Quem pode ser chamado de "santo"?


Um leitor que se identifica como "Teco" enviou-nos a seguinte mensagem:

"A única pessoa que nasceu como humano e pode ser chamado de santo é Jesus Cristo. Nunca exiistiu niguem que tem o direito de ser chamado de santo além do nosso salvador!

Detalhe: não acredite em coisas que os homens falam, busquem somente a palavra que está na Bíblia sagrada, meus irmãos! ela é a única fonte da revelação!!!!!"


Segue abaixo a nossa resposta:

Prezado Teco, agradecemos por você manifestar objetivamente o seu ponto de vista, para que possamos também esclarecê-lo com toda a objetividade.

Como você deixa muito claro que, no seu entendimento, a Bíblia é a única fonte válida da Revelação Divina para a humanidade, eu lhe vou mostrar bem claramente o que é que a própria Bíblia diz sobre o assunto, e não vou me servir de nenhuma outra referência nessa minha resposta. Vejamos se, - segundo a Bíblia Sagrada, - é verdade que somente a Jesus nós podemos chamar "Santo":

O que diz o Antigo Testamento:

"Chama agora; há alguém que te responda? E para qual dos santos te virarás?" (Jó 5,1)

"E os céus louvarão as tuas maravilhas, ó SENHOR, a tua fidelidade também na congregação dos santos." (Salmos 89,5)

"Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino." (Daniel 7,22)

"Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus." (Levítico 20,7)

"E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus." (Levítico 20,26)

"Deus é muito formidável na assembléia dos santos, e para ser reverenciado por todos os que o cercam." (Salmos 89,7)


O que diz o Novo Testamento:

"Todos os santos vos saúdam." (2 Coríntios 13,13)

"E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados." (Mateus 27,52)

"Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade." (Romanos 12,13)

"Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam." (Filipenses 4,21)

"Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos." (Romanos 15,25)

"Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos." (Filipenses 1,1)

"Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César." (Filipenses 4,22)

"Saudai a todos os vossos chefes e a todos os santos. Os da Itália vos saúdam." (Hebreus 13,24)

"Porquanto está escrito: 'Sede santos, porque eu sou santo'." (1 Pedro 1,16)

"E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva." (Atos 9,41)

"Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão." (Romanos 16,15)

"Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia." (1 Coríntios 16,1)


Encerrando, antes que você argumente que essas citações se referem a pessoas que vivas aqui na Terra, que os santos que morreram estão dormindo, e que falar dos santos no Céu é "idolatria" ou coisa parecida, eu lhe mostro o que a Bíblia diz exatamente sobre isso:

O que diz a Bíblia sobre os santos que já morreram e estão no Céu com Deus:

"E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus." (Apocalipse 8,4)

"Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé em Jesus." (Apocalipse 14,12)


Estas passagens se referem precisamente aos santos que estão já no Céu, vivendo na Presença de Deus Pai. Segundo a Bíblia Sagrada, portanto, santo é aquele que, fiel a Deus, cumpre a sua Vontade. No contexto do Novo Testamento, santos são os membros fiéis da Igreja de Cristo. Para saber mais sobre santificação, leia aqui. Para saber o que a Igreja ensina sobre a intercessão dos santos, leia aqui.

* Uma última observação: fiz questão de coletar estas passagens na tradução da Bíblia protestante, a "Almeida Corrigida e Revisada Fiel". Há muitas outras passagens demonstrando que os santos que já morreram para este mundo estão bem vivos e conscientes no Céu, jubilosos ante a Presença de Deus, como por exemplo Mateus 22, 31-33, em que Jesus declara textualmente: “Quanto à ressurreição dos mortos, não tendes visto o que Deus vos declarou? ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’? Deus não é Deus de mortos, mas sim de vivos!”. Eu preferi, porém, selecionar apenas aquelas passagens que usam, literalmente, a palavra "santo", porque sei do costume enraizado entre os seguidores da sola scriptura de aceitar somente o texto como se lê "ao pé da letra".

Muito obrigado pela participação, um abraço fraterno, e que a Luz do Senhor Jesus Cristo ilumine o seu discernimento!


Dilma contra a "islamofobia"...


anos, cristãos vêm sendo sistematicamente perseguidos, torturados e assassinados em diversos países de maioria islâmica. Como já vimos neste blog, aqui, aqui e aqui, milhões de inocentes estão sendo massacrados em países como Nigéria, Indonésia, Iraque, Egito, Sudão e outros, agora mesmo, enquanto você lê este artigo. Para não abandonar a fé, famílias inteiras vêem-se obrigadas a fugir e abandonar suas casas, seu trabalho e tudo que possuem[1].

Enquanto isso, a presidente do Brasil, país de absoluta maioria cristã (aprox. 90% da população), em seu discurso de abertura da 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, condena veementemente a "islamofobia" no mundo!?...

Não. Embora pareça, infelizmente isto não é só uma piada de mau gosto: é fato.

Curioso, mas o governo brasileiro nunca se pronunciou contra a perseguição aos cristãos em países islâmicos. Parece que, naquilo que depender de nossa nobre presidente, os islâmicos continuarão sendo defendidos dos seus malvados perseguidores (quem seriam eles, mesmo?), e continuarão com total liberdade para propagar no Brasil as suas ideias e crenças. Quanto aos cristãos barbarizados nos países islâmicos, talvez os nossos nobres juízes não entendam por que eles não aceitam uma religião tão doce e angelical quanto o islamismo, afinal de contas. Digo-o baseado na imediata ação concreta dos  juízes do Tribunal de Justiça de São Paulo com relação à violenta reação dos grupos islâmicos a um filme supostamente ofensivo ao islamismo, que tomaram o mundo árabe e já deixaram dezenas de mortos (incluindo o embaixador J. Christopher Stevens, que nada tinha a ver com a produção ou exibição do filme - veja mais aqui), como noticiou o jornal O Estado de São Paulo: “O Tribunal de Justiça de SP proibiu, nesta terça-feira, 25, o site YouTube de exibir o trailer do filme ‘Inocência dos Muçulmanos’, que é ofensivo ao islamismo”...

Triunfo do terrorismo. Fato é que os seguidores de Maomé recriaram a censura no Brasil, e com participação da nossa Justiça. Quanto ao filme, é muito fraco e de mau gosto, mas isso daria a alguém o direito de sair pelas ruas destruindo tudo, matando gente inocente, tocando fogo ao patrimônio alheio e impondo suas crenças à força? Pelo terror? E vem a nossa presidente falar em "islamofobia"?

