A Verdade, as boas obras, o cristianismo e o espiritismo


O
leitor Fábio Gomes enviou-nos a seguinte mensagem, no post "Biografia de Allan Kardec e as origens do espiritismo":

"Naturalmente, como conhecedor (embora veja no seu blog um desserviço aos católicos - e quiçá ao mundo) das boas novas do Cristo, falta-lhe a caridade. Caso contrário, utilizaria este espaço para divulgar as boas ações que os 'ignorantes' do espiritismo praticam. Pois, como é dito em Tiago 2:14-26: 'Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?'.

Poderia ocupar horas falando apenas da sua biografia equivocada sobre Kardec (só um detalhe: NÃO EXISTE KARDECISMO), mas, vou citar apenas duas obras que superam qualquer comentário preconceituoso seu: Casas André Luiz (cuidam de crianças com todo tipo de deficiência mental, entre outros) e Mansão do Caminho (mais de 33 mil crianças formadas).

As duas obras, dirigidas por espíritas, fazem o bem sem perguntar cor, credo ou origem. Mas, já que a questão é filosófica, permita-me esclarecer: não existe espiritismo 'kardecista', de 'mesa branca' ou qualquer outra qualificação. O que existe é o espiritismo codificado (sem aspas) por Allan Kardec. Ele adotou este nome para que não fosse confundido com a sua obra como educador (dê informações corretas). Nem pesquisadores da sua biografia sabem ao certo as disciplinas nas quais professava. Prefiro crer que não haja má fé do seu lado.

Infelizmente o seu conhecimento de história parece não se aprofundar muito. Não lhe ocorreu como o Cristianismo foi fundado? Não lhe ocorreu que as manifestações que Jesus mostrou chocou aos fariseus? E que estes foram seus maiores opositores? O senhor agora ocorre talvez no mesmo erro.

Será que uma biografia de Jesus por uma pessoa que seja judeu ortodoxo (apenas como referência, sem julgamento de valor) terá valor? Ou melhor ainda, um médico que escreve um livro de mecânica. Ou um mecânico falando de botânica. É preciso deixar claro que esta é a SUA opinião e não a pesquisa de alguém isento. Nas fileiras do espiritismo há médicos, engenheiros, filósofos, juizes... São pessoas ignorantes, por assim dizer. Sugiro que para falar sobre espiritismo, estude as obras básicas. São seis livros. Mas, ainda que para difamar, terá base. Conhecimento de causa. O senhor cita León Denis em sua referência bibliográfica, mas, é claro que não leu senão a capa.

Quer fazer um serviço de verdade e que ajude a todos? Divulgue os ensinamentos de Jesus. Mostre pelo exemplo como podemos ser grandes. Como nos amamos uns aos outros. Veja em Mateus 22:35-40 o que ele quer de nós. É isto que deveria unir a todas as religiões.

Fiquem em paz."


Prezado Fábio Gomes,

Você diz que falta-nos caridade, mas, antes de qualquer coisa, saiba que nós respeitamos os espíritas, e também respeitamos o direito que cada cidadão tem de escolher a sua própria religião e suas crenças. Ocorre, porém, que o espiritismo, segundo o cristianismo de sempre, é uma doutrina equivocada (para dizer o mínimo): simplesmente por isso, é justamente o nosso compromisso com a Caridade e com a Verdade que nos leva a trabalhar pelo esclarecimento de todas as pessoas de boa vontade que chegam a este nosso apostolado.

Um problema importante a ser esclarecido é o seguinte: para os espíritas, a única coisa que importa são as boas obras. Ainda que eu não tenha fé, ainda que eu renegue o próprio Deus, se eu ajudar alguém, se eu der esmolas e/ou participar em algum serviço social, isso basta. Para nós, católicos, é exatamente o contrário: cremos que precisamos, em primeiríssimo lugar, da Fé e da Comunhão com Deus, e são esta Fé e esta Comunhão que, quando verdadeiras, nos levam a praticar as boas obras.

