Uma leitora identificada com o nome "Kelly" deixou-nos, no post "Quem foi Chico Xavier?", a extensa mensagem que reproduzimos abaixo (resumida):
Se ele mentiu ou não mentiu quanto a ver espíritos, falar sobre vida após a morte, com certeza ele errou, mas o que dizer das milhares de pessoas que ele ajudou alimentando sem questionar e até rezando por elas?! sera que dar alimento a alguém é errado? Será que rezar por alguém é errado ? ... com certeza não. Agora vamos comparar, se um homem rouba 500 reais de uma empresa e dá o dinheiro inteiro roubado para uma família de 6 pessoas que estava passando fome ele fez o bem????? Acredito que o bem feito a família é indiscutível, porem a procedência é errada e ele irá "pagar" por isso, assim também como receberá "graças" por ter ajudado alguém...
A verdade é que nós preferimos olhar o lado mal dos outros ao invés de olhar o lado bom... assim mascaramos nossos defeitos e nossa falta de coragem de fazer o que devemos fazer... Devíamos nos preocupar muito mais em fazer o bem, fazer caridade ao invés de perder o tempo falando mal dos outros, afinal se ele errou ou se outros estão errando (em acreditar em espíritos, vida apos a morte e reencarnação), ninguém tem o direito de julgar... agora porque não falemos de todo o bem que ele fez ??? Com certeza não agrada a Deus o mal que dirigimos a alguém em forma de palavras ou pensamentos... ao invés de falar mal, rezemos por ele, porque se errou, que Deus tenha piedade dele, e se não errou que tenha piedade de outros que o criticam..."
- Nossa resposta
Querida Kelly...
Antes de tudo, queria lhe dizer que o seu comentário me fez lembrar do testemunho de uma amiga minha. Ela também se dizia católica, ia à igreja, era amiga do padre... Mas, - segundo palavras dela própria, - nunca tinha compreendido o que significa ser católica de verdade, até viver uma experiência pessoal realmente profunda, que a fez enxergar as coisas como são. A partir daí, procurou conhecer melhor a sua fé e a verdadeira doutrina da Igreja Católica. Suas convicções, assim como a sua vida, mudaram. Não vou entrar em detalhes aqui, porque se trata do testemunho de uma outra pessoa, mas uma vez ela comentou comigo: "Eu era o tipo de pessoa que ficava impassível quando alguém criticava a Igreja na minha frente, quando alguém ridicularizava a fé dos católicos, quando falava mal do Papa... Às vezes até ajudava nas críticas. Mas ficava indignada, por exemplo, se visse um católico dizendo alguma simples verdade sobre o Chico Xavier... Agora que entendo melhor as coisas, sinto raiva de mim mesma por ter sido tão tola".
Você se diz envergonhada, Kelly, por causa da nossa postagem. Com todo o respeito, eu tenho que dizer que envergonhado fiquei eu, ao ler um comentário como esse escrito por uma pessoa que se declara “católica”. Senti vergonha alheia. Mais do que envergonhado, porém, fiquei triste. Já temos muitos (e quantos!) adversários declarados da Igreja, difundindo calúnias, propagando mentiras, confundindo as mentes, dizendo bobagens por aí...
A TV não divulga, mas nesta última Jornada Mundial da Juventude, grupos de jovens católicos absolutamente pacíficos sofreram ataques e alguns até escaparam de um verdadeiro linchamento da parte de grupos de “vadias” e homossexuais, que os ameaçaram aos berros e grossos palavrões. Seu único gesto considerado "ofensivo", assim como sua única defesa, foi rezar pelos agressores. Sim, temos muitos inimigos, conforme profetizou Nosso Senhor: “Sereis odiados de todos por causa do meu Nome” (Lc 21,17). E muitos desses anticatólicos costumam postar grandes comentários neste blog, repletos de ira e incoerência; quem acompanha o meu trabalho sabe bem do que estou falando. Cada uma dessas mensagens traz sempre muitos ataques numa só "tacada". São verdadeiras "metralhadoras giratórias" de má vontade e preconceito... E a cada vez eu tento responder ponto a ponto, tópico por tópico... Porque atacar é fácil, esclarecer é difícil: é preciso organizar as ideias, fundamentar os argumentos, provar o que se afirma.
Esse tipo de comentário é normal vindo de gente que foi ensinada a odiar a Igreja. Quando vem de alguém que se declara "católica", porém, eu lamento muito mais. Dói na alma. Mas ser cristão é saber levantar-se novamente depois de cada queda, recolher armas e prosseguir no bom combate. Com muito amor e carinho, vou responder também à sua mensagem, na esperança de ajudá-la a compreender algumas coisas que, - no seu caso, - deveriam ser óbvias. Que Deus me ajude a não ser injusto, e a ser fiel testemunha da verdade. Vamos lá:
Kelly disse: “Confesso que me senti um pouco envergonhada quando li esse texto, principalmente os comentários que denigrem a imagem do Chico Xavier.”
Por que você acha que estamos “denegrindo” a imagem de alguém? O que você entende por “denegrir”? Querida Kelly, vou lhe contar um fato de minha vida íntima: antes de eu me casar, isto é, antes de me tornar católico e contrair o Sacramento do Matrimônio, eu tive um relacionamento longo e vivi com uma outra mulher, que não a minha esposa. Isto é um fato. Logo, se alguém disser que antes de me casar eu tive um outro relacionamento, que vivi com uma outra mulher, isso não é "denegrir" a minha imagem. É simplesmente a verdade, e eu não tenho porque me ofender.