O título afirmativo do artigo do "Estadão" é ainda mais interessante: “Justiça proíbe exibição no Brasil de filme que ofende Maomé”(?). Sem entrar no mérito da questão, mas tudo o que o filme faz é retratar atos praticados por Maomé (reconhecidos pelos próprios muçulmanos e que constam no livro sagrado hadith 'Sahih Bukari' e no Al-Tabari, 8,96). E o faz de maneira bastante suave, diga-se de passagem (saiba mais aqui).

A questão que fica é a seguinte: por que eu nunca li em nenhum jornal alguma matéria intitulada “Justiça proíbe exibição no Brasil de filmes (ou novelas ou pseudo-documentários) que ofendam a Igreja Católica"? Ou algum que diga "Justiça proibe o site Youtube de exibir vídeos que ofendam Jesus Cristo”? - Posso garantir que existem centenas de vídeos desse tipo, senão milhares. - Ou, melhor ainda, porque nunca lemos em algum jornal a seguinte manchete: “Justiça proíbe exibição de imagens e atos que ofendam a fé cristã durante as 'paradas gays'”? Somos um país de maioria cristã, oras! Onde é que está a tão falada democracia? O povo manda em quê, mesmo?

Duas das novelas da TV Globo atualmente em exibição, por exemplo, ridicularizam impiedosamente os católicos. "Carminha", a megera de “Avenida Brasil”, diz-se católica fervorosa e tem uma ONG que administra em parceria com um padre idiotizado e comilão, só para roubar dinheiro do patético "Tufão". Já em "Gabriela", um padre afrescalhado, que vira os olhinhos quando fala, é um contínuo idiota dos coronéis: nega-se a casar Gabriela porque já vivia com o noivo, mas celebra o casamento de um assassino confesso. As beatas que vivem ao redor do Altar são exemplos notáveis de hipocrisia, vigarice e imbecilidade. Sim, é coisa bastante comum nas produções nacionais, - sejam televisivas, cinematográficas ou teatrais, - ridicularizar e escarnecer da imagem dos católicos (e não é de hoje), representando-os sempre como tolos, alienados, falsos, devassos e desonestos. Já a capa da última revista esportiva "Placar" ostenta uma horrorosa montagem, com a imagem clássica de Jesus Cristo crucificado com a cabeça do jogador Neymar (veja aqui)...

Tenho certeza de que muitos católicos ofendem-se com tanto desrespeito. Mas imagine que esses católicos, de repente, vendo agredidos os seus valores mais sagrados, saiam por aí a botar fogo no mundo, a matar pessoas, a impor aos não católicos a sua visão de mundo: será que nosso governo defenderia também esses cristãos ofendidos? Pois foi exatamente isso o que fizeram os grupos islâmicos em questão.

Como se não bastasse ao Estado atuar como se fôssemos todos adoradores das práticas homossexuais, agora querem também nos impor um Estado supostamente laico, que é um Estado sem cristianismo (crucifixos já estão sendo proibidos), mas que se prostra diante do nome de Maomé...

A senhora Dilma Rousseff, como representante máxima do maior país católico do mundo na ONU, tinha a obrigação moral de pelo menos condenar a perseguição e o martírio de cristãos em países islâmicos, mais ainda pelo fato de o seu governo ser obcecado pela defesa dos direitos humanos (principalmente para criminosos). Se muçulmanos estivessem sendo perseguidos, estuprados e mortos aos milhares por ano, em países católicos ou protestantes, então faria sentido Dilma condenar a “islamofobia”. Mas o que está ocorrendo no mundo é exatamente o contrário: homens, mulheres e crianças inocentes estão sendo barbarizados apenas por assumir a fé em Jesus Cristo. Por que os EUA (maior país protestante do mundo) e o Brasil (maior país católico do mundo), não são capazes de balbuciar uma única palavra de condenação aos governos islâmicos coniventes com assassinos?


Muçulmanos marcham no Reino Unido - os cartazes dizem: "O Islam vai dominar o mundo, a liberdade pode ir para o inferno"

J. Christopher Stevens, embaixador americano na Líbia, cruelmente espancado até a morte, mesmo não tendo nada a ver com a produção ou exibição do filme considerado ofensivo. Nossa presidente poderia tentar explicar à família deste homem o significado do termo "islamofobia".

A verdade é que os seguidores de Maomé têm demonstrado uma fidelidade infinitamente maior àquilo em que acreditam do que a maioria daqueles que se declaram cristãos. Os presidentes dos países islâmicos defendem os princípios da sua religião com unhas e dentes, - enquanto outros tantos a defendem com bombas e matanças. - Os presidentes do Irã, Arábia Saudita, Egito ou Líbia jamais apareceriam na ONU para condenar a “cristianofobia” ou "cristofobia".

Mas a esquizofrenia ideológica de nossa líder maior tem uma explicação bastante simpes: com o seu passado de atos terroristas, ela só pode apoiar a maior força motivadora do terrorismo internacional atual, que é exatamente o islamismo. De fato, conhecendo o comportamento da Justiça brasileira e de nossa presidente, é impossível imaginá-los agindo contra a sua própria natureza.

Será que, daqui há pouco, a presidente Dilma começará a condenar também a “terrorismofobia”? "Coitadinhos dos terroristas, deixa eles se expressarem, é direito deles... Contra a terrorismofobia!"...

Deus nos salve

Henrique Sebastião

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Fontes:
1. Instituto Humanitas Unisinos, por John L. Allen Jr., publicada no site National Catholic Reporter, em 13-01-2012 [http://www.ihu.unisinos.br/noticias/505846-cinco-mitos-sobre-a-perseguicao-anticrista]

1. Rádio Vaticana, em: http://www.radiovaticana.org/por/index.asp. acesso outubro 2011.

E o espiritismo continua confundindo as cabeças de alguns católicos...