Falando em boas obras, se você quer um exemplo de ser humano que encontrou Deus, e através deste encontro transformou toda a sua vida em grande obra de caridade, eu posso lhe apresentar Santo Padre Pio de Pietrelcina, São Luiz Orione, São Maximiliano Maria Kolbe, São Vicente de Paulo, São João Bosco, São Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce dos Pobres, Cardeal Van Thuan, etc, etc, etc...

Todos esses e muitíssimos outros dedicaram suas vidas pelo bem dos sofredores, muitos chegando a sacrificar, literalmente, suas vidas, e nenhum deles deturpou a verdadeira Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, como fazem os espíritas.

Sim, a Igreja tem milhares de exemplos maravilhosos de vidas dedicadas ao bem do próximo, e se você quiser conhecer um exemplo de santo vivo, procure o Padre Gianpietro Carraro, sacerdote italiano radicado no Brasil, ou a Irmã Cacilda da Silva Leste, fundadores da Missão Belém. Se você estiver em São Paulo, convido-o a conhecer os trabalhos realizados no “Arsenal da Esperança”, uma casa católica de acolhida para pessoas em situação de rua que presta serviços absolutamente exemplares em diversos países. Uma visita a um lugar desses sem dúvida poderá lhe abrir a mente. Procure conhecer também os trabalhos da Pastoral da Criança, da Pastoral do Menor, do Povo de Rua, do Idoso, etc... Nenhuma dessas obras pergunta raça, credo ou cor de ninguém para prestar assistência. Se para você o que pesa são as obras de caridade, compreenda que nenhuma religião ou instituição do mundo fez e faz tanto quanto a Igreja Católica (veja dados oficiais aqui).

Mas não há sentido em discutirmos "quem faz mais", aqui. Importante é entender que a Salvação nos é dada de graça, pela Graça, por meio da Fé, e não pelas obras. As obras são consequência da Fé. E já que você pinçou algumas passagens bíblicas fora de contexto para tentar legitimar o seu pensamento, eu digo que a Bíblia Sagrada é um conjunto coeso, cuja Mensagem precisa ser compreendida integralmente. Agora veja o que a Bíblia Sagrada realmente diz:

"Estando nós ainda mortos em nossas faltas, Deus nos vivificou juntamente com Cristo; pela Graça sois salvos. (...) Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua Graça pela sua Benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela Graça sois salvos, por meio da Fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. NÃO VEM DAS OBRAS, para que ninguém se glorie." (Efésios 2,5-9)


Outro ponto: sim, eu sei bem que não existe "kardecismo", e foi exatamente por isso que eu tive o cuidado de usar a expressão entre aspas, no meu texto. Já frequentei espiritismo, concluí cursos e li praticamente toda a bibliografia do Kardec, muito do que escreveu o Chico Xavier e também alguns outros. Mas você deve saber que o termo "kardecismo" foi criado pelos próprios espíritas, numa tentativa de se diferenciarem dos praticantes do chamado "baixo espiritismo", que inclui todo tipo de seita que prega a necromancia (incluindo aí o satanismo).

E sim, eu uso aspas para falar em "codificação" do espiritismo, por uma simples questão de honestidade intelectual: o que os espíritas pomposamente chamam de "codificação" na realidade não passa de uma "salada" teológica, filosófica e ideológica absolutamente indigesta e sem sentido, na qual Kardec misturou a crença hindu da reencarnação com alguns princípios cristãos e uma falsa "aparência cristã" (para facilitar a aceitação na Europa de mentalidade cristã do seu tempo). Só isso e nada mais. Não há "codificação" alguma aí.

Quanto ao uso da palavra "ignorância", observe bem que não fui eu o primeiro a usá-la, e sim um leitor anônimo inconformado com o nosso artigo. Quando falei em ignorância, estava me referindo (obviamente) à ignorância teológica. Você diz que o espiritismo agrega médicos, juízes, engenheiros... Bem, um médico entende de medicina, um juiz de leis e um engenheiro de engenharia... Nenhum deles está "oficialmente" abalizado para falar de religião, espiritualidade ou teologia.

