Gloriosa História da Igreja - 3

Continuação de Gloriosa História da Igreja - parte 2


Os Evangelhos mostram a Igreja como um grande barco, no qual Jesus está presente, embora em alguns momentos nos pareça que está dormindo (Mt 8,23-27). O mar que este barco atravessa é a História, às vezes calmo, outras vezes turbulento, assustador. Há quase dois mil anos o barco saiu do porto. Não sabemos quando chegará ao seu destino, mas temos certeza de que Jesus nunca o abandonará: “Estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20).

A Igreja é um projeto que nasceu do Coração de Deus Pai, e podemos notar que ela já estava destinada a existir desde o início dos tempos: foi preparada na Antiga Aliança (Antigo Testamento) com Israel, e instituída definitivamente por Cristo Jesus. A Igreja é o Reino de Deus presente já neste mundo. Ela se inicia com a pregação de Jesus. Foi dotada pelo próprio Senhor de uma estrutura que permanecerá até o fim dos tempos. Edificada sobre Pedro e os demais Apóstolos (Mt 16, 18), sempre foi e continua sendo dirigida por seus legítimos sucessores.

A Igreja nasce, edifica-se e cresce do Sangue e da Água que saíram do lado aberto do Crucificado. É nela que se conserva a Comunhão Eucarística, o Dom da Salvação oferecido por Cristo pelo nosso bem; para que alcancemos um dia a Vida eterna e plena com Deus.

A Igreja, no seu sentido mais profundo, é santa, sem mancha e sem falha, porque o próprio Deus nela habita, santificando-a com a sua Presença. Os pecados dos fiéis, dos padres e até dos Papas, pessoas ainda imperfeitas, não pertencem à Igreja, não são parte dela. Só em sentido derivado e indireto pode-se falar de “igreja pecadora”. Fica mais fácil entender assim: como todos nós, cristãos católicos, somos a Igreja, e somos pecadores, neste sentido dizemos que a Igreja é “santa e pecadora”. Santa porque somos todos consagrados a nosso Senhor, pelos Sacramentos que ele nos deixou, e comungamos da sua Palavra e também do seu Corpo e Sangue, Alma e Divindade. Mas a Igreja em sua essência, a Igreja Celeste, imutável e eterna, esta é divina e puramente santa.

A Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, fundada por Cristo sobre o Apóstolo Pedro, que o Senhor constituiu como seu fundamento visível, esta é a Igreja do povo santo de Deus. A Igreja é Santa porque o Deus Santíssimo é seu Autor; Cristo é seu Esposo e a santifica; O Espírito de Santidade a vivifica. Mesmo assim, ela congrega filhos e filhas pecadores(as), que ainda não chegaram à perfeição.

Em Pentecostes, a Igreja se manifestou publicamente, diante da multidão, e começou a anunciar o Evangelho com a pregação católica (universal, para todas as gentes) e apostólica. Nesse inesquecível dia do ano 30, estavam todos reunidos: os Apóstolos, Maria Santíssima, parentes de Jesus, algumas mulheres... Quando um ruído de ventania desceu do céu. Línguas como de fogo surgiram e se dividiram entre os presentes. Todos ficaram repletos do Espírito de Deus e começaram a falar em línguas que não conheciam: línguas de nações estrangeiras.

Esta assembléia inicial é o princípio da pregação da Igreja. Depois do prodígio das línguas, Pedro, líder dos Apóstolos e primeiro Papa da Igreja (conf. Mt 16, 18; Jo 21, 15-17) dirigiu-se à multidão reunida na praça e fez uma memorável pregação.

Muitos se converteram, especialmente judeus vindos da Diáspora (de outras nações). Estes levaram a Boa-Nova aos seus locais de origem, o que provocou o surgimento, bem cedo, de novas comunidades cristãs em Damasco, Antioquia, Alexandria e em Roma. Alguns helenistas, no entanto, permaneceram em Jerusalém.

Para cuidar das suas necessidades materiais, os Apóstolos escolheram sete diáconos. Eram eles Estevão, “homem cheio de fé e do Espírito Santo” (Atos 6, 5), Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau.

Filipe, um dos sete, evangelizou em Samaria. Foi lá que Simão, o Mago, ofereceu dinheiro aos Apóstolos Pedro e João em troca do Espírito Santo: é daí que vem o termo simonia, que significa trocar as coisas sagradas ou bens espirituais por dinheiro. Filipe também anunciou a Boa Nova a um etíope, que era funcionário da casa real de Candace.

Estevão, porém, era o diácono que mais se destacava. Devido à sua pregação incisiva, ele foi detido pelas autoridades judaicas, julgado e apedrejado até a morte, acusado de blasfêmia. Tornou-se, assim, o primeiro mártir da História da Igreja. Enquanto era cruelmente assassinado, perdoava os seus perseguidores e entregava, confiante, a sua vida nas mãos de Jesus.

O manto de Estevão foi deixado aos pés de um jovem admirador do ideal farisaico chamado Saulo de Tarso.


...continua


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Soluções tipicamente brasileiras


Incrível como, aqui no Brasil, parece que optamos sempre pela solução mais "burra" para qualquer problema. Vejamos: precisamos reduzir o uso das sacolinhas plásticas, que acabam poluindo rios, florestas e mares. Ok. Qual a solução encontrada? Parar de fornecer as sacolinhas gratuitamente nos mercados, e obrigar o consumidor a comprá-las! Os meios de comunicação aprovam e aplaudem... Estupidez tipicamente brasileira.

Me faz lembrar uma outra situação de solução burra: há alguns anos, a poluição visual na cidade de São Paulo alcançava níveis realmente insuportáveis: havia faixas publicitárias penduradas por todos os cantos da cidade, e os outdoors eram tantos que até cobriam placas de trânsito. Solução? O prefeito Gilberto Kassab proibiu tudo o que se parece com placa. No processo, verdadeiros ícones da cidade foram derrubados, como o belo logotipo de metal da faculdade Anhembi Morumbi e o tradicional placar eletrônico da Paulista, uma espécie de símbolo da cidade que servia não só para a publicidade, como também para informar e entreter. Até o tradicional bairro oriental da Liberdade foi completamente descaracterizado: agora não temos mais os famosos anúncios orientais em neon e nem as placas pintadas com ideogramas japoneses, chineses ou coreanos. A Liberdade virou um bairro como outro qualquer de São Paulo: padronizado e feio.

Outro exemplo: recentemente, o padrão de tomadas brasileiro foi modificado. As lojas agora só podem vender produtos com três plugues, e redondos. A maioria dos aparelhos vendidos, porém, tem dois pinos. Cedo ou tarde, teremos que trocar todas as tomadas das nossas casas, a um custo nada barato. Pior é que, com certeza, teremos um outro gasto: comprar muitos adaptadores, porque a maioria dos aparelhos não têm as tomadas nesse formato. Pior ainda: o modelo inventado para o Brasil é diferente do que é usado na maioria dos produtos internacionais. Ao invés de procurar uma solução próxima a um padrão universal, o Brasil criou um modelo próprio, diferente de tudo o que já existe, seguindo um velho lema tupiniquim: "Se podemos dificultar, vamos facilitar pra quê?"...

Sim, as soluções encontradas por nossos governantes são quase sempre burras. Mas voltando ao assunto das sacolinhas, se a ideia era reduzir a poluição, a solução mais lógica e óbvia seria substituir a distribuição das sacolas de plástico comum pela distribuição de sacolas de plástico biodegradável ou de papel, como já acontece nos países desenvolvidos. Com a solução burra de simplesmente proibir as sacolas, se você está na rua, a pé, e lembra que precisa fazer uma compra, tem duas opções: voltar para casa equilibrando os produtos comprados no nariz, ou comprar as sacolinhas no mercado. Sim, porque a proibição valeu para as sacolinhas que eram dadas, mas não para as que são vendidas! Agora, além de comprar os produtos de que preciso, eu também tenho que pagar pela embalagem, às quais eu deveria ter direito... Mas tudo bem, não podemos reclamar. Afinal, nóis é pentacampião...


Abaixo, artigo retirado do site Sacolinhas Plásticas

Parece que com a proibição da utilização de sacolas plásticas fornecidas pelos supermercados do Estado de São Paulo estaremos voltando ou regredindo ao tempo das nossas vovós, que faziam suas compras nas vendas e empórios utilizando-se das sacolas de panos, palha ou de bambu. Estávamos, entretanto, vivendo os anos 40, 50 e 60, quando tudo era mais suave, confortável e dispúnhamos de maior tempo livre. Proibir a utilização de sacolas plásticas em pleno 2012 é uma grande incoerência destes tempos modernos em que vivemos. O planeta não sai do sufoco com proibições esdrúxulas como essa, mas sim através de processos de educação ambiental, que representam a solução permanente.

Daqui a alguns meses, os "eco-xiitas" irão propor proibir as embalagens do leite pasteurizado, substituindo por garrafas de vidro, ressuscitando as velhas leiterias que vendiam leite cru in natura a granel, sem qualquer procedimento higiênico. E outras proibições virão certamente. As primeiras vítimas são as donas de casa que, além de tudo, perdem as sacolas como alternativa para embalar o lixo doméstico. Se você não ganha sacolas, para usar no descarte do lixo, vai precisar comprar os sacos plásticos: é trocar seis por meia dúzia, porque continuaremos utilizando o plástico do mesmo jeito. Antes era de graça, agora será pago.

Os supermercadistas, a curto prazo, terão enormes dificuldades em manter estoques de caixas de papelão (contaminadas certamente) para atender a clientela. As sacolas biodegradáveis vendidas à R$ 0,19 (isto é, R$ 0,20, já que ninguém vai devolver um centavo de troco), um valor absurdamente alto, serão inúteis, pois não existe sistema de compostagem orgânica no país capaz de degradá-las. Além disso, quem é que vai fiscalizar a origem dessas sacolas, para garantir que sejam realmente biodegradáveis? Você confia que isso será feito de maneira correta e eficiente?

Os maiores prejudicados foram as pessoas que costumam ir às compras a pé. Ou você compra 2 ou 3 itens e sai carregando, feliz da vida, uma incômoda caixa de papelão? A solução da APAS em acordo com os municípios não tem força de lei. Por isso, o Tribunal de Justiça suspendeu as proibições nas cidades de Rio Preto e Jacareí. As decisões cabem ao Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, que é o orgão consultivo e deliberativo de toda legislação no território nacional. O Brasil caminha no sentido de abandonar definitivamente os aterros de resíduos sólidos, substituindo-os por usinas incineradoras produtoras de energia elétrica limpa. Enquanto isso não ocorre, as sacolas, garrafas pets e demais resíduos devem ser depositados em aterros apropriados.

