheres vestidas como se fossem para a praia, o Céu se une com os católicos para celebrarem o Banquete do Cordeiro.

Depois de duas semanas de comparecimento diário à Missa, eu me via querendo levantar durante a Liturgia e dizer: “Ei pessoal! Quero lhes mostrar onde vocês estão no livro do Apocalipse! Consultem o capítulo 4, versículo 8; agora mesmo vocês verão que estão no Céu!”.

Verdadeiramente me converti à Igreja Católica, e descobri que os padres é que descobriram toda essa riqueza, e não eu. Descobri que o Concílio Vaticano II tinha me passado para trás, quando diz: 'Na Liturgia terrena, antegozando, participamos da Liturgia Celeste, que se celebra na Cidade Santa de Jerusalém, para a qual, peregrinos, nos encaminhamos. Lá, Cristo está sentado à direita do Pai, Ministro do Santuário e do Tabernáculo verdadeiro; com toda Milícia do Exército Celestial entoamos um hino de Glória ao Senhor e, venerando a memória dos Santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareçamos com ele na Glória'."

Fonte: Portal Catedral Sagrado Coração de Jesus

Mais três bispos anglicanos retornam à Igreja Católica e abrem onda de conversões ao catolicismo

Nossa Senhora de Walsingham: Padroeira da Inglaterra

Três “bispos” anglicanos renunciaram à sua denominação e ingressaram formalmente na Igreja Católica, em Londres, conforme noticiou o The Telegraph.

Eles foram acompanhados na conversão por representantes de 20 paróquias, entre as quais três freiras expulsas do santuário anglicano da Padroeira daquele país, Nossa Senhora de Walsingham, quando anunciaram a sua conversão.

Os três ex-bispos anglicanos serão ordenados padres católicos. Um deles será colocado à frente do Ordinariato Pessoal, agora criado para a Inglaterra e País de Gales, para acolher na plena Comunhão Católica aos ex-anglicanos que não param de chegar.


Cerimônia na catedral de Westminster, Londres


O gesto foi considerado como a abertura simbólica de um processo de conversão à Igreja Católica que envolverá na primeira fase por volta de 1.000 eclesiásticos, “bispos” e “sacerdotes” e incontáveis fiéis, chocados pela “ordenação” de mulheres e “sagração” de homossexuais na Igreja Anglicana.

Os novos católicos de tendência tradicionalista entraram na estrutura do Ordinariato criada especialmente para eles.

A multidão apertada na grande Catedral de Westminster aplaudiu quando os ex-“bispos” de Fulham, Ebbsfleet e Richborough, receberam a Santa Comunhão.

A Irmã Wendy Renata disse se sentir “fantástica” após ser recebida na Igreja Católica. “Eu quis isso durante anos. Afinal consegui”, acrescentou.

Aguarda-se que na Páscoa sejam ordenados pelo menos 50 sacerdotes que abandonaram a denominação herética.

Obviamente, há muitas disputas a respeito da propriedade e do uso de antigas igrejas anglicanas que ficaram ou ficarão sem clero e sem fiéis.

Fonte: IPCO.Org


Rádio Vaticana (15/1/2011) - Em conformidade com as disposições da Constituição Apostólica Anglicanorum Coetibus, do Papa Bento XVI, após cuidadosa consulta com a Conferência Episcopal da Inglaterra e País de Gales, a Congregação para a Doutrina da Fé erigiu, em data de hoje, um Ordinariato Pessoal no território de Inglaterra e País de Gales, para aqueles grupos de pastores e fiéis anglicanos que exprimiram o seu desejo de entrar na plena Comunhão visível com a Igreja Católica. O Decreto que institui o Ordinariato especifica que esse será denominado “Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham” e terá como patrono o Beato John Henry Newman.

Um Ordinariato Pessoal é uma estrutura canônica que consente uma reunião em forma corporativa, permitindo àqueles que eram anglicanos entrarem na plena Comunhão com a Igreja Católica, conservando elementos do seu característico patrimônio anglicano. Com essa estrutura, a Constituição Apostólica Anglicanorum Coetibus visa assegurar, por um lado, o intento de salvaguardar, no interior da Igreja Católica, as venerandas tradições litúrgicas, espirituais e pastorais anglicanas e, por outro lado, o fato de que estes novos grupos e os respectivos pastores, sejam plenamente integrados na Igreja Católica.

Por razões doutrinais, a Igreja não admite em caso algum a ordenação episcopal de homens casados. Em todo o caso, a Constituição Apostólica prevê, em certas condições, a ordenação como sacerdotes católicos, de ministros casados ex-anglicanos. No sábado, 15 de janeiro, em Londres, na catedral de Westminster, D. Vincent Nichols, Arcebispo de Westminster, ordenou sacerdotes católicos três ex-bispos anglicanos: o Rev. Andrew Burnham, o Rev. Keith Newton e o Rev. John Broadhurst.

Nessa mesma data, o Papa Bento XVI nomeou o Rev. Keith Newman como primeiro Ordinário do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham. O Rev. Newman, juntamente com o Ver. Burnham e o Ver. Broadhurst, cuidarão da preparação catequética dos primeiros grupos de anglicanos da Inglaterra e País de Gales, que na Páscoa foram recebidos na Igreja Católica, juntamente com os seus pastores, assim como também o acompanhamento dos ministros que se estão preparando para serem ordenados no sacerdócio católico por alturas do Pentecostes.

A regulamentação desta nova estrutura é coerente com o empenho a favor do diálogo ecumênico, que continua a ser uma prioridade para a Igreja Católica. A iniciativa que levou à publicação da Constituição Apostólica e à ereção do referido Ordinariato Pessoal veio da parte de diversos grupos de anglicanos, que tinham declarado partilhar a comum fé católica, tal como se encontra expressa no Catecismo da Igreja Católica, reconhecendo também o Ministério Petrino como querido pelo próprio Cristo para a sua Igreja. Chegou por isso o momento de exprimir tal unidade implícita na forma visível da plena Comunhão.

O Reverendo Keith Newton, nomeado pelo Santo Padre como primeiro Ordinário do Ordinariato Pessoal agora criado, tem 58 anos, nasceu em Liverpool, em 1952, é casado, e tem três filhos. Ordenado diácono na Igreja Anglicana, em 1975, e presbítero dois anos depois, desempenhou diversos ministérios em Inglaterra e também no Malawi. Ordenado bispo anglicano em 2002, foi bispo auxiliar do Arcebispo de Cantuária, George Carey, primaz da Comunhão Anglicana, até 2010.