Denegrir é ofender alguém com palavras caluniosas. Uma calúnia é uma mentira inventada para prejudicar alguém, para abalar a reputação de uma pessoa. Então, eu vou repetir novamente o que já disse muitas vezes na postagem que você está comentando: tudo o que fizemos em nosso artigo foi apresentar fatos, conhecidos e já publicados anteriormente, e fizemos isso citando as devidas fontes, dando nomes, datas e referências, a respeito da vida de Francisco Cândico Xavier. Isto não tem absolutamente nada a ver com denegrir, nem com caluniar, atacar ou ofender, simplesmente porque é tudo verdade. Não estamos usando termos ofensivos, não estamos agredindo gratuitamente, não estamos inventando nada. Consegue compreender isso?
E então, você provavelmente perguntará: por qual motivo publicamos aquele artigo? Respondo: porque os meios de comunicação em geral criaram um mito, e esse mito assumiu gigantescas proporções nas mentes de muitos brasileiros (parece que você se inclui entre eles). O problema é que esse mito, esse personagem fictício e fabricado, essa ideia que tanta gente comprou, trabalha contra tudo o que representa a fé da Igreja Católica desde sempre. Por essa razão, o nosso dever enquanto cristãos é apresentar a verdade àqueles que querem conhecê-la, com isenção e seriedade. Só isso.
Não estamos aqui dizendo nada contra os espíritas. Não estamos criticando a opção religiosa de ninguém. Não podemos e nem queremos convencer a quem quer que seja. Não temos a pretensão de trazer ninguém para a Igreja, a não ser que sua razão e sua fé concordem com isso. Queremos apenas apresentar a verdade sobre o assunto em questão, nada mais.
Assim, o que o nosso artigo tenta fazer é demonstrar que uma coisa é o mito, essa imagem absolutamente falsa que entrou em tantas mentes a respeito de Chico Xavier. Outra coisa, completamente diferente, é o personagem histórico, é a pessoa real, o Chico Xavier que realmente existiu. Por conta do mito, hoje, uma infinidade de brasileiros entende que pode ser católico e ao mesmo tempo acreditar na doutrina defendida por Chico Xavier. Este é um grande mal, porque são caminhos não só diferentes, como opostos.
Ora, se alguém crê que Jesus Cristo é Deus e Salvador, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6), então não pode aceitar, ao mesmo tempo, a doutrina espírita, que nega a divindade de Jesus, e nega que seja Ele a nossa salvação. No "evangelho segundo o espiritismo" está escrito: "Eu sou o caminho da verdade e da vida". Com essa mudança sutil, trocando o "a" pelo "da", dizem que não é o Senhor a Verdade, que não é Ele mesmo a Vida, pois para eles a salvação está na "evolução do espírito", através de uma imensa sucessão de "reencarnações"... Por isso é tão importante esclarecer as mentes, e isso é tudo o que almejamos: o esclarecimento.
Agora, se você acredita que o Chico Xavier é um "espírito evoluído" que passou por este mundo só para fazer o bem, logo você também crê na doutrina que ele pregava. Pois, se a doutrina que ele defendia é uma mentira, um caminho falso que desvia as almas da Verdade e da via da salvação, então não se pode dizer que ele tenha vindo fazer o bem! Ora, se existe uma verdade, e aparece alguém desviando as pessoas dessa verdade, apontando um outro caminho diferente, esse alguém não pode estar fazendo o bem para ninguém, mesmo que assim pareça!
Nem todo o mal é declarado, assumido. Nem todo mal se parece com mal; nem todo mal se reconhece pela aparência. Ao contrário, o truque favorito do maligno é disfarçar-se de bem, de coisa boa. Por isso é que Jesus Cristo advertiu-nos contra os lobos, que vêm a nós “vestidos de cordeiros mas por dentro são lobos devoradores" (Mt 7,15). Se o mal fosse sempre aparente, se fosse sempre fácil de identificar, ninguém nunca cairia no erro. Afinal, ninguém caminha para a perdição porque quer.
Então, se alguém escolhe ser espírita, que vá em frente, mas o seja com honestidade. Que analise suas crenças, que procure instruir-se, que seja sincero na sua busca. Cada ser humano é livre para fazer o que bem entender de sua própria vida e crer no que quiser. Mas saiba que a doutrina de Chico Xavier renega tudo aquilo em que nós, cristãos, cremos; vai contra tudo o que Jesus Cristo proclamou no Evangelho. Se alguém crê que Chico Xavier foi um ser angelical, que pairava acima de toda maldade humana e que inquestionavelmente possuía capacidades “mediúnicas” especiais, esse alguém tem o direito de saber que existe todo um outro lado dessa história, o qual a mídia não aborda. Que saiba que existem inúmeros fatos que contestam essa visão romântica, mítica e idealizada. Para facilitar o raciocínio, resumi abaixo todo o conteúdo da postagem que a deixou tão indignada, Kelly, num só parágrafo:
Quem quiser realmente conhecer o verdadeiro Chico Xavier, além de assistir filmes e ler livros que fazem a sua apologia, saiba que:
1. Foi provado que ele usou truques de mágica em "shows de mediunidade" no começo de sua carreira. 2. Seu próprio sobrinho declarou ao jornal "O Diário de Minas" que suas psicografias eram farsas. 3. O repórter José Hamilton Ribeiro investigou as sessões de psicografia de Chico e denunciou que ali aconteciam truques, e até obteve aconselhamento dos “espíritos de luz” para um personagem fictício, inventado por ele. 4. Especialistas em estilística literária encontraram plágio de diversos autores em muitos livros de Chico Xavier. 5. É provado pela pesquisa histórica que “Públio Lentulus”, que Chico descreve como "procurador da Judeia do tempo de Jesus", e afirmou ser seu orientador espiritual, nunca existiu. 6. O polêmico Pe. Oscar G. Quevedo, em palestra pública, tentou conversar em latim com "Públio Lentulus”, supostamente incorporado em Chico Xavier, mas este simplesmente fugiu das perguntas, demonstrando que não entendia o que estava sendo dito e, visivelmente perturbado, retirou-se. 7. Apesar de muitos pensarem que Chico Xavier dizia detalhes sobre falecidos, que não tinha como saber, ele usava vários recursos para obter esses dados, sem ajuda de espíritos. 8. A teoria de que Chico Xavier, não tendo estudo, não teria como escrever livros, é totalmente falsa, pois ele era autodidata, estudava muito por conta própria, lia muitíssimo e até montou biblioteca particular. 9. O espiritismo se declarar uma “ciência”, mas Chico Xavier sempre se recusou a permitir que cientistas estudassem seus alegados poderes. 10. Otília Diogo, charlatã que se cobria com lençóis para se passar pelo espírito "Ir. Josefa" nos shows de mediunidade de Chico Xavier e Waldo Vieira, enquadrada e presa anos depois, confessou as farsas da dupla. Fim.