A natureza é pródiga em responder às agressões. Ela se defende sozinha. Vejam o caso do recente vazamento do poço da British Petroleum, no Golfo do México. Os eco-xiitas mundiais esbravejaram que levaríamos ao menos 50 anos para limpar toda a contaminação. A realidade mostrou que em apenas 5 meses as bactérias e fungos marinhos se alimentaram intensamente do petróleo e seus sais, ali vazados, limpando totalmente aquela região do planeta.

Então, devemos cruzar os braços e assistir todas as agressões ao meio ambiente? Claro que não. Precisamos de uma postura séria, e de ações reais contra a degradação ambiental e a recuperação das áreas degradadas atuais. E não perder tempo com cantilenas de aquecimento global e sufoco planetário. E os engodos do bug do milênio, do buraco na camada de ozônio e agora das sacolinhas plásticas? A quem interessam estas inverdades cientificas? Afinal, os custos das sacolinhas estavam embutidos nos preços finais dos produtos? Enfim, como de costume, nós, consumidores, vamos arcar com mais um custo provocado por lobbies e “paladinos” da falsa ecologia.

A instituição que mais faz caridade no mundo

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O Conselho Pontifício – Cor Unum – (organismo da Santa Sé encarregado de promover e organizar as instituições de caridade e assistência da Igreja) publicou, no ano de 2010, um guia de organismos da Igreja Católica comprometidos com a ação social e a caridade no mundo, entre os quais 1.100 entidades especializadas, principalmente, em casos de catástrofes ou necessidades urgentes, sem distinção de religião ou credo. Note-se que este levantamento não engloba absolutamente todas as ações católicas em prol da caridade no mundo, mas apenas os principais.

Principais organismos de assistência social e caridade que a Igreja Católica mantinha no mundo, segundo apuração feita em 2010:

Ásia:
1.076 hospitais
3.400 dispensários
330 leprosários
1.685 asilos
3.900 orfanatos
2.960 jardins de infância

África:
964 hospitais
5.000 dispensários
260 leprosários
650 asilos
800 orfanatos
2.000 jardins de infância

América:
1.900 hospitais
5.400 dispensários
50 leprosários
3.700 asilos
2.500 orfanatos
4.200 jardins de infância

Oceania:
170 hospitais
180 dispensários
1 leprosario
360 asilos
60 orfanatos
90 jardins de infância

Europa:
1.230 hospitais
2.450 dispensários
4 Leprosários
7.970 asilos
2.370 jardins de infância

Fonte: Conselho Pontifício – Cor Unum

Testemunho do ex-evangélico convicto Alessandro Lima

Segue abaixo o testemunho de Alessandro Ricardo Lima que, através da busca sincera por Deus e do estudo diligente da História e das Sagradas Escrituras, de evangélico radical converteu-se à Igreja Católica.


Meu nome completo é Alessandro Ricardo Lima, sendo o terceiro filho entre quatro irmãos. Nasci em Brasília e nesta cidade fui criado.

Fui batizado na Igreja Católia quando tinha quase um aninho e idade. A cerimônia aconteceu na Igreja São José ao lado da Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro.

Mesmo sendo batizado na Igreja Católica, não segui esta fé. Pois desde muito pequeno minha irmã mais velha que era Luterana me levava para a Escola Dominical. Cresci congregando na Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Brasília (IECLB). Para agradar meu Pai fiz a primeira comunhão na Igreja Católica aos 15 anos. Mesmo sendo Luterano sempre tive muita admiração pelo exemplo de Vida de Nossa Senhora e lembro-me de gostar muito da figura de João Paulo II.

Durante determinada fase do final de minha adolescência me interessei em estudar Espiritismo, Magia e Alquimia, só por curiosidade. Jamis me inveredei por estes caminhos. Acreditava que para combater melhor estas doutrinas deveria conhecê-las melhor.

Quando terminei o segundo-grau fiz curso pré-vestibular onde conheci muitos jovens católicos. Foi nesta época que comecei a me interessar um pouco mais pela Igreja Católica. E participei de um grande encontro de jovens de duração de 3 dias, muito conhecido aqui em Brasília o "Segue-Me". Fiz o V SEGUE-ME do Núcleo Verbo Divino.

Nesta época eu abandonei o Luteranismo e achava que havia me tornado católico. Era um jovem católico como muitos católicos que existem por aí, com um conhecimento muito superficial da doutrina da Igreja e sem conhecimento da memória cristã.

Em 1999 fui morar no Rio de Janeiro, pela influência de alguns parentes e amigos, comecei a frequentar a os cultos da congregação Maranata, fundada pelo sr. Paulo Brito. Lá me converti ao Pentecostalismo, devido á lavagem celebral que fazem nestes cultos, mas principalmente pela péssima catequese que tinha. Lá me rebatizaram (olha a heresia donatista aí gente).

Durante este ano, me tornei um fervoroso protestante, e como normalmente acontece não me faltou o ódio à Igreja Católica. Tive acesso a vários folhetos que "revelavam" as "mentiras" do catolicismo. E me empenhei muito em estudá-los e divulgá-los. E nestas minhas pesquisas e estudos a Providência Divina cuidou que eu encontrasse o Site AgnusDei. O primeiro artigo deste site que abri foi um intitulado "Concordância Bíblia" de autoria do Professor Carlos Ramalhete. O artigo tratava da concordância Bíblica que a existia na doutrina dos sacramentos; mas uma frase deste artigo me chamou muito a atenção: "A Bíblia é filha da Igreja e não sua mãe". Nossa! Fiquei iradíssimo com aquilo, pois como um protestante que tinha a Sola Scriptura correndo em suas veias poderia dormir com um barulho daquele? Entrei em contato com o referido Professor e com o Carlos Martins Nabeto, que era o criador do site.

Comecei a travar com eles uma série de debates. Comecei a me assustar quando me deparava com os Escritos Patrísticos, pois lá via que os primeiros cristãos confessavam o Catolicismo e não as novidades trazidas com a Reforma. Comecei a ver que o que me ensinavam no protestantismo, não era a doutrina católica, era o que eles acham que era o Catolicismo. Comecei a ver que o que me mostravam no protestantismo não era a Igreja Católica, mas uma caricatura dela. O fato decisivo foi quando apresentei aos referidos irmãos, um material que dizia que a Igreja Católica incluiu os livros "apócrifos" na Bíblia durante o Concílio de Trento, que me rebateram me mostrando fragmentos de atas conciliares onde a Igreja já há mais de 1000 anos antes desta data já havia canonizado tais livros; me deram como referência a Bíblia de Guttemberg, que era anterior à Reforma, e já incluía tais livros. Como trabalhava no Centro do Rio, fui à Biblioteca Nacional afim de conhecer a Bíblia de Guttemberg. Vendo os microfilmes pude constatar que o material protestante que estava em minhas mãos e que eu divulgava como sendo luz e guia da Verdade, era mais uma obra enganadora do Maligno. Foi neste dia que com muita tristeza por ter perseguido a Igreja de Deus, me converti ao Catolicismo.

Enfrentei muitos problemas por causa da minha conversão, principalmente por causa de amigos e parentes. Em 03/2000 voltei à Brasília, e comecei então a preparar a chegada do Site Ictis, pois eu acreditava que tinha a obrigação de esclarecer os "católicos" que pensam que são católicos e os protestantes que pensam que são Cristãos. Dediquei-me tremendamente ao estudo dos Escritos Patrísticos, e a cada leitura, a cada estudo, me tornava cada vez mais Católico e mais tinha certeza do caminho que havia abraçado.

Sou formado em Processamento de Dados pela União Educacional de Brasília (DF) e possuo Especialização em Gerência de Projetos em Engenharia de Software pela Universidade Estácio de Sá (RJ). Sou analista de sistemas, com várias certificações do mercado, e professor universitário aqui em Brasília.

Hoje me dedico ao estudo das origens cristãs, procurando divulgar o que tenho descoberto e a fonte de minhas informações para quem sabe outros vejam o que eu não pude ver. E ajudo a manter este Apostolado Católico que tem como objetivo apresentar aos seus visitantes o VERITATIS SPLENDOR, isto é, Esplendor da Verdade; pois como disse Nosso Senhor: "Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, nem se acender uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos que estão na casa." (Mt 5,14-15).

Conduzido pelo amor de Maria, cheguei à Igreja de Jesus Cristo

Acompanhe a maravilhosa história da conversão de um pastor evangélico, fanático em sua missão de desviar católicos da Igreja de Cristo. Através do amor da Imaculada Conceição, este homem assistiu à completa transformação de sua vida. Trata-se de uma pessoa muito simples, e a qualidade dos vídeos não é boa, mas a mensagem é de grande valor.


Parte I



Parte II



Parte III



Parte IV



Parte V


Apostasia, ex-padre, ex-pastores...


Um leitor anônimo deixou-nos um comentário com variadas contestações à doutrina católica. Por serem muitos os temas que ele nos trouxe, e por vezes bastante complexos, nossa resposta foi publicada em três partes. Leia a primeira parte da resposta aqui; a segunda parte pode ser lida aqui. Segue abaixo a terceira e última parte.


Anônimo disse:

"...muitas coisas de errado estão acontecendo nas igrejas evangélicas, pois é a palavra de Jesus se cumprindo, onde ele fala que nos ultimos dias a apostasia seria muito grande e existiria lobos enganadores, mas vejo que não é por isso que eu vou abandonar a verdadeira fé que é em Jesus Cristo nosso salvador.

Basilio, sugiro que você pesquise mais sobre o catolicismo, procure ler os livros do padre Anibal Pereira dos Reis, ja será um bom começo e também em oração a direção de Jesus Cristo e uma leitura biblica.

Que o espirito santo possa te dar uma direção e aí vocçe vai ver que o protestantismo quando levado a sério é o verdadeiro ideal para nos revestirmos até o arebatamento.

Deus nos abençoe..."



Caro anônimo,

Então vamos lá. Você diz que, de fato, muitas coisas erradas estão acontecendo nas "igrejas evangélicas", mas que isso é o cumprimento da profecia de que viriam lobos em pele de cordeiro, e que isso não é motivo para abandonar a verdadeira fé, - que, na sua opinião, claro, é aquilo que se prega nas "igrejas evangélicas"...

Certo. Então, pelo que eu entendi, quanto aos absurdos que ocorrem nas "igrejas evangélicas" (que são muitos e gravíssimos, e vão desde crimes de extorsão, formação de quadrilha, falsidade ideológica, numerosos casos de pedofilia, etc, etc...), o crente deve entender tudo como cumprimento profético, mas não deixar de ser "evangélico" de maneira nenhuma... Estranha essa postura, porque, quando se trata da Igreja Católica, qualquer falha de um padre ou religioso já é suficiente para que os "evangélicos" saiam proclamando aos quatro ventos que os católicos são idólatras, hereges, apóstatas, que precisam "aceitar Jesus" e procurar a primeira "igreja evangélica" que encontrarem para salvarem suas almas...

