Testemunho do ex-evangélico convicto Alessandro Lima

Segue abaixo o testemunho de Alessandro Ricardo Lima que, através da busca sincera por Deus e do estudo diligente da História e das Sagradas Escrituras, de evangélico radical converteu-se à Igreja Católica.


Meu nome completo é Alessandro Ricardo Lima, sendo o terceiro filho entre quatro irmãos. Nasci em Brasília e nesta cidade fui criado.

Fui batizado na Igreja Católia quando tinha quase um aninho e idade. A cerimônia aconteceu na Igreja São José ao lado da Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro.

Mesmo sendo batizado na Igreja Católica, não segui esta fé. Pois desde muito pequeno minha irmã mais velha que era Luterana me levava para a Escola Dominical. Cresci congregando na Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Brasília (IECLB). Para agradar meu Pai fiz a primeira comunhão na Igreja Católica aos 15 anos. Mesmo sendo Luterano sempre tive muita admiração pelo exemplo de Vida de Nossa Senhora e lembro-me de gostar muito da figura de João Paulo II.

Durante determinada fase do final de minha adolescência me interessei em estudar Espiritismo, Magia e Alquimia, só por curiosidade. Jamis me inveredei por estes caminhos. Acreditava que para combater melhor estas doutrinas deveria conhecê-las melhor.

Quando terminei o segundo-grau fiz curso pré-vestibular onde conheci muitos jovens católicos. Foi nesta época que comecei a me interessar um pouco mais pela Igreja Católica. E participei de um grande encontro de jovens de duração de 3 dias, muito conhecido aqui em Brasília o "Segue-Me". Fiz o V SEGUE-ME do Núcleo Verbo Divino.

Nesta época eu abandonei o Luteranismo e achava que havia me tornado católico. Era um jovem católico como muitos católicos que existem por aí, com um conhecimento muito superficial da doutrina da Igreja e sem conhecimento da memória cristã.

Em 1999 fui morar no Rio de Janeiro, pela influência de alguns parentes e amigos, comecei a frequentar a os cultos da congregação Maranata, fundada pelo sr. Paulo Brito. Lá me converti ao Pentecostalismo, devido á lavagem celebral que fazem nestes cultos, mas principalmente pela péssima catequese que tinha. Lá me rebatizaram (olha a heresia donatista aí gente).

Durante este ano, me tornei um fervoroso protestante, e como normalmente acontece não me faltou o ódio à Igreja Católica. Tive acesso a vários folhetos que "revelavam" as "mentiras" do catolicismo. E me empenhei muito em estudá-los e divulgá-los. E nestas minhas pesquisas e estudos a Providência Divina cuidou que eu encontrasse o Site AgnusDei. O primeiro artigo deste site que abri foi um intitulado "Concordância Bíblia" de autoria do Professor Carlos Ramalhete. O artigo tratava da concordância Bíblica que a existia na doutrina dos sacramentos; mas uma frase deste artigo me chamou muito a atenção: "A Bíblia é filha da Igreja e não sua mãe". Nossa! Fiquei iradíssimo com aquilo, pois como um protestante que tinha a Sola Scriptura correndo em suas veias poderia dormir com um barulho daquele? Entrei em contato com o referido Professor e com o Carlos Martins Nabeto, que era o criador do site.

Comecei a travar com eles uma série de debates. Comecei a me assustar quando me deparava com os Escritos Patrísticos, pois lá via que os primeiros cristãos confessavam o Catolicismo e não as novidades trazidas com a Reforma. Comecei a ver que o que me ensinavam no protestantismo, não era a doutrina católica, era o que eles acham que era o Catolicismo. Comecei a ver que o que me mostravam no protestantismo não era a Igreja Católica, mas uma caricatura dela. O fato decisivo foi quando apresentei aos referidos irmãos, um material que dizia que a Igreja Católica incluiu os livros "apócrifos" na Bíblia durante o Concílio de Trento, que me rebateram me mostrando fragmentos de atas conciliares onde a Igreja já há mais de 1000 anos antes desta data já havia canonizado tais livros; me deram como referência a Bíblia de Guttemberg, que era anterior à Reforma, e já incluía tais livros. Como trabalhava no Centro do Rio, fui à Biblioteca Nacional afim de conhecer a Bíblia de Guttemberg. Vendo os microfilmes pude constatar que o material protestante que estava em minhas mãos e que eu divulgava como sendo luz e guia da Verdade, era mais uma obra enganadora do Maligno. Foi neste dia que com muita tristeza por ter perseguido a Igreja de Deus, me converti ao Catolicismo.

Enfrentei muitos problemas por causa da minha conversão, principalmente por causa de amigos e parentes. Em 03/2000 voltei à Brasília, e comecei então a preparar a chegada do Site Ictis, pois eu acreditava que tinha a obrigação de esclarecer os "católicos" que pensam que são católicos e os protestantes que pensam que são Cristãos. Dediquei-me tremendamente ao estudo dos Escritos Patrísticos, e a cada leitura, a cada estudo, me tornava cada vez mais Católico e mais tinha certeza do caminho que havia abraçado.

