Em Roma, o Pão Consagrado transforma-se em Carne e Sangue

Este grandioso milagre, cuja relíquia está guardada até os dias de hoje em Andechs, Alemanha, é confirmado por numerosos documentos. Aconteceu em Roma no ano 595, durante uma Celebração Eucarística presidida pelo Papa São Gregório Magno. Uma nobre dama romana, assaltada pela dúvida sobre a Presença real do Senhor no pão consagrado, deu uma gargalhada no momento em que ia receber a Comunhão. O Pontífice, perturbado, não permitiu que ela comungasse e nesse mesmo instante as espécies se transformaram em Carne e Sangue.


Entre as obras mais importantes que mencionam este milagre, está a Vita beati Gregorii Papae(787) de autoria do Diácono Paulo. Era costume naquele tempo que o pão utilizado para a Celebração Eucarística fosse preparado pelos próprios fiéis. O Papa São Gregório Magno foi testemunha direta do milagre. Quando o Papa celebrava a Missa dominical na antiga igreja dedicada a São Pedro, no momento de dar a Comunhão, viu que uma das senhoras que havia preparado o pão estava na fila dando gargalhadas. O Pontífice, perplexo, repreendeu-a duramente e perguntou porque ela se comportava daquele jeito. Ela se justificou dizendo que não conseguia acreditar que naquele pão que ela mesma tinha preparado estivesse o Corpo de Cristo. São Gregório, então, não permitiu que a mulher comungasse e implorou a Deus que a iluminasse.

Assim que o Papa terminou de rezar, o pedaço do pão que a mulher preparou, então consagrado, tinha se transformado em Carne e Sangue. A mulher, arrependida, se ajoelhou e começou a chorar. Ainda hoje, uma parte da Relíquia está guardada em Andechs, Alemanha, no Mosteiro Beneditino local.

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Fonte:
NASINI, Gino. O Milagre e os Milagres Eucarísticos. São Paulo: Loyola / Palavra & Prece, 2011, pp. 28-29.

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2 comentários:

  1. josediasdelima@gmail.com23 de abril de 2013 às 07:30

    Este tema dos Milagres Eucaristicos Como Bolsena, Lanciano, Buenos Aires etc... causam-me uma certa confusão porque seria admitir que Jesus Cristo retomaria uma condição humana anterior à ressurreição e que, portanto, voltaria a estar sujeito ao sacrificio cruendo da Cruz, que já aconteceu uma só vez, sendo cada celebração eucarística a celebração incruenda desse sacrifício único, segundo a doutrina Paulina e o sentir da Igreja , que eu amo e à qual me submeto, como Cristão, como sacerdote e, sobretudo como Frade Franciscano. na minha tese de licenciatura, na universidade católica Portuguesa, Lisboa, sob o título "Transubstanciação Eucarística" onde defendo que a linguagem da transubstanciação é inadequada para falar da presença real, verdadeira e substancial de Cristo nas espécies consagradas, também questionei sobre este tema dos milagres eucarísticos, manifestando muitas reservas. Hoje, e porque a Deus nada é impossível, apenas peço a jesus Cristo que mantenha firme a minha fé, porque creio, mais de vinte anos depois dessa tese de mais de duzentas páginas, que quanto mais quisermos descobrir o mistério com os sentidos, como condição para acreditar, mais pesada se torna a sensura de Jesus a Tomé: "felizes os que acreditam sem terem visto". Agora, se acredito nestes milagres eucarísticos? Se a ciência é confrontada com esta realidade e não o nega, quem sou eu para questionar o surpreendentemente evidente, inexplicável mas real, visível e palpável ao bisturi da própria ciência. Padre Frei José Dias de Lima OFM

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    1. Revmo. Pe. Frei José Dias de Lima,

      Com muito respeito, digo que me entristece ver um sacerdote com dificuldades diante destes grandiosos Milagres. Como católico fiel, entristece-me ainda mais que um padre produza uma tese que contrarie a doutrina da Transubstanciação, tal como ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo e como foi desde sempre crida pela Igreja: "Por ter Cristo, nosso Redentor, dito que Aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o santo Concílio (de Trento) declara novamente: pela Consagração do Pão e do Vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na Substância do Corpo de Cristo Nosso Senhor e de toda a substância do vinho na Substância do seu Sangue; esta Mudança, a Igreja católica denominou-a com acerto e exatidão Transubstanciação". (CIC §1376)

      De minha parte, não vejo nenhuma aparente contradição entre o fato de a Santa Missa ser Sacrifício Incruento e os Milagres Eucarísticos, pois a Santa Missa é também a Renovação do Sacrifício do Calvário, pela nossa salvação, como diz São Paulo Apóstolo: "Todas as vezes que comerdes deste Pão e beberdes deste Cálice, anunciareis a Morte do Senhor, até que Ele venha" (I Cor 11, 26).

      A Igreja sempre definiu a Missa como a renovação do Sacrifício do Senhor. Na Missa, Cristo morre misticamente. O novo Missal Romano de João Paulo II declara: "A doutrina sacrifical da Missa, solenemente afirmada pelo Concílio de Trento, de acordo com toda a Tradição da Igreja, foi professada de novo pelo Concílio Vaticano II, que emitiu, a respeito da Missa, estas palavras significativas: 'Nosso Salvador, na última Ceia (...) instituiu o Sacrifício Eucarístico de seu Corpo e de seu Sangue para perpetuar o Sacrifício da Cruz ao longo dos séculos, até que ele venha e, além disso, para confiar à Igreja, sua esposa bem amada, o memorial de sua Morte e Ressurreição."

      "A regra de oração (Lex Orandi) da Igreja corresponde à sua constante regra de Fé (Lex Credendi); esta nos adverte que, salvo a maneira de oferecer que é diferente, há identidade entre o Sacrifício da Cruz e sua Renovação Sacramental na Missa que Cristo Senhor instituiu na última ceia, e que ele ordenou a seus Apóstolos de fazer em sua memória; e que, por conseqüência, a Missa é sempre conjuntamente um Sacrifício de louvor, de ação de graças, de propiciação e de satisfação."
      (Apresentação Geral do Missal Romano de João Paulo II nº 2).

      Deixando muito claro que não estou aqui pretendendo doutrinar ou ensinar absolutamente nada ao Revmo. Sacerdote, mas apenas compartilhando pontos de vista, conforme me foram apresentados.

      Pedindo sua benção sacerdotal,

      Henrique Sebastião
      Apostolado Voz da Igreja

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