A Igreja Apostólica e as fontes seguras

"Eis que estou convosco até o fim do mundo"

Uma
leitora deste blog, identificada sob o pseudônimo (nickname) "Musicalmente", deixou-nos o seguinte comentário à postagem "O Sinal da Cruz", replicando uma outra resposta nossa:

"Quero humildemente pedir perdão aos irmãos, não quis em momento algum confrontar alguém, ou dizer que Católicos estão errados e Crentes certos. Apenas sinto o desejo no coração de entender o porquê das nossas diferenças de crenças, sendo que Servimos o mesmo Deus.

Bem quando escrevi 'sou cristão, evangélico, católico apostólico, enfim, sou um irmão em Cristo Jesus...', Não citei 'várias Religiões' mas sim, vários Adjetivos para uma religião apenas, a Evangélica. Não generalizei, apenas afirmei minha religião, o Protestante é Católico Apostólico. O Católico é Católico Apostólico Romano.

Quando escrevi sobre 'Fechar o corpo' não estava criticando ou comparando a Religião Católica com o Candomblé, por exemplo, apenas estava passando aos irmãos o que 3 Católicos me falaram quando perguntei a eles, porque vocês fazem o sinal da Cruz?
O Primeiro me disse: 'Ah, vou procurar saber e amanhã te falo'.
O Segundo me disse: 'Ah, por causa da santíssima trindade'.
O Terceiro me disse: 'Cara, primeiro porque é como se eu estivesse me benzendo, me fechando contra as coisas ruins, segundo para lembrar a santíssima trindade'.

Enfim, não escrevi dos côco, escrevi o que me disseram, mas mesmo assim peço perdão. Peço perdão também por ter citado Constantino, eu realmente não sabia sobre Hipólito e sua doutrina, agora sei de onde vem o crédulo da sua Igreja, e respeito, não concordo com algumas doutrinas por vários motivos, mas realmente respeito."


Prezada "Musicalmente", a Paz de Cristo!

Bem, em primeiro lugar, não é preciso se desculpar. As dúvidas e sinceras opiniões, expressadas respeitosamente, assim como o legítimo debate de ideias, são sempre bem-vindos neste blog. É para isso que ele existe: para ser um auxiliar no esclarecimento da Fé católica e apostólica. Em segundo lugar, saiba que também os católicos compartilham dessa angústia em ver tanta desunião entre pessoas que professam a fé no mesmo Deus e no mesmo único Salvador: Jesus Cristo.

A partir daí, aparecem alguns pontos muitíssimo interessantes no seu comentário, que demonstram a grave desinformação sobre alguns pontos fundamentais da verdadeira doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana, e que precisam ser bem esclarecidos. Entre os leigos existe, hoje, uma extrema ignorância teológica, que predomina tanto entre católicos quanto “evangélicos”. A constatação e comprovação da existência e do predomínio dessa ignorância profunda foi um dos principais motivos que me levaram a iniciar este apostolado: nosso objetivo essencial é o esclarecimento da verdade, pura e simplesmente.

Hoje existem tantas calúnias, mentiras e informações falsas ou equivocadas sendo divulgadas sobre o catolicismo (inclusive por católicos, e até por padres e bispos!) que a equipe Voz da Igreja (constituída por membros da Pastoral da Comunicação dirigidos por um sacerdote, com aprovação episcopal) assumiu como tarefa urgentíssima, simplesmente, o resgate da verdade. Nada mais, nada menos. Não pretendemos “obrigar” ninguém a ser católico, nem a conversão das almas é a nossa finalidade principal: assim como um conhecido programa de TV, queremos simplesmente esclarecer o que é fato e o que é mito; o que a Igreja realmente é e o que ela não é; o que ela ensina e o que não ensina. Queremos apresentar, da maneira mais clara e objetiva possível, a realidade. A partir daí, de posse dos fatos, cada um tire suas conclusões e faça suas escolhas.

Então, por exemplo, se alguém afirma por aí que a Igreja ensina a “adorar” os santos, ou que os santos salvam, o nosso trabalho é simplesmente mostrar e provar que isso não é verdade, que a Igreja nunca disse que devemos "adorar" os santos, e que sempre proclamou categoricamente que só Jesus Cristo salva. Somos aplicados no sentido de apresentar as devidas fontes e referências bibliográficas do que estamos afirmando, além da coerência e fidelidade às Escrituras, à Tradição dos Apóstolos e ao Magistério da Igreja.

Em sua mensagem, "Musicalmente", você me dá a oportunidade perfeita para explicar como cumprimos essa tarefa tão complexa, de esclarecer a verdade, demonstrando fatos objetivos, claros e concretos, que não podem ser negados. Vamos lá:

Você diz que usar os termos “cristão”, “evangélico” ou “católico apostólico” não faz diferença, pois seriam apenas adjetivos diferentes para aqueles que praticam uma única religião, que seria a “evangélica”. No seu entendimento, os chamados protestantes são católicos apostólicos, e os chamados católicos são católicos apostólicos romanos...

Fica claro que, dentro dessa visão das coisas, a palavrinha que faz toda a diferença, nesse caso, é esta: “romano”. E nesse ponto exato eu preciso abrir grandes parênteses para informá-la que a realidade é bem diferente disso! Vamos olhar a questão mais de perto, para que não fique nenhuma dúvida:

O termo “católico”, como você certamente já sabe, vem do grego katholikós, que deriva da combinação de duas palavras: kata, que quer dizer "referente a", e holos, que significa "totalidade; integralidade, universalidade". De acordo com o Dicionário Oxford de Etimologia Inglesa, o termo “católico” surge de uma palavra grega cujo significado é relativo à “totalidade” algo que é “universal”[1].

Nos seus primeiros anos, a Igreja era singela e pequena, tanto geograficamente quanto numericamente. Nas primeiras décadas, a Igreja concentrava-se na área de Jerusalém e era constituída principalmente de judeus. Entretanto, conforme a Igreja crescia e se espalhava pelo Império Romano, foi incorporando judeus e gentios, ricos e pobres, livres e escravos; gregos e romanos, homens e mulheres de toda tribo e idioma. Por volta do terceiro século, a cada dez pessoas no Império Romano, uma era cristã, e já eram chamadas de católicas[2]. Do mesmo modo que o termo “Trindade” foi considerado teologicamente apropriado para falar da Natureza do Deus Uno, assim também o termo católico para descrever a natureza do Corpo de Cristo: a Igreja[3].

As igrejas protestantes, assim como a católica, não são fechadas a um determinado grupo, nação ou cultura. São universais, isto é, estão abertas a todos que se dispõem a abraçar a sua fé. Portanto, literalmente falando, não estaria errado dizer que as igrejas protestantes, em algum sentido, são católicas ou universais. Por outro lado, historicamente, culturalmente e tradicionalmente, em todo o mundo, o termo "Igreja Católica" é usado para designar uma só Igreja: a primeira Igreja, a mais antiga, a que está sediada em Roma e observa a autoridade do Papa.

Por outro lado, é aqui que a questão fica mais importante: as igrejas protestantes, sejam as históricas (como a luterana, a presbiteriana e a episcopal anglicana*), sejam as pentecostais e neopentecostais, nenhuma delas é apostólica. As igrejas protestantes começaram a surgir a partir do século XVI, com o protesto do monge rebelde Martinho Lutero (1483-1546). A dita “reforma” protestante caracteriza-se, entre outras coisas, exatamente por descartar a autoridade da Igreja, a obediência ao Papa e à observação à Tradição dos Apóstolos, centrando-se unicamente na observação das Escrituras (a chamada sola scriptura) e na confissão da Fé em Cristo (sola fide)[4]. Portanto, não é e nem poderia ser "apostólica" uma igreja que não observe a Tradição da Igreja, que procede dos Apóstolos.

Nesse sentido, estariam mais corretas (ou pelo menos seriam mais coerentes) as denominações que adotam títulos como os da “Igreja Bíblica da Paz”, da “Igreja Bíblica Missionária” ou “Igreja Pentecostal da Bíblia”, entre tantas outras. As igrejas protestantes podem pretender o título de "igrejas bíblicas", no sentido de que se baseiam exclusivamente em sua interpretação particular da Bíblia. Mas nunca, jamais, o título de "apostólicas". Somente uma Igreja deriva diretamente do tempo dos Apóstolos e conserva a sua Tradição: a católica apostólica romana.