Juntamente com a esposa, foi acolhido na plena Comunhão com a Igreja Católica, na Catedral de Westminster, da parte de D. Alan Hopes, auxiliar do Arcebispo de Westminster.

Por que participar da Missa todos os domingos?


Quando, no cair da tarde de um domingo, as vias de acesso a uma de nossas grandes cidades congestionam-se com milhares de carros que retornam de um fim de semana no litoral ou no campo, uma pergunta me ocorre, e já nasce triste no meu coração: quantos desses homens e mulheres,sejam maduros, jovens ou crianças, terão ido à Missa, hoje ou ontem à tarde?

E a tristeza se acentua quando vou ao shopping e vejo a imensidão de pessoas que se entregam com tanta voracidade ao consumismo desenfreado. São grandes filas para comer um sanduíche numa lanchonete, para entrar nas salas de cinema, e/ou para aproveitar alguma liquidação na loja da moda...

Também me surpreendo quando passeio por certos pontos da cidade e vejo as enormes filas que dão voltas nos quarteirões, milhares e milhares de pessoas à espera da sua vez para entrar num estádio de futebol: multidões que parecem pensar que o destino do Universo depende unicamente das peripécias de uma bola e da emoção de um gol... Claro que eu não condeno o lazer ou o prazer de um bom passeio, nem sou contra quem vai assistir a um bom filme no cinema, e muito menos poderia ser contra o esporte ou a prática de atividades esportivas. Tudo isso pode ser muito bom e muito saudável. Mas... quantas dessas pessoas, que superlotam os parques e shoppings, terão se lembrado de Deus nas suas horas de folga e de lazer?

Quantos, no dia seguinte, voltarão ao trabalho realmente refeitos, não só de corpo como também de alma? Quantos destes poderiam se enquadrar na famosa frase de Santo Agostinho: “Meu coração está inquieto,e não descansará enquanto não repousar somente em Ti”?

Perdeu-se a noção da dignidade e da importância diferenciada do domingo, como o momento insubstituível de culto ao Divino, e também de descanso espiritual, tanto para o indivíduo quanto para a família. Em nossas consciências está se esvaziando do seu real conteúdo o Dia do Senhor. E com esse esvaziamento compromete-se um importantíssimo valor cristão.

Essa é a origem etimológica da palavra domingo: Dies Domini. Não está em jogo aqui uma questão desnecessária, de menor importância. A participação atenta, profunda e proveitosa na Santa Missa é uma condição indispensável para a autêntica vida cristã! Assim o lembrou o Papa João Paulo II: “Tomem a sério o convite que a Igreja lhes dirige, com caráter obrigatório, para participar todos os domingos da Santa Missa”...

Que todo domingo seja configurado por essa nossa Fonte de Energia, como dia consagrado ao Senhor. A Ele pertence nossa vida, e somente a Ele se deve a nossa adoração. Todo domingo é uma maravilhosa oportunidade que nos é dada, de beber dessa Fonte, nesse processo de “recarregar baterias” espirituais no dia consagrado ao Senhor. Um momento para refazer as forças do corpo e do espírito, mudando as nossas atividades habituais, deixando a rotina (muitas vezes massacrante) de lado.


Desculpas para o não cumprimento do preceito dominical

Já ouvi dizer que o comparecimento à Missa pode atrapalhar a necessidade de descanso, lazer e/ou integração social. Colocam-se à frente de Deus: a festinha de aniversário, o churrasco, o futebol, o lazer, as atividades sociais... Alguém que realmente pensa assim simplesmente não compreende que as duas coisas, Missa e descanso, não são opostas, mas devem se completar!

O passeio, o esporte, o lazer e o repouso são oportunidades para o ser humano serenar corpo e espírito, e se colocar, assim, em condições ideais para entrar em Comunhão com o Criador. E ir à santa Missa, colher os frutos maravilhosos que só a Celebração Eucarística e a Comunhão com Deus pode nos oferecer.

Fonte:
CINTRA, Luiz Fernando. Por que ir à Missa aos Domingos? São Paulo: Quadrante, 1989, pp. 3, 4

Ex-modelo britânica decide se tornar freira


A cada ano, na Grã-Bretanha, um número pequeno mas cada vez maior de jovens mulheres está deixando para trás suas carreiras, namorados e posses para se dedicar totalmente à religião.

Catherine disse à agência BBC de Londres que se considera uma típica menina britânica, que gosta de ser mimada. Com muitas das suas amigas, a jovem de 25 anos passou os últimos anos viajando, fazendo festas e estudando para ganhar o diploma em Letras pela universidade King's College de Londres.

Ela trabalhou como modelo, mas esse tipo de experiência, segundo ela, não trouxe a satisfação que buscava. Catherine decidiu dedicar sua vida a Deus e virar freira, um desejo que tinha desde os quatro anos de idade.

"Eu fui aos castings e eles sempre queriam que eu fizesse desfiles de passarela", afirma Catherine. "Eu lembro que depois de receber meu primeiro cachê eu fui para casa e me senti muito vazia. Eu pensava: 'é só isso?' Não era tão bom quanto eu imaginava que seria. Eu adoro as pessoas e adoro me divertir, mas isso não é tudo na vida."


Matrimônio e maternidade

Catherine tem frequentado o mosteiro de St. Dominic, em New Forest, sul da Inglaterra, que recebe visitantes e oferece retiros espirituais. No ano passado, apenas 20 mulheres estavam se preparando para virar freiras na Grã-Bretanha, segundo a entidade Conference of Religious, que representa a maioria das comunidades religiosas do país. Destas, 14 tinham entre 20 e 40 anos. Nos últimos cinco anos, no entanto, o número de mulheres com menos de 40 anos se preparando para virar freiras aumentou de 42% para 70%, segundo dados oficiais.

As irmãs dominicanas em St. Dominic passam a maior parte dos seus dias rezando. Elas também saem do convento para espalhar a palavra de Deus. O principal fator que tem levado Catherine a ponderar quanto à vocação é o abrir mão do matrimônio e da maternidade. "Se você é romântica, você gostaria de casar, e isso é um sacrifício de verdade", afirma Catherine.