Aí está. Onde é que você vê tanto "falar mal" de alguém na simples relação de informações acima? Mas se alguém, mesmo informado de todos esses fatos, decide continuar acreditando em Chico Xavier como um grande "espírito de luz" que só fez o bem, que seja. A liberdade religiosa é um direito de cada um, no qual cremos e pelo qual também lutamos.
Kelly disse: "Não acredito que ele seja santo, nem ídolo, muito menos farsante ou charlatão...”
Querida Kelly, aquilo em que eu ou você “acreditamos” não tem a menor importância, diante da realidade dos fatos. Consegue entender isso? É irrelevante se eu acredito ou não que o Brasil é um país da América do Sul. É irrelevante se eu acredito ou não que Dilma Rousseff é a atual presidente do Brasil. Mesmo que eu não acredite nesses fatos, eles continuam sendo... fatos.
Kelly disse: “...pois todas essas características citadas, sejam falando mal ou bem, são as percepções das pessoas, as percepções do que temos por dentro, pois vemos o mal se temos o mal em nosso coração..."
Minha irmãzinha, aí há um grande, tremendo absurdo! Se a percepção que uma pessoa tem de outra dependesse do que ela tem em seu próprio coração, então o próprio Jesus Cristo seria mau! Sim, dizer isso é o mesmo que dizer que Jesus é hipócrita, uma serpente, cego para as coisas de Deus. Não, eu não estou afirmando essas coisas, mas você está! Pois foi assim que Jesus viu e classificou os fariseus e doutores da lei, em diversas situações. Chamou-os de hipócritas, cegos, raça de víboras, sepulcros podres por dentro, etc (Mt 12, 34; 23, 13-15; 23,27 e outros).
João Batista, que o Senhor declarou ser o maior de todos os profetas, também apontava os pecados no povo. Chamou os fariseus e saduceus de "raça de víboras" (Mt 3,7).
Agora, se a sua filosofia estivesse correta, Jesus e João jamais poderiam apontar os erros de outras pessoas; seria de se esperar que eles só vissem coisas boas em todos, já que só vê o mal quem tem o mal em seu coração...
Não, não é assim. Deus nos dá o discernimento para escolher entre o bem e o mal, para escolher entre o Caminho da Verdade e da Vida ou um caminho de morte. Eu não preciso ser mau para ser capaz de reconhecer o mal, mesmo que ele se apresente sob a aparência de bem, de humildade, de caridade...
Kelly disse: “Se ele mentiu ou não mentiu quanto a ver espíritos, falar sobre vida após a morte, com certeza ele errou, mas o que dizer das milhares de pessoas que ele ajudou alimentando sem questionar e até rezando por elas?! sera que dar alimento a alguém é errado? Será que rezar por alguém é errado ? ... com certeza não. Agora vamos comparar, se um homem rouba 500 reais de uma empresa e dá o dinheiro inteiro roubado para uma família de 6 pessoas que estava passando fome ele fez o bem????? Acredito que o bem feito a família é indiscutível, porem a procedência é errada e ele irá "pagar" por isso, assim também como receberá "graças" por ter ajudado alguém...”
Kelly, por favor, mostre onde foi que dissemos que fazer caridade é errado. Nós não entramos no assunto das obras de caridade dos espíritas, até porque esse lado da vida do Chico Xavier é amplamente alardeado e divulgado em toda parte, com estrondosas trombetas! Praticamente toda publicação, todo programa de TV, todos os filmes nos cinemas, todos os documentários que se propõem a falar de Chico Xavier, etc, limitam-se a falar exclusivamente desse lado. Mas todo esse outro lado, que nós demonstramos e é bem real, raramente é apresentado ao público. Por isso mesmo, é ainda mais importante o esclarecimento.
E ali no final da sua frase, novamente você diz: “Acredito que...”, e novamente eu respondo que o que nós acreditamos não importa, quando se trata da verdade. Cada ser humano que caminha sobre a Terra tem as suas próprias crenças e convicções: uns acreditam numas coisas, outros em outras... Mas o Evangelho de Jesus é bem definido, e Ele deixou esse Evangelho ao encargo da sua Igreja, que é nossa mãe e mestra. Padres, bispos e até o Papa podem errar, mas a doutrina da Igreja, enquanto Corpo Místico de Nosso Senhor, é sempre confiável. Esta é a fé católica, que todo católico deveria conhecer.
Kelly disse: “A verdade é que nós preferimos olhar o lado mal dos outros ao invés de olhar o lado bom... assim mascaramos nossos defeitos e nossa falta de coragem de fazer o que devemos fazer... Devíamos nos preocupar muito mais em fazer o bem, fazer caridade ao invés de perder o tempo falando mal dos outros, afinal se ele errou ou se outros estão errando (em acreditar em espíritos, vida apos a morte e reencarnação), ninguém tem o direito de julgar... agora porque não falemos de todo o bem que ele fez ??? ”
Observe que aqui, para defender o Chico Xavier, você está julgando quem escreveu o artigo. Você não admite que “julguem” o ídolo, o grande mito, que no seu entendimento é imaculado e não pode ser questionado, mas você julga quem mostra os fatos comprometedores da vida dele!