E por quê romana? Os inimigos da Igreja cismam com esse título, sendo que muitos chegam a diminui-lo, chamando a Igreja apenas de "igreja romana", como se isso fosse alguma ofensa... Finalizando essa questão, resta entender, então, de uma vez por todas, que a Igreja Católica Apostólica só é chamada também romana porque o endereço da sua sede primacial está localizado em Roma. Apenas isso. De fato, a Igreja, atuando neste mundo, precisa ter um endereço, um referencial físico e postal, que é o do Bispo de Roma, feito Chefe visível por Cristo. Em consequência, a Igreja Católica recebe, como uma espécie de "subtítulo", a designação "romana", e isso em nada contraria a sua catolicidade ou universalidade. De modo semelhante, Jesus, Salvador de todos os homens, foi chamado "Nazareno", porque, convivendo entre os homens, estando no mundo, habitou a cidade de Nazaré: da mesmíssima maneira se dá com o nome dado à Igreja que Ele instituiu neste mundo. Falamos mais sobre este assunto aqui.

Esclarecido este ponto, passo à próxima questão trazida pela sua mensagem, "Musicalmente", que por sinal nos leva a um outro ponto também muitíssimo importante: quais são as legítimas fontes que devemos consultar para conhecer o que é e o que não é catolicismo? Você nos traz um interessantíssimo testemunho, em que relata as repostas que obteve ao consultar três católicos quanto ao significado do Sinal da Cruz:

Do primeiro: “Ah, vou procurar saber e amanhã te falo”;

Do segundo: “Ah, é por causa da Santíssima Trindade”;

Do terceiro: “Cara, primeiro porque é como se eu estivesse me benzendo, me fechando contra as coisas ruins, segundo para lembrar a Santíssima Trindade”.

Agradeço especialmente ter vindo compartilhar essa sua experiência, que nos leva a refletir, primeiro, sobre uma realidade para a qual eu mesmo venho chamando a atenção, neste blog e sempre que tenho oportunidade: a má ou péssima formação dos católicos, atualmente. Sim, isso é a mais pura verdade: a formação dos católicos é ruim, e poucos sabem explicar satisfatoriamente a sua própria fé. A catequese, tanto de crianças quanto de adultos, precisa ser revista urgentemente! Trata-se de um problema bastante complexo, cujas causas não cabe avaliar neste momento.

Mas o católico, em geral, como que "intui" muito bem as coisas essenciais da sua fé, mesmo quando não sabe explicar em palavras em que crê e o que pratica. Isso, de um modo ou de outro, sempre reforça a nossa fé de que somos Igreja de Cristo, assistida pelo Espírito Santo, que nunca nos abandona. Veja que, neste caso, nós poderíamos refletir sobre as respostas que você obteve de um outro modo completamente diferente: o primeiro confessou a sua ignorância e ficou de buscar a informação correta, - o que não é nenhuma vergonha, ao contrário: foi uma atitude cristã. - O segundo não falou errado, pois o Sinal da Cruz é um ato de reverência e adoração ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, isto é, a Santíssima Trindade. - Exatamente por esse motivo, assim como disse o terceiro, cremos que fazer o Sinal da Cruz é também uma forma de afastar as más influências e tentações, pois, quando reverenciamos a Deus, afastamos o demônio e todas as "coisas ruins".

De qualquer modo, querida "Musicalmente", observe que você cometeu um erro bastante ingênuo, para não dizer infantil, e que é um erro muito comum: você foi buscar respostas para as suas dúvidas consultando leigos católicos, ao invés de ir procurar nas fontes “oficiais” e/ou fidedignas da Igreja. Devo orientá-la a consultar em primeiro lugar, numa oportunidade futura, o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Este conselho tão simples vale ouro para todo aquele que tem a honesta intenção de realmente conhecer o que é o catolicismo. Já me deparei com os maiores absurdos sendo afirmados  e reafirmados sobre a Igreja Católica, por pessoas muitas vezes até bem intencionadas, mas que se baseavam exclusivamente nas conclusões que tiravam do testemunho de indivíduos que se "achavam" católicos.

O Sinal da Cruz, para os católicos, é um Sinal Sacramental, como o gesto de impor as mãos sobre uma pessoa que se está abençoando, a unção com o óleo da oliveira ou o uso da água no Batismo, por exemplo. Sinais Sacramentais “são sinais sagrados por meio dos quais se significam e se obtêm, pela oração da Igreja, efeitos principalmente de ordem espiritual (...), e são santificadas as várias circunstâncias da vida" (CIC §1667-8). Segundo o Catecismo, o Sinal da Cruz “manifesta a marca de Cristo impressa naquele que lhe pertence, e significa a Graça da Redenção que Cristo nos adquiriu por sua cruz” (CIC §1235).

Se eu quero saber alguma coisa sobre uma determinada instituição, qual é o meio mais certo para obter informações seguras e confiáveis? Ouvir "o que dizem por aí”? Ou consultar as fontes oficiais, atestadas por aquela instituição?

Finalmente, chegamos à última parte do seu comentário, que traz uma outra questão muito importante. Você se desculpa por citar Constantino, mas eu gostaria de esclarecer que o problema não é citar Constantino, que teve o seu papel e sua importância na história da Igreja, sem dúvida: o problema é citá-lo num contexto tão irreal e tão absurdo, que provém de uma teoria conspiratória absolutamente ridícula, e que, infelizmente, parece ganhar espaço nas mentes das pessoas despreparadas. Chegam a dizer que Constantino fundou a Igreja! Realmente não me parece que você se inclua entre estes ignorantes, ingênuos e, muitas vezes, mal intencionados: você me parece uma pessoa esclarecida, que gosta de estudar e se interessa pela História e pelo fundamento das coisas.

Como você já descobriu e reconhece, o Sinal da Cruz já era praticado pela Igreja primitiva, a Igreja dos primeiros séculos, e consta em diversos documentos muito antigos. Além disso, muitos historiadores aceitam como legítima a possibilidade de o Sinal da Cruz ter sido uma prática comum já à primeira geração de cristãos, isto é, da Igreja do tempo dos Apóstolos. Segundo uma tradição antiquíssima, o Sinal da Cruz teria sido feito pelo próprio Senhor Jesus Cristo, em sua gloriosa Ascensão, quando abençoou os discípulos com este símbolo de sua Paixão Redentora. Os Apóstolos e demais discípulos teriam, a partir daí, propagado esse santo gesto de reverência ao Sacrifício do Senhor em suas missões. - As diversas citações à cruz nas como glória e sinal dos cristãos, seja nas epístolas de Paulo (como Gálatas 6, 14 e Efésios 2, 16) seja em diversas passagens dos Evangelhos (como Mateus 10, 38, Lucas 9, 23 e 14, 27, por exemplo) permitem aceitar essa teoria como perfeitamente plausível. - Mas, ainda que não tenha sido dado diretamente pelo Senhor, a finalidade e a história do Sinal da Cruz garantem a sua legitimidade como sinal cristão.

Concluindo então este último tópico, a questão aqui não é citar Constantino, como poderiam ser citados Hipólito, Tertuliano, Cipriano de Cartago ou algum outro. A questão surgiu pelo fato de ter-se afirmado que o Sinal da Cruz deriva de uma tradição humana, que não tenha fundamento no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nada mais distante da realidade! O Senhor afirmou, categoricamente, que a Cruz é Sinal do Cristão, ao dizer: “Quem não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo" (Lucas 14, 27). Além de tudo isso, diversos achados arqueológicos já demonstraram, incontestavelmente, que os primeiros cristãos tinham a cruz como símbolo sagrado, como as marcas e inscrições nas catacumbas de Roma ou mesmo nas ruínas do Egito, onde os primeiros cristãos se ocultavam da perseguição romana.

Finalizando, mais uma vez agradeço pelo seu comentário, que foi uma valiosa oportunidade para esclarecer tantos pontos importantes ao nosso público. Que Deus a abençoe e guarde, e lhe conceda sabedoria! 

Henrique Sebastião

________________
Fontes:

[1] ONIONS, C.T. The Oxford Dictionary of English Etymology. New York, NY: Oxford University Press, 1983
[2] Santo Inácio de Antioquia (Epístola aos Esmirniotas)
[3] São Policarpo de Esmirna (Epístola da Igreja em Esmirna)
[4] DREHER, Martin N. A Crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma, 4ª ed. S. Leopoldo: Sinodal, 2006, p. 125 & LENZENWEGER, Josef et. al. História da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2006

* As igrejas 
luterana, presbiteriana e episcopal anglicana, juntamente com a Igreja Católica, integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs e participam, unidas, em diversas ações ecumênicas.

Referência bibliográfica:
 COLLINS, Michael. História do Cristianismo. São Paulo: Loyola, 1999
CHAPPIN, Marcel. Introdução à História da Igreja. São Paulo: Loyola, 1999
-

Morte e Ressurreição: uma reflexão para o dia de finados ou dos fiéis defuntos


Por enquanto, “caminhamos pela Fé, e não vemos claramente” (2 Cor 5, 7): conhecemos Deus “como que por um espelho, de maneira confusa, imperfeita” (1 Cor, 13, 12 – CIC §164).