Por outro lado, um estudo abalizado, honesto e bem fundamentado a respeito de um determinado assunto, - citando fatos que são de conhecimento público, - sem dúvida é válido. Não é a mesma coisa que "um médico falando sobre mecânica". Para afirmar que o Marechal Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente da República do Brasil eu não preciso ser diplomado em História. Dizer que o espiritismo fundamentou-se nas experiências das irmãs Fox, por exemplo, e que as duas acabaram por reconhecer as suas fraudes, é citar fatos: qualquer pessoa pode comprová-los, e inclusive constam nos documentos e registros da própria sociedade espírita da época. Estudar opiniões diversas é mais do que válido, é necessário. Se um autor judeu ou protestante devidamente capacitado, isento de proselitismo, escreve um livro de História, citando a Igreja Católica com honestidade e coerência, esta obra tem o mesmo valor que a de um autor católico, budista, ateu, hindu... No artigo que você comenta, estamos falando das origens do espiritismo, de fatos que são de conhecimento público, e citamos as nossas fontes. São simplesmente informações históricas e factuais. Aqueles que se interessarem, podem e devem aprofundar os seus conhecimentos sobre o assunto, e chegar às suas próprias conclusões.

Agora imagine se, para formar opinião sobre o espiritismo, eu tivesse que me ater única e exclusivamente às opiniões dos autores espíritas! Que valor teria o meu estudo? Claro que todos os autores espíritas defendem o lado da história que lhes convém. Basta observar que todos insistem na questão das obras de caridade praticadas nas casas espíritas, e deixam as questões científicas, filosóficas e teológicas para segundo, terceiro ou quarto plano. Eu mesmo cresci lendo opiniões de autores os mais diversos sobre a Igreja Católica. Procurei conhecer detalhadamente tudo o que se dizia contra ela: apostasia, inquisição, simonia, venda de indulgências, pedofilia, corrupção...

Estudei a respeito de todos esses assuntos, e tantos outros, por meio de autores principalmente protestantes e ateus. Todas as informações adquiridas, juntamente com o estudo comparado de obras realmente científicas imparciais, me levaram à uma só e inapelável conclusão: a Igreja foi e tem sido gratuita e injustamente odiada e caluniada, desde a sua fundação por Jesus Cristo. A história verdadeira da Igreja é muito diferente da maquiagem que tentam lhe impor os seus inimigos. Pecados houveram, assim como padres e bispos criminosos, e até péssimos Papas. Mas os atos dos filhos da Igreja não podem, de modo algum, serem confundidos com a sua legítima essência, e nem denegrir a Doutrina desta mesma Igreja. Os erros de alguns traidores não representam e nem podem representar a Igreja. Isto seria o mesmo que dizer que, por causa do crime de alguns cidadãos, toda uma grande nação merecesse ser considerada criminosa. Em Teologia, como no Direito, dá-se a essa confusão de coisas o nome de argumento ad hominem (afirmar ou negar uma proposição usando de uma crítica ao seu representante, e não ao seu conteúdo em si: o representante pode ser indigno, mas a proposição, se for verdadeira, permanece verdadeira).

Ainda sobre a Igreja Católica, eu li também uma infinidade de artigos produzidos por autores espíritas, inclusive (para o meu desgosto) aquilo que um certo "espírito de luz" ditou ao "maior médium brasileiro" no livro "Emannuel": nele, Chico Xavier pretende relatar casos verídicos que o próprio "espírito Emmanuel" lhe teria relatado sobre a Igreja Católica. São calúnias atrás de calúnias, cada qual mais absurda que a outra, e todas podem ser facilmente desmentidas. De fato, são as mesmas afirmações proferidas por Alan Kardec, que, por sua vez, retirou tais afirmações de autores anticatólicos da época da Revolução Francesa e do racionalismo francês. São erros extremamente grosseiros, e eu já tratei do assunto neste artigo

A mesma experiência eu não realizei quando frequentei e estudei o espiritismo. Durante o tempo em que procurei conhecer a doutrina espírita, mesmo com toda a minha boa vontade (eu queria, e muito, que fosse tudo verdade!), as incoerências e desonestidades eram evidentes, e foram tornando-se importantes demais para serem ignoradas. Por isso abandonei este caminho. É assim que se forma opinião: buscando, estudando, - e também, muito importante, quando se trata de religião, pedindo o auxílio divino, - e procurando conhecer a verdade dos fatos, analisando todos os lados e opiniões disponíveis.