Não, eu não estou “olhando o lado mau” de alguém. Estou cumprindo a minha obrigação enquanto cristão, teólogo e diretor deste apostolado, buscando esclarecer a verdade dos fatos a quem a procura. Sim, tenho muitíssimos defeitos. Sim, a minha coragem muitas vezes falha. Mas não é a minha vida que está em discussão aqui, e eu posso lhe garantir que existem muitos, mas muitos católicos anônimos que fazem muito mais caridade do que fez o Chico Xavier, sem contar uma infinidade de santos que fizeram muitíssimo mais do que ele fez, e não são incensados pela mídia como ele é, e nem tão devotamente defendidos por tanta gente. Até por alguns que se dizem católicos.
Kelly disse: “...Tenho amigos evangélicos de diversos tipos e espiritas, e não me sinto melhor que eles por ser católica...”
Também eu tenho amigos de diversas religiões e crenças, inclusive familiares, e jamais me senti “melhor” do que ninguém. Mas tenho a minha fé, os meus princípios e o meu Caminho bem definidos, que procuro seguir com fidelidade, sem misturar as coisas, sem achar que "é tudo igual", sem cair no sincretismo. Analisar fatos e informações, estudar a realidade a respeito de assuntos polêmicos, isso não quer dizer que eu esteja me colocando como superior a quem quer que seja.
** Rezamos por você, por sua vida, pelo seu discernimento. Deus a abençoe, ilumine, abra a sua compreensão e o seu entendimento para a Verdade. Maria Santíssima a acompanhe e auxilie, agora e sempre.
Querida Kelly...
Antes de tudo, queria lhe dizer que o seu comentário me fez lembrar do testemunho de uma amiga minha. Ela também se dizia católica, ia à igreja, era amiga do padre... Mas, - segundo palavras dela própria, - nunca tinha compreendido o que significa ser católica de verdade, até viver uma experiência pessoal realmente profunda, que a fez enxergar as coisas como são. A partir daí, procurou conhecer melhor a sua fé e a verdadeira doutrina da Igreja Católica. Suas convicções, assim como a sua vida, mudaram. Não vou entrar em detalhes aqui, porque se trata do testemunho de uma outra pessoa, mas uma vez ela comentou comigo: "Eu era o tipo de pessoa que ficava impassível quando alguém criticava a Igreja na minha frente, quando alguém ridicularizava a fé dos católicos, quando falava mal do Papa... Às vezes até ajudava nas críticas. Mas ficava indignada, por exemplo, se visse um católico dizendo alguma simples verdade sobre o Chico Xavier... Agora que entendo melhor as coisas, sinto raiva de mim mesma por ter sido tão tola".
Você se diz envergonhada, Kelly, por causa da nossa postagem. Com todo o respeito, eu tenho que dizer que envergonhado fiquei eu, ao ler um comentário como esse escrito por uma pessoa que se declara “católica”. Senti vergonha alheia. Mais do que envergonhado, porém, fiquei triste. Já temos muitos (e quantos!) adversários declarados da Igreja, difundindo calúnias, propagando mentiras, confundindo as mentes, dizendo bobagens por aí...
A TV não divulga, mas nesta última Jornada Mundial da Juventude, grupos de jovens católicos absolutamente pacíficos sofreram ataques e alguns até escaparam de um verdadeiro linchamento da parte de grupos de “vadias” e homossexuais, que os ameaçaram aos berros e grossos palavrões. Seu único gesto considerado "ofensivo", assim como sua única defesa, foi rezar pelos agressores. Sim, temos muitos inimigos, conforme profetizou Nosso Senhor: “Sereis odiados de todos por causa do meu Nome” (Lc 21,17). E muitos desses anticatólicos costumam postar grandes comentários neste blog, repletos de ira e incoerência; quem acompanha o meu trabalho sabe bem do que estou falando. Cada uma dessas mensagens traz sempre muitos ataques numa só "tacada". São verdadeiras "metralhadoras giratórias" de má vontade e preconceito... E a cada vez eu tento responder ponto a ponto, tópico por tópico... Porque atacar é fácil, esclarecer é difícil: é preciso organizar as ideias, fundamentar os argumentos, provar o que se afirma.
Esse tipo de comentário é normal vindo de gente que foi ensinada a odiar a Igreja. Quando vem de alguém que se declara "católica", porém, eu lamento muito mais. Dói na alma. Mas ser cristão é saber levantar-se novamente depois de cada queda, recolher armas e prosseguir no bom combate. Com muito amor e carinho, vou responder também à sua mensagem, na esperança de ajudá-la a compreender algumas coisas que, - no seu caso, - deveriam ser óbvias. Que Deus me ajude a não ser injusto, e a ser fiel testemunha da verdade. Vamos lá:
Kelly disse: “Confesso que me senti um pouco envergonhada quando li esse texto, principalmente os comentários que denigrem a imagem do Chico Xavier.”
Por que você acha que estamos “denegrindo” a imagem de alguém? O que você entende por “denegrir”? Querida Kelly, vou lhe contar um fato de minha vida íntima: antes de eu me casar, isto é, antes de me tornar católico e contrair o Sacramento do Matrimônio, eu tive um relacionamento longo e vivi com uma outra mulher, que não a minha esposa. Isto é um fato. Logo, se alguém disser que antes de me casar eu tive um outro relacionamento, que vivi com uma outra mulher, isso não é "denegrir" a minha imagem. É simplesmente a verdade, e eu não tenho porque me ofender.
Denegrir é ofender alguém com palavras caluniosas. Uma calúnia é uma mentira inventada para prejudicar alguém, para abalar a reputação de uma pessoa. Então, eu vou repetir novamente o que já disse muitas vezes na postagem que você está comentando: tudo o que fizemos em nosso artigo foi apresentar fatos, conhecidos e já publicados anteriormente, e fizemos isso citando as devidas fontes, dando nomes, datas e referências, a respeito da vida de Francisco Cândico Xavier. Isto não tem absolutamente nada a ver com denegrir, nem com caluniar, atacar ou ofender, simplesmente porque é tudo verdade. Não estamos usando termos ofensivos, não estamos agredindo gratuitamente, não estamos inventando nada. Consegue compreender isso?