A Fé é Luz de Deus para aquele que crê, mas quando é vivida na obscuridade, quando não se traduz em prática, muitas vezes é posta à prova. O mundo em que vivemos muitas vezes parece bem distante daquilo que a Fé proclama: a experiência do mal e do sofrimento, da injustiça e da morte parecem contradizer a Boa Nova de Jesus Cristo. As dores e frustrações da vida podem abalar a Fé e tornarem-se um grande obstáculo. Por que morremos? Como lidar com a dor da morte, da perda de um ente querido? Como entender a finitude da vida?

É interessante notar que nós, ocidentais, estamos habituados a ignorar a realidade da morte. Procuramos simplesmente não pensar nela, fingindo que ela não existe, como se nunca fosse chegar para nós ou para as pessoas que nós amamos. Diferentemente dos orientais, desenvolvemos a cultura de evitar pensar na morte; achamos melhor ocupar a mente com “coisas boas”, isto é, agradáveis, do que com “coisas ruins” como a morte. É impressionante como boa parte dos cristãos, mesmo participando na vida da Igreja, parecem não acreditar realmente na vida depois da morte. Mas afinal, será que a morte é algo que nós, cristãos, devemos temer? Existe algum jeito de não sofrer, ou sofrer menos com a morte? Faz sentido “fingir” que algo tão inevitável quanto a morte simplesmente não existe?

A resposta nua e crua para essas questões é muito simples: o tanto que sofremos com a morte depende diretamente da nossa Fé. Ou do quanto a nossa Fé se traduz em realidade, em posturas e atitudes concretas diante da vida. Aqueles que possuem uma convicção verdadeira naquilo que prometeu nosso Senhor Jesus Cristo por certo não se entregarão ao desespero com a partida de um familiar muito amado ou com a perspectiva da própria morte.

Sentir saudade é uma coisa. Experimentar dificuldades para lidar com a falta de alguém que foi muito próximo, e que agora não faz mais parte do nosso convívio, é natural, é humano e perfeitamente normal. Chorar pode ser saudável. Mas entregar-se ao desespero é uma prova de falta de Fé.

De fato, seria bem mais sensato nos prepararmos para a morte, já que ela é inevitável. E como fazer isso? Preparar-se para a morte não é pensar nela o tempo todo, nem cultivar pensamentos mórbidos: é viver segundo a Fé cristã católica, para que possamos ter tranquilidade e a segurança de que seremos mais felizes em nossa próxima vida do que jamais fomos nesta.

Segundo a Fé cristã, foi o pecado que incutiu no ser humano o medo de morrer, alterando a sua compreensão da realidade. Pecado é afastamento de Deus, nosso Sumo Bem. Quem está afastado de Deus vê a morte simplesmente como o “fim da vida", quando deveria entendê-la como a feliz passagem para a Plenitude da vida, o cumprimento de um difícil estágio. Se cremos em Cristo e somos fiéis a Ele, precisamos crer também que esta vida, neste mundo, é apenas uma “amostra”, uma sombra do que será a vida eterna em Deus.

A morte é um processo biológico inevitável, que atinge toda a Criação. Entre as consequências do pecado está o medo de morrer; para aqueles que tem uma Fé inabalável, a morte é encarada como a passagem de um mundo de sofrimentos para a plenitude definitiva da vida. Essa consciência cristã altera profundamente o sentido da vida e a maneira como se vive.

É necessário, querido cristão católico, que você recupere o verdadeiro sentido da vida, porque somente assim você poderá restituir também à morte seu verdadeiro sentido. A morte e Ressurreição de Cristo, que liberta o homem do pecado, redime a morte do seu sentido dramático de fim da vida, e volta a dar-lhe o sentido da passagem para uma vida plena e definitiva. Creia nisto, de fato!

O que acontece conosco depois da morte é o resultado da nossa escolha pessoal: somos livres para escolher Deus e o caminho da vida, ou para escolher o egoísmo e a morte. Nosso destino após a morte indica que Deus é tanto Misericordioso quanto Justo. Enquanto cristãos, não devemos temer a morte, mas sim nos prepararmos para ela, crescendo em santidade e lutando a cada dia pela vida eterna.
Jesus disse: “Eu sou a Ressurreição e a Vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês nisto?” (João 11, 25-26)

A pergunta de Jesus a Marta é hoje feita para você, que lê este artigo: Crês nisto? Crês mesmo em Jesus?
-

Pergunta e resposta: quem não é contra nós está a nosso favor?

Abraço fraterno entre Bartomolomeu I (Igreja Ortodoxa) e Bento XVI

O leitor identificado como Gabriel enviou-nos a seguinte pergunta:


João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lho proibimos, porque não anda conosco”. Jesus disse-lhe: “Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor”.

Pergunta: Aqui ele diz que, quem prega no nome d'ELE está a favor e não contra, isso poderia ser comparar ao Protestantismo e outras "seitas", ou você poderia nos informar o estudo Teológico desta passagem no todo!) Que Deus lhe abençoe e guie te sempre no caminho da Salvação! Abraços Fraternos e Salve Maria Santíssima!


Prezadíssimo Gabriel,

Com a ajuda de Deus, sob a orientação da Igreja e à luz da Teologia, tentaremos responder-lhe satisfatoriamente. A pergunta pode parecer complexa, porém é bem simples. Antes de dizer qualquer coisa, é preciso esclarecer: a primeira realidade que o leitor da Bíblia deve ter em mente é que o Livro Sagrado só pode ser lido e entendido como um conjunto coeso, de muitos livros que se completam e estão interligados, um dando sentido ao outro. Esta é uma premissa teológica básica e fundamental para a leitura da Bíblia. É muito, muito fácil legitimar todo tipo de crença falsa ou mesmo anticristã usando a Bíblia. Basta pinçar uma passagem e usá-la isoladamente.

A passagem que você citou é um ótimo exemplo disso. Ela vem sendo usada para justificar todo tipo de sincretismo e irenismo. O sincretismo, como você sabe, é a tentativa de misturar ou fundir sistemas e crenças diferentes ou até mesmo contrárias, na tentativa de fazer delas “uma só coisa”. O resultado é sempre o surgimento de um novo sistema de crenças: uma nova seita. Já irenismo é a postura de se calar diante das injustiças e mentiras em nome da paz. Para "ficar bem" com todo mundo, a pessoa aceita tudo, finge que tudo está bem, tudo certo... Esquecendo-se que "para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada", como já disse o filósofo (Edmund Burke).

Como dissemos, porém, a Bíblia precisa ser compreendida em sua totalidade, como um conjunto de livros que, em harmonia, transmitem uma só Mensagem. A Palavra de Deus não pode fazer uma afirmação, numa  parte, e, logo depois, renegar esta mesma afirmação numa outra parte. Então, será que Jesus estaria afirmando, na passagem que você citou, que "a religião não importa", desde que acreditemos nEle ou falemos em nome dEle? Vejamos o que a própria Bíblia tem a dizer sobre isto:

"De fato, não há dois Evangelhos: há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas ainda que alguém, nós ou um anjo baixado do céu, vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que seja anátema! Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!" (Gl 1,6-8)

Ninguém gosta de ouvir a palavra "excomungado" hoje em dia. Dá uma impressão de autoritarismo, de uma Igreja que tenta impor a Fé à força. Num tempo em que o relativismo reina, falar em excomunhão é quase um crime. Mas "excomungar" quer dizer, simplesmente, que uma pessoa que afirma uma doutrina que vai contra aquilo que Jesus ensinou, não não faz parte da Igreja, não representa a Igreja, não pode ser considerada membro da Igreja.

E é assim que deve ser, por motivos óbvios! Se a Igreja não tivesse agido assim desde o começo da sua história, hoje o Evangelho não existiria: teria sido perdido há muito séculos, num mar de doutrinas conflitantes! Heresias no meio da Igreja começaram a surgir, como sabemos, desde o tempo dos Apóstolos. Observe como o Apóstolo Paulo, nesta passagem, deixa claro que naquele tempo já existiam elementos tentando pregar um "outro evangelho" em nome de Cristo, e deixa muito claro que tais elementos não poderiam jamais serem admitidos entre os cristãos. A ênfase é tamanha que ele chega a dizer que mesmo um anjo do céu que anunciasse um evangelho diferente deveria ser considerado anátema, isto é, solenemente reprovado, amaldiçoado, execrado!

Então, retornando à afirmação de Jesus no Evangelho de S. Marcos, vamos analisar a passagem na íntegra:

"João disse-lhe: 'Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu Nome, e lho proibimos'. Jesus, porém, respondeu-lhe: 'Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu Nome e em seguida possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós, é a nosso favor. E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa. Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar!'" (Mc 9,38-42)

Observe como o complemento do ensinamento, que destaquei em negrito, é fundamental para dar sentido e colocar as primeiras afirmações no seu devido contexto. O Senhor está claramente se referindo àqueles que, em unidade, professam a fé no seu Nome. Mas quem fizer cair em pecado os que creem em Cristo, - mesmo que falem em seu Nome, - são condenados. Também é essencial entender que, na época desse episódio, ainda não existia a Igreja. Alguém expulsava demônios por meio da fé no Nome do Senhor: a fé em Cristo nunca é ruim, a não ser quando, em nome desta mesma fé, deturpa-se aquilo que o próprio Cristo ensinou. No mesmo Evangelho, no capítulo 13, o Senhor profetiza que muitos falsos profetas viriam em seu Nome, e que os cristãos não deveriam segui-los. Fica claro, portanto, que não basta falar em Nome de Jesus para ser confiável ou para estar ao nosso favor.