Quer dizer que quando são os "pastores evangélicos" que erram, isso não é motivo para abandonar a "igreja evangélica", mas quando é um padre que erra, aí é mais do que motivo para abandonar a Igreja Católica, que foi e é a primeira de Jesus Cristo? Você não acha que tem alguma coisa muito errada nesse raciocínio?

Com todo o respeito, anônimo, a parte seguinte do seu comentário me leva a pensar que você, definitivamente, foi vítima de lavagem cerebral: "...sugiro que você pesquise mais sobre o catolicismo, procure ler os livros do padre Anibal Pereira dos Reis, ja será um bom começo..."

Uma pessoa que sofreu lavagem cerebral só consegue ver uma parte, um lado de uma história: no caso dos "evangélicos", o lado imposto pelo "pastor". Ora, se os padres, segundo o seu pensamento, não valem nada, são apóstatas que conduzem os pobres católicos ao erro e ao pecado, porque eu deveria ouvir um ex-padre que abandonou a Igreja? Quer dizer que, enquanto ele era padre, o que ele dizia não tinha nenhum valor, mas agora que abandonou a fé, eu devo valorizar o que ele diz?

Bem, deixo aqui o meu testemunho de que conheço, pessoalmente, pelo menos umas duas dúzias de padres que são verdadeiros trabalhadores do Evangelho, que santificam suas vidas e são realmente homens de Deus. Qualquer um deles serve como maravilhoso exemplo de vida cristã, de dedicação ao próximo, aos sofredores, aos que precisam de consolo espiritual e material também. Conheço padres santos; estar na presença de um desses homens é estar um pouco mais perto de Deus. Posso lhe indicar padres que são excelentes conselheiros espirituais, e se você tiver humildade para ao menos tentar entender o que significa a doutrina católica de verdade, - além daquilo que o “pastor” incutiu na sua mente, - garanto que vai se surpreender.

Mas eu seria capaz de apostar que você não vai se interessar. Você está interessado apenas nas palavras de um, - um único, - padre que apostatou da fé. Certo, o padre que você menciona deixou a Igreja e aderiu a uma denominação protestante: é algo muito raro, você deve admitir. Mas não nego que existam maus padres. Este, que você vem citar, foi um péssimo, um desastre de padre. O fato de ter apostatado demonstra isso. Sem dúvida este padre nunca teve fé verdadeira, nunca experimentou Jesus Cristo na Divina Eucaristia, ou então nunca, jamais teria abandonado a verdadeira Igreja para aderir a uma cópia dela. Uma cópia na qual falta o principal: o Pão da Vida.

De qualquer modo, fica fácil notar que o seu julgamento das coisas está comprometido. Que tal ampliar um pouco o seu campo de visão? Você me apresenta o caso de um ex-padre apóstata? Eu lhe apresento o caso de um pastor que, junto com toda a comunidade "evangélica" que conduzia, converteu-se, - nas palavras dele mesmo, - à verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Trata-se de Alex Jones. Você pode ler sobre este caso aqui. Assista o depoimento do próprio ex-pastor, em vídeo, aqui.

Apresento-lhe também o caso de Scott Hahn, ministro protestante que foi à Missa por curiosidade, levando a Bíblia debaixo do braço, achando que iria encontrar ali muita "munição" para atacar os católicos; crente de que assistiria a um ritual herege, pecaminoso, cheio de atos e gestos contrários aquilo que ele entendia da Bíblia. Resultado? Comprovou que a Santa Missa é muito mais bíblica do que os cultos protestantes. Se você tiver um desejo sincero de conhecer a verdade, leia o testemunho dele aqui.

Se preferir, tem também o testemunho do ex-pastor Fernando Casanova, bem mais emocionado e vigoroso: assista em vídeo aqui.

E o caso do ex-pastor batista Francisco de Araújo, que hoje é diácono católico, você conhece? Você pode ver o vídeo com o testemunho dele também, bem aqui.

Mas dos muitos casos de ex-"pastores" que encontraram Jesus Cristo na única Igreja que Ele mesmo deixou neste mundo, o que mais me toca é o de Sideneh Veiga, porque é com este que mais me identifico; eu, que também já fui "evangélico", e até fui "batizado" na "igreja" batista. Assim como você e tantos outros que aparecem por aqui: eu usava sempre os mesmos versículos da Bíblia, que tinha decorado, mas sem muita compreensão do que eles realmente significavam, e o meu passatempo preferido também era tentar "converter" católicos. Por isso, o depoimento do ex-pastor Sideneh Veiga eu faço questão de deixar para você assistir, abaixo:



Então, anônimo, esta é a realidade: existem muitíssimos casos de "pastores" que, por serem sérios e buscarem realmente a verdade, por estudar e cultivar uma fé verdadeira, encontraram Jesus na Igreja Católica Apostólica Romana. E como você diz que estuda e pesquisa a História e a religião, só para concluir este tópico, seria interessante se você também conhecesse o testemunho do ex-evangélico (e ex-cérebro lavado, segundo ele mesmo) Alessandro Lima, fundador do apostolado Veritatis Splendor, que você pode ver aqui.

Para concluir este artigo-resposta, quanto à última parte do seu comentário, anônimo, basta observar que, a partir de todos os testemunhos aqui apresentados, só podemos chegar à seguinte conclusão: "o protestantismo, levado a sério", fatalmente conduz a um único caminho: o retorno à primeira Igreja de Jesus Cristo: a Católica e Apostólica. Foi o que aconteceu com todos esses ex-pastores e ex-evangélicos que eu citei.

Uma observação final - Analisando os outros comentários que você deixou, depois deste, percebi que em momento algum você refutou os argumentos que estou apresentando em minhas respostas, nem procurou uma linha de raciocínio e argumentação lógica; você apenas escreveu repetições das mesmas coisas que já havia dito antes, às quais já respondi e demonstrei serem falsas. Percebo, também, que você nem sequer está se dando ao trabalho de ler as minhas respostas. Por isso não vou publicar seus novos comentários, a não ser que você leia as minhas respostas e refute o seu contéudo. É somente assim que podemos manter um debate válido, compreensível e edificante para ambos os lados. Se você afirma alguma coisa e eu respondo com argumentação lógica, apresentando fatos e fontes, mas você ignora a minha resposta e continua apenas insistindo e repetindo as mesmas afirmações, aonde isso pode nos levar, a não ser à constatação óbvia de que você não quer realmente dialogar, entender, trocar informações?

Se você refutar meus argumentos, um de cada vez, retomaremos o debate. Primeiro, é preciso que você aceite ou conteste as minhas respostas, para que possamos chegar à alguma conclusão. Caso contrário, o debate não é mais debate: é uma vã tagarelice, um repetir de palavras sem sentido que não vai ajudar ninguém em nada.

Agradeço por sua benção, deixando também a minha benção e as minhas orações para que Nosso Senhor Jesus Cristo ilumine, hoje e sempre, nossos corações e mentes.
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Cada vez mais, muçulmanos perseguem e matam cristãos






A Igreja Católica chama atenção para o ódio anti-cristão proveniente dos muçulmanos, e para as terríveis perseguições e martírios que os cristãos vêm sofrendo da parte destes grupos muito bem organizados, em todo o mundo.

O diretor da Assessoria de Imprensa da Santa Sé usou sua mensagem semanal para atrair a atenção para o sofrimento dos cristãos que vivem em terras ocupadas pelos muçulmanos. O Pe. Federico Lombardi nota: "A recente reportagem anual em torno da perseguição mundial aos cristãos levada a cabo pela organização não-governamental protestante 'Open Doors' contém um índex de perseguição onde os primeiros 10 lugares são ocupados pelos seguintes países em ordem descendente:

Coreia do Norte
Afeganistão
Arábia Saudita
Somália
Irão
Maldivas
Uzbequistão
Iémene
Iraque
Paquistão".


Entre os motivos de preocupação mais sérios, o aumento do extremismo islâmico merece uma atenção especial. Pessoas e organizações de ideologia islâmica promovem terríveis atos de violência nos mais variados lugares do planeta. O Boko Haram é um exemplo. Além disso há também o clima de insegurança que acompanha a chamada "primavera árabe" - um clima que leva muitos cristãos a fugir ou serem obrigados a sair dos países onde vivem.

Uma coisa que convém ressalvar é que, de fato, o termo "extremismo islâmico" é redundante. Explicamos: as ações levadas a cabo por grupos como o Boko Haram estão em perfeito acordo com a doutrina islâmica. Qualificar esses atos como "extremismo" ou "terrorismo" é como classificar de "extremista" o cristão que celebra a Páscoa. Muçulmanos desrespeitarem os cristãos até as úlimas consequências: isso para eles não é "extremismo"; é ortodoxia; é agir de acordo com o que ensina a sua "religião". Abaixo, algumas pérolas da doutrina muçulmana:

Maomé disse: "Quem abandonar a fé islâmica deve ser morto." (Vol. 9, livro 84, nº 57)

"Os árabes são o grupo cuja linhagem é a mais nobre, mais proeminente e a melhor em boas acções. Fomos os primeiros a responder ao chamamento do profeta. Somos os ajudantes de Allah e os vizires do seu mensageiro." (Tabari IX:69)

“Matai-os onde quer que os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos.” (Alcorão, Surah 2, vers. 191)

“Mas quando os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os…” (Alcorão, Surah 9, vers. 5)

"Eu instilarei terror nos corações dos infiéis, golpeai-os acima dos seus pescoços e arrancai todas as pontas dos seus dedos. Não fostes vós quem os matastes; foi Alá." (Alcorão, Sura 8, vers. 13-17).

"Foi narrado por 'Umar B'al-Khattib que ele ouviu o mensageiro de Allah (que a paz esteja com ele) dizer: 'Vou expulsar os Judeus e os Cristãos da Península Árabe e não vou deixar mais ninguém a não ser muçulmanos.'" - "A Jihad é a guerra contra os não-muçulmanos como forma de os converter ao Islam." (Islam and Christianity, impresso pela "Waqf Ikhlas Publications", página 316 - 7ª ed.)


Abaixo, notícias recentes dão conta de algumas ações muçulmanas para cumprir o que ensina a sua "religião", mundo afora:

Muçulmano assassina jovem cristã por recursar converter-se ao Islã e casar-se com ele

Oito cristãos queimados vivos no Paquistão

Muçulmanos matam 500 cristãos na Nigéria

Cristãos crucificados no Sudão

Aos gritos de “Alá é grande”, grupo de muçulmanos espanca cristão; veja o vídeo



Do excelente blog Perigo Islâmico

Resposta ao leitor: Paulo ensinou a sola scriptura?


Um leitor anônimo deixou-nos comentário com pesadas acusações e sérias contestações à doutrina católica. Por serem muitas os assuntos por ele trazidos, e por se tratarem de temas bastante complexos, nossa resposta está sendo publicada em partes, pois as explicações às vezes se alongam. Leia a primeira parte da resposta aqui.

Abaixo a segunda parte da pergunta, seguida de nossa resposta.