"Eu me sinto dividida, puxada em duas direções opostas. Me disseram que eu seria uma boa esposa e mãe, e eu adoraria isso, se for o que Deus quer. Eu tenho rezado pedindo: 'me dê mais desejo para uma coisa do que a outra, para eu entender qual é o meu chamado'."


"Bebedeiras, namorados e festas"

O priorado de St. Dominic recebe novas irmãs uma vez por ano, e a organização precisa se certificar de que todas as novatas se adaptarão bem à sua comunidade.

A irmã Hyacinthe cuida das jovens que estão interessadas em virar freiras. - "Não existem parâmetros definidos para pessoas que querem virar freiras e se encaixam na vocação", diz ela. "As jovens que vêm aqui vivem uma vida normal, com bebedeiras, namorados e festas. Elas geralmente já tiveram isso, ou ainda estão vivendo isso, e ainda assim elas buscam algo a mais".

Catherine tinha esperanças de se juntar à organização ainda neste ano, mas as irmãs de St. Dominic recomendaram que ela espere mais um tempo, até ter certeza absoluta da sua vocação. "Nós esperamos e rezamos para que ela volte", diz a irmã Hyacinthe. "Isso também é um teste. Ela realmente quer se juntar a nós, mas será que ela vai querer isso daqui a seis meses? Se não quiser, isso será um bom sinal para nós de que não era para ser. Precisa ser uma decisão que venha acima de todas as outras opções que o mundo oferece".

Por ora, Catherine está estudando na escola católica de evangelização de Londres e diz estar gostando da viagem. "Pode ser frustrante não saber sempre o que o futuro trará", diz ela. "Mas não se pode entrar se não estiver com 100% de certeza. Nunca fui uma pessoa paciente, e Deus está me ensinando a ser paciente".


Lésbicas ativistas profanam Capela na Espanha





Setenta jovens foram à Capela da Universidade Complutense de Madrid, proferindo insultos contra a Igreja Católica, o Papa e o clero, enquanto algumas garotas que faziam parte da profanação se despiram ao redor do Altar, ante os frenéticos aplausos das demais participantes.

Conforme noticiou o jornal espanhol ABC, uma aluna da faculdade de ciências econômicas, que foi testemunha dos fatos, porque estava rezando na Capela do Campus de Somosaguas da universidade madrilenha, disse que as jovens ao redor do Altar fizeram alarde de sua tendência homossexual.

Os vândalos ingressaram com um megafone na sala de espera da Capela. O capelão tentou pedir a elas que diminuíssem o barulho, mas foi sacudido pela turma, tomada pela histeria.

No lugar santo, as agressoras leram textos e frases que, segundo gritavam, eram de autores cristãos sobre a mulher. Também deram leitura a um "manifesto" com afirmações e julgamentos contra a Igreja e seus ensinamentos, e puseram pôsteres nos murais à entrada da Capela e nos seus bancos. Tudo foi fotografado e filmado. Aqui podem ser vistas algumas fotos.

Uma aluna da universidade citada pela ABC, que não quis divulgar seu nome por temor a represálias, assinalou que “independente das crenças religiosas de cada um, não resisto em elevar a voz diante de um fato tão lamentável. O que teria acontecido se algo assim acontecesse numa mesquita? Essas pessoas saibam que os católicos nunca responderiam à provocação com provocação para defender-se. (...) Como é fácil e covarde agir no anonimato!.

Será assim tão fácil calar os católicos? Será que devemos continuar aceitando tudo, desrespeito, intimidação movimentos e gestos que ofendem nossos sentimentos religiosos? Nós, católicos, que respeitamos todas as opções religiosas e não ofendemos ninguém?".

O Reitorado da Universidade Complutense condenou a profanação da Capela do Campus de Somosaguas e anunciou uma investigação “para delimitar possíveis responsabilidades”.

O jornal ABC assinala que esta agressão não é nova, já que ao início da semana as paredes e portas do recinto apareceram pichadas com insultos aos católicos, o que também foi fotografado.

Em uma nota, o Arcebispado de Madrid rechaçou a profanação da Capela, destacando que “Estas ações são um atentado à liberdade de culto e profanação de um lugar sagrado. É indigno que, em uma sociedade democrática onde se pede respeito às pessoas, jovens possam manchar com este tipo de comportamentos o bom nome e o trabalho da comunidade universitária”.

O Papa e a teologia da libertação (TL)


A teologia da libertação é uma corrente de pensamento dita teológica surgida no chamado terceiro mundo e nas periferias pobres, a partir dos anos 1970, baseada na luta contra o capitalismo e na "libertação" dos pobres. - "Libertação", neste caso, não espiritual, mas material. - Parece-se muito mais com política do que com espiritualidade cristã. Desenvolveu-se inicialmente na América Latina. É fortemente influenciada pela visão marxista e socialista das realidades do mundo. Descartada como inadequada pela Igreja e condenada pelos Papas João Paulo II e Bento XVI, mesmo assim, a teologia da libertação (TL) continua bem viva e, atualmente, domina as universidades católicas, representada por professores e intelectuais pouco comprometidos com doutrina e espiritualidade. É defendida também por padres e está presente em diversos setores da Igreja Católica, especialmente no Brasil e na América Latina.

Oficialmente, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou dois documentos sobre essse tipo de teologia: o Libertatis Nuntius (1984) e o Libertatis Conscientia (1986). Estes documentos ressaltam a importância do compromisso radical da Igreja para com os pobres, mas declaram a teologia da libertação herética, porque ela faz uma releitura marxista, materialista e atéia dos acontecimentos espirituais. E também porque a Igreja não pode admitir que a sublime Mensagem do Evangelho de Jesus Cristo, Palavra de Deus, seja reduzida a uma mera ideologia política entre outras ideologias meramente humanas e mundanas. Isto é absolutamente incompatível com a doutrina cristã e católica, especialmente quando a TL afirma que "só seria possível alcançar a redenção cristã com um compromisso político"(!).

