Soluções tipicamente brasileiras


Incrível como, aqui no Brasil, parece que optamos sempre pela solução mais "burra" para qualquer problema. Vejamos: precisamos reduzir o uso das sacolinhas plásticas, que acabam poluindo rios, florestas e mares. Ok. Qual a solução encontrada? Parar de fornecer as sacolinhas gratuitamente nos mercados, e obrigar o consumidor a comprá-las! Os meios de comunicação aprovam e aplaudem... Estupidez tipicamente brasileira.

Me faz lembrar uma outra situação de solução burra: há alguns anos, a poluição visual na cidade de São Paulo alcançava níveis realmente insuportáveis: havia faixas publicitárias penduradas por todos os cantos da cidade, e os outdoors eram tantos que até cobriam placas de trânsito. Solução? O prefeito Gilberto Kassab proibiu tudo o que se parece com placa. No processo, verdadeiros ícones da cidade foram derrubados, como o belo logotipo de metal da faculdade Anhembi Morumbi e o tradicional placar eletrônico da Paulista, uma espécie de símbolo da cidade que servia não só para a publicidade, como também para informar e entreter. Até o tradicional bairro oriental da Liberdade foi completamente descaracterizado: agora não temos mais os famosos anúncios orientais em neon e nem as placas pintadas com ideogramas japoneses, chineses ou coreanos. A Liberdade virou um bairro como outro qualquer de São Paulo: padronizado e feio.

Outro exemplo: recentemente, o padrão de tomadas brasileiro foi modificado. As lojas agora só podem vender produtos com três plugues, e redondos. A maioria dos aparelhos vendidos, porém, tem dois pinos. Cedo ou tarde, teremos que trocar todas as tomadas das nossas casas, a um custo nada barato. Pior é que, com certeza, teremos um outro gasto: comprar muitos adaptadores, porque a maioria dos aparelhos não têm as tomadas nesse formato. Pior ainda: o modelo inventado para o Brasil é diferente do que é usado na maioria dos produtos internacionais. Ao invés de procurar uma solução próxima a um padrão universal, o Brasil criou um modelo próprio, diferente de tudo o que já existe, seguindo um velho lema tupiniquim: "Se podemos dificultar, vamos facilitar pra quê?"...

Sim, as soluções encontradas por nossos governantes são quase sempre burras. Mas voltando ao assunto das sacolinhas, se a ideia era reduzir a poluição, a solução mais lógica e óbvia seria substituir a distribuição das sacolas de plástico comum pela distribuição de sacolas de plástico biodegradável ou de papel, como já acontece nos países desenvolvidos. Com a solução burra de simplesmente proibir as sacolas, se você está na rua, a pé, e lembra que precisa fazer uma compra, tem duas opções: voltar para casa equilibrando os produtos comprados no nariz, ou comprar as sacolinhas no mercado. Sim, porque a proibição valeu para as sacolinhas que eram dadas, mas não para as que são vendidas! Agora, além de comprar os produtos de que preciso, eu também tenho que pagar pela embalagem, às quais eu deveria ter direito... Mas tudo bem, não podemos reclamar. Afinal, nóis é pentacampião...


Abaixo, artigo retirado do site Sacolinhas Plásticas

Parece que com a proibição da utilização de sacolas plásticas fornecidas pelos supermercados do Estado de São Paulo estaremos voltando ou regredindo ao tempo das nossas vovós, que faziam suas compras nas vendas e empórios utilizando-se das sacolas de panos, palha ou de bambu. Estávamos, entretanto, vivendo os anos 40, 50 e 60, quando tudo era mais suave, confortável e dispúnhamos de maior tempo livre. Proibir a utilização de sacolas plásticas em pleno 2012 é uma grande incoerência destes tempos modernos em que vivemos. O planeta não sai do sufoco com proibições esdrúxulas como essa, mas sim através de processos de educação ambiental, que representam a solução permanente.

Daqui a alguns meses, os "eco-xiitas" irão propor proibir as embalagens do leite pasteurizado, substituindo por garrafas de vidro, ressuscitando as velhas leiterias que vendiam leite cru in natura a granel, sem qualquer procedimento higiênico. E outras proibições virão certamente. As primeiras vítimas são as donas de casa que, além de tudo, perdem as sacolas como alternativa para embalar o lixo doméstico. Se você não ganha sacolas, para usar no descarte do lixo, vai precisar comprar os sacos plásticos: é trocar seis por meia dúzia, porque continuaremos utilizando o plástico do mesmo jeito. Antes era de graça, agora será pago.

Os supermercadistas, a curto prazo, terão enormes dificuldades em manter estoques de caixas de papelão (contaminadas certamente) para atender a clientela. As sacolas biodegradáveis vendidas à R$ 0,19 (isto é, R$ 0,20, já que ninguém vai devolver um centavo de troco), um valor absurdamente alto, serão inúteis, pois não existe sistema de compostagem orgânica no país capaz de degradá-las. Além disso, quem é que vai fiscalizar a origem dessas sacolas, para garantir que sejam realmente biodegradáveis? Você confia que isso será feito de maneira correta e eficiente?

Os maiores prejudicados foram as pessoas que costumam ir às compras a pé. Ou você compra 2 ou 3 itens e sai carregando, feliz da vida, uma incômoda caixa de papelão? A solução da APAS em acordo com os municípios não tem força de lei. Por isso, o Tribunal de Justiça suspendeu as proibições nas cidades de Rio Preto e Jacareí. As decisões cabem ao Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, que é o orgão consultivo e deliberativo de toda legislação no território nacional. O Brasil caminha no sentido de abandonar definitivamente os aterros de resíduos sólidos, substituindo-os por usinas incineradoras produtoras de energia elétrica limpa. Enquanto isso não ocorre, as sacolas, garrafas pets e demais resíduos devem ser depositados em aterros apropriados.

A natureza é pródiga em responder às agressões. Ela se defende sozinha. Vejam o caso do recente vazamento do poço da British Petroleum, no Golfo do México. Os eco-xiitas mundiais esbravejaram que levaríamos ao menos 50 anos para limpar toda a contaminação. A realidade mostrou que em apenas 5 meses as bactérias e fungos marinhos se alimentaram intensamente do petróleo e seus sais, ali vazados, limpando totalmente aquela região do planeta.

Então, devemos cruzar os braços e assistir todas as agressões ao meio ambiente? Claro que não. Precisamos de uma postura séria, e de ações reais contra a degradação ambiental e a recuperação das áreas degradadas atuais. E não perder tempo com cantilenas de aquecimento global e sufoco planetário. E os engodos do bug do milênio, do buraco na camada de ozônio e agora das sacolinhas plásticas? A quem interessam estas inverdades cientificas? Afinal, os custos das sacolinhas estavam embutidos nos preços finais dos produtos? Enfim, como de costume, nós, consumidores, vamos arcar com mais um custo provocado por lobbies e “paladinos” da falsa ecologia.

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