E então, você provavelmente perguntará: por qual motivo publicamos aquele artigo? Respondo: porque os meios de comunicação em geral criaram um mito, e esse mito assumiu gigantescas proporções nas mentes de muitos brasileiros (parece que você se inclui entre eles). O problema é que esse mito, esse personagem fictício e fabricado, essa ideia que tanta gente comprou, trabalha contra tudo o que representa a fé da Igreja Católica desde sempre. Por essa razão, o nosso dever enquanto cristãos é apresentar a verdade àqueles que querem conhecê-la, com isenção e seriedade. Só isso.
Não estamos aqui dizendo nada contra os espíritas. Não estamos criticando a opção religiosa de ninguém. Não podemos e nem queremos convencer a quem quer que seja. Não temos a pretensão de trazer ninguém para a Igreja, a não ser que sua razão e sua fé concordem com isso. Queremos apenas apresentar a verdade sobre o assunto em questão, nada mais.
Assim, o que o nosso artigo tenta fazer é demonstrar que uma coisa é o mito, essa imagem absolutamente falsa que entrou em tantas mentes a respeito de Chico Xavier. Outra coisa, completamente diferente, é o personagem histórico, é a pessoa real, o Chico Xavier que realmente existiu. Por conta do mito, hoje, uma infinidade de brasileiros entende que pode ser católico e ao mesmo tempo acreditar na doutrina defendida por Chico Xavier. Este é um grande mal, porque são caminhos não só diferentes, como opostos.
Ora, se alguém crê que Jesus Cristo é Deus e Salvador, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6), então não pode aceitar, ao mesmo tempo, a doutrina espírita, que nega a divindade de Jesus, e nega que seja Ele a nossa salvação. No "evangelho segundo o espiritismo" está escrito: "Eu sou o caminho da verdade e da vida". Com essa mudança sutil, trocando o "a" pelo "da", dizem que não é o Senhor a Verdade, que não é Ele mesmo a Vida, pois para eles a salvação está na "evolução do espírito", através de uma imensa sucessão de "reencarnações"... Por isso é tão importante esclarecer as mentes, e isso é tudo o que almejamos: o esclarecimento.
Agora, se você acredita que o Chico Xavier é um "espírito evoluído" que passou por este mundo só para fazer o bem, logo você também crê na doutrina que ele pregava. Pois, se a doutrina que ele defendia é uma mentira, um caminho falso que desvia as almas da Verdade e da via da salvação, então não se pode dizer que ele tenha vindo fazer o bem! Ora, se existe uma verdade, e aparece alguém desviando as pessoas dessa verdade, apontando um outro caminho diferente, esse alguém não pode estar fazendo o bem para ninguém, mesmo que assim pareça!
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| Carta "psicografada" do "espírito de luz Emannuel", por Chico Xavier. O inglês do "espírito evoluído" é cheio de erros que seriam típicos de alguém que estudou a língua por conta própria... |
Nem todo o mal é declarado, assumido. Nem todo mal se parece com mal; nem todo mal se reconhece pela aparência. Ao contrário, o truque favorito do maligno é disfarçar-se de bem, de coisa boa. Por isso é que Jesus Cristo advertiu-nos contra os lobos, que vêm a nós “vestidos de cordeiros mas por dentro são lobos devoradores" (Mt 7,15). Se o mal fosse sempre aparente, se fosse sempre fácil de identificar, ninguém nunca cairia no erro. Afinal, ninguém caminha para a perdição porque quer.
Então, se alguém escolhe ser espírita, que vá em frente, mas o seja com honestidade. Que analise suas crenças, que procure instruir-se, que seja sincero na sua busca. Cada ser humano é livre para fazer o que bem entender de sua própria vida e crer no que quiser. Mas saiba que a doutrina de Chico Xavier renega tudo aquilo em que nós, cristãos, cremos; vai contra tudo o que Jesus Cristo proclamou no Evangelho. Se alguém crê que Chico Xavier foi um ser angelical, que pairava acima de toda maldade humana e que inquestionavelmente possuía capacidades “mediúnicas” especiais, esse alguém tem o direito de saber que existe todo um outro lado dessa história, o qual a mídia não aborda. Que saiba que existem inúmeros fatos que contestam essa visão romântica, mítica e idealizada. Para facilitar o raciocínio, resumi abaixo todo o conteúdo da postagem que a deixou tão indignada, Kelly, num só parágrafo:
Quem quiser realmente conhecer o verdadeiro Chico Xavier, além de assistir filmes e ler livros que fazem a sua apologia, saiba que:
1. Foi provado que ele usou truques de mágica em "shows de mediunidade" no começo de sua carreira. 2. Seu próprio sobrinho declarou ao jornal "O Diário de Minas" que suas psicografias eram farsas. 3. O repórter José Hamilton Ribeiro investigou as sessões de psicografia de Chico e denunciou que ali aconteciam truques, e até obteve aconselhamento dos “espíritos de luz” para um personagem fictício, inventado por ele. 4. Especialistas em estilística literária encontraram plágio de diversos autores em muitos livros de Chico Xavier. 5. É provado pela pesquisa histórica que “Públio Lentulus”, que Chico descreve como "procurador da Judeia do tempo de Jesus", e afirmou ser seu orientador espiritual, nunca existiu. 6. O polêmico Pe. Oscar G. Quevedo, em palestra pública, tentou conversar em latim com "Públio Lentulus”, supostamente incorporado em Chico Xavier, mas este simplesmente fugiu das perguntas, demonstrando que não entendia o que estava sendo dito e, visivelmente perturbado, retirou-se. 7. Apesar de muitos pensarem que Chico Xavier dizia detalhes sobre falecidos, que não tinha como saber, ele usava vários recursos para obter esses dados, sem ajuda de espíritos. 8. A teoria de que Chico Xavier, não tendo estudo, não teria como escrever livros, é totalmente falsa, pois ele era autodidata, estudava muito por conta própria, lia muitíssimo e até montou biblioteca particular. 9. O espiritismo se declarar uma “ciência”, mas Chico Xavier sempre se recusou a permitir que cientistas estudassem seus alegados poderes. 10. Otília Diogo, charlatã que se cobria com lençóis para se passar pelo espírito "Ir. Josefa" nos shows de mediunidade de Chico Xavier e Waldo Vieira, enquadrada e presa anos depois, confessou as farsas da dupla. Fim.