VOZ DA IGREJA - http://vozdaigreja.blogspot.com
Um leitor identificado apenas como "Josè" enviou-nos o seguinte comentário ao post "O cristianismo e o espiritismo são compatíveis?":

"oi voz da igrija.

voces afirmam que jesus em sua palavra disse ao bom ladrao na crus "AINDA HOJE estarás comigo no Paraíso". como voces explicam a palavra do proprio jesus quando aparesce a MARIA madalena tres dias depos de sua morte afirmando que aida nao avia subido para o pai ou seja jesus nao foi no dia de sua morte ao paraiso como poderia ter levado o bom ladrao no dia ao ceu"



A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo seja sobre a sua vida, José!

É curiosa a maneira como você conseguiu pinçar, no meio de um longo texto repleto de comprovações lógicas e teológicas, um pequeno detalhe que lhe pareceu não fazer sentido. Vamos esclarecer este pequeno ponto, para que não fique sombra de dúvida a respeito da questão central deste artigo: cristianismo e espiritismo são 100% incompatíveis, e não existe a menor possibilidade de um católico frequentar o espiritismo de boa consciência, a não ser por pura ignorância.

A explicação para a questão que você trouxe está num fato bastante simples: o tempo, fora do mundo físico em que nós vivemos, simplesmente não existe. Da perspectiva da eternidade, não há mais ontem, hoje e amanhã; só há o eterno agora. Por isso, o texto sagrado adverte: "Amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia" (2Pedro 3,8).

Isso não muda em nada o ponto central da declaração de Jesus: "Ainda hoje estaremos juntos"! O Senhor NÃO diz, de modo algum, que aquele bom ladrão precisaria reencarnar uma infinidade de vezes para alcançar a Luz, nem nesta passagem e nem em nenhuma outra.

Jesus Cristo sempre ensinou abertamente, sem se preocupar em contrariar ou chocar a sociedade do seu tempo. Veja que um conceito tão fundamental quanto o da reencarnação, - que para os espíritas seria a lei espiritual magna, da qual ninguém escapa, - jamais poderia ter sido esquecida na fala do Cristo.

Pela doutrina do espiritismo, apesar de aquele homem ter se convertido e se arrependido dos seus pecados na hora da morte, ele não estaria suficientemente "evoluído" para chegar a um "plano superior" só por confessar a sua fé, e precisaria "reencarnar-se" novamente várias vezes. No entanto, Jesus lhe deu a sentença final: ele já está salvo! Evidentemente, é isso que "ainda hoje estaremos juntos" quer dizer.

Segundo o cristianismo, a salvação da pessoa não pode ser alcançada por seus méritos próprios. A salvação é GRAÇA DE DEUS, é Dom de Deus. A doutrina da reencarnação insiste na auto-realização, na auto-salvação, enquanto nós cremos que Deus nos salva por seu Amor e por seu perdão gratuito.

Assim, não seria através de muitas vidas que nós seríamos capazes de chegar à perfeição, pois só Deus é Perfeito. Nós jamais poderíamos "evoluir" renascendo muitas vezes sob diferentes identidades, esquecendo na vida presente tudo o que fomos e fizemos em nossas "encarnações" passadas, porque o aprendizado é um processo cumulativo.

Os escritores do Novo Testamento afirmam que Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados, venceu a morte e, assim, nos garantiu a Vida Eterna. Ora, se houvesse reencarnação, para que precisaríamos de um Redentor? Nós mesmos, por nossos próprios méritos, alcançaríamos a perfeição e a salvação.

Logo, a reencarnação contradiz a base fundamental do cristianismo, que é crer e aderir a Jesus Cristo como Deus Salvador.

* Para saber mais a respeito da crença na reencarnação, sua história e implicações filosóficas e teológicas, acesse este link;

** Baixe gratuitamente o livro "Espiritismo - Orientação para Católicos" (Frei Boaventura Kloppenburg, OFM): fazer o download agora;

*** Baixe gratuitamente o livro "Material para Instruções sobre a Heresia Espírita" (mesmo autor): fazer o download agora.

Esperando ter lançado luz sobre a questão, desejo-lhe bençãos.

Henrique Sebastião
VOZ DA IGREJA - http://vozdaigreja.blogspot.com

Celso Russomanno, candidato de Edir Macedo

Adaptado de artigo do blog "Frei Clemente Rojão"

Vigiai! Estai atentos!

Verdade incontestável é que os assim chamados "evangélicos" formam um grupo heterogêneo, uma casa dividida contra si mesma. Elas foram criadas na divisão e se dividem continuamente entre si mesmas. Na realidade, não chegam a ser um grupo: são muitos grupos, completamente diferentes uns dos outros, que receberam o mesmo e equivocado título. Por isso não se pode dizer que os católicos em breve deixarão de ser maioria no Brasil. O fato é que os católicos continuarão sendo maioria absoluta, porque não estamos falando de uma Igreja Católica, de um lado, e uma "igreja evangélica", de outro lado. Estamos falando, isto sim, de uma Igreja de um lado e milhares de outras "igrejas" disputando fiéis no "mercado da fé", de outro lado. Não podemos juntar toda essa infinidade de seitas, - algumas sérias outras não, - numa mesma cumbuca e tratar esse conjunto altamente heterogêneo e dividido como se fosse uma única religião, que ameaça o catolicismo.

Há os Malafaias e os Macedos, e nenhum "evangélico" obedece a uma hierarquia comum, nem a uma doutrina comum. Há gente boa, há gente ruim. Há os que trazem Cristo no coração, há os que não. Há os que tentam realmente serem pastores, há os que são mercenários. Há trigo, há joio. Seria injusto considerá-los todos iguais. Deus conhece os corações. Silas Malafaia, por exemplo, no episódio dos "santos vestidos de gay" (que comentamos aqui), defendeu mais a Igreja Católica do que qualquer bispo católico, que foram desta vez as figueiras sem frutos. Deus saberá retribuir aos envolvidos e aos omissos na justa medida.

É importante por os pingos nos "i"s. Serei duro? Não, dura é a divisão, duro é o pecado, duro é o jugo de Satanás. A divisão dos cristãos é pecado, pecado grave, o Cisma da Igreja do Oriente e a Reforma Protestante foram pecados, foram coisas más (cisma é menos grave). A Igreja Católica é a Igreja de Jesus Cristo, é a Igreja da Sucessão Apostólica, e o testemunho dos textos dos primeiros cristãos é veemente. Abandonar a Igreja Católica é um gravíssimo pecado. Não reclamem comigo, reclamem com Jesus Cristo que quis assim, fundar sua Igreja baseada nos Apóstolos, sob a Tutela do Espírito Santo, sob a condução de Pedro e seus sucessores.