Parece que para alguns é difícil entender que quando um cristão minimamente preparado demonstra os erros de quaisquer outras religiões, seitas ou filosofias, - numa página como esta, que é dedicada principalmente a leitores cristãos, - o que ele está fazendo é imitar o exemplo de Cristo. Sim, este mesmo Cristo que não chamou os fariseus hipócritas de "bonitinhos", mas sim de... Hipócritas! Falar a verdade é simples assim. Jesus chamou aqueles que deturpavam a Palavra de Deus de "hipócritas", "raça de víboras", "sepulturas podres por dentro" e outras coisas desse tipo. Expulsou os vendilhões do Templo abaixo de chibatadas!

Jesus nunca foi "politicamente correto" e nem estava preocupado com "a união de todas as religiões". Sabe por quê? Porque a Verdade não compactua com a mentira, ainda que seja uma mentira bonita, agradável, que leve consolação aos desesperados... A Verdade sempre será a verdade, e a mentira continuará sendo mentira, por mais que se tenha boa vontade para com ela, e por mais que seja enfeitada com palavras bonitas e atos piedosos.

Enquanto uma doutrina pregar a "reencarnação" e a "evolução do espírito"(sic), negando a Divindade de Jesus Cristo, - entre outras coisas, - jamais será compatível com o cristianismo pregado pelo próprio Jesus Cristo. Podemos (e devemos) coexistir e conviver com respeito mútuo, em paz, mas a "união" é impossível. Se eu aceito a validade do espiritismo enquanto doutrina, já deixei de ser cristão.

Agradecemos por sua mensagem e desejamos do fundo do coração que o senhor alcance a Luz da Verdade.

Henrique Sebastião
Apostolado Voz da Igreja
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6 comentários:

  1. PARECE-ME QUE A DITADURA DO RELATIVISMO ESTÁ SE IMPONDO EM GERAL...
    A doutrina espírita é totalmente oposta à Igreja católica , à doutrina de Cristo; já conversei com espíritas, cada qual tem uma avaliação pessoal que seja sua doutrina; assemelham-se às dezenas de milhares de seitas protestantes: cada um decide acerca de deve ser ou não texto bíblico a criterio ou interesse.
    A doutrina espírita é a mesma coisa que aplica a essas: são a DITADURA DO RELATIVISMO NA PRÁTICA, AO VIVO; aliás, a pretensão de reunirem-se todas as religiões são ideias da NOVA ERA-NWO e de outros movimentos ocultistas, como a maçonaria, os esoteristas e espíritas em suas varias vertentes, os quais todos sem exceção desembocam no satanismo, por admitirem junto a si forças, entidades do além que se manifestam junto a si, forças auxiliares.
    Isso sem nem entrar em detalhes sobre a absurda reencarnação de espírito.
    A teoria, prática e consequencias da graça de Deus, seu especial dom , difere totalmente do conceito espiritista de boas obras, também;
    reencarnação para nós é uma aberração total, por desmerecer o Sacrificio único e definitivo de uma vez por todas de Cristo na cruz.

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  2. " As obras são conseqüência da Fé. " A doutrina tradicional da Igreja não entende que as obras são conseqüências naturais da fé. Os demônios sabem que há um Deus e não obedecem. Jesus afirmou que muitos o chamariam de Senhor mas mesmo assim praticariam a iniquidade. As obras são A EXIGÊNCIA DA FÉ, OU SEJA, QUEM CRER DEVE OBEDECER mas isto não significa que ao crer obedecerá. O Evangelista João afirma que muitos judeus creram em Jesus mas não confessaram por medo dos judeus. Isto mostra que nem sempre o crer vem acompanhada do obedecer ,mas a obediência sempre vem fundamentada na fé pois sem fé não se pode obedecer. A forma com apresenta as obras é pura teologia protestante renegada pela Igreja desde do concilio de Trento e anteriores. A justificação ou entrada primeira na Graça é que não depende de nossas obras anteriores porque estavam mortas pelo pecado. Mas a nossa salvação pessoa depende sim ,das boas obras porque seremos recompensados pelas boas obras. Se as obras fossem a conseqüência natural da fé bastaria crer como dizem os protestantes e não obedecer.