Aí está. Onde é que você vê tanto "falar mal" de alguém na simples relação de informações acima? Mas se alguém, mesmo informado de todos esses fatos, decide continuar acreditando em Chico Xavier como um grande "espírito de luz" que só fez o bem, que seja. A liberdade religiosa é um direito de cada um, no qual cremos e pelo qual também lutamos.
Kelly disse: "Não acredito que ele seja santo, nem ídolo, muito menos farsante ou charlatão...”
Querida Kelly, aquilo em que eu ou você “acreditamos” não tem a menor importância, diante da realidade dos fatos. Consegue entender isso? É irrelevante se eu acredito ou não que o Brasil é um país da América do Sul. É irrelevante se eu acredito ou não que Dilma Rousseff é a atual presidente do Brasil. Mesmo que eu não acredite nesses fatos, eles continuam sendo... fatos.
Kelly disse: “...pois todas essas características citadas, sejam falando mal ou bem, são as percepções das pessoas, as percepções do que temos por dentro, pois vemos o mal se temos o mal em nosso coração..."
Minha irmãzinha, aí há um grande, tremendo absurdo! Se a percepção que uma pessoa tem de outra dependesse do que ela tem em seu próprio coração, então o próprio Jesus Cristo seria mau! Sim, dizer isso é o mesmo que dizer que Jesus é hipócrita, uma serpente, cego para as coisas de Deus. Não, eu não estou afirmando essas coisas, mas você está! Pois foi assim que Jesus viu e classificou os fariseus e doutores da lei, em diversas situações. Chamou-os de hipócritas, cegos, raça de víboras, sepulcros podres por dentro, etc (Mt 12, 34; 23, 13-15; 23,27 e outros).
João Batista, que o Senhor declarou ser o maior de todos os profetas, também apontava os pecados no povo. Chamou os fariseus e saduceus de "raça de víboras" (Mt 3,7).
Agora, se a sua filosofia estivesse correta, Jesus e João jamais poderiam apontar os erros de outras pessoas; seria de se esperar que eles só vissem coisas boas em todos, já que só vê o mal quem tem o mal em seu coração...
Não, não é assim. Deus nos dá o discernimento para escolher entre o bem e o mal, para escolher entre o Caminho da Verdade e da Vida ou um caminho de morte. Eu não preciso ser mau para ser capaz de reconhecer o mal, mesmo que ele se apresente sob a aparência de bem, de humildade, de caridade...
Kelly disse: “Se ele mentiu ou não mentiu quanto a ver espíritos, falar sobre vida após a morte, com certeza ele errou, mas o que dizer das milhares de pessoas que ele ajudou alimentando sem questionar e até rezando por elas?! sera que dar alimento a alguém é errado? Será que rezar por alguém é errado ? ... com certeza não. Agora vamos comparar, se um homem rouba 500 reais de uma empresa e dá o dinheiro inteiro roubado para uma família de 6 pessoas que estava passando fome ele fez o bem????? Acredito que o bem feito a família é indiscutível, porem a procedência é errada e ele irá "pagar" por isso, assim também como receberá "graças" por ter ajudado alguém...”
Kelly, por favor, mostre onde foi que dissemos que fazer caridade é errado. Nós não entramos no assunto das obras de caridade dos espíritas, até porque esse lado da vida do Chico Xavier é amplamente alardeado e divulgado em toda parte, com estrondosas trombetas! Praticamente toda publicação, todo programa de TV, todos os filmes nos cinemas, todos os documentários que se propõem a falar de Chico Xavier, etc, limitam-se a falar exclusivamente desse lado. Mas todo esse outro lado, que nós demonstramos e é bem real, raramente é apresentado ao público. Por isso mesmo, é ainda mais importante o esclarecimento.
E ali no final da sua frase, novamente você diz: “Acredito que...”, e novamente eu respondo que o que nós acreditamos não importa, quando se trata da verdade. Cada ser humano que caminha sobre a Terra tem as suas próprias crenças e convicções: uns acreditam numas coisas, outros em outras... Mas o Evangelho de Jesus é bem definido, e Ele deixou esse Evangelho ao encargo da sua Igreja, que é nossa mãe e mestra. Padres, bispos e até o Papa podem errar, mas a doutrina da Igreja, enquanto Corpo Místico de Nosso Senhor, é sempre confiável. Esta é a fé católica, que todo católico deveria conhecer.
Kelly disse: “A verdade é que nós preferimos olhar o lado mal dos outros ao invés de olhar o lado bom... assim mascaramos nossos defeitos e nossa falta de coragem de fazer o que devemos fazer... Devíamos nos preocupar muito mais em fazer o bem, fazer caridade ao invés de perder o tempo falando mal dos outros, afinal se ele errou ou se outros estão errando (em acreditar em espíritos, vida apos a morte e reencarnação), ninguém tem o direito de julgar... agora porque não falemos de todo o bem que ele fez ??? ”
Observe que aqui, para defender o Chico Xavier, você está julgando quem escreveu o artigo. Você não admite que “julguem” o ídolo, o grande mito, que no seu entendimento é imaculado e não pode ser questionado, mas você julga quem mostra os fatos comprometedores da vida dele!