É verdade que as iniciativas ecumênicas avançam; por outro lado, elas só funcionam com quem quer ouvir. O ecumenismo dá poucos frutos porque avança entre a Igreja e igrejas históricas tradicionais que não disputam entre si, não buscam colher ovelhas no rebanho alheio nem jogam lixo umas nas outras. A limitação do ecumenismo é a dureza de coração dos nossos irmãos separados, e a imbecilidade de tantos católicos que não entendem o que ele é, e o transformam em irenismo (sacrificar a Verdade para evitar a luta) e também em sincretismo (como por exemplo ser católico e frequentar espiritismo, centro de macumba, etc...).


Irenismo é mais ou menos isso


Eis que se descobre uma mentira forjada contra a Igreja Católica por membros da "igreja universal do reino de deus", ligados à campanha de Celso Russomanno prefeito. Ligados? Pior do que isso. A mentira está assinada pelo presidente do partido de Russomanno, e estava publicado no site do Edir Macedo. A Arquidiocese de São Paulo o repudiou veementemente.

Sabe qual foi a mentira? Atribuir o "Kit-Gay" do Ministério da Educação, da época de Fernando Haddad, ao Vaticano! Sim, nós, católicos, que lutamos contra aquela barbaridade pornográfica, formos culpados por ela! Cúmulo do absurdo! Não deixe de ler (mas leia mesmo!) sobre o assunto no blog do jornalista Reinaldo Azevedo (Revista Veja), aqui e aqui.

Edir Macedo, é sempre bom lembrar, defende o aborto deturpando a Bíblia. Por outro lado, verdade seja dita, quanto à oposição ao aborto, a maioria dos líderes evangélicos minimamente dignos atua de maneira muito correta e até exemplar. É exatamente isto o que queríamos dizer no começo deste artigo: não se trata de uma igreja "evangélica" que cresce no Brasil e ameaça o catolicismo. Tratam-se de milhares de seitas e denominações, que na maioria dos casos nada tem a ver uma com a outra.

Pobre de ti, São Paulo! Pobre de ti, Piratininga, Cidade de Nossa Senhora da Assunção, Cidade do Apóstolo das Nações, do Beato Anchieta, do corpo venerabilíssimo de Santo Antônio Galvão! Ai de ti, São Paulo, entre Haddad e Russomanno! Entre o PT e o PRB, Satanás nos ataca por ambos os lados.

Palmas para o Cardeal Odilo Scherer e a Arquidiocese paulistana: "Atribuir o malfadado 'kit gay' e os males da educação no Brasil à Igreja Católica não faz sentido e cheira a intolerância... Se já fomentam discórdia (e calúnias), ataques e ofensas sem o poder, o que esperar se o conquistarem pelo voto? É para pensar". Não podemos deixar esta calúnia barata! A mentira deve ser condenada com golpes da Verdade.




Católicos, não sejam inocentes. Os "evangélicos" sempre se voltarão contra nós, porque é uma razão fundante da separação e da apostasia, uma consequência do pecado. Muitas vezes estamos juntos na mesma trincheira, e isto é ótimo. Mas o adversário do meu adversário não é necessariamente meu amigo. Infelizmente, os "evangélicos" contam muitas mentiras contra nós, e as propagam. Mentiras não vem de Deus, mas de Satanás. Não nascem espinhos de figueiras.

Parabéns aos que não se deixam encantar pela tentação da calúnia, que estudam a Escritura, que estudam a Patrística e estão no caminho da Verdade e da unidade, como é o caso de tantos protestantes históricos. Estes são homens e mulheres de Cristo, estes poderiam se dizer verdadeiramente "evangélicos", mas não o querem. - Criaram até o termo "evangelicalismo" para se diferenciarem das novas seitas pentecostais e neopentecostais. - Aqueles que mentem contra a Igreja, que chamam o Papa de "anticristo", que dizem que pensamos que os santos são "deuses", que falam mentiras sobre o Vaticano, que blasfemam contra a Mãe de Deus, que distorcem as Escrituras... Estes podem esperar a Fogueira Ardente. Refutações a estas falsas alegações sobram nos bons sites católicos. Só não vê quem não quer. Poucos poderão alegar ignorância invencível em sua defesa!

Portanto, caros católicos paulistanos que pensam em votar em Russomanno... Pensem bem! Pensem bem!

Simbolismo e significados do Apocalipse: interpretação exegética do Livro da Revelação - parte 5

Comece a ler este estudo do começo: clique aqui


"Adoração do Cordeiro Místico", por Jan Van Eyck
(clique sobre a imagem para ampliar)

Jesus, O Revelador da História

A visão do capítulo 5 é claramente a continuação da anterior. Mas logo aparecem elementos inteiramente novos: o Livro Selado e o Cordeiro, que tomam conta de toda a cena. Confira com a leitura do texto do Apocalipse no capítulo 5, versículos 1 a 14.

Vamos agora aprofundar alguns elementos deste capitulo, especialmente a visão do Livro Selado e o Cordeiro. O Livro Selado com 7 Selos está na Mão Direita de Deus assentado no Trono. Sua forma é um rolo de pele de cordeiro, escrito nos dois lados (Cf. Ez 2, 9-10).

O mais importante é que o Livro aparece “selado com sete selos”. Por isso, ninguém poderá abri-lo.


Simbolismos

# “O Livro” é a Revelação, a Palavra de Deus que constitui a vida para o homem; “Livro Escrito” é a História da humanidade, cheia de acontecimentos difíceis de serem entendidos por nós (cf. 5, 2).

# “João chora” (cf. 5, 4): esta menção revela a angústia da comunidade Cristã que não entende a História, confusa com tanta perseguição e opressão;

# As palavras de consolo do Ancião (cf. 5, 5) representam a proclamação da Esperança da Igreja, que jamais se desespera, mas confia e celebra a sua Fé, pois, ainda que nós não sejamos capazes, Jesus Cristo (o Leão de Judá), é capaz de abrir o Livro.

# O Cordeiro: o Cristo é apresentado como Cordeiro de Deus, que triunfou sobre a morte (está de pé), tem a Plenitude do Poder (7 chifres), a Plenitude do Espírito e Sabedoria de Deus (7 olhos).