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  3. Parabéns pelo post. Claro, Sincero... Inteligente!

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  4. Quero deixar aqui um comentário sobre a "conversão" de Alex Jones ao catolicismo, pois no relato não há espaço. Ou melhor... a própria bíblia vai comentar: " Que pregues a palavra (palavra, ou seja a bíblia) instes a tempo e fora de tempo... Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; (sã doutrina, ou seja a bíblia) mas tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando as fábulas." 2Tm 4.2-4.

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    1. A postagem permite comentários sim, Hélio. Em todo caso, deixe-me explicar-lhe uma coisa, por aqui mesmo: pegue a sua Bíblia agora, abra no primeiro capítulo do Evangelho segundo João e veja o que está escrito lá sobre a "Palavra de Deus", muito claramente.

      ...

      Já viu? Sim, é isso mesmo: O Verbo ou a Palavra de Deus, por excelência, é Jesus Cristo. A Sagrada Escritura, por ter sido inspirada pelo Espírito Santo, também é considerada Palavra de Deus, mas não no sentido literal e absoluto que vocês, protestantes, querem lhe atribuir.

      Veja, é importantíssimo você entender uma coisa muito óbvia: quando 2Tm, que você está citando, foi escrita, a Bíblia que você tem hoje simplesmente não existia ainda! A Bíblia Cristã, como a conhecemos, composta do Antigo e do Novo Testamento, só foi canonizada pela Igreja Católica após o século IV.

      Portanto, quando o Apóstolo Paulo fala em "pregar a Palavra", e quando fala em "Sã Doutrina", ele não está falando da Bíblia, de modo algum, porque ela nem sequer existia.

      Ele está se referindo diretamente à Tradição dos Apóstolos, como o próprio Apóstolo Paulo declara categoricamente em outras partes da mesma Bíblia:

      "Então, irmãos, estai firmes e guardai a Tradição que vos foi ensinada, seja por palavras, seja por epístola nossa." (2Ts 2,15)

      Aí está o Apóstolo Paulo declarando, objetivamente, que devemos guardar não somente o que está escrito (as epístolas dos Apóstolos formam a maior parte do Novo Testamento da Bíblia), mas também a Tradição Apostólica.

      Em 2Ts 3,6, vemos:

      "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a Tradição que de nós recebeu."

      Apartai-vos de todo irmão que não anda segundo a Tradição da Igreja!

      Como que prevendo o que aconteceria, ainda na Bíblia, o Apóstolo Pedro advertiu:

      “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal.” (2 Pedro 1,20)

      E se não são de interpretação particular, a quem cabe a interpretação das Escrituras? Como eu sei que você aceita somente o que está escrito literalmente na Bíblia, vejamos o que o Livro Sagrado tem a dizer sobre isso:

      "Escrevo para que saibas como comportar-te na Igreja, que é a Casa do Deus Vivo, a coluna e o fundamento da Verdade." (1Tm 3,15)

      Aí está escrito explicitamente que a Bíblia (NT) estava sendo escrita para que os cristãos soubessem como se portar na Igreja, que é, ela sim, a coluna e o fundamento (outras traduções dizem firmeza e sustentáculo) da Verdade! Do que mais você precisa para fazer como o Alex Jones?

      Foi exatamente isso que o ex-pastor Alex Jones percebeu, juntamente com toda a sua comunidade "evangélica", e assim, para a sua salvação, retornou à primeira Igreja de Jesus Cristo, a única que vem diretamente do tempo dos Apóstolos.

      Nossas bençãos e um abraço fraterno

      Apostolado Voz da Igreja

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  5. Há mais de 2.000 mil anos Cristo e sua Santa Igreja vem sendo caluniada e difamada, e são inimigos poderosos.Mas Cristo disse que as portas do inferno não prevaleceriam e não tem jeito satanás pode tentar e tentar mas Roma vai esmagar sua cabeça com seus pés!!
    In Corde Jesu, semper!!!

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