Concluindo, não é difícil compreender que a afirmação de Cristo, neste caso, não é absoluta, isto é, não podemos considerar "a nosso favor" todo aquele que prega ou fala "em Nome de Jesus", pois nesse caso teríamos que incluir aí os espiritismos e todo tipo de seita que deturpa a Mensagem do próprio Cristo! De fato, são milhares de seitas perniciosas ao redor do mundo que se colocam como as verdadeiras entendedoras e tradutoras do Evangelho, e todas elas contraditórias entre si.

Estudando a história da Igreja, vemos que os fiéis cristãos sempre se basearam, fundamentalmente, na orientação da Igreja Una, a única Igreja que foi fundada pelo Senhor Jesus Cristo, a única que tem dois mil anos de história e a única que procede da Tradição dos Apóstolos. O que é a Bíblia Sagrada cristã? É a orientação dos Apóstolos por escrito: nós só temos a Bíblia e cremos nela, hoje, porque a Igreja, nos primeiros séculos do cristianismo, atestou que deveríamos crer nela, e separou outros livros que eram atribuídos aos Apóstolos como apócrifos, isto é, falsos.

Por isso é que não podem existir muitas "igrejas", cada uma ensinando uma coisa, cada qual disputando contra a outra, baseando-se na interpretação pessoal que cada "pastor" faz da Bíblia. Observe que praticamente todas as igrejas ditas "evangélicas" são unânimes em criticar a Igreja Católica, muitas vezes chamando-a até de "prostituta", apontando o Papa como "anticristo" e outras blasfêmias terríveis. Como poderíamos dizer, então, que existem "muitas igrejas", e que todas são iguais? Jesus disse: "Sobre esta Pedra (Pedro) fundo a minha Igreja", no singular, e não "minhas igrejas", no plural. Só há uma Verdade, e a Bíblia reafirma: "Há um só Senhor, há uma só Fé e um só Batismo" (Ef 4,4-5).

Não basta qualquer pessoa ler a Bíblia, interpretar "do seu jeito", se dizer "pastor" ou intitular-se a si mesmo "bispo" ou "apóstolo", registrar uma razão social, alugar um salão e dizer que é "igreja". Igreja não é um prédio, não é uma empresa, não é uma razão social. A Igreja é o Corpo Místico de Jesus Cristo neste mundo (Ef 5,23), e este Corpo não se divide contra si mesmo. A Cabeça deste Corpo é o próprio Cristo, como a Bíblia mesmo ensina, e este Corpo é íntegro e coeso. Uma perna não pode andar para um lado, e outra perna para outro. Um pé não pode querer ir para frente e outro para trás. Os braços não podem golpear o corpo, e cada um dos seus órgãos precisa trabalhar em conjunto para que o Corpo seja saudável.

Existe uma Igreja que tem origem em Jesus Cristo e que guarda a Tradição dos Apóstolos, e com o estudo, com boa vontade e com muita oração podemos comprovar isso. É a missão do cristão e uma aventura maravilhosa comprovar, a cada nova descoberta, que existe uma caminho certo que nos leva a Cristo e à Salvação. Este caminho é a Igreja que o Senhor mesmo nos deixou.

Entenda bem que eu não estou com isso afirmando que não existam pessoas bem intencionadas em outras comunidades ditas cristãs, que as seguem de boa consciência e que poderão ganhar a Salvação, por Misericórdia Divina. Existem elementos de santidade e verdade em várias religiões, e acho que é disso que você está falando. Recentemente, o"pastor" Silas Malafaia deu-nos um exemplo de postura cristã em seu debate com o candidato do PT à prefeitura de São Paulo. Antes disso, ele já tinha acertado ao confrontar Edir Macedo quanto à questão do aborto e ao defender a Igreja Católica por conta das imagens de santos e de palavras de Jesus que foram profanadas na famigerada "parada gay". Por outro lado, ele também prega a herética "teologia da prosperidade" e acusa injustamente os católicos de "idólatras". Não é por pregar em nome de Jesus que tudo o que ele diz está certo, ao contrário: quando ele se coloca como "pastor" em Nome do Senhor, e prega contra a Igreja do mesmo Senhor, é grande o seu erro.

Não tenho dúvidas de que, em algumas de suas pregações, muitos "pastores" digam grandes verdades, e que podem interpretar corretamente alguns pontos isolados das Escrituras. E eu também creio que a salvação não está fechada para ninguém, mesmo para os não cristãos, conforme orienta a Santa Igreja. O Catecismo afirma que aqueles que não puderam conhecer Jesus Cristo nesta vida não serão condenados. O mesmo vale para aqueles que, sinceramente, acreditam fazer o certo seguindo falsas igrejas. É o que a Teologia chama de "ignorância invencível".

Mas nada disso muda o fato de que existem uma Só Verdade, uma só Igreja que é o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo e um só Deus a ser buscado.

Concluindo, por tudo isso é que mais uma vez insistimos, prezado Gabriel, que a Bíblia precisa ser compreendida em sua totalidade. A fala de Jesus claramente alude à unidade que deve existir dentro da sua Igreja Una, entre os diferentes grupos, possuidores de diferentes carismas e vocações. Também a convivência fraterna e a busca da união entre os cristãos deve ser constante, e a Igreja tem trabalhado incessantemente nesse sentido, mas é preciso saber reconhecer e diferenciar as coisas. Convivência e respeito mútuo não são sinônimos de sincretismo nem de irenismo.

Na esperança de que a pergunta tenha sido respondida, e de que o nosso esforço não tenha sido em vão, na Paz de Nosso Senhor agradecemos pela participação e pela confiança em nosso apostolado. Deus abençoe e ilumine o discernimento de todos aqueles que lerem este nosso artigo até o fim.
-

Breve meditação sobre Fé e razão


Tomás de Aquino (1224-1274), grande mestre da Escolástica,
sistema teológico-filosófico caracterizado pela concordância
do conhecimento natural com o revelado

Uma coisa que todos deveriam saber sobre a Fé é que ela não pode ser apreendida unicamente por meio da razão, do intelecto ou da inteligência meramente humana. A Fé não pode ser compreendida, dominada, estudada, dissecada como um espécime biológico em laboratório.

O buscador da Verdade precisa antes aceitar a Fé, sujeitar-se a ela, render-se, tornar-se nada diante dela. Precisa aderir à Fé, fazer dela como o respirar, que é tão natural desde o nosso nascimento para o mundo, que dele só nos lembramos se nos falta. A Fé é para ser acolhida, eleita, como guia e, - ela sim, - mestra. Deve ser nossa identidade.

A Fé não é para os grandes, para os letrados, para os doutos ou para os mestres, mas para os pequenos, os simples, os humildes. A Fé é para os que têm espírito de pobre. O pobre não tem orgulho; como nada tem, e não tem meios de obter o que precisa, ele pede: não pode ter orgulho, é despojado e aberto. O pobre é pedinte, é estrangeiro em sua própria terra, é o menor entre todos. Trabalhando, é o servidor de todos.

Quando Pedro confessa que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus declara-lhe que esta Revelação não lhe veio "da carne nem do sangue, mas do seu Pai que está nos Céus" (Mt 16, 17). A Fé é um Dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. O Auxílio do Espírito Santo, o qual move e converte o coração para Deus, abre os olhos do entendimento, e dá a todos a suavidade em aceitar e crer a Verdade (CIC §153). Nenhum ser humano irá conquistar a Fé por seus próprios méritos, pois ela é Dom de Deus. E o fato de a Fé, tão fundamental para a vida e para a salvação, ser Dom de Deus, mostra-nos que ela é, antes de tudo, Mistério.

A Fé é um Mistério indecifrável. E quanto mais tentamos decifrá-lo, mais nos distanciamos da sua solução. Quando tentamos capturá-lo, esvai-se qual fumaça por entre nossos dedos.




A Fé não é passível de ser alcançada mediante o estudo; ao contrário, se estivermos fundamentados apenas na razão, ela se esvai conforme aumentam os nossos conhecimentos. - Não porque a Fé contrarie a razão, ao contrário: mas porque na muita sabedoria há muito enfado, e enfadar-se é insuportável para os homens.

O único meio de alcançar a Fé é a humilde aceitação; o humilde e silencioso render-se. A Fé não pode ser mais do que a simplicidade que as mães ensinam às crianças aos pés da cama. E isto se recupera quando desistimos (de entender) e nos rendemos.