# “Recebe o Livro d’Aquele que estava assentado no Trono” (cf. 5, 7): A origem de tudo é o Pai, e é dEle que Jesus recebe o Livro, ou seja, a História, em suas Mãos, para que seja revelada e levada à plena realização. - Depois disso já não é mais tempo de se angustiar, mas sim de se alegrar e proclamar os louvores na grande Celebração que une o Céu, a Terra e todo o Universo (cf. 5, 8-14).


Temos então os três Hinos de Louvor que podem ser assim divididos:

1. O primeiro é da Criação e do Povo de Deus, mostrando porque o Cordeiro pode receber o livro (cf. 5, 9-10);

2. O segundo é dos anjos, atribuindo a Jesus todas as Qualidades cf. 5, 12);

3. O terceiro é de todas as criaturas, que se dirigem Àquele que está assentado no Trono (Deus Pai) e ao Cordeiro (Deus-Filho). A celebração termina com o “AMÉM” dos 4 Seres Vivos e a adoração dos 24 Anciãos (cf. 5,14). Assim também a Igreja deve celebrar a Presença de Deus em nosso meio. Amém!


Por que "Cordeiro de Deus"?

Jesus Cristo é chamado uma só vez "Leão de Judá"
e 28 vezes de "Cordeiro"

Recitamos o "Cordeiro de Deus" na Santa Missa, logo que o sacerdote eleva a Hóstia Consagrada e proclama: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo…"

O Cordeiro é o Senhor Jesus! Mas poucas vezes falamos assim, em outras situações: preferimos dizer que Jesus é Senhor, Deus, Salvador, Messias, Rei, Sacerdote… O título "Cordeiro" não é como os outros.

Todos os títulos com os quais nos dirigimos ao Cristo são títulos que sugerem dignidade, sabedoria, poder, majestade... Mas, Cordeiro?? Scott Hahn, ex-ministro presbiteriano convertido à Igreja Católica e autor, entre outros, do livro autobiográfico "O Banquete do Cordeiro", falou com muita sabedoria a respeito desta questão (já falamos sobre ele aqui). Nosso texto, a partir deste ponto, contém transcrições de trechos de sua obra mais conhecida.

O título Cordeiro nos parece quase cômico, de tão inadequado para falar de Jesus Cristo, Glorioso Senhor dos senhores e Salvador do Mundo. Em geral, cordeiros não ocupam os primeiros lugares das listas de animais mais admirados. Não são particularmente fortes, nem espertos, sagazes ou graciosos. E outros animais parecem mais merecedores. Por exemplo, é fácil imaginarmos Jesus como o Leão de Judá (Ap5,5). Os leões são majestosos, fortes e ágeis, ninguém mexe com o rei dos animais.

Nossos irmãos protestantes gostam de chamar o Senhor assim, e quase nunca usam o título Cordeiro. Mas isso não deixa de ser um pouquinho antibíblico, se analisarmos bem: ocorre que o "Leão de Judá" desempenha um papel muito pequeno no Livro do Apocalipse, enquanto o "Cordeiro" prevalece e aparece nada menos que vinte e oito vezes! O Cordeiro governa e ocupa o Trono de Céu (Ap 22,3). É o Cordeiro quem lidera o exército de centenas de milhares de homens e anjos, e acende o medo nos corações dos ímpios (Ap 6, 15-16).

Esta última imagem, do Cordeiro feroz e assustador, é quase absurda demais para imaginarmos! Mas o assunto é sério: os títulos “Cordeiro” e “Cordeiro de Deus” aplicam-se a Jesus nos livros do Novo Testamento atribuídos a João: o quarto Evangelho e o Apocalipse, e também em outros livros neotestamentários (At 8,32-35; IPd 1,19). O Cordeiro é fundamental para a Santa Missa e também para a Bíblia Sagrada.

Sabemos “quem” o Cordeiro é. Entretanto, para compreender melhor o Livro do Apocalipse, - e também para experimentar a Missa como o Céu na Terra, - precisamos saber mais. Precisamos saber o “Que” o Cordeiro é e “por que” o chamamos “Cordeiro”. E para descobrir, temos que voltar no tempo, quase até o início...


"Agnus Dei" ('Cordeiro de Deus'), por Francisco de Zubaran

Para o antigo Israel, o cordeiro identificava-se com o sacrifício, a forma primitiva de expiação dos pecados e de adoração. Já na segunda geração descrita no Gênesis, encontramos na história de Caim e Abel o primeiro exemplo registrado de uma oferenda sacrifical: “Caim trouxe ao Senhor uma oferenda de frutos da terra; também Abel trouxe primícias dos seus animais e a gordura deles” (Gn 4,3-4).

No devido tempo, encontramos holocaustos semelhantes oferecidos:

# Por Noé (Gn 8,20-21);
# Por Abraão (Gn 15,8-10; 22,13);
# Por Jacó (Gn 46,1) e outros.

No gênesis, os Patriarcas estavam sempre construindo altares, e estes serviam primordialmente para sacrifícios. Entre os sacrifícios do Gênesis, dois merecem a nossa atenção:

# O de Melquisedec (Malki-Sédeq - Gn 14,18-20);
# O de Abraão e Isaac (Gn 22).

Melquisedec surge como o primeiro sacerdote mencionado na Bíblia e muitos cristãos (Hb 7,1-17) o consideram o antigo precursor de Jesus Cristo. Melquisedec era sacerdote e rei, uma combinação estranha no Antigo Testamento e que, mais tarde, foi aplicada a Jesus. O Gênesis descreve Melquisedec como rei de Shalem, terra que depois seria “Jeru-salém”. Que significa “Cidade da Paz”(Sl 76,2).
Um dia Jesus surgiria como rei da Jerusalém Celeste e novamente, como Melquisedec, o “Príncipe da Paz”. Em conclusão, o sacrifício de Melquisedec foi extraordinário por “não envolver animal algum”. Ele ofereceu “Pão e Vinho”, como Jesus fez na Última Ceia, quando institui a Eucaristia!

O sacrifício de Melquisedec terminou com uma benção sobre Abraão. O próprio Abraão revisitou Shalem, alguns anos mais tarde, quando Deus o chamou para fazer um sacrifício definitivo. Em Gn 22, Deus diz a Abraão:” Toma o teu filho, o teu único, Isaac, que amas. Parte para a Terra de Moriá e lá oferecerás em holocausto sobre uma das montanhas que eu te indicar”(vs. 2). A tradição israelita, registrada em 2Cr 3,1, identifica Moriá com o local do futuro Templo de Jerusalém.