Anônimo disse: "(...) não é minha intensão ofende-lo, mas preciso te alertar e discordar do que eu leio neste blog, e como o apostolo Paulo falou que qualquer palavra dita ou ensinada que não tenha base biblica que seja anatema. (...) Jesus está voltando buscar o seu povo e sinceramante de todo o meu coração, gostaria que você fosse com ele quando isso acontecer.
muitas coisas de errado estão acontecendo nas igrejas evangélicas, pois é a palavra de Jesus se cumprindo, onde ele fala que nos ultimos dias a apostasia seria muito grande e existiria lobos enganadores, mas vejo que não é por isso que eu vou abandonar a verdadeira fé que é em Jesus Cristo nosso salvador.
Deus nos abençoe..."


Caro Anônimo,

Na postagem anterior eu já demonstrei, com toda a clareza, que nós, católicos, já aceitamos Jesus como nosso único e suficiente Salvador, há muito tempo. Fizemos isto bem antes de existir qualquer "igreja" dita "evangélica". Foi assim que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo nasceu, no momento em que o Apóstolo Pedro aceitou Jesus como o Cristo, o Filho do Deus Vivo, Senhor e Deus, como podemos ver no Evangelho segundo Mateus, capítulo 16. Esta é a origem da Igreja e do cristianismo. Só mais de mil e quinhentos anos depois é que surgiu o movimento denominado protestante, de onde derivaram, bem mais recentemente, as denominações ditas "evangélicas".

Seria interessante você entender, também, que os verdadeiros evangélicos somos nós, os católicos, já que se não fosse pela Igreja Católica, o mundo nem saberia que um dia Deus se fez homem e caminhou sobre a Terra, nem que o seu nome era Jesus, e muito menos alguém teria notícia daquilo que Ele ensinou e fez. Foi a Igreja Católica que produziu, canonizou e preservou os Evangelhos através dos séculos: tudo isso é história, é fato consumado. Portanto, somos nós os verdadeiros evangélicos: posso lhe assegurar que, em diversos documentos oficiais da Igreja Católica, desde muitos séculos passados, o povo católico é chamado de "povo evangélico". Os protestantes e os pentecostais eram chamados "crentes" ou simplesmente "protestantes"; - este nome, aliás, é bem mais apropriado, já que o movimento que deu origem a todas estas "igrejas" começou com o protesto de Martinho Lutero contra a Igreja Católica.

O fato é que apenas de algumas poucas décadas para cá alguns "pastores" de "igrejas" pentecostais e neopentecostais começaram a chamar-se a si próprios de "evangélicos". Infelizmente, a moda pegou, a imprensa aderiu e a injustiça se fez. Na realidade, porém, evangélicos sempre foram e continuam sendo os católicos. E, por falar nisso, "pastor" também sempre foi uma outra maneira de chamar os padres e os bispos católicos, desde antes de existir o protestantismo. Hoje, comumente, denominam-se protestantes as igrejas protestantes históricas, como a luterana, a calvinista e a presbiteriana, que até merecem o nosso respeito, com as quais a Igreja Católica mantém relações de amizade, numa busca por um ecumenismo válido. Já as comunidades normalmente chamadas de "evangélicas" são as de linha pentecostal e neopentecostal, como a "universal", a "mundial", a "internacional", a "renascer" e outras, sendo que estas desviaram-se completamente do Evangelho de Jesus Cristo e da Tradição dos Apóstolos.

Entrando finalmente nas questões apresentadas nesta segunda parte do seu comentário, anônimo, algo me chamou a atenção: "...como o apostolo Paulo falou que qualquer palavra dita ou ensinada que não tenha base biblica que seja anatema."(??)

O Apóstolo Paulo falou isso?? Ele disse que qualquer palavra dita sem "base bíblica" seria anátema?? Tem certeza? Que bíblia é essa você anda lendo? A tradução especial do "bispo Pedir Maiscedo"?

Perdoe-me a irreverência, mas veja como você se contradiz e, sem querer, acabou me dando a chance perfeita para lhe provar, com toda a "base bíblica" do mundo, que basear-se única e exclusivamente na Bíblia é uma tolice! Vejamos: você provavelmente está se referindo a esta passagem:

"Admiro-me que tão depressa passeis daquele que vos chamou à Graça de Cristo para um evangelho diferente! De fato, não há dois evangelhos: existem apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós, e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que seja anátema." (Gálatas 1, 6-8)

Meu querido amigo, eu sei muito bem que essa é uma das passagens favoritas dos "pastores evangélicos" para propagar mentiras sobre a Igreja Católica e caluniar os verdadeiros cristãos, os católicos. Sei disso muito bem porque eu mesmo, um dia, já acreditei nessas bobagens! Graças a Deus, com muita oração, estudo e uso do discernimento que Deus me deu, compreendi a verdade dos fatos a esse respeito, e posso lhe esclarecer também, se você tiver um pouco de boa vontade. Veja bem, Paulo não está dizendo aí, de modo algum, que se alguém falar algo que não conste nos quatro primeiros livros do Novo Testamento da Bíblia (os livros dos Evangelhos), deve ser considerado anátema. Ele não ensinou, jamais, a sola scriptura protestante, isto é, que somente o que está escrito literalmente na Bíblia é que serve como autoridade de fé. Não, não, nada disso! Como é que eu sei? Porque eu não leio só a Bíblia. Não basta ler só a Bíblia, e interpretá-la literalmente, ao "pé da letra", quando convém. É preciso entender o contexto histórico, cultural, sociológico e filológico da Bíblia. É preciso conhecer outras fontes históricas, é preciso conhecer o padrão mental da época.

É por isso que um sacerdote católico, para ser considerado apto a instruir o povo católico, precisa estudar por sete ou oito anos. Já para ser "pastor evangélico" pentecostal ou neopentecostal (segundo o testemunho de diversos ex-pastores como este, por exemplo) só é preciso ser "bom de lábia": comunicar bem e convencer as pessoas, isto é suficiente para subir ao púlpito e falar daquilo que ele acha que entende. Isso me lembra de uma outra passagem bíblica: "Se um cego guiar outro cego, cairão ambos na cova" (Mateus 15, 14)...

Mas, bem, agora que fiz uma afirmação, tenho que provar o que estou dizendo, não é verdade? É assim que deve proceder um cristão, ou qualquer pessoa que preze pela moral. E, nesse caso, provar o que falei é muito simples: acontece que, na época em que Paulo escreveu esta epístola aos gálatas, a Bíblia simplesmente não existia ainda! Quando ele diz, na tradução para o português, "Evangelho", está se referindo ao Evangelion, isto é, a Boa Nova, a Boa Notícia da Salvação em Jesus Cristo. Paulo não diz, de maneira nenhuma, que as pessoas precisariam se basear naquilo que está escrito nos Evangelhos da Bíblia (segundo Mateus, Marcos, Lucas e João), simplesmente porque esses livros ainda não haviam sido escritos!

Segundo a historiografia bíblica, a Epístola aos Gálatas foi escrita, no máximo, entre os anos 54 e 55, ou antes disso. Já o Evangelho segundo Marcos (κατὰ Μᾶρκον εὐαγγέλιον), o mais antigo, foi escrito em grego koiné (diferente do grego atual), pouco antes ou logo depois da segunda destruição do Templo de Jerusalém, que ocorreu em 6 de agosto do ano 70. Os Evangelhos de Mateus, Lucas e João foram escritos anos ou décadas depois. Conclusão: essa tese de que Paulo está ensinando que só devemos confiar naquilo que diz a Bíblia, é totalmente "furada" e desprovida de qualquer sentido! O que Paulo diz, isto sim, claramente, na Bíblia Sagrada, é o seguinte: "Escrevo para que saibas como convém andar na Casa de Deus, que é a Igreja do Deus Vivo: coluna e fundamento da Verdade!" (1 Timóteo 3, 15)

Sim. O grande Apóstolo Paulo está afirmando, categoricamente, com todas as letras, que a Igreja é a Casa de Deus, e que é ela, a Igreja, a coluna e o fundamento da verdade. Outras traduções dizem "a coluna e o sustentáculo da verdade". Em outras palavras, ele diz que a base, a coluna, o sustento da verdade de Jesus Cristo para nós, neste mundo, é a Igreja que Ele mesmo nos deixou, e não somente as Escrituras. Até porque foi sempre a Igreja que sólidamente conservou e proclamou o Evangelho para o mundo inteiro, desde a Ascensão de Jesus até os nosso dias. Claro que esta Igreja é a Católica, a única que tem origem em Jesus Cristo, sendo que todas as "igrejas" protestantes e evangélicas surgiram a partir do século XVI.

Esperando que estes esclarecimentos tenham sido suficientes para responder às questões levantadas em seu comentário, para não me alongar demais e tornar a leitura cansativa, despeço-me, desejando bençãos. Que Deus o guarde e ilumine.

Resposta ao leitor: católicos precisam aceitar Jesus Cristo como único e suficiente Salvador?


Um leitor anônimo contestou a validade da doutrina católica em diversos pontos de fundamental importância. Como o comentário, deixado no post "Evangélicos do Brasil", é bastante variado em conteúdo, responderemos uma questão por vez, como convém para o bom entendimento. Abaixo, o comentário seguido da nossa reposta:

"que verdade

você só vai combater um bom combate quando aceitar Jesus com unico e suficiente salvador e unico advogado para a salvação de sua alma.

me desculpe Basilio não é minha intensão ofende-lo, mas preciso te alertar e discordar do que eu leio neste blog, e como o apostolo Paulo falou que qualquer palavra dita ou ensinada que não tenha base biblica que seja anatema. (...) Jesus está voltando buscar o seu povo e sinceramante de todo o meu coração, gostaria que você fosse com ele quando isso acontecer.

muitas coisas de errado estão acontecendo nas igrejas evangélicas, pois é a palavra de Jesus se cumprindo, onde ele fala que nos ultimos dias a apostasia seria muito grande e existiria lobos enganadores, mas vejo que não é por isso que eu vou abandonar a verdadeira fé que é em Jesus Cristo nosso salvador.

Basilio, sugiro que você pesquise mais sobre o catolicismo, procure ler os livros do padre Anibal Pereira dos Reis, ja será um bom começo e também em oração a direção de Jesus Cristo e uma leitura biblica.

Que o espirito santo possa te dar uma direção e aí vocçe vai ver que o protestantismo quando levado a sério é o verdadeiro ideal para nos revestirmos até o arebatamento.

Deus nos abençoe..."



Caro Anônimo,

Já que você se apresenta como um cristão zeloso e conhecedor da Bíblia, disposto a debater, gostaria, antes de qualquer coisa, que você se identificasse.