O Papa João Paulo II deixou muito clara sua posição a respeito desta linha de pensamento, em diversas oportunidades: "Sem resposta para a fome da verdade, sem a cura das doenças da alma, ferida por causa da mentira, ou, numa palavra, sem a Verdade e sem Deus, o homem não pode se salvar. Aqui descobrimos a essência da mentira do demônio. Deus aparece na visão de mundo da teologia da libertação como supérfluo, desnecessário à salvação do homem. Deus é um luxo dos ricos. Segundo eles, a única coisa decisiva é o pão, a matéria. O centro do homem seria o estômago" (Curso de Exercícios Espirituais realizado no Vaticano na presença de S.S. João Paulo II, 1986).

O nosso Sumo-Pontífice atual, o Papa Bento XVI, é considerado o maior teólogo vivo do planeta, com oito doutorados. Ele domina pelo menos seis idiomas (alemão, italiano, francês, latim, inglês e espanhol-castelhano), mas também possui conhecimentos de português, lê grego antigo e hebraico.

O Papa é membro de diversas academias científicas da Europa, como a Académie des Sciences Morales et Politiques (França) e é também cidadão honorário das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006) e Ratisbona (2006). Também é pianista, com preferências por Bach e Mozart. Foi incluído pela revista Time como sendo uma das pessoas mais influentes do mundo.

Mas o principal é que ele é nosso Papa, o sucessor de Pedro e o pastor de almas de todos os verdadeiros cristãos católicos (se algum irmão 'evangélico' vê problema nisso, leia João 21, 27) . A partir do momento em que consideramos descartável ou supérfluo o que o Papa fala, deixamos de ser católicos, e nos tornamos muito parecidos com os que seguem seitas ditas "evangélicas".

Neste post, veremos como o nosso Papa Bento XVI, este preparadíssimo homem de Deus, esclarece os católicos, à perfeição, a respeito da teologia da libertação, através de suas declarações em ocasiões diversas:

«Porventura não existe uma tendência, também entre nós, de adiar o Anúncio da Verdade de Deus, para antes fazer as coisas 'mais necessárias'? Vemos, porém, que um desenvolvimento econômico sem desenvolvimento espiritual destrói o homem e o mundo!» - RATZINGER, Cardeal Joseph. O Caminho Pascal, São Paulo: Loyola, 1986, p. 15

«Encontramo-nos, em resumidas contas, em uma situação singular: a teologia da libertação tentou dar ao cristianismo uma nova praxe, mediante a qual finalmente teria lugar a redenção. Mas essa praxe deixou, atrás de si, ruínas em lugar de liberdade. Fica o relativismo e a tentativa de nos conformar com ele. Mas o que assim nos oferece é tão vazio que as teorias relativistas procuram ajuda na teologia da libertação, para, a partir dela, poder ser levadas à prática.» - Conferência em Guadalajara (México - 11/1996)

«Não se pode tampouco localizar o mal principal e unicamente nas estruturas sociais, econômicas ou políticas más, como se todos os outros males se derivassem dessas estruturas, de sorte que a criação de um 'homem novo' dependesse da instauração de estruturas econômicas e sociais e políticas diferentes. Certamente há estruturas iníquas e geradoras de iniquidades, e é preciso ter valentia para mudá-las. Frutos da ação do homem, as estruturas, boas ou más, são consequências antes de ser causas. A raiz do mal reside, pois, nas pessoas livres e responsáveis, que devem ser convertidas pela Graça de Jesus Cristo, para viver e atuar como criaturas novas, no amor ao próximo, a busca eficaz da justiça, do domínio de si e do exercício das virtudes.»

«Quando fica como primeiro imperativo a revolução radical das relações sociais e se questiona, a partir daqui, a busca da perfeição pessoal, entra-se no caminho da negação do sentido da pessoa e de sua transcendência, e se arruína a ética e seu fundamento, que é o caráter absoluto da distinção entre o bem e o mal. Por outra parte, sendo a caridade o princípio da autêntica perfeição, esta última não pode conceber-se sem abertura aos outros e sem espírito de serviço.»

«Recordemos que o ateísmo e a negação da pessoa humana, de sua liberdade e de seus direitos, estão no centro da concepção marxista. Esta contém, pois, enganos que ameaçam diretamente as verdades da fé sobre o destino eterno das pessoas. Ainda mais, querer integrar na teologia uma 'análise' cujos critérios de interpretação dependem desta concepção ateia (como faz a TL) é encerrar-se em ruinosas contradições. O desconhecimento da natureza espiritual da pessoa conduz a subordiná-la totalmente à coletividade e, portanto, a negar os princípios de uma vida social e política de acordo com a dignidade humana.»

«Esta concepção totalizante impõe sua lógica e arrasta às 'teologias da libertação' a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem. Em efeito, o núcleo ideológico, tirado do marxismo, ao qual faz referência, exerce a função de um princípio determinante. Esta função se deu em virtude da qualificação de científico, quer dizer, de necessariamente verdadeiro, que se lhe atribuiu.»

«As 'teologias da libertação', que têm o mérito de ter valorizado os grandes textos dos Profetas e do Evangelho sobre a defesa dos pobres, conduzem a um amálgama ruinoso entre o pobre da Escritura e o proletariado de Marx . Por isso, o sentido cristão do pobre se perverte, e o combate pelos direitos dos pobres se transforma em combate de classe na perspectiva ideológica da luta de classes. A Igreja dos pobres significa, assim, uma 'igreja de classe' (uma espécie de partido político), que tomou consciência das necessidades da luta revolucionária como etapa para a libertação e que celebra esta libertação em sua liturgia.» - Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação Libertatis Nuntius

Está mais do que claro o que o católico de verdade pensa a respeito da teologia da libertação: para o lixo com ela!


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Jornal Folha de São Paulo (03/12/2009) - por Hélio Schwartsman

O primeiro milagre do "heliocentrismo" - Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter deste jornal, decidimos abrir uma igreja. Com o auxílio técnico do departamento jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo & Gasparian Advogados, foi o que fizemos. (Veja só como foi fácil!)

Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos, e esperar cinco dias úteis. É tudo muito simples. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis. Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado Evangélio (assim mesmo, terminando em 'lio' e não em 'lho') e do seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores.

Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de todo os bens colocados em nome da "igreja". Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus pastores. Uma vez "ungidos", eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório e até direito a prisão especial. Já "consagrei" meus filhos Ian e David como ministros religiosos!

Veja mais em Folha.Uol


Baseado em texto publicado no Blog do Maiks

Louvor e Consagração ao Sagrado Coração de Jesus - variação



Ó Coração Divino, eu me uno a Vós, e em Vós me escondo.