Para lá, Abraão viajou com Isaac, que carregou nos ombros a lenha para o sacrifício (Gn22,6). Quando Isaac perguntou onde estava a vítima, Abraão respondeu: Deus providenciará Ele mesmo uma ovelha para o holocausto, meu filho.”(vs. 8). No fim, o anjo Deus impediu que a mão de Abraão sacrificasse seu filho e forneceu um carneiro para ser sacrificado. Nessa história, Israel discerniu o juramento da Aliança de Deus para fazer dos descendentes de Abraão uma Nação poderosa: “Juro-o por mim mesmo(…) Por não teres poupado teu filho(...) comprometo-me a fazer proliferar tua descendência tanto quanto as estrelas do céu(…) é nela que se abençoarão todas as nações da terra” (Gn22,16-17).

Foi como um reconhecimento de "dívida" que Deus deu a Abraão; também seria a "apólice de seguro de vida" de Israel. No Deserto do Sinai, quando o povo escolhido mereceu a morte por adorar o bezerro de ouro, Moisés invocou o Juramento de Deus a Abraão, a fim de salvar o povo da Cólera Divina (Ex32,13-14).

Mais tarde, os cristãos viram a narrativa de Abraão e Isaac como uma profunda alegoria do Sacrifício de Jesus na cruz. As semelhanças eram muitas: Jesus, como Isaac, era o filho único querido de uma Pai fiel. Também como Isaac, Jesus carregou monte acima, sobre os ombros, a madeira para seu próprio sacrifício, que foi consumado em uma colina de Jerusalém.

De fato, o local onde Jesus morreu, o Calvário, era um dos montes da cadeia de Moriá. Além disso, o primeiro versículo do Novo Testamento identifica Jesus como Isaac, ao dizer que Ele é “Filho de Abraão”(Mt 1,1). Para os leitores cristãos, até as palavras de Abraão se mostraram proféticas. Lembre-se de que não havia pontuação no original hebraico e pense em uma interpretação alternativa de Gn 22,8: "Deus se dá a si mesmo, o Cordeiro, para o holocausto”.

O Cordeiro pronunciado era, Jesus Cristo, o próprio Deus” para que a benção de Abraão alcance os pagãos em Jesus Cristo”(Gl 3,14 veja também Gn 22,16-18).


** Ler a continuação deste estudo

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Bibliografia
1- RICHARD, Pablo. Apocalipse - Reconstrução da Esperança, 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
2- BORTOLINI, Pe. José. Como ler o Apocalipse, Resistir e Denunciar. São Paulo: Paulus, 2008.
3- GALVÃO, Antônio Mesquita. Apocalipse ao Alcance de Todos. São Paulo: O Recado, 2009.
5- CORSINI, Eugênio. O Apocalipse de São João - Grande Comentário Bíblico. São Paulo: Paulinas, 1992.

Referência bibliográfica:
Edição Brasileira da Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulinas, 1991.
The New American Bible. Nashville: Catholic Bible Press, 1987.

HAHN, Scott. O Banquete do Cordeiro, 5ª ed. São Paulo: Loyola, 1997, pp. 28-30.
CARRILLO, S. El Apocalipsis. C. México: Instituto de Pastoral Bíblica, , 1998.

NUTTING, M. And God Say What?. New York: Paulist Press, 1986.

YATES, K. Nociones Esenciales del Hebreo Biblico. New York: Harper & Row Publishers, 1984.


Outras fontes:
RIVERO, Pe. Jordi. Apostolado Veritatis Splendor: A prostituta do Apocalipse, a Grande Babilônia. Disponível em http://www.veritatis.com.br/apologetica/105-igreja-papado/603-a-prostituta-do-apocalipse-a-grande-babilonia desde 11/12/2006; tradução: Carlos Martins Nabeto.
vozdaigreja.blogspot.com

Bento XVI dá exemplo e orgulha cristãos do mundo inteiro

Do Portal G1


Desde o começo do seu pontificado, o papa Bento XVI, com sua postura e suas atitudes, vem seguidamente "calando a boca" daqueles que não simpatizavam com ele, tanto dentro da Igreja quanto fora dela. Em sua corajosa visita ao Líbano, ganhou a admiração e conquistou elogios até mesmo dos mais radicais adversários da Igreja.

Durante Missa realizada ante uma multidão de 350.000 pessoas, no domingo (16 de setembro), em Beirute, rezou e clamou à multidão pela paz e pelo "silêncio das armas" na Síria e no Oriente Médio. "Que Deus conceda a vosso país, à Síria e ao Oriente Médio, o dom da paz nos corações, o silêncio das armas e o fim de toda a violência", disse o Pontífice em Angelus após a Missa.

Bento XVI conseguiu reunir todas as religiões oficiais do Líbano numa mesma Celebração. Foi elogiado por representantes islâmicos, - um verdadeiro prodígio! - e até mesmo por membros do temido grupo extremista Hezbollah presentes à Missa.

Assim o Sumo Pontífice conseguiu unir, por algumas horas, as 18 religiões oficiais e todas as tendências políticas do Líbano.



Na comoção contagiante do canto lírico, as palavras de Bento XVI pareceram ainda mais urgentes. O Papa deu uma tarefa aos cristãos: trabalhar pela paz e pela reconciliação com os muçulmanos. “A vocação da Igreja e de cada cristão é a de servir, gratuitamente, a todos. Sem diferença, como fez Jesus”, disse ele. E repetiu: “As armas precisam ser silenciadas nos dois lados que lutam na Guerra Civil da Síria e em todo o Oriente Médio”.

Na orla marítima de Beirute, onde há 15 anos João Paulo II também celebrou a Santa Missa, Bento XVI abençoou a todos os povos da região. O Papa se despediu do Líbano pedindo à comunidade internacional que ajude os países árabes e que respeite a sua dignidade.

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Fonte: Portal G1

Três chaves para a oração frutuosa


O caminho da oração é maravilhoso quando nos deixamos conduzir por Deus e aceitamos com humildade os seus desígnios, tão diferentes dos nossos.