Sou formado em Processamento de Dados pela União Educacional de Brasília (DF) e possuo Especialização em Gerência de Projetos em Engenharia de Software pela Universidade Estácio de Sá (RJ). Sou analista de sistemas, com várias certificações do mercado, e professor universitário aqui em Brasília.

Hoje me dedico ao estudo das origens cristãs, procurando divulgar o que tenho descoberto e a fonte de minhas informações para quem sabe outros vejam o que eu não pude ver. E ajudo a manter este Apostolado Católico que tem como objetivo apresentar aos seus visitantes o VERITATIS SPLENDOR, isto é, Esplendor da Verdade; pois como disse Nosso Senhor: "Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, nem se acender uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos que estão na casa." (Mt 5,14-15).

5 comentários:

  1. Carlos Alberto da Silva28 de janeiro de 2012 às 13:19

    Bom esta mensagem do Alessandro, chamo de mensagem porque o termo "testemunho"lembra muito os ditos evangélicos,então prefiro o termo mensagem.Muito original, vocês já repararam que todo ex protestante a história é mais ou menos a mesma?
    Nasceram Católicos,depois por algum motivo se desvirtuaram perceberam mais tarde o grande erro e tornaram a voltar pela primeira e única Igreja. A Santa Igreja Católica.
    Um abraço á todos,

    Carlos Alberto.

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  2. A grande maioria dos católicos que se tornam evangelicos nunca mais voltam para o catolicismo, embora eu vejo que só existe uma igreja e ela não tem sobrenome.

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  3. A maioria dos católicos que se tornam "evangélicos", na verdade nunca foram católicos. Tratam-se de pessoas que tiveram uma má formação e por isso não entendiam a doutrina, então se deixaram levar por "pastores" bons de lábia. Isso, a maioria dos pastores é: bons de papo. E isso é exatamente o que falta para a maioria dos padres.

    Segundo ponto: a maioria dessas pessoas, - e isso é estatística, - começam a vagar de uma "igreja" para outra, pulando de galho em galho, porque acabam se decepcionando em cada comunidade. Dessas, algumas acabam retornando à Igreja Católica, aí entendem finalmente o que nunca entenderam, e nunca mais saem.

    Isso tem acontecido muito nos Estados Unidos, um dos países em que mais o catolicismo está crescendo. - Justo eles, o maior país protestante do mundo, eles que foram os principais responsáveis pela introdução do pentecostalismo no Brasil. Para você ver... Recentemente tive a oportunidade de conversar com um padre americano que me confirmou isto. Eu também escrevi sobre isso aqui no blog, se você procurar vai encontrar.

    Outra coisa: não sei o que você quis dizer com "sobrenome", mas identificar a verdadeira Igreja é fácil: é só ver o que diz a Bíblia (fundação sobre Pedro, autoridade dos Apóstolos, unidade da Igreja, etc.), e como funcionava a Igreja primitiva (centrada e fundamentada na Eucaristia).

    Obrigado pela participação!

    Henrique Sebastião

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  4. Ah, eu não sou católico praticante, mas a minha família é católica, minha avó, que já faleceu era fervorosa praticante do catolicismo e meu pai um grande estudioso.

    Acho complicado a gente dizer que existe uma única e correta igreja de Cristo. Acredito mais que os católicos e evangélicos deveriam se ver como irmãos de fé. O importante em toda essa história não são os dogmas que se trazem e fazem presentes nos discursos de ambos os lados mas a essência do amor de Cristo que não escolhe lados mas abraça a todos menos aquele que não o aceita de coração. E quando falo aceitar de coração é porque acredito que Deus não entra se a porta não estiver aberta e se não for convidado, respeitando a vontade de cada um.

    No final de tudo acredito que os dogmas e as discussões sem sentidos não valerão. Talvez valerá mais uma vida santa como a de Madre Tereza de Calcutá ou o engajamento de Martin Luther King, ou mesmo a manifestação de amor e compaixão de Dalai Lama. Porque ele mostraram à Deus o melhor deles e trouxeram a nós exemplos de esperança, amor e fé.

    Hélder

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  5. Hélder, acho que, em resposta ao que você está dizendo, vale aquilo que escrevi no post abaixo:

    http://vozdaigreja.blogspot.com.br/2002/05/pergunta-e-resposta-jesus-e-religiao.html

    Dê uma conferida. Por enquanto, só lhe faço uma pergunta muito simples: se todas as religiões são iguais, se o que importa é o coração, e não existe a Igreja verdadeira, sendo que todas as "igrejas" são válidas, então porquê Jesus Cristo, sendo Deus, veio ao mundo, e se entregou por nós em sacrifício?

    Se todos os caminhos são iguais, corretos e válidos, e não importa sermos budistas, protestantes ou católicos, então, para que o Filho de Deus se humilhou, sofreu tanto e entregou a própria vida pela nossa salvação?

    Se todas as religiões são iguais, se cada um tem a "sua verdade" e tudo bem, então todos nós já estamos salvos, de qualquer maneira, e a vinda e o Sacrifício de Cristo não têm sentido algum! Pense nisso.

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