Sendo assim, o que podemos estudar são os meios, as formas, a história, os nomes e etc., mas não a essência. A Fé se aperfeiçoa, sim, mas através de meios inefáveis, e não através dos nossos esforços, por nossos próprios méritos. Quanto mais reverenciarmos o Mistério, prostrados, mais próximos dele estaremos. Quanto menos tentarmos decifrá-lo, mais seremos capazes de compreendê-lo em espírito e em Verdade.

A partir da compreensão deste grande princípio da Fé, a Jornada do cristão será muitíssimo mais frutuosa e suave; e andará mais rápido, vencendo distâncias muito maiores em menos tempo.

Autor anônimo
-

Jovem professora e filósofa ateia converte-se ao catolicismo!


Leah Libresco
é uma famosa blogueira norte-americana, filósofa e professora conhecida pelo seu ateísmo militante, que ela defendia em sua página da internet denominada “Patheos Atheist Portal”.

Formada na prestigiada Universidade de Yale e colaboradora do Huffington Post, ela recentemente deixou pasmos os seus leitores ateus: tornou-se católica convicta e passou a militar pela Cristandade, como noticiou a agência Zenit (veja aqui).

“Esta é a minha última postagem”, anunciou ela no título do artigo onde explicava ter finalmente encontrado a resposta para a sua vida. A porta de abertura para a Verdade foi o impulso ditado pela lei moral universal interior (leia sobre o assunto aqui), que todo ser humano traz dentro de si e para o qual o ateísmo não tem explicação. A resposta que ela encontrou foi uma só: o catolicismo. O mesmo catolicismo que Leah, durante anos, rejeitou e condenou com explicações naturalistas, agora a havia conquistado plenamente, tanto pela razão quanto emocionalmente e espiritualmente.

“Durante anos eu tentei argumentar a origem da Lei Moral Universal que reconhecia presente em mim”, explicou a blogueira; "uma moralidade objetiva como a matemática e as leis da física”. Na busca contínua por respostas, Leah tentou se refugiar, por exemplo, na filosofia e na psicologia evolutiva. “Eu não pensava que a resposta estivesse ali”, admite, "mas ao mesmo tempo não podia mais esconder que o cristianismo demonstrava melhor do que qualquer outra filosofia aquilo que eu reconhecia já como verdadeiro: uma moral dentro de mim que o meu ateísmo não conseguia explicar”.

Os primeiros “sinais” de conversão vieram justamente no Domingo de Ramos, num debate com alunos de Yale para explicar de onde deriva a Lei Moral. Num certo momento, Leah foi interrompida por um jovem que, como ela mesma lembra, “buscava fazer-me pensar, pedindo-me para não repetir a explicação dos outros, mas para dizer o que eu realmente pensava sobre isso”.

"Chega de papagaiar, diga o que pensa", foi o desafio do aluno. “Não sei, não tenho uma ideia”, foi a resposta da Leah diante da pergunta tão simples. O aluno insistiu: – “E a sua melhor hipótese?” – “Não tenho uma”, reconheceu ela. – “Terá talvez alguma ideia”, continuou ele. – “Não o sei… mas acho que a moral se apaixonou de mim ou algo parecido”, tentou explicar, sem poder continuar mais.

Leah passou a refletir: “Percebi que, como ele, eu acreditava que a moral fosse objetiva, um dado independente da vontade humana. No fundo eu acreditava numa ordem, que implica alguém que a tenha pensado, na existência da Verdade e na origem divina da moral. Intuí que a Lei Moral, assim como a Verdade, pudesse ser uma Pessoa. E a religião católica me oferecia a estrada mais razoável e simples para ver se a minha intuição era verdadeira, porque diz que a Verdade é vivente, que se fez homem”.

Desnorteada com as suas descobertas, Leah acabou procurando o jovem aluno para ver o que ele lhe sugeria fazer. E foi assim que a professora e filósofa, ateia convicta, começou a recitar o Livro dos Salmos, coisa que, nas palavras dela, “continuo a fazer sempre, também quando estou sozinha”.

Anos e anos de esforço intelectual, teorias e convicções, caíram em pedaços diante da única Verdade: Jesus Cristo. Leah publicou toda a sua história em seu portal da internet, provocando reações diversas e milhões de comentários. Sua história foi postada 18 mil vezes no Facebook, e sua página  teve mais de 150 mil acessos.

Leah Libresco antes: "Sou ateia..."

Muitos comentários, é claro, são acusadores, de ateus militantes que se sentem “traídos” por um de seus líderes. Outros comentários são de católicos que também seguiam o blog da professora. Alguns expressam as suas felicitações dizendo: “Estou tão feliz por você!" - "Rezei tanto por sua vida!" - "A sua aventura está apenas começando!”...

Depois da conversão, Leah procurou também uma comunidade católica, escandalizando seus amigos incrédulos. Ela disse: “Se me perguntarem como estou hoje, respondo que estou feliz; o melhor período que se pode viver é quando você se dá conta de que quase tudo o que pensava que fosse verdadeiro, na verdade era falso”.

Falando para a CNN, a blogueira contou que se sentia “renascida uma segunda vez”. – “É ótimo participar da Missa e saber que ali está Deus feito Carne" – declarou –, "um fato que explica tantas outras coisas inexplicáveis!”.

E o que fez Leah do seu popular blog ateu? Parar de escrever? Continuar escrevendo mas tentando disfarçar as suas novas convicções? Essas opções passaram pela cabeça de Leah, mas após um exame demorado, ela decidiu: "Nada de bobagens nem de covardia: profissão destemida é ser católica! A partir de agora, o blog será chamado 'Patheos Catholic channel', e será usado para discutir com os ateus convictos, como fazia antes com os católicos!”. O motivo? “Se a pessoa é honesta – explica ela – não tem medo de entrar em diálogo. Eu recebi uma resposta sobre o que buscava porque aceitei colocar-me em diálogo. O interessante de muitos ateus é que fazem críticas e pedem provas. Uma coisa utilíssima à Igreja, que não deve ter medo, porque nós estamos do lado dos fatos e da razão”.

Como despedida aos seus muitos leitores ateus, Leah escreveu: “Quaisquer que sejam as suas crenças sobre religião, parem e pensem no que vocês acreditam ser uma boa ideia; se percebem algo que os obriga a mudar de ideia, não tenham medo e lembrem de que a sua decisão pode somente melhorar a sua visão das coisas”.

Para a Graça Divina, acrescentamos nós, nada é impossível. Aqueles que buscam a Verdade com sinceridade e boa vontade, acabarão chegando a ela, cedo ou tarde. É preciso ter coragem de professar a Fé e arcar com todas as suas consequências, ainda que enfrentando o mundo todo. No fim, o mundo cairá de joelhos!
-

Novena à Nossa Senhora da Conceição Aparecida

A imagem originalmente aparecida, sem o manto

— Meu Deus, vinde em meu auxílio!
— Senhor, apressai-vos em me socorrer!
— Vinde, Santo Espírito, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o Fogo de Vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado; e renovareis a face da Terra.
Oremos: Ó Deus, que iluminastes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.


Oração para todos os dias

Virgem puríssima, concebida sem pecado, e desde aquele primeiro instante toda bela e sem mancha, gloriosa Maria, cheia de Graça, Mãe de meu Deus, Rainha dos anjos e dos homens: eu vos saúdo humildemente como Mãe do meu Salvador, que com aquela estima, respeito e submissão com que vos tratava, ensinou-me quais sejam as honras e a veneração que devo prestar-vos; dignai-vos, eu rogo, de receber as que nesta Novena vos consagro. Vós sois o seguro asilo dos pecadores penitentes, e assim tenho razão para recorrer a vós; sois Mãe de misericórdia, e por este título não podeis deixar de enternecer-vos à vista das minhas misérias; sois, depois de Jesus Cristo, a minha esperança, e por esta razão não podereis deixar de reconhecer a terna confiança que tenho em vós; fazei-me digno de chamar-me vosso filho, para que possa confiadamente dizer-vos: mostrai que sois nossa Mãe!


Para o primeiro dia

Eis-me aqui aos vossos santos pés, ó Virgem Imaculada! Convosco me alegro sumamente, porque desde a eternidade fostes eleita Mãe do Verbo Eterno, e preservada da culpa original. Eu bendigo e dou graças à Santíssima Trindade, que vos enriqueceu com este privilégio em vossa Conceição, e humildemente vos suplico me alcanceis a graça de vencer os tristes efeitos que em mim produziu o pecado. Minha Senhora, fazei que eu os vença e jamais deixe de amar nosso Deus.