Não, eu não estou “olhando o lado mau” de alguém. Estou cumprindo a minha obrigação enquanto cristão, teólogo e diretor deste apostolado, buscando esclarecer a verdade dos fatos a quem a procura. Sim, tenho muitíssimos defeitos. Sim, a minha coragem muitas vezes falha. Mas não é a minha vida que está em discussão aqui, e eu posso lhe garantir que existem muitos, mas muitos católicos anônimos que fazem muito mais caridade do que fez o Chico Xavier, sem contar uma infinidade de santos que fizeram muitíssimo mais do que ele fez, e não são incensados pela mídia como ele é, e nem tão devotamente defendidos por tanta gente. Até por alguns que se dizem católicos.
Kelly disse: “...Tenho amigos evangélicos de diversos tipos e espiritas, e não me sinto melhor que eles por ser católica...”
Também eu tenho amigos de diversas religiões e crenças, inclusive familiares, e jamais me senti “melhor” do que ninguém. Mas tenho a minha fé, os meus princípios e o meu Caminho bem definidos, que procuro seguir com fidelidade, sem misturar as coisas, sem achar que "é tudo igual", sem cair no sincretismo. Analisar fatos e informações, estudar a realidade a respeito de assuntos polêmicos, isso não quer dizer que eu esteja me colocando como superior a quem quer que seja.
** Rezamos por você, por sua vida, pelo seu discernimento. Deus a abençoe, ilumine, abra a sua compreensão e o seu entendimento para a Verdade. Maria Santíssima a acompanhe e auxilie, agora e sempre.
vozdaigreja.blogspot.com
Olá, irmão!
ResponderExcluirEu também era assim como ela. Católico morno, que não defendia a religião diante dos ataques. Até me simpatizava com o espiritismo. Mas, graças a esse blog, entre outros, eu consegui alcançar a luz da verdade. Que essa irmã também possa ser iluminada.
Parabéns e continue com esse excelente trabalho, irmão. Me tornei fã e frequentador assíduo desse blog.
Que Deus continue te iluminando, para que você ilumine a nós, suas ovelhas!
Henrique parabéns meu irmão, estou aqui novamente pra te apoiar, pra te incentivar, meu coração se enche de esperança e fé quando vc defende a nossa fé católica, e com toda a paciência esclarece aqueles que caminham de mãos dadas com o erro, seguem felizes, cegos e muitas vezes ofendidos em saber que seus ídolos não passam apenas de simples "ídolos"...Que a Graça de Deus esteja contigo...
ResponderExcluirApenas um detalhezinho de história.
ResponderExcluirEssa do "procurador do tempo de Jesus" é um absurdo de doer. Subentende que havia procuradoreS na Judéia e que um deles seria o tal Publio.
Ocorre que o cargo de procurador, chamado de procônsul nas províncias, era único e no caso particular de algumas - Judéia, inclusive - preferia-se o termo "prefeito", sendo que no tempo de Jesus houve exatamente seis deles, todos com nomes conhecidos e o sexto sendo precisamente Poncius Pilatus.
Enfim, não resisti a comentar esse detalhe, para que vejam o quão mentirosos são esses mediuns, particularmente o idolatrado Chico Xavier.
Henrique
ResponderExcluirAcho que você entendeu errado meu amigo, em nenhum momento julguei vocês, eu li e constarei pelo texto que parecia pejorativo, principalmente as respostas aos comentários, e quis deixar uma contribuição para que foquemos no bem e no amor, fiz isso sem atacar, ofender ou julgar a nenhum de vocês. Agora você sim me julga ao dizer que eu como você ou sua amiga não defenderam/defendem a Igreja e seus mandamentos, ao dizer que tenho "ídolos" que não sei o que significa ser Católica, me julgas por seu coração, por suas experiencias e de quem você conhece. Acho que não cabe aqui provar minha fé, minhas crenças na Igreja Católica, e nem tão pouco o que Deus significa pra mim e para a Igreja, por isso vou me abster a responder.
A unica coisa que quis dizer no meu comentário é que devemos ser mais cristãos de coração, divulgar sim nossos mandamentos mas sem denegrir os dos outros, fazer o bem sem olhar a quem, rezar pelos outros independente de onde estejam e quem sejam, pois é isso que acredito que Deus quer de nós, é isso que acredito que Jesus nos ensinou, não ataquei em nenhum momento o Catolicismo ou a Igreja (e nem poderia, pois seria um ataque a tudo que acredito), nem tão pouco a vocês, somente pedi que olhemos o lado bom das pessoas, foi só isso que pedi, mas acho que, aos olhos de vocês, estou errada....
Me desculpe se os envergonhei com meu comentário e se não pareço ser digna de ser considerada uma "boa católica", que sou "católica morna", que defendo "ídolos" que não sei o que Deus significa, realmente não foi minha
intenção... e mesmo que vocês não me considerem, eu continuo me considerando Católica e Cristã e isso nada do que falem ou façam abalará minha fé.
Antes me senti envergonhada por parecer que estávamos, digo "estávamos" pois o blog chama-se a "Voz da Igreja" e até então achava que fazia parte dessa voz, olhando as pessoas somente pelo lado ruim, agora me sinto por me sentir discriminada .... e isso não é julgamento é meu sentimento....
Mais uma vez, de coração, me desculpem, fiquem tranquilos aqui não mais virei, pois sei que não sou "bem vinda", afinal boas vindas é sentimento e não somente palavras.
Fiquem com Deus meus irmãos, e que o Deus e Nossa Mãe Santíssima nos abençoe e sempre nos ajude a escolher corretamente.
Kelly - Católica e Cristão
"Podemos nos tornar um Hindu melhor, um Muçulmano melhor, um Católico melhor." -Madre Teresa de Calcutá.