O ser humano que não se entrega a Deus e não crê no seu Amor é como alguém que não sabe nadar e se debate na água, sem conseguir se manter na superfície, e afunda! Bastaria se deixar levar pelas águas... Quantos morrem afogados por não saber nadar e por medo. Mas quem reza nunca tem medo, pois sabe que ao seu lado está Jesus, estendendo sua Mão Poderosa.

A primeira chave da oração é a Fé. Ela abre uma porta estreita, pela qual é preciso se curvar, se encolher, “diminuir” um pouco para poder entrar. Uma das manifestações mais belas da oração se dá quando a pessoa, com fé, tocada pela grandeza e luminosidade de Deus, nada pode fazer senão ajoelhar-se e adorar, tocando o chão, de onde veio. Não é escravidão, mas um gesto de profundíssimo amor e admiração!

A segunda chave é a Esperança. A Esperança não é ilusão nem droga que adormece nossos sofrimentos e nos faz sonhar com o irreal. Nada disso! Uma pessoa de Esperança sabe que só em Deus pode confiar e que só quando se consagram a Ele nossas
esperanças é que elas se transformam em certezas!

A terceira chave é a mais importante: o Amor-Caridade. Não é difícil compreender que o Amor é fonte da oração, a fonte de todo o diálogo com Deus e com nossos irmãos. Aprendemos, no Catecismo da Igreja Católica: “Meu Deus, eu vos amo, e meu único desejo é amar-vos até o último suspiro de minha vida. Meu Deus infinitamente amável, eu vos amo e preferiria morrer amando-vos a viver sem vos amar. Senhor, eu vos amo, e a única graça que vos peço é amar-vos eternamente... Meu Deus, se minha língua não pode dizer a cada instante que eu vos amo, quero que meu coração o repita tantas vezes quantas eu respiro!” (CIC 2658).

Experimente usar essas três chaves para abrir as portas que conduzem à beleza e ao doce sabor da oração. As portas não se abrem de uma vez, mas lenta e silenciosamente. É preciso entrar na ponta dos pés, sem fazer barulho para poder
contemplar e ser contemplado pelo Amado Deus.


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* Baseado no texto de Frei Patrício Sciadini,
OCD - Boletim Mensageiro do Coração
de Jesus nº 1288, março 2011

Simbolismo e significados do Apocalipse: interpretação exegética do Livro da Revelação - parte 4

Comece a ler este estudo do começo: clique aqui



Durante todo o nosso estudo do Livro do Apocalipse, sugerimos que o leitor empreenda constantes revisões do que está sendo visto: o que mais chamou a sua atenção, até aqui? O que o Senhor Jesus Cristo diz para nós, hoje, agora, através deste texto sagrado?


Introdução geral aos Capítulos 4 e 5

Estes dois capítulos, além de serem marcados por visões, são também uma verdadeira aula de Liturgia. Descreve a festa dos santos, na qual celebram com alegria, adoração e louvor a sua fé e a sua salvação. Vemos a perfeita visão celeste da Santa Missa.

Os capítulos 4 e 5 formam uma grande unidade. A razão dessa unidade pode ser notada
comprovada na repetição das palavras "Trono", "24 Anciãos", "4 seres vivos", "Livro", "Cordeiro". O capitulo 4 é também marcado pela Presença dAquele que está assentado. Pegue sua Bíblia agora e leia atentamente o texto.


Aprofundamento do texto

O elemento central na visão do capitulo 4 é o Trono erguido no Céu, ao qual João tem acesso pela Porta. A primeira coisa que João vê é um Trono e Alguém assentado nele. Em seguida, João faz a descrição desse Alguém (Cf. 4, 2-3). Vejamos o significado de alguns destes elementos:


a) Trono: símbolo de poder. Na terra, no mundo organizado e dominado pelo Império Romano, dominava o trono do imperador. A grande esperança é saber que no Céu domina o Poder de Deus.


b) “Pedra de Jaspe e Cornalina”: são pedras preciosas e muitíssimo valorizadas na época da composição do texto. A menção a estas jóias proclama que Deus é infinitamente Precioso e Raro, e que sua Realeza supera a nossa condição humana e mortal. Todavia, mesmo inatingível, Deus é para nós fascinante.


c) “Arco-íris”: simboliza a Aliança de Deus com a humanidade (Cf. Gn 9, 12-17). Deus é Senhor da História; porém, não governa o mundo sozinho, por isso, ao redor do Trono há 24 tronos, e neles estão sentados 24 Anciãos, vestidos de branco e com uma coroa de ouro na cabeça (Cf. 4, 4).


d) Anciãos: simbolizam a humanidade libertada, o povo de Deus. O número 24 representa o povo santo em plenitude: uma interpretação muito aceita é a de que represente a união do Antigo e do Novo Testamento, do povo das 12 tribos de Israel e dos seguidores dos 12 Apóstolos (a Igreja).


e)Vestidos de branco: veste de todos os que aderiram ao Evangelho e à Salvação de Deus e testemunharam Cristo com o seu sangue (os santos e santos mártires);


f) “Coroa de ouro”: o Prêmio dos vencedores; a recompensa daqueles que foram fiéis até o fim. Deus governa a História continuamente, e tudo lhe está sujeito. Isto percebe-se no simbolismo dos relâmpagos, vozes e trovões (Cf. 4, 5). Diante dEle há um mar de vidro, ou seja, os oceanos estão como que congelados, sob o seu Domínio: todos os elementos lhe obedecem.

Surgem os seres vivos. Estes simbolizam o Cosmo. São 4 pontos cardeais ou 4 extremos da terra. Através deles, João ressalta as qualidades positivas do Cosmo: seu poder (leão), sua força (touro), sua sabedoria (águia) e sua majestade (rosto humano). Suas asas são símbolos de liberdade e fluidez.

Tanto os 4 seres vivos como os 24 anciões proclamam a Glória e a Majestade de Deus
e o adoram, numa grande Liturgia Celeste (Cf. 4, 8-11). É um convite para que a Igreja faça o mesmo.


Leia a continuação deste estudo

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Bibliografia
1- RICHARD, Pablo. Apocalipse - Reconstrução da Esperança, 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
2- BORTOLINI, Pe. José. Como ler o Apocalipse, Resistir e Denunciar. São Paulo: Paulus, 2008.
3- GALVÃO, Antônio Mesquita. Apocalipse ao Alcance de Todos. São Paulo: O Recado, 2009.
5- CORSINI, Eugênio. O Apocalipse de São João - Grande Comentário Bíblico. São Paulo: Paulinas, 1992.
6- MESTERS, Carlos. Esperança de um Povo que Luta - O Apocalipse de São João, uma Chave de Leitura. São Paulo: Paulus, 1991.