Não quero mais viver senão de Vós, por meio de Vós e por Vós.

Alma de Cristo,

Santificai-me;

Corpo de Cristo,

Salvai-me;

Sangue de Cristo,

Inebriai-me;

Água do lado de Cristo,

Lavai-me;

Paixão de Cristo,

Confortai-me;

Ó bom Jesus,

Escutai-me;

Dentro de vossas Chagas,

Escondei-me;

Não permitais que de vós me aparte;

Do espírito maligno, defendei-me;

Na hora da morte, chamai-me;

Que só em Vós confio,

E somente a Vós eu tenho no centro de mim,

Jesus,

Centro da minha atenção;

Jesus,

Centro da minha devoção;

Jesus,

Senhor do meu coração e do meu amor devoto;

Jesus,

Meu alfa e meu ômega;

Jesus,

Origem e razão de ser de todas as coisas;

Quando chegar a hora da minha despedida deste mundo,

Chamai-me para junto de Vós;

Para que com os vossos anjos e santos vos louve,

Por todos os séculos dos séculos;

É em teu nome, Senhor do Céu e Príncipe da Glória, que imploro;

Amém.

Sagrado Coração de Jesus, fazei nosso coração semelhante ao vosso!



Reze junto conosco agora, passo a passo!



Ó Coração Divino, eu me uno a Vós, e em Vós me escondo.

Não quero mais viver senão de Vós, por meio de Vós e por Vós.

Alma de Cristo,

Santificai-me;

Corpo de Cristo,

Salvai-me;

Sangue de Cristo,

Inebriai-me;

Água do lado de Cristo,

Lavai-me;

Paixão de Cristo,

Confortai-me;

Ó bom Jesus,

Escutai-me;

Dentro de vossas Chagas,

Escondei-me;

Não permitais que de vós me aparte;

Do espírito maligno, defendei-me;

Na hora da morte, chamai-me;

Que só em Vós confio,

E somente a Vós eu tenho no centro de mim,

Jesus,

Centro da minha atenção;

Jesus,

Centro da minha devoção;

Jesus,

Senhor do meu coração e do meu amor devoto;

Jesus,

Meu alfa e meu ômega;

Jesus,

Origem e razão de ser de todas as coisas;

Quando chegar a hora da minha despedida deste mundo,

Chamai-me para junto de Vós;

Para que com os vossos anjos e santos vos louve,

Por todos os séculos dos séculos;

É em teu nome, Senhor do Céu e Príncipe da Glória, que imploro;

Amém.

Sagrado Coração de Jesus, fazei nosso coração semelhante ao vosso!


Nossa Senhora da Conceição Aparecida


Nossa Senhora da Santa Conceição Aparecida é o título completo que a Igreja dedicou à esta especial devoção brasileira à Santíssima Vigem Maria. Sua festa é celebrada em 12 de Outubro. “Nossa Senhora Aparecida” é a queridíssima Padroeira do Brasil.


E por que “Aparecida”?

Tanto no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida quanto no Arquivo Romano da Companhia de Jesus constam os registros históricos da origem da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A história foi registrada pelo Pe. José Alves Vilela em 1743, e confirmada pelo Pe. João de Morais e Aguiar, em 1757.

A história se inicia em meados de 1717, por ocasião da passagem do Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, pela povoação de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica (atual Ouro Preto - MG). Os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves foram convocados a providenciar um bom pescado para recepcionar o Conde, e partiram a lançar suas redes no rio Paraíba do Sul.

Era 12 de outubro. Eles tentaram muitas vezes, sem conseguir nenhum peixe sequer. Já sem esperança, João Alves lançou uma vez mais sua rede às águas e, ao recolhê-la, percebeu algo insólito: junto à rede viera uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça. Guardaram-na e tornaram a lançar as redes, numa nova tentativa de apanhar peixes, mas o que ocorreu a seguir foi ainda mais extraordinário: a rede retornou com a cabeça da imagem! Envolveram então o achado num lenço. Logo em seguida a pesca se tornou abundante: os humildes pescadores retornaram com o barco abarrotado de peixes.

Durante quinze anos, a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo entre o povo da região, e muitas graças eram alcançadas pelos que rezavam diante da imagem. A fama da intercessão de Nossa Senhora através da devoção à imagem “aparecida das águas” foi se espalhando pelas redondezas e ganhando outras cidades. Diversas vezes, as pessoas que à noite faziam fila diante dela para rezar viam as luzes se apagarem e depois reacenderem, sem intervenção humana. Com o crescente aumento dos visitantes, a família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu.

Oratório que logo se tornou pequeno, e por volta de 1734 o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros, com a ajuda do filho do pescador Felipe Pedroso. Essa capela foi aberta à visitação em 1745, e em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o príncipe Dom Pedro I fez questão de visitar a capela e a imagem de Nossa Senhora.

Em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior, que pudesse acomodar os fiéis que não paravam de aumentar: foi solenemente inaugurada e benzida em dezembro de 1888. Essa igreja é a atual Basílica Velha de Aparecida.

Origem do manto e da coroa - Em 8 de dezembro de 1868, a Princesa Isabel visitou a basílica, e ali fez uma promessa a Nossa Senhora. Em 6 de novembro de 1888, ela retornou e ofertou à imagem, em reconhecimento da promessa atendida, uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, e um manto azul anil ricamente adornado.

A 8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa, e ornamentada com o manto bordado em ouro e pedrarias, símbolos de realeza e patronato. A celebração solene foi dirigida por Dom José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, bispos, o então Presidente da República Rodrigues Alves e muito povo. Depois da coroação, o Papa concedeu ao Santuário de Aparecida mais dois outros favores: Ofício e Missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.


A imagem de Nossa Senhora Aparecida antes do atentado (em preto e branco) e após a restauração (acima)

Em 1928, a vila que se formara ao redor da igreja tornou-se o Municípiode “Aparecida” em homenagem à imagem aparecida das águas, a responsável direta pela criação da cidade.

Nossa Senhora Aparecida foi proclamada Rainha e Padroeira do Brasil em 16 de julho de 1930, por decreto do Papa Pio XI. Pela Lei nº 6.802 (30/6/1980), foi decretado feriado o dia 12 de Outubro, dedicado à devoção da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus. Também através desta lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil.

Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”. O Papa Bento XVI repetiu este mesmo gesto oferecendo outra Rosa em 2007, em sua viagem apóstolica ao Brasil, reconhecendo o valor da santa devoção.


A Imagem

A imagem aparecida das águas do Paraíba em 1717 é de terracota, tem cor de canela e mede 40cm de altura. É de estilo seiscentista. Especialistas acham que originalmente era colorida, como as imagens da época, mas devido à permanência no fundo do rio a pintura tenha se perdido. A argila utilizada na confecção da imagem é da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo.

Em 1978 a imagem sofreu um atentado e foi quebrada em quase duzentas partes. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.


Primeiros milagres

Velas - Por volta de 1733, estando a noite serena e sem brisa alguma, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha quis reacendê-las, mas não pôde, pois elas reacenderam “sozinhas”. Este é o primeiro milagre conhecido envolvendo a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Quebrando grilhões - Em 1850 o escravo Zacarias, acorrentado, passando pela igreja da imagem Aparecida pediu ao feitor permissão para rezar. Autorizado, o escravo rezou fervorosamente diante da imagem. Durante a oração, as correntes soltaram-se de seus pulsos, libertando-o.

A menina cega - Mãe e filha caminhavam às margens do Rio Paraíba do Sul (onde aconteceu a descoberta), quando surpreendentemente a filha, cega de nascença, comentou com sua mãe: “Como é linda esta igreja”. Daquele momento em diante, a menina começou a enxergar.

No correr dos anos, muitíssimos milagres e graças ocorreram e continuam ocorrendo pela devoção à Nossa Senhora Aparecida, como comprovamos ao visitar a sala dos milagres na Basílica Nova.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!


# Saber mais sobre a imagem de Nossa Senhora Aparecida

Fontes e bibliografia:
SILVA, Iara Rosa. Devocionário a Nossa Senhora Aparecida. São Paulo: Canção Nova, 2006;
BÖING, Mafalda Pereira. Nossa Senhora Aparecida - A Padroeira do Brasil. São Paulo: Loyola, 2007.

São Francisco de Assis - vida e obra


Francisco nasceu em Assis, na Itália, no ano de 1182. Seu pai era um rico comerciante de tecidos, o que lhe permitiu uma infância e juventude de fartura e a possibilidade de continuar o comércio, como era o desejo do pai. Francisco teve à sua disposição uma vida bem sucedida e de prestígio.

Quando jovem, sempre procurou a realização de grandes ideais, destacando-se junto aos amigos pelo entusiasmo. O dinheiro do pai ajudava em seus projetos: Francisco vestia as melhores roupas, dispunha de vinho e boa comida para promover festas entre amigos. Mas ainda assim buscava uma causa, um propósito que desse sentido à sua vida.

Naquele tempo, devido às desigualdades sociais, ocorreu uma revolta do povo contra os nobres da cidade de Assis. Francisco, assim como muitos jovens de sua época, tomaram partido em favor da causa social do povo. Em socorro dos nobres, Perugia, uma cidade vizinha, mandou um exército bem preparado para defendê-los. Em meio à luta sangrenta, Francisco foi preso, juntamente com os companheiros jovens de Assis, e permaneceu no cárcere por um ano. Seu pai pagou por sua libertação.

De volta a Assis, pouco tempo depois, Francisco se encontrava doente e enfraquecido, e sem um projeto de vida. Foi nesse período que ele se empenhou num outro ideal: a Igreja buscava voluntários para as suas lutas em defesa de territórios. Francisco, inspirado nas histórias de heróis e valentes cavaleiros, procurando por um ideal de justiça, se inscreveu e se preparou com a melhor armadura de cavaleiro.

Após a partida, na primeira noite em que o exército se reuniu junto à cidade de Espoleto, Francisco, que estava ainda doente, febril, ouviu a Deus, que lhe perguntava: "Francisco, a quem deves servir, ao Senhor ou ao servo?" - "Ao Senhor!", respondeu Francisco. - "Então, por que trocas o Senhor pelo Servo?", foi a resposta que ouviu. Francisco, compreendeu então que deveria servir a Deus, abandonou o seu ideal de cavaleiro e retornou a Assis humilhado, recebendo muitas zombarias. Nesse momento parece ter ocorrido o despertar de sua grande vocação.

Francisco foi aos poucos se transformando. Passava muitas horas sozinho, buscava lugares isolados no campo... Quando encontrava um mendigo, doava tudo o que tinha consigo. Aos poucos, foi se habituando à oração. Em seu processo de conversão, sofria as dúvidas e fraquezas humanas, como ocorre com qualquer um de nós. Num momento difícil de sua vida, Francisco encontrou-se no caminho com um leproso, e diante do horror das feridas e do mau cheiro, pensou em fugir. Movido por um grande amor, porém, venceu os obstáculos, voltou-se para o leproso e o abraçou e beijou, reconhecendo nele um irmão. Aprofundava a sua vocação pela oração, pela espiritualidade e pelo amor fraterno.

Numa outra ocasião, achava-se Francisco em oração na Igreja de São Damião, - uma capelinha quase destruída, - e olhando o crucifixo e examinando as paredes caídas ao redor, compreendeu o pedido de Deus: "Francisco, reconstrói a minha Igreja!" - Imediatamente ele aceitou sua grandiosa missão, mesmo que ainda não a compreendesse totalmente.

Para empreender o projeto de reconstruir a Igreja, Francisco retirava recursos do pai. Este, já enfurecido pelas atitudes de Francisco e prevendo o risco de perder seu patrimônio nas mãos do filho que consiederava maluco, abriu um processo perante o Bispo para deserdá-lo. Diante das acusações do pai, na frente do Bispo, e de todos, Francisco, num gesto de completo desapego e humildade, lançou mão das próprias vestes. Nu, devolveu-as ao pai, dizendo: "De hoje em diante tenho somente um Pai, o Pai Nosso do Céu! " Assim devotou plenamente sua atenção e suas melhores energias a Deus.

Francisco passou a reconstruir as igrejinhas caídas, com o trabalho de suas próprias mãos, assentando pedras, comendo do que lhe davam, na mendicância pelas ruas, e adotou como vestes trapos de eremita. Converteu integralmente seu modo de vida.