Para o segundo dia

Ó Maria, Lírio imaculado de pureza, eu me congratulo convosco, porque desde o primeiro instante da vossa Conceição fostes cheia de Graça, e além disto vos foi conferido o perfeito uso da razão. Dou graças e adoro a Santíssima Trindade, que vos concedeu tão sublimes dons; e me confundo totalmente na vossa presença ao ver-me tão pobre de graça. Vós, que de Graça Celeste fostes tão enriquecida, reparti-a com minha alma e fazei-me participante dos Tesouros que começastes a possuir em vossa Imaculada Conceição.


Para o terceiro dia

Ó Maria, Mística Rosa de pureza, eu me alegro convosco, que gloriosamente triunfastes da infernal serpente, em vossa Imaculada Conceição, e que fostes concebida sem mácula de pecado. Dou graças e louvo a Santíssima Trindade, que tal privilégio vos concedeu, e vos suplico que me alcanceis força para superar todas as traições do comum inimigo, e para não manchar minha alma com o pecado. Ah! Senhora, ajudai-me sempre, e fazei que, com a vossa proteção, sempre triunfe de todos os inimigos de nossa eterna salvação.


Para o quarto dia

Ó Espelho da Pureza, Imaculada Virgem Maria, eu me encho de júbilo ao ver que desde vossa Conceição foram em vós infundidas as mais sublimes virtudes e, ao mesmo tempo, os dons do Espírito Santo. Dou graças e louvo à Santíssima Trindade, que com estes privilégios vos favoreceu; e suplico-vos, ó benigna Mãe, que me alcanceis a prática das virtudes, e me façais também digno de receber os dons e a Graça do Espírito Santo.


Para o quinto dia

Ó Maria, refulgente Lua de Pureza, eu me congratulo convosco, porque o Mistério de vossa Imaculada Conceição foi o princípio da salvação de todo o mundo. Dou graças e bendigo à Santíssima Trindade, que assim magnificou e glorificou vossa pessoa, e vos suplico me alcanceis a graça de saber aproveitar-me da Paixão e Morte de vosso e nosso Jesus, e que não seja para mim inútil o seu Sangue derramado na cruz, mas que viva santamente e salve a minha alma.


Para o sexto dia

Ó Estrela Resplandecente de Pureza, Imaculada Maria, eu me alegro convosco, de que vossa Imaculada Conceição causasse um imenso júbilo a todos os anjos do Paraíso! Dou graças e bendigo à Santíssima Trindade, que vos enriqueceu com tão belo privilégio. Ah! Senhora, fazei que eu um dia tenha parte nessa Alegria e que possa, em companhia dos anjos, também louvar e bendizer eternamente a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que em vós habitou e por vós nos abençoa.


Para o sétimo dia

Ó Aurora Nascente e Pura. Imaculada Maria, eu me alegro e exulto convosco porque no mesmo instante da vossa Conceição fostes confirmada em Graça e tornada impecável. Dou graças e exalto a Santíssima Trindade, que a vós distinguiu com esse especial privilégio. Ah! Virgem Santa, alcançai-me um total e contínuo aborrecimento do pecado sobre todos os outros males, e que antes morra do que torne a cometê-lo!


Para o oitavo dia

Oh, Reflexo sem Mácula, Virgem Maria, eu me congratulo convosco e me alegro de que em vossa Conceição vos fosse conferida por Deus uma Graça maior e mais copiosa do que tiveram todos os Anjos e todos os Santos no auge dos seus merecimentos. Dou graças e admiro a Suma Bondade da Santíssima Trindade, que vos enriqueceu com tal Privilégio. Ah, minha Senhora, fazei que eu corresponda à Graça divina e não torne a abusar dela; mudai-me o coração, e fazei que desde agora comece o meu arrependimento.


Para o nono dia

Ó Viva Luz de Santidade e Exemplo de Pureza, Virgem e Mãe, Maria Santíssima, adorastes vós profundamente a Deus e lhe destes graças. porque, por meio de vós, levantada a antiga maldição, desceu uma grande Bênção sobre os filhos de Adão. Ah, minha Senhora, fazei que esta Bênção acenda no meu coração um grande amor para com Deus; inflamai-o, para que constantemente ame o mesmo Senhor, e depois desfrute eternamente no Paraíso, onde possa dar-lhe também as mais vivas graças pelos singulares Privilégios a vós concedidos e possa também ver-vos coroada de tamanha glória.


Jaculatória

Senhora Aparecida, milagrosa Padroeira, sede nossa guia nesta mortal carreira!
Ó Virgem Aparecida, Sacrário do Redentor, dai à alma desfalecida vosso poder e valor!
Ó Virgem Aparecida, fiel e seguro Norte, alcançai-nos graças na vida, favorecei-nos na morte!
-

A Carta Apostólica Porta Fidei comentada

Do Sumo Pontífice Bento XVI
Com a qual se proclama o Ano da Fé



No dia do início do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, iniciamos a publicação do conteúdo da Carta Apostólica Porta Fidei ('Porta da Fé') em partes, seguidas de comentários e esclarecimentos nossos. Logo abaixo, os três primeiros parágrafos, e, a seguir, o nosso texto. Que seja, de algum modo, útil!


1. A PORTA DA FÉ (cf. At 14, 27), que introduz na vida de Comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela Graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início no Batismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o Nome de Pai, e se conclui com a passagem, através da morte, para a vida eterna, fruto da Ressurreição do Senhor Jesus, que, com o Dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria Glória os que crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22) (...).

2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do meu pontificado, eu disse: “A Igreja no seu conjunto, e os pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude”. Não poucas vezes, os cristãos sentem maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando-a como um pressuposto óbvio da vida diária. Ora, tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado. Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado nos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.

3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua Fonte, donde jorra Água Viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da Vida, oferecidos como Sustento dos que são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De fato, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, o ensinamento de Jesus: “Trabalhai não pelo alimento que desaparece, mas pelo Alimento que perdura e dá a vida eterna” (Jo 6, 27). E a questão daqueles que O escutavam é a mesma que colocamos nós também hoje: “Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?” (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: “A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou” (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação. (...) À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé.

+  +  +

Estes são os três primeiros capítulos da Carta Porta Fidei. Publicaremos, nas próximas semanas, os parágrafos seguintes da Carta, sempre acompanhados de uma breve reflexão. Neste primeiro momento, achamos conveniente esclarecer algumas dúvidas iniciais. No texto a seguir, os trechos entre aspas são citações literais da própria Carta Apostólica.




O que é o Ano da Fé?

É um tempo propício para que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é “o encontro com um Acontecimento, com uma Pessoa, que dá à vida um novo sentido. É uma ocasião para renovar e redescobrir a fé, e também para experienciar essa fé, na sua integridade e em todo o seu esplendor. “...Nos nossos dias a fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar”, para que o Senhor “conceda a cada um de nós viver a beleza e a alegria de sermos cristãos”. O Ano da Fé “é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.


Quando se inicia e quando termina o Ano da Fé?

Inicia-se em 11 de outubro de 2012, data do 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II e 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de Novembro, é dia da Solenidade de Cristo Rei.


Por que é que o Papa convocou este Ano da Fé?

Por entender que a unidade dos cristãos precisa ser reafirmada em nossos tempos, “devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas”. O objetivo principal deste Ano da Fé é que cada cristão “possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo”.


Por que meios chegaremos a esses objetivos, segundo o Papa?

O Santo Padre cita alguns caminhos principais, como intensificar a celebração da fé na Liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé; redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo da Igreja.


Onde será o Ano da Fé?

O alcance é universal. “Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, assim como também nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo”.

* Além da própria Carta Porta Fidei, você pode ler a Nota com indicações pastorais para o Ano da Fé, que está disponível no website do Vaticano, disponível neste link. Se preferir, você pode usar o endereço abaixo:
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20120106_nota-anno-fede_po.html.
-

Cristãos e igrejas são alvos de grupos feministas


Na noite de anteontem (7/10/2012), realizou-se na cidade de Posadas, Argentina, a marcha de encerramento dos grupos feministas que promovem o "27º Encontro Nacional de Mulheres".

Os grupos feministas já haviam promovido atos de violência e deixado, por onde passaram, depredações e pichações, especialmente contra a Igreja e contra fieis católicos. Como estes grupos já haviam praticado ataques e depredações contra as catedrais das cidades que haviam sediado seus encontros anteriores, cientes do perigo, um grupo de católicos reuniu-se num "cordão humano" para defender a fachada da catedral de Posadas. Cerca de 100 pessoas posicionaram-se nas escadarias da catedral para rezar o terço e impedir a depredação da igreja, e os acontecimentos mostraram que esses fieis católicos estavam certos.

Berros, ameaças à integridade física e cusparada na cara de quem nada fazia
além de rezar: o principal alvo do ódio feminista também é a Igreja Católica

As imagens do vídeo abaixo nos entristecem e levam-nos a refletir no porquê de o ódio gratuito de todo grupo revolucionário ser sempre dirigido aos cristãos...


