Tomás de Aquino (1224-1274), grande mestre da Escolástica, sistema teológico-filosófico caracterizado pela concordância do conhecimento natural com o revelado |
Uma coisa que todos deveriam saber sobre a Fé é que ela não pode ser apreendida unicamente por meio da razão, do intelecto ou da inteligência meramente humana. A Fé não pode ser compreendida, dominada, estudada, dissecada como um espécime biológico em laboratório.
O buscador da Verdade precisa antes aceitar a Fé, sujeitar-se a ela, render-se, tornar-se nada diante dela. Precisa aderir à Fé, fazer dela como o respirar, que é tão natural desde o nosso nascimento para o mundo, que dele só nos lembramos se nos falta. A Fé é para ser acolhida, eleita, como guia e, - ela sim, - mestra. Deve ser nossa identidade.
A Fé não é para os grandes, para os letrados, para os doutos ou para os mestres, mas para os pequenos, os simples, os humildes. A Fé é para os que têm espírito de pobre. O pobre não tem orgulho; como nada tem, e não tem meios de obter o que precisa, ele pede: não pode ter orgulho, é despojado e aberto. O pobre é pedinte, é estrangeiro em sua própria terra, é o menor entre todos. Trabalhando, é o servidor de todos.
Quando Pedro confessa que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus declara-lhe que esta Revelação não lhe veio "da carne nem do sangue, mas do seu Pai que está nos Céus" (Mt 16, 17). A Fé é um Dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. O Auxílio do Espírito Santo, o qual move e converte o coração para Deus, abre os olhos do entendimento, e dá a todos a suavidade em aceitar e crer a Verdade (CIC §153). Nenhum ser humano irá conquistar a Fé por seus próprios méritos, pois ela é Dom de Deus. E o fato de a Fé, tão fundamental para a vida e para a salvação, ser Dom de Deus, mostra-nos que ela é, antes de tudo, Mistério.
A Fé é um Mistério indecifrável. E quanto mais tentamos decifrá-lo, mais nos distanciamos da sua solução. Quando tentamos capturá-lo, esvai-se qual fumaça por entre nossos dedos.
A Fé não é passível de ser alcançada mediante o estudo; ao contrário, se estivermos fundamentados apenas na razão, ela se esvai conforme aumentam os nossos conhecimentos. - Não porque a Fé contrarie a razão, ao contrário: mas porque na muita sabedoria há muito enfado, e enfadar-se é insuportável para os homens.
A Fé é um Mistério indecifrável. E quanto mais tentamos decifrá-lo, mais nos distanciamos da sua solução. Quando tentamos capturá-lo, esvai-se qual fumaça por entre nossos dedos.
A Fé não é passível de ser alcançada mediante o estudo; ao contrário, se estivermos fundamentados apenas na razão, ela se esvai conforme aumentam os nossos conhecimentos. - Não porque a Fé contrarie a razão, ao contrário: mas porque na muita sabedoria há muito enfado, e enfadar-se é insuportável para os homens.
O único meio de alcançar a Fé é a humilde aceitação; o humilde e silencioso render-se. A Fé não pode ser mais do que a simplicidade que as mães ensinam às crianças aos pés da cama. E isto se recupera quando desistimos (de entender) e nos rendemos.
Sendo assim, o que podemos estudar são os meios, as formas, a história, os nomes e etc., mas não a essência. A Fé se aperfeiçoa, sim, mas através de meios inefáveis, e não através dos nossos esforços, por nossos próprios méritos. Quanto mais reverenciarmos o Mistério, prostrados, mais próximos dele estaremos. Quanto menos tentarmos decifrá-lo, mais seremos capazes de compreendê-lo em espírito e em Verdade.
A partir da compreensão deste grande princípio da Fé, a Jornada do cristão será muitíssimo mais frutuosa e suave; e andará mais rápido, vencendo distâncias muito maiores em menos tempo.
Autor anônimo
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Autor anônimo
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Caro Henrique, Paz e Bem!
ResponderExcluirGostaria que se possível, pudesse me ajudar, pois, os protestantes diz, que a nossa Veneração feita aos Santos e a Virgem Maria é a mesma coisa de Idolatria (Pois, são sinônimos) , e que tudo é a mesma coisa, que estamos a "Adorar" "Idolatrá-los" "prostar" , mas, de fato não é isso, certo? (no sentido da palavra não há uma distinÇão do entendimento, ou há?)
Mas, como passar isso a eles? (Explicar), já que eles sustentam aquelas pasagens dos deuses, e talz...
Se você já tiver respondido isto aqui no blog e puder me direcionar certinho, ficarei grato! E se puder fazer um texto explicativo aqui na resposta mesmo!
Desculpas o encomodo!
Forte Abraço e que Deus lhe abençoe! Com a Intercessão da Doce e Pura Virgem Maria!
Gabriel,
Olá, Gabriel, Paz e Bem!
ExcluirAs dificuldades que você está encontrando são as mesmas de muitos outros católicos dos nossos tempos. A argumentação com nossos irmãos desviados é difícil por várias razões, principalmente porque eles adotam uma linha de pensamento extremamente rasa: se está na Bíblia vale, se não está na Bíblia não vale...
Nós, católicos, estamos acostumados a observar também, e talvez principalmente, o Magistério da Igreja e a Sagrada Tradição. Por isso mesmo, a maioria de nós se complica na hora de argumentar com pessoas que só se convencem se você mostrar "onde está escrito na Bíblia"... É para auxiliar a esses católicos que o apostolado Voz da Igreja existe.
Acontece que, mesmo argumentando com base exclusivamente na Bíblia Sagrada, é muito simples rebater as acusações dessas pessoas; acusações essas que, por sinal, são sempre as mesmas. Eu mesmo já tive o privilégio de (falando no bom sentido) "botar para correr" alguns "pastores" ditos "evangélicos", apenas apontando passagens bíblicas. E isso antes de estudar Teologia.
Então vamos lá. Eu já escrevi diversos posts sobre os temas que você menciona, e também muitos outros parecidos, aqui mesmo neste blog. Criei até uma página só com os links para esses posts, organizados por assunto:
Clique aqui ou copie e cole o código abaixo no seu navegador, e você será direcionado para um índice de respostas católicas aos principais questionamentos protestantes/"evangélicos":
http://vozdaigreja.blogspot.com.br/2002/05/indice-de-respostas-questionamentos.html
Em tempo: não me esqueci das outras perguntas que você fez. Estou preparando as devidas respostas.
Um abraço fraterno e a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo
Henrique Sebastião