O que é evangelizar?


Evangelizar é anunciar o Evangelho a todas as pessoas. Esse anúncio do Evangelho precisa ter como base, centro e auge do seu dinamismo, sempre, a proclamação clara de quem é Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, morto e ressuscitado pela nossa salvação, e de como a salvação é oferecida a todos, como Dom da Graça e da Misericórdia de Deus.

São muitos os meios pelos quais podemos evangelizar. O primeiro é a pregação do Evangelho, isto é, falar de Jesus e da sua Igreja a todos os homens e mulheres, crianças, jovens ou idosos, pois, como diz São Paulo: "Como haverão de crer naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar dele, se não houver quem pregue?... A fé, portanto, vem da pregação, e a pregação é feita por ordem de Cristo" (cf. Rm 10,14.17).

Sim; quem ouve o Evangelho é levado a acreditar, mas o Senhor não pode ser anunciado de qualquer maneira: devemos ter grande zelo com a pregação. Quem prega torna-se amigo de Quem o enviou, e anuncia em nome dEle. Deve manter-se fiel à Palavra que anuncia e não deve jamais usá-la para satisfazer os seus interesses próprios, muitas vezes egoístas e mesquinhos, levando quem ouve a sentir-se oprimido, distorcendo a imagem de Deus.

Um jeito muito eficaz de evangelizar é a Liturgia da Palavra, na chamada homilia, que é um instrumento de grande valor. Inserida na Celebração Eucarística, da qual recebe força e vigor, essa pregação tem certamente um papel especial na Evangelização, na medida em que exprime a fé profunda do sacerdote, bem como o amor e o zelo que ele tem para com a Palavra que anuncia.

Mas a Celebração Eucarística não é o único momento apropriado para a homilia: a palavra homilia, de origem grega, significa “conversa familiar”; é uma conversa santa, no caso, e direcionada ao esclarecimento das questões da fé. Logo, a homilia deve ser realizada sempre que for possível.

Um outro meio imprescindível de evangelização é a Catequese, que proporciona o ensino religioso sistemático, extremamente necessário para a boa formação do povo cristão, pois é a iniciação nas verdades da fé. Seu conteúdo deve ser vivo, centrado na Verdade de Deus, e a Igreja deve procurar exprimi-la de maneira cada vez mais rica, utilizando-se de métodos adaptados à idade, cultura e capacidade de quem a recebe, procurando sempre fazer fixar na memória e no coração aquelas verdades essenciais que deverão acompanhar a pessoa por toda a sua vida. Importa, sobretudo, motivar e preparar bons catequistas, que se dediquem com amor e persistência a essa tão importante e sagrada missão.

Os meios de comunicação social também devem ser considerados como uma via de grande valor para evangelizar, em especial as novas mídias que repercutem tão intensamente entre os jovens e ganha mais espaço e importância a cada dia. Assim como a internet, também a TV, o rádio, jornais, revistas (como a 'Voz da Igreja'), e todos os demais meios de comunicação podem, se bem utilizados, tornarem-se valiosos instrumentos de anúncio do Evangelho, alcançando grandes quantidades de pessoas, indo rapidamente aos mais distantes lugares. Servindo-se deles, a Igreja "apregoa sobre os telhados" a Mensagem do Reino de Deus, da qual é fiel depositária, como pediu Jesus (cf. Mt 10,27).

Talvez a maneira mais importante de evangelizar, porém, seja o testemunho de vida de cada cristão católico que demonstra a sua entrega a Deus numa Comunhão plena: muitos dos nossos irmãos, que não conhecem ou que não se importam com a vida espiritual, poderão ser conquistados pelo exemplo de Amor a Deus e ao próximo daqueles que vivem na fidelidade aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E talvez nada seja mais útil para evangelizar do que o contato pessoa a pessoa. O que é melhor do que poder comunicar a fé a alguém diretamente, através do seu exemplo de vida e de um "papo amigo", uma conversa franca, onde possa olhar diretamente nos olhos do seu próximo e transmitir-lhe a experiência mais profunda da sua fé, o seu testemunho de vida? Jesus exerceu este modo de evangelizar em diversas oportunidades: com Nicodemos (Jo 3, 1-21), com a samaritana (Jo 4, 7-30), com Zaqueu (Lc 19, 1-10)... E você, aproveita as oportunidades que surgem para fazer o mesmo?