"E sereis odiados por todos por amor do meu Nome;
mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo."

(Jesus Cristo - Mc 13,13)




Fonte: IPCO.Org
-

A imagem sindônica



A imagem do Cristo crucificado elaborada pela Irmandade Universitária de Córdoba foi desenvolvida e produzida pelo escultor e catedrático sevilhano da Universidade de Sevilha, Juan Manuel Miñarro.

Esta imagem é o resultado da investigação do grupo pluridisciplinar de cientistas da Santa Síndone, mais conhecido como "Santo Sudário de Turim".

É a única imagem sindônica de Cristo crucificado no mundo, e reflete até nos mínimos detalhes os múltiplos traumatismos do cadáver de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme podem ser identificados no estudo do lençol que cobriu o Corpo do Senhor morto.

A imagem representa um corpo de um metro e oitenta centímetros de altura, que, segundo os estudos da Síndone das Universidades de Bolonha e Pávia, era a estatura do Senhor. Os braços e a cruz formam um ângulo de 65º. Nele se reproduzem, com total exatidão, as feridas do Homem do Santo Sudário.

Na cabeça, a coroa de espinhos em forma de capacete, que cobre todo o crânio, foi feita com ziziphus jujuba, uma espécie de planta com espinhos que não se dobram e são da mesma espécie vegetal da palestina que os botânicos assinalam estar presente na Santa Síndone, e que teria sido realmente utilizada na coroa de espinhos de Cristo.

A pele representa o aspecto exato de um pessoa morta há cerca de uma hora. O ventre, com a crucifixão, se incha. O braço direito deslocado, ao apoiar-se o Crucificado nele durante o processo de asfixia, em busca de ar. O polegar das mãos está voltado para dentro da palma, como reação natural do nervo, quando um objeto atravessa o punho.

Há três tipos de sangue representados na obra: o prévio à morte, o que sai depois da morte e o plasma da ferida pela lança de Longinus. Este detalhe foi profundamente estudado pelos hematólogos. A pele dos joelhos está profundamente esfolada pelas quedas e a tortura. Os detalhes impressionam: há grãos de terra e pedras trazidas de Jerusalém, incrustados na carne.

As feridas refletem as marcas deixadas pelos flagelos romanos utilizados para a tortura, com bolas de metal em forma de haste na ponta, feitas para rasgar pele e carne do condenado. Não há zonas vitais com marcas de chicotada, já que os verdugos guardavam estas áreas para que o réu não morresse durante a tortura.

O lado direito do rosto está inchado e marcado pelo golpe recebido no palácio dos Fariseus. A língua e os dedos dos pés apresentam um tom azulado, próprios da parada cardíaca.

Na placa colocada no topo da cruz, sob a frase em hebraico, a tradução em grego e latim está escrita da direita para a esquerda, erro habitual daquela época na região de Jerusalém. Há também falhas de ortografia propositadamente, uma vez que fora escrito por soldados.

Mito de arte e objeto para estudos médicos e científicos, estamos falando de uma obra de beleza realmente espetacular e de tirar o fôlego, tanto de devotos quanto de estudiosos em geral.

Fotos: José Luis Risoto Rojas


















-

O que significa relativismo?

O que quer dizer o termo "relativismo? Basicamente, o relativismo é uma linha de pensamento segundo a qual nada pode ser afirmado a respeito de coisa alguma, porque tudo é relativo, isto é, depende do ponto de vista de cada um. Segundo esse pensamento, não existe o bem e o mal, nem o certo e o errado: algo que uma determinada pessoa considera certo, outra pessoa pode considerar errado, e não haveria como definir quem tem razão. Os relativistas acham que ninguém tem autoridade para afirmar ou ensinar aos outros o que é bom e o que é ruim, o que é moral e o que é imoral.

De fato, parece que “está na moda” pensar assim: “tudo é relativo”. Muitas pessoas não buscam mais bons valores e princípios pelos quais se basear. O certo e o errado vão se tornando apenas “conceitos” vagos que variam de pessoa para pessoa, de acordo com aquilo em que cada um escolhe acreditar, e ninguém teria como questionar ou tentar orientar quem quer que seja. Muitos pais e mães já não se empenham tanto em deixar claro para seus filhos qual o melhor caminho para seguir na vida. Muitas vezes, os pais orientam de uma determinada maneira, em casa, e os professores na escola transmitem outro tipo de orientação.

Vivemos os tempos do “politicamente correto”: muitas vezes, simplesmente tomar partido a respeito de determinados assuntos considerados polêmicos já é motivo para ser considerado antiquado, arcaico, retrógrado... Para ser “moderno” é preciso aceitar tudo e considerar tudo como certo, tudo “normal”... Afinal, todos tem direito à sua própria opinião, e não caberia a ninguém “julgar” o próximo.

Esse modo de pensar penetrou todos os campos da sociedade: está na mídia, na política e no sistema educacional. Desde a mais tenra idade, as crianças já vêm sendo mergulhadas nesse modo de enxergar a vida, e quanto mais avançam na caminhada escolar, mais e mais vão sendo influenciadas.

Mas será que faz algum sentido achar que tudo é relativo, que não há como sabermos o que é o certo e o que é errado, o que é positivo e o que é negativo para o indivíduo e para a sociedade? Como ficam os cristãos católicos dentro desse panorama?

O Papa Bento XVI é um dos maiores adversários do relativismo, que ele chegou a classificar como ditadura: “A ditadura do relativismo mortifica a razão” (Bento XVI: Castel Gandolfo, 5 de agosto de 2009).

Seria essa uma opinião pessoal do Papa? Não: toda a Mensagem de Jesus Cristo ensina que existe o bem e o mal, o moral e o imoral, o certo e o errado. E cada ser humano, independente da sua religião ou credo, possui por Graça a capacidade de discernir o que é certo e o que é errado. Quando vemos uma criança mimada que agride seu pai ou sua mãe com socos e chutes, por não ter algum desejo atendido, imediatamente sabemos que aquilo está errado, que se trata de uma pessoa que não está sendo educada para saber discernir as coisas. Desnecessário dizer que essa criança será a maior prejudicada por não ter sido educada segundo valores morais bem definidos. Sabemos, segundo a psicologia, que as crianças educadas com maior rigor são as que mais demonstram amor e gratidão aos pais quando chegam à fase adulta. Amar não é “deixar tudo”, pelo contrário.

O cristão, portanto, deve sempre caminhar contra essa tendência relativista atual, resistindo aos apelos do mundo que o cerca, usando sempre a oração, o estudo da Bíblia e dos documentos da Igreja, a frequência à Santa Missa e a participação na vida da Igreja. Apoiados no Catecismo da Igreja Católica, conseguimos sem dificuldades discernir o que fazer, nesse mar de subjetividade que inunda o mundo. Importante é entender que não basta apenas conhecer a doutrina. O desafio maior é colocar em prática, agir.

Para educarmos os nossos filhos neste momento complicado é preciso ensinar a eles aquelas verdades básicas que atravessaram os séculos, que sempre funcionaram e que construíram a sociedade civilizada. É preciso dizer claramente a eles que o caminho do bem será, muitas vezes, mais difícil. Que nem sempre suas vontades poderão ser satisfeitas. Todas as conquistas reais dos ser humano exigem esforço e desapego: o caminho mais fácil leva, geralmente, à perdição.

“Afasta-te do mal, e faz o bem; procura a paz, e segue-a.” (Sl 34,14)
-

2 de Outubro é o dia do Santo Anjo da Guarda


"Não desprezeis nenhum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos Céus sempre vêem a Face de meu Pai, que está nos Céus." Jesus Cristo (Mateus 18,10)


Deus, que criou todas as coisas, criou também os anjos, para o seu Serviço. Criou-os para serem eternamente felizes e para que nos ajudem e guiem, e auxiliem especialmente a toda a sua Igreja.

Entretanto, uma grande parte desses anjos incorreu no grave pecado da soberba, pois desejaram tornar-se iguais ao próprio Criador. Por isso Deus os condenou e os precipitou ao inferno. Esses anjos rebeldes são chamados espíritos maus, "diabos" ou demônios, e têm Satanás como líder . Escolher o bem ou o mal é possível tanto aos homens quanto aos anjos, como diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC):

_______
"Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para o seu último destino por livre escolha e amor preferencial. Podem, por conseguinte, desviar-se. De fato, pecaram. Foi assim que entrou no mundo o mal moral, incomensuravelmente mais grave que o mal físico." (§311)

Os anjos fiéis a Deus são os chamados santos anjos, anjos bons ou simplesmente anjos, pois foi para a bondade e a obediência que foram criados. Dentre estes é que Deus escolhe nosso Anjo da Guarda, que é pessoal e exclusivo, cuja função é proteger-nos até o retorno da nossa alma à Eternidade. O Anjo da Guarda nos ampara e defende dos perigos com que os espíritos maus nos tentam, em nossa vida terrena, pois "aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos, eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra" (Sl 90,11-12).