Logo abaixo da caixa de comentários, ao final de cada post (que são os artigos e matérias aqui publicados, e que aparecem na coluna central de cada página), você tem as opções para identificar o seu comentário antes de postá-lo. Selecione a opção "Nome/URL", e vai abrir uma caixinha onde você pode digitar o seu nome ou, se preferir, algum apelido ou codinome como queira ser chamado. A segunda caixinha pede o seu URL, isto é, o endereço da sua página na internet, se tiver: esta informação é opcional, você não precisa digitar nada ali, se não quiser.

Depois, é só clicar em "publicar comentário", normalmente. Você não acha que assim fica melhor para nós debatermos?

Gostaria também de agradecer pela sua educação e o bom senso de não digitar a sua mensagem toda em letras maiúsculas, como se estivesse gritando, como costumam fazer os seus irmãos "evangélicos" quando comentam por aqui: isso é muito desagradável e inconveniente.

Ditas estas coisas, passo a publicar os seus comentários, seguidos das nossas repostas (Voz da Igreja é administrado por uma equipe de três pessoas, embora a maior parte dos textos seja de minha autoria), em forma de posts, que por sua vez poderão receber novos comentários. Assim a nossa conversa virtual fica bem mais fácil e organizada, já que algumas respostas podem ser um pouco longas.

Passemos a análise do seu comentário, parte por parte:

Primeiro você pergunta (embora tenha se esquecido de usar o ponto de interrogação, creio que está perguntando): "que verdade[?]". - Curiosamente, você repete a mesma pergunta que fez Pilatos a Jesus Cristo: "Que é a Verdade?"

A Verdade, caro anônimo, para os cristãos, é Cristo. Jesus Cristo, Filho de Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é a Verdade encarnada para nós: nele se manifestaram todas as respostas e para Ele convergem todas as soluções pelas quais ansiamos desde o nosso nascimento neste mundo.

A partir daí posso responder às outras questões que você trouxe. Você diz: "você só vai combater um bom combate quando aceitar Jesus com unico e suficiente salvador e unico advogado para a salvação de sua alma."

E aí eu começo a perceber que existe alguma coisa muito errada com a sua concepção de Igreja Católica. Verifico que o que você critica não é a Igreja Católica de verdade, mas uma caricatura que o "pastor" pintou para você da Igreja que realmente existe. Acontece que nós, católicos, já aceitamos Jesus Cristo como nosso Senhor e único Salvador há dois mil anos! Foi através desta aceitação que a Igreja nasceu. Você, assim como tantos outros que aderem às novas denominações pentecostais e neopentecostais, nada sabe a respeito de catolicismo: você simplesmente comprou uma ideia pronta, que lhe foi vendida por um terceiro, e aceitou essa ideia como se fosse a verdade absoluta. Essa falsa verdade penetrou o seu subconsciente e, desde esse dia, você a defende com todas as suas forças, achando que está fazendo um grande bem, que está cumprindo com a sua obrigação como cristão. Em outras palavras, a sua concepção dos fatos está "alienada".

O termo alienação vem do grego "alios", que significa "outro". Alienar é dar algo que lhe pertence, - no caso o seu discernimento, a sua capacidade de pensar e julgar valores, - a um outro, um terceiro. Alienado, neste caso, é alguém que renunciou aos seus direitos de julgar realidades e valores em favor de outro; no caso, o "pastor". É isso o que fazem os "evangélicos", em especial os pentecostais e neopentecostais: acham que entendem da Bíblia, julgam-se fiéis àquilo que ensina a Bíblia... Mas estão seguindo apenas a interpretação particular que os seus "pastores" fazem da Bíblia. O maior absurdo é que existem centenas de milhares de denominações pentecostais e neopentecostais no mundo, e cada uma delas é conduzida por um "pastor" que ensina coisas muito diferentes do outro "pastor", - e todos afirmam que estão sendo conduzidos pelo Espírito Santo. E, veja, essas diferenças não são superficiais, muitas vezes são princípios de fé importantíssimos.

Dentro desse contexto, algumas "igrejas evangélicas" admitem o divórcio, outras o repudiam; umas aceitam mulheres como “pastoras”, outras não; umas praticam a “santa ceia”, outras não; umas ensinam que devemos guardar o sábado, outras não; algumas ensinam a "teologia da prosperidade", outras a condenam; umas ensinam que sem o batismo ninguém será salvo, outras dizem o contrário... E por aí vai… Tem “bispo evangélico” por aí defendendo até o aborto, só porque a Igreja Católica é (claro) contra! É comum ouvimos frases como estas: “Nesta ‘igreja’ está o verdadeiro caminho”, ou “Deus levantou este 'ministério'” ou ainda “a tua vitória está aqui”. Mais comum ainda é os “pastores” dizerem que as igrejas deles são “ungidas”… Ora, se todas essas "igrejas" são tão diferentes entre si, e a Verdade é uma só, como é possível que todas sejam "igrejas" verdadeiras, e só a católica seja a desviada, a perdida, a errada em tudo?

Retomando o ponto: você vem aqui nos "ensinar" que Jesus é o único e suficiente Salvador, e é exatamente aí que eu vejo que você não faz a menor ideia do que significa a doutrina da Igreja Católica. Como disse, você ataca com toda a violência uma coisa que só existe na sua imaginação e nas imaginações daqueles que o convenceram de uma série de coisas sem sentido. Sim, porque a Igreja Católica sempre ensinou e continua ensinando exatamente isso que você disse. Se você me apresentar algum padre, carta encíclica ou qualquer documento da Igreja, ou ainda qualquer trecho do Catecismo que ensine o contrário disso, aí eu vou concordar com você que a Igreja está errada, perdida, desviada.

Apostaria tudo o que eu tenho que você, assim como tantos outros que conheci na minha vida, que traziam esse mesmo discurso pronto, andou pesquisando e isolando alguns trechos do Catecismo para citar fora de contexto, desvirtuando o significado, interpretando completamente errado e usando esses pequenos trechos para confundir as pessoas. A verdade é que a Igreja Católica, no Catecismo e em todos os seus documentos mais importantes, sempre declarou que Jesus Cristo é nosso único Salvador e Redentor, o único que resgata nossas almas do pecado e da morte. Isso é uma coisa tão clara que, perdoe-me, chega a ser ridículo alguém acreditar no contrário. É a mesma coisa que você encontrar alguém com uma camisa toda branca e dizer para ele: "Tire essa camisa preta! Você deve vestir uma camisa branca!"... Se eu fosse tentar acrescentar aqui todas as provas do que estou dizendo, este artigo ficaria imeeeeenso... Fiz apenas uma pesquisa muito breve e preparei uma coletânea muito resumida para usar aqui, para não cansá-lo demais. Vejamos o que a Igreja Católica de verdade (não aquela que o 'pastor' pinta) tem a dizer sobre esse assunto:


Catecismo da Igreja Católica, capítulo 2º

(9) O Verbo encarnado, Jesus Cristo, é o Mediador e a Plenitude da Revelação. Ele, sendo o Único Filho de Deus feito homem, é a Palavra perfeita e definitiva do Pai. Com o envio do Filho e o dom do Espírito, a Revelação está agora plenamente realizada. (...) "A partir do momento em que nos deu o seu Filho, que é a Sua única e definitiva Palavra, Deus nos disse tudo de uma só vez nessa Sua Palavra, e não tem mais nada a dizer" (São João da Cruz).

(68) Deus "de um só homem fez toda a espécie humana" (At 17,26). Todos, pois, têm um único Salvador e todos são chamados a partilhar da eterna felicidade de Deus.

(114) Jesus não aboliu a Lei dada por Deus a Moisés no Sinai, mas deu-lhe cumprimento ao lhe dar a interpretação definitiva. É o Legislador divino que executa integralmente essa Lei. Além disso, Ele, o Servo fiel, oferece com a sua morte expiadora o Único Sacrifício capaz de redimir todas 'as transgressões.

(122) Jesus ofereceu livremente a sua vida em sacrifício expiatório, ou seja, reparou as nossas culpas com a obediência plena do seu amor até a morte. Esse 'amor até o fim' (Jo 13,1) do Filho de Deus reconcilia com o Pai toda a humanidade. O Sacrifício Pascal de Cristo resgata, pois, os homens de modo único, perfeito e definitivo, e lhes abre a Comunhão com Deus.


Catecismo da Igreja Católica, II Parte – Primeira Seção

"Cristo Senhor nosso, tornado eternamente o maior dos sacerdotes, dispôs que se oferecesse o Sacrifício que vós vedes, o seu Corpo e o seu Sangue. De fato, o seu corpo, atravessado pela lança, difundiu água e sangue, com os quais remiu nossos pecados. (...) Também os antigos sacrifícios do povo de Deus, na sua múltipla variedade, prefiguravam esse Único Sacrifício que devia vir.

(294) Na Eucaristia nós partimos 'ó único Pão que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver em Jesus Cristo para sempre' (Santo Inácio de Antioquia).

(324) Na Antiga Aliança, o serviço dos Levitas, bem como o sacerdócio de Aarão e a instituição dos setenta "Anciãos" (Nm 11,25), são prefigurações desse Sacramento. Essas prefigurações encontram seu cumprimento em Cristo Jesus, o qual, com o Sacrifício da sua Cruz, é o "único Mediador entre Deus e os homens" (1Tm 2,5), o "Sumo-Sacerdote à maneira de Melquisedec" (Hb 5,10). "Somente Cristo é o verdadeiro sacerdote; os outros são os seus ministros" (Santo Tomás de Aquino).

(412) Todos os homens gozam de igual dignidade e direitos fundamentais, porquanto, criados à imagem do único Deus e dotados de uma mesma alma racional, têm a mesma natureza e origem e são chamados, em Cristo, único Salvador, à mesma bem-aventurança divina.

(537) Como orava Moisés? A oração de Moisés é típica da oração contemplativa: Deus, que chama Moisés da Sarça Ardente, entretém-se muitas vezes e longamente com ele "Face a face, como alguém que fala com seu amigo" (Ex 33,11). Nessa intimidade com Deus, Moisés haure a força para interceder com tenacidade a favor do povo: a sua oração prefigura assim a intercessão do único Mediador, Cristo Jesus.

(538) A oração do rei Davi era um modelo para a oração do povo, pois adesão à Promessa divina e confiança, cheia de amor, nAquele que é o único Rei e Senhor, Cristo Jesus.

(560) O caminho da nossa oração é Cristo, porque ela se dirige a Deus nosso Pai, mas chega a Ele somente se, pelo menos implicitamente, nós orarmos em nome de Jesus. A sua humanidade é, com efeito, o único caminho pelo qual o Espírito Santo nos ensina a rezar a nosso Pai. Por isso, as orações litúrgicas concluem com a fórmula: "Por nosso Senhor Jesus Cristo".

(562) Maria "mostra-nos o Caminho" que é seu Filho Jesus, o único Mediador.


(585) Rezar o "Pai-Nosso" é rezar com e por todos os homens, a fim de que conheçam o único e verdadeiro Deus e sejam reunidos na unidade.