Referência bibliográfica:
Edição Brasileira da Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulinas, 1991.
The New American Bible. Nashville: Catholic Bible Press, 1987.

CARRILLO, S. El Apocalipsis. C. México: Instituto de Pastoral Bíblica, , 1998.

NUTTING, M. And God Say What?. New York: Paulist Press, 1986.

YATES, K. Nociones Esenciales del Hebreo Biblico. New York: Harper & Row Publishers, 1984.


Outras fontes:
RIVERO, Pe. Jordi. Apostolado Veritatis Splendor: A prostituta do Apocalipse, a Grande Babilônia. Disponível em http://www.veritatis.com.br/apologetica/105-igreja-papado/603-a-prostituta-do-apocalipse-a-grande-babilonia desde 11/12/2006; tradução: Carlos Martins Nabeto.

* Este artigo contém trechos baseados em texto do Padre Ademir Nunes Faria.

Gloriosa História da Igreja - 5

Continuação de "Gloriosa História da Igreja - parte 4"



O que mais impressiona no estudo das primeiras comunidades cristãs é o fervor e a coragem dos fiéis. Diante das autoridades romanas e dos líderes religiosos judaicos daquele tempo, os fiéis cristãos não tinham medo de confessar a fé em Jesus. A presença do Espírito Santo é muito viva. Em cada comunidade local da Igreja havia ministros, presbíteros, diáconos... Todo fiel colocava sua vida, literalmente, à disposição da Igreja.

A atuação feminina era muito importante e expressiva, mas não havia confusão entre o papel do homem e o da mulher. As grandes sociedades da antiguidade, e aí se incluem tanto a romana quanto a judaica, eram machistas: a mulher era vista como propriedade do marido, e as crianças também podiam ser rejeitadas ou abandonadas pelos pais. Mas os cristãos tinham valores completamente diferentes. Em Cristo não há diferença de dignidade entre grego e judeu, homem e mulher, escravo e livre.

Todos se reuniam para celebrar a Eucaristia, especialmente no domingo (que substituiu o sábado como o sétimo dia dos cristãos, por causa da ressurreição do Senhor), rezavam juntos, partilhavam seus bens... O rito de iniciação cristã era o batismo, no qual os efei-tos da morte redentora de Cristo eram aplicados sobre o fiel. Havia ainda a imposição das mãos, ou Crisma, através da qual o fiel confir-mava o seu compromisso com a Fé e com a comunidade, e a unção dos enfermos, para curar e confortar os doentes.

Uma fonte importante sobre a vida das comunidades cristãs nos séculos I e II é a Didaqué, a Instrução dos Doze Apóstolos, uma espécie de Catecismo primitivo, que foi escrito no primeiro século, ainda antes do Evangelho segundo S. João e do Apocalipse. A primeira parte da Didaqué apresenta os dois caminhos que o homem pode escolher: o da vida e o da morte. Tem orientações para a conduta dos fiéis e exortações. Na segunda parte há uma descrição da vida sacramental e da oração. O batismo é feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e, quando a imersão não é possível, a água pode ser simplesmente derramada três vezes sobre a cabeça de quem vai receber o Sacramento. A celebração dominical da Missa é o Sacrifício Verdadeiro, e cumpre a profecia de Ml 1,10s.

A Didaqué também fala dos sacerdotes ou presbíteros, bispos e diáconos da Igreja, e adverte contra os “falsos profetas e corrup-tores”, e contra o anticristo que virá quando o fim estiver próximo.

Os primeiros cristãos, geralmente, eram gente simples. Ex-teriormente não se distinguiam das outras pessoas do seu tempo, mas viviam de modo honesto e digno. Não eram revolucionários, procuravam ser obedientes às autoridades e rezavam pelos governantes. Tanto os epíscopos (bispos) como os presbíteros e diáconos eram ordenados através da imposição de mãos. Esta estrutura ministerial deu origem à hierarquia da Igreja tal como a conhecemos hoje.

Sto. Inácio de Antioquia, já no primeiro século, declarou: “Que todos reverenciem os diáconos, o bispo e os presbíteros (padres), que são o Senado de Deus, a Assembleia dos Apóstolos”1. Desde os seus primórdios, a Igreja possui uma hierarquia, primeiro formada pelos Apóstolos e por S. Pedro, e esta constituição foi transmitida ininterruptamente através do Sacramento da Ordem.

Os Apóstolos fundaram comunidades e ordenaram pessoas para presidi-las. Estas, por sua vez, ordenaram suas sucessoras, e o processo prosseguiu continuamente, de tal modo que permite ligar cada bispo, cada padre, cada diácono da Igreja de hoje aos Apóstolos e, dos Apóstolos, ao próprio Jesus Cristo. De modo particular, o bispo de Roma é o sucessor do Apóstolo S. Pedro e, portanto, responsável por garantir a unidade e a integridade da fé da Igreja.

Outra característica importante dos primeiros cristãos era a ansiedade pela Volta do Senhor Jesus Cristo, a Parusia. Pelas cartas de S. Paulo, notamos que a volta próxima de Jesus era a crença comum. Nas assembleias litúrgicas ouvia-se a exclamação cheia de esperança: “Maranatha!” (Vem, Senhor!) Com o tempo, percebeu-se que a vinda de Jesus não era para aquelas primeiras gerações.

O cristianismo usou a imensa rede de estradas que interligava o Império Romano. Desenvolveu-se principalmente nas cidades. De boca em boca, através de mercadores, viajantes, judeus hele-nizados, artesãos e escravos, a Boa-Nova do Evangelho ia chegando aos lugares mais distantes. O Império de Roma tornou-se, afinal, a “Pátria do Cristianismo”.

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Fontes:
1. COMBY, Jean. Para ler a História da Igreja - vol 1, 3ª ed. São Paulo: Loyola , 2001, p. 60.
*Bíblia Católica Online , disponível em:
http://bibliacatolica.com.br/historia_igreja/4.php#ixzz1kxrG6Dea, acesso em 17 jun 2012.



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