A exemplo do que disse a Madre, continuarei buscando me tornar uma Católica melhor seguindo o amor a Deus e ao próximo, buscando não denegri-lo, sem julgamentos, buscando ver o melhor que há em cada ser humano.
Bem, a sua resposta está publicada, Kelly.
ExcluirInfelizmente, você continua tirando conclusões completamente equivocadas a respeito de tudo o que nós somos, do que dissemos, do que queremos... E tirando conclusões erradas (o que é mais triste) a respeito da sua própria fé.
E você continua insistindo em nos acusar de "denegrir" alguém... Infelizmente não percebe que ser "cristão de coração" não é aceitar tudo, achar tudo certo, concordar com todo mundo, fingir que os erros não existem, só para ficar "de bem" com todo mundo. Isso se chama irenismo.
Enfim, agradeço a sua participação, e pode ter certeza de que continuaremos rezando pela sua vida, como sempre fazemos por todos os nossos visitantes, mesmo (e principalmente) pelos que não comungam das nossas convicções. Ao contrário do que imagina, por aqui você é amada e muito bem vinda.
Abraço fraterno e a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo
Apostolado Voz da Igreja
Nao fique brava, Kelly, mas eu tenho certeza que vc nao leu o post do Henrique. Leia com atencao e vc vai parar de fala que a gente so ve o mal nos outros quando tem o mal dentro da gente. Por favor, leia mesmo e vc vai aprender como eu aprendi. Estamos todos juntos, este blog me ensina muito e ensina muito mesmo, mas precisa ter humildade.
ExcluirBj Sandra
Caríssima Kelly,
ExcluirEm primeiro lugar, não confunda uma resposta respeitosa e, mais ainda, caridosa, como a que lhe foi dada pelo Henrique, com uma espécie de tribunal no qual você estaria sendo julgada por medonhos juízes carrascos, ignorantes do que seria o amor e o bem cristãos.
Ora, no tocante a "julgar", você não acha que está interpretando equivocadamente as pelavras de Jesus? O "julgar" evangélico nada tem a ver com REFUTAR inverdades nem muitos menos com DESCONSTRUIR MITOS erigidos amiúde por pessoas que necessitam forjar um "santo" espírita para contrapô-lo aos verdadeiros santos de nossa Igreja. Não por coincidência, a quase totalidade da mídia que sustenta e reforça o mito em torno de Chico Xavier é francamente antipática com a Igreja Católica e, até, com as seitas protestantes.
Se julgar fosse no sentido que você aplica, ninguém poderia ter um ponto de vista nem repreender quem quer que fosse. Imagine falar de um Hitler ou de um Stalin, por exemplo. Um neonazista ou um comunista alienado poderiam indagar quem seria você "para julgar" e cobrar-lhe que focasse no amor e no bem em relação a esses dois genocidas. Concordaria com isso?
Tanto que - como muito bem observado pelo Henrique - você mesma se trai nessa concepção açucarada do "julgar" evangélico, posto que pelo mesmo critério, estaria julgando o autor do artigo, assim como os comentaristas que também não concordam com você.
No mais, minha cara, lembre-se que o amor de nós cristãos também se estende à VERDADE. A propósito disso, você sequer tocou em qualquer ponto mostrado no artigo, como os dez numerados no resumo sobre o cantado e decantado médium. Nada, nada, nada, nem uma mísera palavra a respeito, somente a postura de vítima de um "tribunal" injusto, enquanto mantem incólume a capa falsa criada em torno de Chico Xavier. Que pensar disso, senão o desinteresse em se informar corretamente a respeito, fazendo de conta que nada se falou que comprometesse a imagem dourada do ídolo espírita? E o amor à verdade, item inseparável do bom católico, onde fica nisso, cara Kelly?
Faço-lhe, pois, uma sugestão: leia, com cuidado, e comente cada um dos pontos enumerados pelo Henrique. Atenha-se a eles. Pesquise. Reflita. Desvencilhe-se dessa acusação de que nós outros a julgamos apenas por divergir.
Com carinho e esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Eduardo
Kelly, você escreveu que não visitaria mais o blog, mas eu vou comentar, mesmo assim. Não se martirize tanto, irmã. Ninguém aqui jamais quis te excluir da fé cristã católica por ser simpatizante do espiritismo. A intenção era justamente lhe abrir os olhos, e te trazer por completo para a sua religião, "de acordo com sua razão e fé". O Henrique não atacou nem a pessoa nem a crença, apenas apresentou os fatos. Infelizmente, há muitos católicos "mornos", como bem disse o Papa.
ExcluirQue bom que você não se abalou, mas não se deixe enganar pelo sincretismo. Jesus condenou isso. O Senhor te ilumine sempre.
Henrique Sebastião e demais irmãos do Apostolado Voz da Igreja, também eu venho aqui parabenizá-los por tão importante trabalho em defesa da Igreja e, consequentemente, da verdade que é Nosso Senhor Jesus Cristo.
ResponderExcluirDominus Vobiscum
Parabéns à todos pelas respostas que, mais que tudo, são velas para iluminar o caminho de todos. O sincretismo está matando o Brasil, o politicamente correto está desviando à todos do caminho do Pai.
ResponderExcluirO sentimentalismo romântico que tomou conta da sociedade hodierna é como um vírus que destrõe nossas capacidades intelectuais e cognitivas.Some isso aos marxismo cultural que inventou o políticamente correto e a moral relativisada e pronto, não podemos mais debater nenhum assunto pois estaremos ferindo os sentimentos e solipsismos subjetivos das pessoas.
ResponderExcluirSe Jesus Cristo, João Batista, São Paulo e os apóstolos vivessem hoje em dia seriam presos por intolerância religiosa e por ser políticamente incorreto e nada ecumênicos!!!
In Corde Jesu, semper!!