Carta Encíclia DIVINI REDEMPTORIS, de Sua Santidade o Papa Pio XI
Trecho do Capítulo V

(80)
(...) Rogamos ao Senhor que os ilumine, para que deixem o caminho que os despenha a todos numa imensa e catastrófica ruína, e reconheçam também eles que o único Salvador é Jesus Cristo Senhor Nosso: “porque não há sob o céu nenhum outro nome dado aos homens, pelo qual possamos esperar ser salvos” (At 4, 12).


Carta Encíclica REDEMPTORIS MISSIO, do Sumo Pontífice João Paulo II
Trechos do Capítulo I - JESUS CRISTO ÚNICO SALVADOR


(5) Remontando às origens da Igreja, aparece clara a afirmação de que Cristo é o único Salvador de todos, o único capaz de revelar e de conduzir a Deus. (... ) E não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome dado aos homens que nos possa salvar' (At 4, 10.12). Esta afirmação, dirigida ao Sinédrio, tem um valor universal, já que, para todos — judeus e gentios —, a salvação só pode vir de Jesus Cristo.

O único Deus e o único Senhor são afirmados em contraste com a multidão de 'deuses' e de 'senhores' que o povo admitia (na época de Paulo).

Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens. (...) Os homens, portanto, só poderão entrar em Comunhão com Deus através de Cristo, e sob a ação do Espírito. Esta Sua mediação única e universal, longe de ser obstáculo no caminho para Deus, é a via estabelecida pelo próprio Deus, e disso, Cristo tem plena consciência. Se não se excluem mediações participadas de diverso tipo e ordem, todavia elas recebem significado e valor unicamente da de Cristo, e não podem ser entendidas como paralelas ou complementares desta.


(9) Enquanto reconhece que Deus ama todos os homens e lhes dá a possibilidade de se salvarem (cf. 1 Tim 2, 4) a Igreja professa que Deus constituiu Cristo como único Mediador e que ela própria foi posta como instrumento universal de salvação.

(11) Respeitando todas as crenças e todas as sensibilidades, devemos afirmar antes de mais, com simplicidade, a nossa fé em Cristo, único Salvador do homem — fé que recebemos como um dom do Alto, sem mérito algum da nossa parte.


Carta Apostólica ROSARIUM VIRGINIS MARIAE, do Sumo Pontífice João Paulo II
Trecho do Capítulo I

(16)
De fato, se Jesus, único Mediador, é o Caminho da nossa oração, Maria, pura transparência d'Ele, mostra o Caminho (...).

Trecho do Capítulo II
(20)
O cristianismo é, antes de mais, Evangelion, “Boa Nova”, que tem o seu centro, antes, o seu conteúdo, na Pessoa de Cristo, o Verbo feito carne, único Salvador do mundo.


Exortação Apostólica SACRAMENTUM CARITATIS, de Sua Santidade o Papa BENTO XVI,
Trechos da I Parte

(16) (...) A 'economia' sacramental determina, em última análise, o modo como Jesus Cristo, único Salvador, por meio do Espírito, alcança a nossa vida na especificidade das suas circunstâncias.

Trecho da III PARTE - Jesus Cristo, único Salvador

(86)
Do Mistério Eucarístico acreditado e celebrado nasce a exigência de educar constantemente a todos para o trabalho missionário, cujo Centro é o Anúncio de Jesus, o único Salvador.


Trecho do artigo Católico para o website de pesquisa Wikipedia

Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e o homem. (1 Tim, 2,5). Ele sozinho conciliou o homem com Deus através da sua morte na cruz. Mas isso não exclui um papel secundário de Maria como medianeira, dependente de Cristo.


Creio que esta pequena amostra foi suficiente, sem me alongar demais, para elucidar ao menos a completa inutilidade desta primeira parte do seu comentário, no sentido de vir aqui "pregar" precisamos aceitar Jesus... Repito: nós, católicos já aceitamos Jesus Cristo como nosso Senhor e único Salvador há dois mil anos! Esta é a base de tudo o que representa a doutrina católica e apostólica, conforme ensinaram todos os Papas, desde o Apóstolo Pedro até hoje, conforme a Bíblia Sagrada e conforme nos orienta o Catecismo.

Assim que me for possível, completarei a resposta ao seu primeiro comentário. Depois disso, publico seus outros comentários com as devidas respostas. Que Deus o abençoe, guarde e ilumine.

** Leia a continuação da resposta aqui
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O pecado da ira

Dando continuidade à nossa série de artigos sobre os pecados capitais, passamos agora ao estudo do pecado da inveja.

Cada um de nós, seres humanos, por nossos próprios méritos, estaríamos irremediavelmente perdidos: todos pecamos e precisamos da Graça de Deus, embora muitos ainda não o reconheçam: este é o seu maior problema.

Na árvore do pecado, a ira é um galho grande; por isso é um dos pecados capitais. O pecado da ira está ligado ao tronco do orgulho, que é a rejeição da Soberania de Deus sobre a nossa vontade. A ira, na maioria das vezes, é um sentimento de contrariedade por alguma vontade não satisfeita. Vemos que até as crianças, mesmo pequenas, já expressam seu descontentamento quando são contrariadas: batem os pés, choram, gritam...

Deus nos criou dotados de sentimentos, que são indispensáveis para a vida, mas quando a ira é alimentada por nossa decisão própria, seja consciente ou não, aí ela resulta em gestos concretos que fatalmente levarão à dor e ao sofrimento... Gestos dos quais nos arrependeremos depois, mas aí já pode ser tarde. A ira, quando alimentada, leva a uma fúria doentia que precisa se manifestar de qualquer jeito, e acaba resultando em desrespeito, agressão verbal e até física, que pode resultar em crimes graves; no caso mais extremo, ao assassinato.

A ira, portanto, está ligada mais ao agir do que ao sentir, simplesmente. Normalmente são as pessoas mais ativas e cheias de desejos que mais sofrem com a ira. São conhecidas como “pavio curto”, de "gênio forte"... Algumas são até admiradas por serem “francas” e “sinceras”: não levam desaforo para casa. Mas a sinceridade não precisa, - e não deve, - ser acompanhada da ira. Se você alimentar a ira, deixar-se tomar pelo ódio e pelo desejo de vingança, será capaz de cometer atrocidades que nem poderia imaginar.

O Livro de Eclesiastes (7, 9) condena os que são rápidos em alimentar a ira, porque ela se esconde no mais íntimo da alma humana. Escrevendo aos efésios, o apóstolo Paulo diz que a “ira breve” faz parte da natureza humana, mas deve ser tratada imediatamente: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef. 4, 26). Paulo está citando o Salmo 4. “Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o vosso coração, e sossegai.” (Salmos 4, 4). Davi escreveu esse salmo quando seu filho Absalão liderava um motim para tomar-lhe o reino. O salmo é um pedido de ajuda a Deus diante dessa terrível situação e também um apelo aos homens, para que refletissem sobre o problema em vez de se entregarem à ira.

Não dêem espaço para a ira além do necessário, afirma o Apóstolo Paulo. Não deixe a raiva se acumular para o dia seguinte, e o seguinte, e o seguinte… Ainda na mesma noite da sua indignação, da sua dor, você deve entregar o problema aos Pés do Senhor, e assim encontrará sossego. “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro.” (Salmo 4, 8)

Jesus foi ao centro da questão e revelou a essência do Mandamento da Lei que diz “não matarás”: “Ouviste o que foi dito aos antigos: não matarás; e quem matar estará sujeito a julgamento. Eu porém vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do Tribunal; e quem lhe chamar: 'tolo', estará sujeito ao inferno de fogo. Quando estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então apresenta a tua oferta. Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta." (Mateus 5, 24)

A Lei fala do fruto mais extremo da ira: não matarás! Quem evita a ira, por certo não corre o risco de chegar ao extremo de tirar a vida de alguém. Jesus muda a perspectiva. O desrespeito pela vida, que leva alguém a matar, nasce na ira, perde o controle em quem a consente e passa dos insultos verbais e físicos para as últimas consequências.


Vencendo a ira

Como lidar com a ira à luz do Evangelho? Qual a saída para um coração irado? Jesus nos apresentou duas bem-aventuranças que tornam felizes aqueles que lutam contra a ira: "Felizes os mansos" e "Felizes os pacificadores".

Muitas pessoas confundem mansidão com fraqueza. Promover a paz e demonstrar espírito manso seriam marcas dos perdedores? Não. Verdadeiramente, a mansidão e a paz são os maiores sinais de força e domínio próprio que um ser humano é capaz de manifestar. Ser manso não é ser fraco, mas abrir mão de usar a força. Ser manso é ser maior do que a ira.

A ira é como qualquer emoção: aparece de maneira involuntária. Você não "decide" que vai se irar. No entanto, ao sentir ira, se perceber que é porque uma vontade sua foi contrariada, aí sim poderá decidir como reagir a esse sentimento negativo.

Os mansos e pacificadores nada têm a ver com os passivos. Moisés foi um dos maiores líderes da história, e era conhecido como um homem manso (Nm 12, 3). A mansidão não sente necessidade de injuriar os outros. Não possui sentimentos de inferioridade, nem de impotência, e por isso os mansos não precisam lutar por reconhecimento. Eles submetem as contrariedades a Deus, que domina o Universo, e logo descansam. Desenvolver um espírito manso é confiar na promessa de Jesus de que os mansos herdarão a terra. O Senhor nos convida a aprender mansidão com ele. Ele foi o exemplo máximo de mansidão, porque, sendo Deus Todo Poderoso, abriu mão do seu Poder Divino e decidiu confiar no Amor do Pai e submeter-se à sua Vontade.

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo, tende piedade de nós, que somos pecadores!

BURNS, John E. Recuperando - se com os Sete Pecados Capitais São Paulo: Loyola, 2004

O pecado da ira

Dando continuidade à nossa série de artigos sobre os pecados capitais, passamos agora ao estudo do pecado da inveja.

Cada um de nós, seres humanos, por nossos próprios méritos, estaríamos irremediavelmente perdidos: todos pecamos e precisamos da Graça de Deus, embora muitos ainda não o reconheçam: este é o seu maior problema.

Na árvore do pecado, a ira é um galho grande; por isso é um dos pecados capitais. O pecado da ira está ligado ao tronco do orgulho, que é a rejeição da Soberania de Deus sobre a nossa vontade. A ira, na maioria das vezes, é um sentimento de contrariedade por alguma vontade não satisfeita. Vemos que até as crianças, mesmo pequenas, já expressam seu descontentamento quando são contrariadas: batem os pés, choram, gritam...

Deus nos criou dotados de sentimentos, que são indispensáveis para a vida, mas quando a ira é alimentada por nossa decisão própria, seja consciente ou não, aí ela resulta em gestos concretos que fatalmente levarão à dor e ao sofrimento... Gestos dos quais nos arrependeremos depois, mas aí já pode ser tarde. A ira, quando alimentada, leva a uma fúria doentia que precisa se manifestar de qualquer jeito, e acaba resultando em desrespeito, agressão verbal e até física, que pode resultar em crimes graves; no caso mais extremo, ao assassinato.