A Evangelização exprime toda a sua riqueza quando, comunicando o Amor de Deus ao homem, leva-o a tomar parte do Corpo de Cristo e a vivenciar de maneira dinâmica os Sacramentos.

Como se vê, são muitas maneiras de evangelizar aqueles que ainda não conhecem Jesus e sua Igreja, e talvez principalmente aqueles que já a conhecem, mas não a vivem. A nós, batizados, cabe a maravilhosa e vital missão de levar as pessoas ao conhecimento da Verdade, na certeza de que o grande Protagonista da evangelização, o Espírito Santo, com a sua ação discreta, haverá de ajudar a discernir o modo mais prático e eficaz de fazê-lo.

Sem dúvida existem muitas outras belas e eficientes maneiras de evangelizar: visitar as pessoas em suas casas, principalmente quando sofrem ou enfrentam problemas difíceis e precisam de apoio emocional e espiritual; visitar os doentes nos hospitais, os idosos nas casas de repouso, os presos, os órfãos... Todos estes caminhos estão abertos para que você faça a sua parte ma grande missão que Jesus confiou à sua Igreja, que é sua família neste mundo. Um dia, diante dele, você não poderá alegar que não teve oportunidades para fazer o bem. E o Senhor poderá lhe dizer: "Tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: 'Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes'." (Mt 25,35-40).

Que o Pai do Céu nos impulsione com a Força de seu Espírito, para que nos tornemos verdadeiros instrumentos do seu Amor, a fim de que muitos o experimentem. Amém!

** Adaptado do artigo “O que é evangelizar”, de Geraldo Magela (site da Paróquia da Sagrada Face do Jardim Aricanduva), em http://www.paroquiasagradaface.org.br. Acesso 05/mai/013
vozdaigreja.blogspot.com

3 comentários:

  1. José Osivan Barbosa de Lima16 de maio de 2013 às 22:47

    Gostei demais desse post. Ele realmente é maravilhoso. Parabéns. Agora todos nós devemos evangelizar. Devemos colocar os nossos talentos a serviço do Reino de Deus.

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  2. Henrique, boa noite! Abaixo segue um "evangelho" segundo Barnabé... Soube de algo? O que teria a dizer sobre isso?

    http://www.xonei.com/biblia-com-mais-de-1500-anos-e-descoberta-e-preocupa-vaticano/

    Deus abençoe e Maria te guarde!

    Att.

    Gabriel

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  3. Olá, Henrique! José Antônio.

    Se tratando em evangelizar, gostaria que publicasse algum artigo sobre comercialização de bebidas alcoólicas em nossas comunidades. Apelo por esse tema, apesar de não merecer nenhum crédito, porque neste período de festas "quermesses" as coisas se complicam. Trabalhamos duramente em nosso movimento (T.L.C) para que possamos anunciar nosso Deus Maravilhoso e libertador, porém quando a pessoa conhece as entranhas da Santa Igreja, o comodismo e a limitação barram seu caminhar. Vivemos em nossas comunidades como vivemos em qualquer lugar. Para sermos felizes precisamos ser estimulados.
    Não consigo entender, catequizamos nossas crianças e jovens que devemos fazemos jejum minutos antes de receber a Santa Comunhão e quando acaba a celebração, não passam 15 minutos precisamos nos aquecer com o vinho quente, quentão ou nos esfriar com a cerveja, chopp, etc em nossas festas. Porque não sentir Cristo e confraternizar com Ele em nosso Corpo, que é Templo vivo do Espírito? Existe algo melhor? Infelizmente as coisas mundanas tomam conta em nossas festas. Observemos as canções também...
    Vejo que a sociedade clama por mudança. Venhamos as proibições. Nossos irmãos se justificam em João 2 (Bodas de Canaã) e param no versículo 13 e não seguem lendo o capítulo até o fim, quando Ele entra no templo. Isso é muito triste. http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-joao/2/#.UZvUK6I3sxs
    Enfim, queremos o Céu, mas não queremos viver o Céu agora. não gosto do termo utilizado nas divulgações de nossas confraternizações: Parte Religiosa e Parte Social. Não devemos ser Igreja em todos os lugares? Por que a separação? Penso que não deveríamos caminhar assim e sinto indignação em ver tantas pessoas boas que não conseguem se libertar deste mal.
    Tenho um conceito sobre o tema, mas gostaria de me aprofundar.
    Agradeceria muito se compartilhar algo.
    Paz e Bem irmão!

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