Os Anjos da Guarda estão repletos de dons e privilégios especiais; possuem natureza espiritual, reflexo da Beleza e das Virtudes de Deus, por isso impossível de ser representada.

Em um dos seus textos, São Francisco de Sales esclarece que a tarefa dos anjos é levar as nossas orações à Bondade Misericordiosa do Altíssimo, e de informar-nos se elas foram atendidas. Assim sendo, as graças que recebemos nos são dadas por Deus, que é o Princípio e o Fim de nossa vida, através da intercessão de nosso Anjo da Guarda.

A devoção aos anjos é mais antiga até que a dos próprios santos, ganhando maior vigor na Idade Média, quando os monges solitários recorriam com mais intensidade à sua companhia e auxílio, cuja presença era sentida em suas vidas de silenciosa contemplação e íntima Comunhão com Deus.

Devemos amar, respeitar e seguir o nosso o Anjo Guardião, Anjo Custódio ou Anjo de Guarda, pois  está sempre pronto a nos proteger, animar e orientar para cumprirmos a nossa missão terrena, trilhando o Caminho de Cristo e, assim, ingressarmos na Glória eterna.


Os anjos, entre devoção e mistificação
Entrevista com o padre Marcello Stanzione, especialista (Agência Zenit)

A devoção ao Anjo da Guarda, infelizmente, parece já não estar entre as prioridades da formação dos católicos, ao mesmo tempo em que emerge uma atenção doentia por anjos e demônios, suscitada por seitas e movimentos ditos "new age".

Para enfrentar este tema de grande atualidade, Voz da Igreja publica a entrevista que o padre Marcello Stanzione concedeu ao portal Zenit. Pe. Marcello, pároco da Abadia de Santa Maraa La Nova (Campagna - Itália), é grande especialista no tema e autor de numerosos ensaios e livros; o último intitula-se "365 dias com os Anjos" (365 Giorni con gli Angeli», editora Gribaudi).

Padre Marcello refundou, em 2002, a associação católica "Milícia de São Miguel Arcanjo", que organiza a cada ano uma reunião teológico-pastoral sobre os anjos. Acaba de ser celebrada, nos dias 1 e 2 de junho, a segunda edição dessa reunião, na Abadia de Santa Maria La Nova, com o tema "A Volta dos Anjos Hoje, entre Devoção e Mistificação". Segue a entrevista:

ZenitO que representam os anjos para a fé católica e por que hoje suscitam mais interesse entre outros grupos e movimentos religiosos do que entre os cristãos?

Padre Marcello: Lamentavelmente, a catequese e a evangelização foram um pouco carentes neste ponto do conhecimento do mundo dos anjos. Outros se aproveitaram do vazio que se criou. Na Teologia, o que é central é a doutrina sobre Deus, sobre a Santíssima Trindade e sobre Jesus Cristo, mas os anjos não são realidades inúteis ou supérfluas, porque fazem parte da Revelação de Deus.

Os anjos são criaturas como nós, com uma diferença ontológica. Nós nascemos e morremos, os anjos não morrem e nos foram dados por Deus para fazer-nos companhia. Os anjos são um complemento importante na criação do corpo, são os melhores amigos dos seres humanos. Um teólogo escreveu que os anjos são servos de Deus e se fazem servos de quem se faz servo de Deus.

Alguns sustentam que Jesus Cristo, sendo o único Mediador, não tem necessidade dos anjos. Na realidade, nos Atos dos Apóstolos, não está só o Espírito Santo, mas a história da Igreja primitiva que revela o papel fundamental dos anjos. Podemos dizer que Jesus Cristo é o único Mediador e os anjos colaboram na Mediação de Jesus Cristo. A queda da atenção e veneração dos anjos, nos últimos cinquenta anos, deve-se a uma certa secularização, influenciada por uma deriva protestante que critica a veneração a Nossa Senhora, aos santos e aos anjos. Sobre a natureza e o papel dos anjos não se fez uma evangelização clara e há uma certa confusão, inclusive entre os católicos.

Escrevi e publiquei vários textos de orações cristãs aos anjos para evitar que também os catequistas cressem ou usassem os textos ambíguos que circulam nas livrarias. Vários desses textos ambíguos são resenhados por revistas católicas sem fazer nenhuma observação crítica(!). São ensaios que se baseiam na astrologia, nos 365 graus do zodíaco, etc., e sustentam que a cada cinco graus há um anjo protetor, razão pela qual quem nasceu nestes cinco graus tem esse anjo protetor(sic)...

É uma espécie de "magia branca". Conheci várias pessoas da Igreja que confundiam a devoção católica com esses ritos. Por outro lado, bastaria entrar em uma livraria para encontrar no setor esotérico uns 30 ou 40 títulos sobre os anjos. Isso indica a grande confusão que existe hoje. Há poucos autores católicos que escrevem textos ortodoxos sobre os anjos.


Zenit
 – A intercessão dos anjos ante Deus passa desapercebida pelos católicos?

Padre Marcello: Existe este problema. Para algumas pessoas é cômodo usar os anjos para falsear a relação com Jesus Cristo e com as instituições eclesiásticas. Deste modo, se falseia também o ensinamento dos dez mandamentos e o da moral. É uma "religião à la carte" com os anjos, que servem para fazer a pessoa encontrar um namorado ou um lugar no estacionamento para o carro. Em resumo, faz-se um uso banal, um uso "mágico". No entanto, o anjo tem uma grande dignidade; inclusive o anjo mais simples é muito mais inteligente e potente que o ser humano (se pensarmos que é um ser que vive em intimidade constante com Deus e que vive eternamente, fica fácil compreender porquê). É evidente a carência que se deu ao educar as novas gerações na devoção e na relação com os anjos. Desde há quinze anos me ocupo desta questão e, nesta obra de educação, sou apreciado e apoiado por meu bispo.


Zenit
Os anjos são anteriores à criação do homem? O que acontece com Lúcifer?

Padre Marcello: Sobre o nascimento dos anjos existe um debate em curso: alguns sustentam que os anjos foram criados antes que o homem; e outros acham que foram criados juntamente com o homem.

Quanto a Lúcifer, é a prova de que Deus não impõe a fé e não quer ser amado pela força, senão que dá liberdade de escolha. É necessário precisar que não há dualismo, no sentido de que Lúcifer não é antagonista de Deus. Lúcifer é antagonista de Miguel, porque Deus não se abaixa para combater Lúcifer, mas envia Miguel.


ZenitQual é o objeto do congresso que organiza anualmente?

Padre Marcello: Cada ano, no começo de junho, fazemos uma reunião sobre os anjos. No ano passado aprofundamos na figura de São Miguel. Neste ano falamos dos anjos hoje, entre devoção e mistificação. O ano que vem aprofundaremos na relação entre os anjos e os santos.

Deste modo, queremos encher uma lacuna e superar o preconceito pelo qual a discussão sobre os anjos não se considera digna de debate teológico. Nós damos aos nossos congressos um enfoque teológico e sobretudo pastoral.


ZenitÉ plausível e cristão pensar que cada um de nós tem um Anjo da Guarda?

Padre Marcello: Quem não crê na existência do Anjo da Guarda se situa fora da Doutrina da Fé! Cada pessoa tem um anjo como um bom pastor, diz também o Catecismo da Igreja Católica*. Não se pode dizer que se crê em Deus, no Espírito Santo, em Nossa Senhora, sem crer nos anjos.

[*"Desde o seu começo até à morte, a vida humana é acompanhada pela assistência e intercessão dos anjos "Cada fiel tem a seu lado um anjo como protetor e pastor para o guiar na vida" (São Basílio Magno, Adversus Eunomium 3, 1; SC 305, 148 (PG 29, 656B). Desde este mundo, a vida cristã participa, pela fé, na sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus." (CIC §336)]

Nós vemos os anjos na história da Bíblia e na história da Igreja. Muitos santos tiveram contatos frequentes com os anjos, experimentaram uma relação. Diversos místicos falam da relação com os anjos.


Zenit
O que sugere, então?

Padre Marcello: Penso que os tempos estão maduros para que nas Faculdades teológicas se criem cursos sobre angelologia e demonologia.




A celebração especialmente dedicada aos Anjos da Guarda começou na Espanha, no final do ano 400, propagando-se por toda a Europa em poucos séculos. Antes, ela ocorria no dia 29 de setembro, junto com a do Arcanjo Miguel, guardião e protetor por excelência. O dia 2 de outubro foi fixado em 1670, pelo papa Clemente X, para celebrar separadamente o nosso santo Anjo da Guarda. Para ele, a Igreja ditou uma das suas mais belas orações tradicionais, que diz:

_______"Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a Piedade Divina, sempre me rege, me guarda, me governa e ilumina, agora e sempre; Amém!"

Subir