A ira, portanto, está ligada mais ao agir do que ao sentir, simplesmente. Normalmente são as pessoas mais ativas e cheias de desejos que mais sofrem com a ira. São conhecidas como “pavio curto”, de "gênio forte"... Algumas são até admiradas por serem “francas” e “sinceras”: não levam desaforo para casa. Mas a sinceridade não precisa, - e não deve, - ser acompanhada da ira. Se você alimentar a ira, deixar-se tomar pelo ódio e pelo desejo de vingança, será capaz de cometer atrocidades que nem poderia imaginar.

O Livro de Eclesiastes (7, 9) condena os que são rápidos em alimentar a ira, porque ela se esconde no mais íntimo da alma humana. Escrevendo aos efésios, o apóstolo Paulo diz que a “ira breve” faz parte da natureza humana, mas deve ser tratada imediatamente: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef. 4, 26). Paulo está citando o Salmo 4. “Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o vosso coração, e sossegai.” (Salmos 4, 4). Davi escreveu esse salmo quando seu filho Absalão liderava um motim para tomar-lhe o reino. O salmo é um pedido de ajuda a Deus diante dessa terrível situação e também um apelo aos homens, para que refletissem sobre o problema em vez de se entregarem à ira.

Não dêem espaço para a ira além do necessário, afirma o Apóstolo Paulo. Não deixe a raiva se acumular para o dia seguinte, e o seguinte, e o seguinte… Ainda na mesma noite da sua indignação, da sua dor, você deve entregar o problema aos Pés do Senhor, e assim encontrará sossego. “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro.” (Salmo 4, 8)

Jesus foi ao centro da questão e revelou a essência do Mandamento da Lei que diz “não matarás”: “Ouviste o que foi dito aos antigos: não matarás; e quem matar estará sujeito a julgamento. Eu porém vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do Tribunal; e quem lhe chamar: 'tolo', estará sujeito ao inferno de fogo. Quando estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então apresenta a tua oferta. Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta." (Mateus 5, 24)

A Lei fala do fruto mais extremo da ira: não matarás! Quem evita a ira, por certo não corre o risco de chegar ao extremo de tirar a vida de alguém. Jesus muda a perspectiva. O desrespeito pela vida, que leva alguém a matar, nasce na ira, perde o controle em quem a consente e passa dos insultos verbais e físicos para as últimas consequências.


Vencendo a ira

Como lidar com a ira à luz do Evangelho? Qual a saída para um coração irado? Jesus nos apresentou duas bem-aventuranças que tornam felizes aqueles que lutam contra a ira: "Felizes os mansos" e "Felizes os pacificadores".

Muitas pessoas confundem mansidão com fraqueza. Promover a paz e demonstrar espírito manso seriam marcas dos perdedores? Não. Verdadeiramente, a mansidão e a paz são os maiores sinais de força e domínio próprio que um ser humano é capaz de manifestar. Ser manso não é ser fraco, mas abrir mão de usar a força. Ser manso é ser maior do que a ira.

A ira é como qualquer emoção: aparece de maneira involuntária. Você não "decide" que vai se irar. No entanto, ao sentir ira, se perceber que é porque uma vontade sua foi contrariada, aí sim poderá decidir como reagir a esse sentimento negativo.

Os mansos e pacificadores nada têm a ver com os passivos. Moisés foi um dos maiores líderes da história, e era conhecido como um homem manso (Nm 12, 3). A mansidão não sente necessidade de injuriar os outros. Não possui sentimentos de inferioridade, nem de impotência, e por isso os mansos não precisam lutar por reconhecimento. Eles submetem as contrariedades a Deus, que domina o Universo, e logo descansam. Desenvolver um espírito manso é confiar na promessa de Jesus de que os mansos herdarão a terra. O Senhor nos convida a aprender mansidão com ele. Ele foi o exemplo máximo de mansidão, porque, sendo Deus Todo Poderoso, abriu mão do seu Poder Divino e decidiu confiar no Amor do Pai e submeter-se à sua Vontade.

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo, tende piedade de nós, que somos pecadores!

BURNS, John E. Recuperando - se com os Sete Pecados Capitais São Paulo: Loyola, 2004

O pecado da inveja

Dando continuidade à nossa série de artigos sobre os pecados capitais, passamos agora ao estudo do pecado da inveja.

A natureza humana, que segundo a nossa fé se tornou contaminada pelo pecado de Adão, insiste em contrariar as inspirações do Espírito Santo de Deus, que são sempre as mais saudáveis para a nossa vida espiritual. Estamos falando da eterna luta entre a carne e o Espírito: “Porque o que a nossa natureza humana quer é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana quer. Os dois são inimigos...” (Gl 5, 17).

Quando a Comunhão com o Senhor esfria, a natureza humana (a 'fraqueza da carne') aumenta, toma conta da vida e dos nossos desejos, e começa a produzir frutos ruins, porque tudo o que podemos ser e fazer de bom vem de Deus; é fruto do Espírito. Um dos resultados mais imediatos desse afastamento de Deus é o afastamento da Igreja. Outros resultados são a depressão, a perda da fé, uma angustiante sensação de vazio, de uma vida sem sentido...

A inveja é um dos mais terríveis pecados que podemos cometer, porque ter inveja é sentir desgosto, raiva ou tristeza por ver o bem ou a felicidade de outra pessoa! Este sentimento mesquinho se reflete num desejo negativamente intenso, - às vezes violento, - de possuir os bens alheios, ou as qualidades alheias. A inveja é um dos frutos da natureza humana que, entre outros, causa profundas feridas na vida espiritual. Essas "feridas" são muito sérias, a ponto de lançar os que se entregam à inveja numa existência de trevas. Complica ainda mais o fato de ser um pecado que pode passar desapercebido pelos que estão próximos, mas que internamente consome as vidas dos que a ele se entregam.

“A paz de espírito dá saúde ao corpo, mas a inveja destrói como o câncer.” (Pv 14, 30)

“O ódio é cruel e destruidor, mas a inveja é ainda pior.” (Pv 27, 4)

A inveja é tão grave que, dos dez Mandamentos do Senhor entregues a Moisés, ela foi condenada em dois: (9º) Não desejar a mulher do próximo; e (10º) Não cobiçar as coisas alheias. – A cobiça das coisas que não nos pertencem é a marca do pecado da inveja. É assim que a inveja leva ao roubo.

A inveja é também uma prova certa de uma vida carnal, e da necessidade urgente de arrependimento e mudança de vida, como disse São Tiago em sua epístola: “Se no coração de vocês existe inveja, amargura e egoísmo, então não mintam contra a verdade, gabando-se de serem sábios”. (Tg 3, 14)



Vencendo o pecado da inveja

Enquanto cristão, cabe a você a responsabilidade de não deixar que a inveja cresça e floresça em sua vida. A melhor prática de combate a esse pecado devastador é pedir ao Espírito Santo que lhe dê a sensibilidade para perceber essa fraqueza ainda no início (em sua mente), reconhecendo que está sentindo inveja enquanto ela ainda não é mais forte que o seu desejo de ser santo. É sua a decisão e o esforço para viver em santidade. Assim não deixará portas abertas a qualquer tipo de cobiça das coisas ou qualidades do seu próximo.

Viver em santidade, para o cristão, não é opção: é ordem direta de Jesus (conf. Mt 19, 21), e a única maneira de encontrar a felicidade, a plenitude e a vida eterna! Para cumprir este mandamento é preciso seguir o exemplo de Ezequiel (3, 3), “se alimentar da Palavra de Deus, orar muito e se sacrificar com agradáveis jejuns”. Este desejável jejum, mais que o jejum alimentar, é o jejum das práticas que não são agradáveis a Deus, e que portanto nos prejudicam, entre as quais a inveja. Este conjunto de ações nos leva mais perto de Deus e capacita-nos a ouvir a Sua Voz.

Mesmo depois de ter perdido a semelhança com Deus por seu pecado, o homem continua sendo um ser feito à Imagem e Semelhança do seu Criador. O batizado combate a inveja pela benevolência, pela humildade e pelo abandono nas Mãos da Providência Divina.

Ref.: ULLMANN, Reinholdo Aloysio. Sei em Quem Confiei,
Rio Grande do Sul: EdiPUCRS, 2004, pp. 277.

A Igreja e as crises


Muitos acreditam que a Igreja vive hoje uma crise, com muitos escândalos internos e dificuldades, deturpação da Liturgia, o crescimento das seitas pentecostais na América Latina e o enfraquecimento da fé no berço da Igreja (a Europa). Em vista de tal situação, selecionamos um dos muitos trechos inspiradores do livro “O Sal da Terra“ em que o Papa Bento XVI, - que na época ainda não era o Papa, - responde à essa pergunta, feita pelo editor e jornalista alemão Peter Seewald. O livro, que recomendamos, é bem didático, escrito em forma de perguntas e respostas.

Peter Seewald: Que importância tem a crise atual da Igreja? Este é o maior desafio desde o começo? E o que significa a crise da Igreja para o mundo? O senhor declarou uma vez que a extinção da Igreja levaria a um desmoronamento espiritual cuja dimensão não podemos medir.

Cardeal Ratzinger (Papa Bento XVI): Quanto à primeira pergunta, não sei. É, com certeza, um dos maiores desafios. Mas na Igreja antiga também tivemos dois enormes desafios. Um foi a gnose, quando se deu uma transformação gradual na Igreja, tanto do culto quanto da fé, em ideologias, em mitos e em imagens. Era algo que parecia estar se apoderando, pouco a pouco, de toda a Igreja. Quando hoje se lê isso, pensa-se que havia, de um lado, os gnósticos e, do outro, os Padres da Igreja. Mas não é verdade, pois as correntes estavam completamente envolvidas umas nas outras, o que só devagar pôde ser esclarecido.

Também houve a tentativa, que se compreendia muito bem e que era muito convidativa, da afastar o Antigo Testamento para se limitar a São Paulo. Houve movimentos orientados para a busca da própria identidade, que eram extremamente complexos. Existia (...) o Magistério central, que se encontrava numa fase inicial e que poderia intervir eficazmente. Por isso, a disputa teve de ser resolvida, pouco a pouco, no interior. E o cristianismo poderia, facilmente, ter vindo a ser outra coisa. Julgo que foi uma grande crise, precisamente no início da cristandade, quando esta tinha de dar forma a si mesma.

