Cristo, Rei do Universo


O Evangelho de João nos mostra que Jesus, durante a sua vida pública, fez o possível para não ser chamado de rei (cf. Jo 6, 15). Diante do abandono dos seus discípulos e do ultraje da cruz, no entanto, Ele manifesta o seu Reinado.

Por doze vezes o tema do reinado de Cristo aparece no relato da paixão segundo João. Trata-se de um Reino que não nasce deste mundo, ou seja, vem de Deus e não corresponde às nossas expectativas mundanas. Pilatos, com os ouvidos moucos de um cético, que só sabe fazer perguntas mas não é capaz de ouvir respostas, perde a oportunidade de abraçar a Verdade que se encontra, encarnada, diante dele. 

Na Cruz manifesta-se o Reinado do Amor. Esta é a Hora da manifestação da Glória (cf. Jo 12, 27-28). Com a morte de Cristo na Cruz, revela-se a misteriosa ligação entre Reino, Amor, Carne, Glória e Verdade. É algo que realmente não vem deste mundo.

“E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de Graça e de Verdade.” (Jo 1, 14)

Fonte: Christo Nihil Praeponere










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5 comentários:

  1. Acho que Cristo Rei com essas imagens de coroa na cabeça, não condiz muito com a realidade. A coroa de Jesus foi de espinhos e seu trono foi a cruz. É um rei que se doa por nós.

    Danilo

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    1. Oi, Danilo!

      Parece que você está confundindo um pouquinho as coisas. Uma coisa é falar de Jesus enquanto Servo Sofredor, Ele que se doou em Sacrifício pela nossa salvação. Que foi humilhado, açoitado, cuspido e crucificado.

      Mas se nós crêssemos que Jesus Cristo, nosso Deus, resume-se apenas a um homem comum, que foi condenado injustamente, que tipo de fé seria a nossa? Eu respondo: seria uma fé totalmente vã! Como diz São Paulo Apóstolo, se não há ressurreição, então comamos e bebamos, vamos aproveitar o que pudermos agora, que a vida é curta...

      Mas nós cremos, e enquanto cristãos e católicos, sabemos que este mesmo Jesus é também nosso Cristo Rei, Glorioso e Ressuscitado, assentado à Direita de Deus Pai no mais alto dos Céus. Todo o poder lhe foi dado, no Céu e na Terra (Mt 28,18).

      Se formos descartar a realidade divina do Cristo, para ficar apenas com a realidade humana, então já não somos cristãos, e sim seguidores de uma triste ilusão (para não dizer um bando de tolos)...

      Por outro lado, sem dúvida que nenhuma imagem, que homem algum fosse capaz de produzir, seria digna da Glória de Cristo no Céu. Mas nem por isso devemos desprezar a antiquíssima tradição de honrar a Cristo lembrando-O em forma gloriosa na Solenidade de Cristo Rei.

      A Paz de Nosso Senhor

      Henrique Sebastião

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    2. O detalhe é que Jesus está coroado! Porém com um aspecto totalmente diferente das imagens feitas por mãos de homens, segundo as Escrituras.

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  2. Entendo sim, Henrique! Mas percebo que muitos vêem um JESUS como um rei do mundo com coroa de Ouro e tal... Claro que ele é Rei do Universo, Senhor do tempo e do mundo... Só dei minha opinião. Por exemplo quando a gente vê o título de RAINHA DO LAR para as nossas mães, o que vem em mente é logo ela com vassoura e avental. Mas ainda mantenho minha opinião.

    Paz e bem

    Danilo

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    1. Sim, você só expressou a sua opinião, Danilo, e você tem todo o direito de fazê-lo. E eu só esclareci que honrar a Cristo através da imagem coroada do Cristo Rei é uma tradição muito antiga, quase tanto quanto as imagens do Cristo Crucificado.

      Também a imagem de Nossa Senhora, Rainha dos Anjos, é coroada numa celebração litúrgica especial, como você bem sabe, embora ela também seja representada como Senhora das Dores, com lágrimas e uma espada atravessando o peito. Não há contradição nisso.

      O problema é que hoje vivemos os tempos do absoluto relativismo, e cada um acha que a Igreja deveria ser conforme o seu próprio "gosto" pessoal. Todos adoram dizer "não concordo com isso" e "não concordo com aquilo". Há muita gente usando o Concílio como desculpa para de repente virar de cabeça para baixo tudo aquilo que a Igreja sempre defendeu e transmitiu como certo e santo desde o tempo dos Apóstolos.

      Não estou dizendo que seja o seu caso, - acredito que não seja, - mas muitas vezes é interessante procurar saber a origem de certos costumes e tradições antes de criticar, verificar se há fundamento, e que fundamento é esse... Só dialogando, nenhuma crítica.

      Abraço fraterno
      Henrique Sebastião

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