Os Irmãos - a definição dos carismas

Depois que reconstruiu a Igreja de São Damião, Francisco restaurou também uma capela próxima aos muros de Assis, e depois uma outra, a Igreja de Santa Maria dos Anjos, conhecida como Porciúncula (que significa 'pequena porção de terra'). Nesta, São Francisco decidiu permanecer, armando ao seu lado uma choupana para dormir. Ele tomava um simples "lugar" no mundo, sem constituir nenhuma posse.

Com o tempo, São Francisco veio a compreender que deveria reconstruir a Igreja dos fieis, e não somente as igrejas de pedra. Durante uma Missa, na leitura do Evangelho, ele ouve e entende que os discípulos de Jesus não devem possuir ouro nem prata, nem duas túnicas, nem sandálias... Que devem pregar a Paz e a conversão. No dia seguinte, os habitantes de Assis viram-no chegar, não mais com roupas de eremita, mas com uma túnica simples, uma corda amarrada à cintura e os pés descalços. A todos que encontrava na caminho, dizia: "A paz esteja com vocês!" Francisco assumiu uma vida de apostolicidade, tornando-se um eterno peregrino em sua própria terra.

São Francisco passou a falar da vida de Evangelho nos lugares públicos de Assis. Falava e agia com tamanha fé, que o povo, que antes zombara dele, agora o ouvia com respeito e admiração. E assim Deus quis, que São Francisco tivesse irmãos de conversão. Aos poucos, suas palavras foram tocando os corações. O primeiro foi Bernardo, um nobre e rico antigo amigo seu; depois Pedro Cattani. Estes, agindo conforme diz o Evangelho, também doaram tudo o que tinham aos pobres! Começava ali um dos melhores exemplos de vida em Fraternidade, partilha, pobreza e desapego dos bens materiais que já existiu na história da Igreja, desde os tempos dos Apóstolos.

Quando o grupo chegou a contar com 12 irmãos, São Francisco decidiu ir até Roma e pedir ao Papa autorização para viverem a forma mais pura do Evangelho, conforme o desejo e a escolha que haviam feito. O Papa achou que seria muito duro para eles esse modo de vida, porém deu a permissão, e também os autorizou a pregar. Durante esse período de visita, o Papa teve um sinal profético e reconheceu em Francisco o homem que viu em sonhos, segurando a Igreja como uma coluna.

O tempo passava e muitos outros Irmãos foram se juntando ao grupo, desejando viver conforme Francisco. Os frades fizeram suas habitações em choupanas ao redor da igrejinha da Porciúncula. Dividiam suas atividades em oração, ajuda aos pobres, cuidados aos leprosos e pregações nas cidades. Também se dedicavam às atividades missionárias, indo em dupla a lugares distantes e pagãos; eles eram alegres, pacíficos e amigo dos pobres . Cristalizavam-se as atividades e valores cristãos, tão bem refletidos nas práticas franciscanas.

Uma grande preciosidade para São Francisco e a Ordem dos Frades Menores veio de uma jovem, de família nobre de Assis, chamada Clara. E é claro que já sabemos de quem se trata: uma das santas mais queridas e que é sempre lembrada quando se fala em São Francisco. Ela procurou Francisco pedindo para viver o mesmo modo de vida, segundo o Evangelho. Ele não deixou de ponderar sobre as duras condições a que ela estaria se submetendo, mas a recebeu com grande alegria. Clara, depois de se alojar temporariamente num convento Beneditino, foi morar no pequenino convento ao lado da Igreja de São Damião que Francisco havia reconstruído. Ela ajustou o modo de vida dos Frades para as mulheres, e recebeu, por sua vez, muitas companheiras de conversão. Constituía-se a Ordem 2ª, igualdade de diretos de homens e mulheres.

Muitos cristãos, vendo o exemplo de São Francisco e ouvindo suas pregações, decidiram seguir o seu exemplo. Alguns lhe pediam conselhos, e Francisco os orientava conforme o estado de vida de cada um. Para uma mulher e seu marido, que o procuraram, São Francisco recomendou servir ao Senhor permanecendo em casa. Pensamento de Francisco que justifica a posterior criação da OFS (Ordem Franciscana Secular).


De Assis para o mundo - franciscanos hoje

São Francisco viu o crescimento da Ordem, que se espalhou por diversas partes do mundo. Ele não chegou à velhice, mas o seu corpo frágil se debilitava, agravado por um problema nas vistas que o deixou quase cego. Porém, mesmo doente, São Francisco sempre esteve pronto para o trabalho, principalmente de Evangelização.

Em certos períodos São Francisco se isolava para orações e jejum. Numa dessas ocasiões, num monte chamado Alverne, de rochas gigantescas e escarpadas, quis Deus que ele, que tanto buscou se assemelhar a Jesus, tivesse igualmente as feridas da crucificação. Com muita dor, mas com intensa alegria por ter as marcas de seu tão amado Jesus no próprio corpo, São Francisco recebeu as feridas que se mantiveram vivas até o fim de sua vida, 2 anos depois. Algo talvez difícil de entender pela mentalidade fútil e hedonista de hoje, mas assim é que Francisco foi coroado por Deus, como uma resposta por sua grande fé.

Quando desceu o monte, ele, que sempre quis caminhar a pé, se permitiu montar num burrinho, tal era a sua debilidade. Quando ele se aproximava das cidades, uma multidão já o aguardava: o povo, principalmente os pobres e doentes, desejava ir ao seu encontro.

Pouco antes de morrer, de passagem por São Damião para despedir-se de Santa Clara e suas irmãs, seu estado se agravou e ele teve que passar a noite ali, numa choupana, sob condições de intenso frio. Pela manhã São Francisco cantava um cântico que compôs em louvor a Deus, e que chamava de Irmão o sol, as estrelas, a lua, a terra, o vento e todas as criaturas, o Cântico das Criaturas.

Numa choupana junto à Porciúncula, no anoitecer do dia 3 de outubro de 1226, São Francisco pede aos irmãos que o dispam e o coloquem nu no chão, sobre a terra. Recitando o Salmo 142, que os irmão acompanhavam lentamente, São Francisco morreu cantando.


Cântico das Criaturas


Altíssimo, Onipotente, Bom Senhor;

Teus são o louvor, a glória, a honra e toda a benção. Só a ti, Altíssimo, são devidos; e homem algum é digno de sequer te mencionar.

Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas,

Especialmente o senhor irmão Sol,

Que clareia o dia

E com sua luz nos alumia.

E ele é belo e radiante

Com grande esplendor:

De ti, Altíssimo é a imagem.

Louvado sejas, meu Senhor,

Pela irmã Lua e as estrelas,

Que no céu formaste claras

E preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor,

Pelo irmão vento,

Pelo ar, nublado

Ou sereno, e todo o tempo

Pela qual às tuas criaturas dás sustento.

Louvado sejas, meu Senhor,

Pela irmã água,

Que é muito útil e humilde

E preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor,

Pelo irmão fogo

Pelo qual iluminas a noite

E ele é belo e alegre

E vigoroso e forte.

Louvado sejas, meu Senhor,

Por nossa irmã, a mãe Terra

Que nos sustenta e governa,

E produz frutos diversos

E coloridas flores e ervas.

Louvado sejas, meu Senhor,

Pelos que perdoam por teu amor,

E suportam enfermidades e tribulações.

Bem aventurados os que sustentam a paz,

Que por ti, Altíssimo, serão coroados.

Louvado sejas, meu Senhor,

Por nossa irmã a Morte corporal,

Da qual homem algum pode escapar.

Ai dos que morrerem em pecado mortal!

Felizes os que ela achar

Conformes á tua santíssima Vontade,

Porque a segunda morte não lhes fará mal!

Louvai e bendizei a meu Senhor,

E dai-lhe graças,

E servi-o com grande humildade!





Fontes e referência bibliográfica:
LE GOFF, Jacques. São Francisco de Assis, 8ª edição. Rio de Janeiro: Record, 2007
Acervo documental da Paróquia São Francisco de Assis de São José dos Campos, SP, em
http://psfranciscodeassis.org.br/conteudos.php?act=ler&t=13
vozdaigreja.blogspot.com

Lectio Divina - Leitura Orante: Parábola da Vinha


Evangelho segundo São Mateus (21,33-43)

Jesus disse:

- Escutem outra parábola: certo agricultor fez uma plantação de uvas e pôs uma cerca em volta dela. Construiu um tanque para pisar as uvas e fazer vinho e construiu uma torre para o vigia. Em seguida, arrendou a plantação para alguns lavradores e foi viajar. Quando chegou o tempo da colheita, o dono mandou alguns empregados a fim de receber a parte dele. Mas os lavradores agarraram os empregados, bateram num, assassinaram outro e mataram ainda outro a pedradas. Aí o dono mandou mais empregados do qu e da primeira vez. E os lavradores fizeram a mesma coisa. Depois de tudo isso, ele mandou o seu próprio filho, pensando: "O meu filho eles vão respeitar." Mas, quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: "Este é o filho do dono; ele vai herdar a plantação. Vamos matá-lo, e a plantação será nossa."

- Então agarraram o filho, e o jogaram para fora da plantação, e o mataram.

Aí Jesus perguntou:

- E agora, quando o dono da plantação voltar, o que é que ele vai fazer com aqueles lavradores?

Eles responderam:

- Com certeza ele vai matar aqueles lavradores maus e vai arrendar a plantação a outros. E estes lhe darão a parte da colheita no tempo certo.

Jesus então perguntou:

- Vocês não leram o que as Escrituras Sagradas dizem? "A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante de todas. Isso foi feito pelo Senhor e é uma coisa maravilhosa!" E Jesus terminou:

- Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado para as pessoas que produzem os frutos do Reino.



Leitura Orante

Preparo-me para a Oração da Palavra, com todos os internautas, com as palavras de Santo Agostinho:

Movei-me, Espírito Santo,

para que eu ame santamente!

Fortificai-me, Espírito Santo,

para que eu proteja o que é santo!

Guardai-me, Espírito Santo,

para que jamais perca o que é santo!



1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?

Ler com calma e atentamente a passagem de Mt 21,33-43: mais uma parábola de Jesus, em que os lavradores lembram os profetas que pregavam a justiça e foram eliminados. Por fim, Deus enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo, que também foi rejeitado e morto. Mas, ressuscitou. O resultado disso: "o Reino será tirado de vocês e dado para pessoas que produzem frutos". O último versículo faz entender que em torno de Jesus estão aqueles que não vêm para tomar posse, mas para servir.


2. Meditação (Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?

O texto para mim é um apelo de Jesus para pertencer ao grupo que vem para servir. Em Aparecida, na V Conferência, os bispos lembraram o apelo do papa: "O Santo Padre nos recorda que a Igreja está convocada a ser "advogada da justiça e defensora dos pobres" diante das "intoleráveis desigualdades sociais e econômicas", que "clamam ao céu". Temos muito que oferecer, visto que "não há dúvida de que a Doutrina Social da Igreja é capaz de despertar esperança em meio às situações mais difíceis, porque se não há esperança para os pobres, não haverá para ninguém, nem sequer para os chamados ricos". A opção preferencial pelos pobres exige que prestemos especial atenção àqueles profissionais católicos que são responsáveis pelas finanças das nações, naqueles que fomentam o emprego, nos políticos que devem criar as condições para o desenvolvimento econômico dos países, a fim de lhes dar orientações éticas coerentes com sua fé." (DAp 395).


3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?

Rezamos com toda Igreja:

Ó Deus criador, do qual tudo nos vem,
Nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe
como dádiva gratuita para a vida.
Ilumina, ó Deus, nossas mentes
para compreender que a boa nova que vem de ti é amor,
compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.
Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das injustiças
que causam exclusão social e miséria.
Pedimos por todas as pessoas que trabalham
na promoção do bem comum
e na condução de uma economia a serviço da vida.


4. Contemplação (Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?

Meu novo olhar é para cuidar a fim de que a vida de Deus e seu Reino tenham espaço de expressão no mundo em que vivo.


Benção

O Senhor o abençoe e guarde!

O Senhor lhe mostre sua Face Luminosa e tenha piedade de você!

O Senhor lhe mostre sua Face e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27).

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Ir. Patrícia Silva, fsp

Deus abençoe a sua caminhada neste outubro, mês das missões. - Se você quiser receber o Evangelho do Dia, acesse o seguinte endereço e preencha o formulário de cadastro:
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Fonte:
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx
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