Uma segunda crise, que não foi tão grave nem tão grande quanto a primeira, mas que foi um desafio importante, foi a crise ariana. Os imperadores apostaram temporariamente no arianismo, porque se conciliava mais facilmente com a mentalidade dominante. O modelo era que há Deus, e depois há Cristo, que é um ser semelhante a Deus. Todo o aparelho político foi usado para impor essa imagem. Até os bispos cederam em grande número, conferências episcopais inteiras. Por fim, todo o mundo germânico se tornou ariano, de modo que o velho mundo (os romanos) era católico e o novo mundo (os germanos) era ariano. Assim, também se julgava poder reconhecer facilmente em que direção se encontra o que é novo, onde se encontra o futuro.

Julgo que a crise do século XVI também foi grave, mesmo que não tocasse tantos as raízes da Igreja, pois a aceitação comum das confissões de fé tinha permanecido. Mas as confusões internas da Igreja eram muito grandes, porque o elemento reformador tinha se dividido logo em movimentos diferentes, em partes radicais.

O que hoje vivemos talvez não seja, portanto, a partir desse ponto de vista, o maior desafio desde o início da História, mas é um desafio que chega às suas raízes.

Nota: Para tanto, é preciso que estejamos sempre preparados: rezar, participar, fazermos cada um de nós a sua parte, sermos cristãos católicos na prática. E tudo com muita confiança na Promessa de Nosso Senhor à sua Igreja: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Jesus Cristo à sua Igreja, no Evangelho segundo Mateus, 23, 19-20)

RATZINGER, Joseph & Seewald, Peter. O Sal da Terra, O Cristianismo e a Igreja Católica no Limiar do Terceiro Milênio. Rio de Janeiro: Imago, pp. 130-131.

A infalibilidade papal: o Papa é infalível? Quando? Como?


A doutrina da infalibilidade do Papa foi definida no 4º capítulo da 4ª sessão do Concílio Vaticano I (1869 - 1870), durante o pontificado de Pio IX. Ouvimos, porém, muitos questionamentos a esse respeito, de pessoas que pensam que os católicos acreditam que o Papa seja isento de qualquer erro ou pecado, sendo ele um homem falho e imperfeito. Alguns polemizam a respeito dessa questão por puro desconhecimento da doutrina (talvez alguma preguiça de aprender?), mas me parece que a maioria o faz por má fé. Por ser uma tema muito importante, é necessário que os católicos entendam definitivamente este assunto, para que possam também elucidar a outros quando tiverem oportunidade.

Em primeiro lugar, a doutrina da infalibilidade não, NÃO diz que o Sumo Pontífice é um homem perfeito, que nunca erra e não peca, por ser Papa. O que a doutrina da infalibilidade do Papa afirma é que o Papa é infalível quando fala nas condições "Ex Cathedra".

O que significa isto? Ex Cathedra (do latim) quer dizer, literalmente, "da Cadeira" ou "do Trono". Quer dizer que o Papa é infalível quando se pronuncia a partir do Trono de Pedro, como Sumo Pontífice, isto é, como líder e condutor de toda a Igreja, nas seguintes condições:

1) Quando se pronuncia como sucessor de Pedro, usando o poder das Chaves concedidas ao Apóstolo pelo próprio Cristo (Mt 16, 19);

2) Quando o objeto do seu ensinamento é a moral, fé ou os costumes;

3) Quando ensina à Igreja inteira;

4) Quando é manifesta a intenção de dar decisão dogmática e não simples advertência, declarando anátema que se ensine tese oposta.

Em resumo, o Papa é infalível quando se dirige, como Papa e sucessor do Apóstolo Pedro, que ele é, a toda a Igreja; quando o objeto de seu pronunciamento é a moral, a fé e/ou os costumes; e quando define que dará uma decisão dogmática.

Em outras palavras, o Papa é passível de falhas fora das condições descritas acima. Fica esclarecido, portanto, que nós, católicos, não cremos que o Papa é um ser humano perfeito, que nunca erra nem peca. Mesmo assim, alguns continuam achando absurdo pensar que o Papa é infalível quando instrui a Igreja a respeito de doutrina. O que você acha disso?

Se somos cristãos, não, isso não é nenhum absurdo, pelo contrário. Para quem tem fé, absurdo seria pensar que o Papa, sucessor de Pedro e pastor maior da Igreja, aquele que comanda toda uma imensa nação de fiéis que constituem o Corpo Místico de Cristo no mundo, fosse falho enquanto líder, pois nesse caso seria totalmente incapaz de assumir a missão de orientar e conduzir a Igreja!

Se o líder máximo da cristandade não fosse infalível enquanto condutor da Igreja, não poderíamos crer em Igreja, nem nos Evangelhos, nem mesmo em Jesus Cristo, que prometeu que estaria com a sua Igreja até o fim do mundo. - A infalibilidade é lógica, óbvia e consta explicitamente nas Sagradas Escrituras:

"Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo." (Jesus Cristo à sua Igreja, no Evangelho segundo S. Mateus, 28, 19-20)

Nosso Senhor afirma aos Apóstolos que estará com a Igreja até o fim do mundo. Isto demonstra que os Apóstolos, e não só os primeiros, mas também os seus sucessores, escolhidos pelos próprios Apóstolos (como vemos no livro de Atos), estão ainda hoje conduzindo a humanidade sob a Assistência do Espírito Santo e de Nosso Senhor Jesus Cristo, que garantiu a infalibilidade da doutrina dos Apóstolos:

"Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; permanecei até que sejais revestidos da Força do Alto." (Lc 24, 49)

"O Espírito da Verdade o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conheceis, porque permanecerá convosco e estará em vós." - "O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo que vos tenho dito." (Jo 14, 17.26)

Note a afirmação: "O Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece..." - Isto é, cabe aos Apóstolos ensinar a doutrina verdadeira e autenticamente inspirada por Deus. - Então, não basta cada um ler a Bíblia, é preciso seguir a orientação da Igreja, que por sua vez é guiada pelo Papa, sob a Luz do Santo Espírito.

Jesus Cristo enviou seus Apóstolos a propagar à toda a humanidade o Caminho até o Pai. Portanto, se cremos em Jesus Cristo e nos Evangelhos, temos que crer também que os Apóstolos são infalíveis em seus ensinamentos, pois Cristo mesmo afirmou categoricamente que estaria com eles até o fim do mundo, para que cumprissem a missão de levar o Evangelho "até os confins do mundo": "Descerá sobre vós o Espírito Santo, e vos dará o poder; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, Samaria e até os confins do mundo" (At 1, 8).

A própria entrega das Chaves do Reino dos Céus a Pedro, com a promessa de que o Inferno não prevaleceria sobre a Igreja, juntamente com o poder dado a ele, Pedro, diretamente por Jesus Cristo: "O que ligares na Terra será ligado nos Céus, e o que desligares na Terra será desligado nos Céus" (Mt 16, 18-19), é a afirmação clara, direta e inquestionável da infalibilidade daquele que comanda a Igreja. Pois, se Nosso Senhor disse aos Apóstolos que deveriam ensinar o Evangelho à humanidade e que estaria com eles até o fim do mundo, então, pela Providência Divina, esta Igreja não poderia ensinar senão a verdadeira Doutrina, o Caminho certo até o Pai. A confirmação definitiva consta em Lucas 22, 31, quando o Senhor Jesus Cristo fala a Simão Pedro:

"Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por sua vez, confirma os teus irmãos."




Não há dúvida quanto a autoridade e infalibilidade da Igreja de Jesus Cristo enquanto "Coluna e Fundamento da Verdade" e "Casa do Deus Vivo" (1Tm 3,15) na Terra. - Sabemos bem que Padres, Bispos e Papas estão sujeitos ao pecado, como qualquer ser humano. Porém, se cremos em Cristo e na Bíblia Sagrada, devemos crer que o Papa, enquanto condutor máximo da Igreja no mundo, é infalível quando guia a Igreja; nessa função, ele faz uso das Chaves que foram entregues por Cristo a S. Pedro: ele não é infalível por si mesmo, mas é assistido pelo Espírito Santo.

Porém, como a criatividade humana não tem limites, os inimigos da Igreja nunca deixam de tentar contestar até mesmo as verdades mais simples da Teologia. Desesperados em sua tentativa de negar o óbvio, apelam para todo tipo de insanidade: já ouvimos dizer até que Pedro teria perdido a sua autoridade ao ter negado Nosso Senhor por três vezes(!). O mais curioso é que as pessoas que inventam esses desvarios são aquelas que se colocam como conhecedoras das Sagradas Escrituras! Incrível que nunca tenham lido aquilo que Jesus Cristo mesmo diz a Pedro no Evangelho segundo João, depois da crucificação e da negação de Pedro:

"Após a ceia, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?' Respondeu ele: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo.' Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros.' Perguntou-lhe outra vez: 'Simão, filho de João, amas-me?' Respondeu-lhe Pedro: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo.' Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros.' Perguntou-lhe pela terceira pela vez: 'Simão, filho de João, amas-me?' Pedro entristeceu-se por que o Senhor perguntou pela terceira vez: 'Amas-me?', e respondeu-lhe: 'Senhor, sabes tudo, e sabes que te amo.' Disse-lhe Jesus: 'Apascenta as minhas ovelhas.'" (João 21, 15-17)

Jesus Cristo, Deus, sabe tudo. Por certo sabia das contestações que surgiriam, no correr da história, a respeito da autoridade e da infalibilidade do Papa. Por isso, fez questão de repetir por três vezes que estava entregando a Ele, Pedro, a missão de cuidar do seu rebanho, a Igreja, neste mundo.

Não. O Papa não é infalível enquanto homem. Trata-se de um ser humano que dedicou e consagrou toda a sua vida, - literalmente toda a sua vida, - ao serviço de Deus e da Igreja. Mesmo assim, isso não significa necessariamente ser santo, pois, como foi visto, até mesmo S. Pedro, que conviveu diretamente com o Senhor e foi o primeiro líder da Igreja (embora não fosse chamado 'Papa' naquela época, ele sem dúvida o era), era falho e pecou ao negá-lo. Até mesmo após a Ascensão do Senhor ao Céu, Pedro, que sempre manteve o seu livre arbítrio, parece ter se equivocado em questões teológicas, sendo que foi repreendido por Paulo, outro Pilar da Igreja e grande Apóstolo.

Sim, o Papa é infalível em suas funções como autoridade instituída diretamente por Nosso Senhor Jesus Cristo. A ele foram concedidas as Chaves do Reino de Deus, para instruir o Povo de Deus neste mundo, à frente da santa Igreja. Ele foi canonizado e morreu martirizado pelos romanos.

A única ocasião em que Deus interfere no livre-arbítrio dos Apóstolos é quando estes cumprem a missão de doutrinar as "ovelhas" de Deus, pois os seres humanos não têm condições de comunicar Deus através da sua própria ciência ou por seus próprios méritos. Assim, o fiel comum não é capaz, através de elucubrações, estudos e debates com outras pessoas, de definir um ensinamento isento de erro; mesmo os grandes teólogos não possuem essa capacidade: suas conclusões somente são aceitas quando colocadas sob apreciação do Magistério da santa Igreja, centrada na figura do Papa.
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