Um papa liberal ou socialista?

Este é mais um artigo do Conde Loppeux de la Villanueva, - com o qual, mesmo lamentando profundamente, eu concordo plenamente...



Li com certa tristeza a entrevista do Papa Francisco ao jornal italiano La Repubblica. Logo na primeira frase, já fiquei surpreso:

 - “Os maiores males que afligem o mundo nestes dias são o desemprego dos jovens e a solidão dos idosos. Os idosos precisam de cuidado e companhia; os jovens precisam de trabalho e esperança, mas não tem um nem outro, e o problema é que eles sequer os buscam mais. Eles foram esmagados pelo presente. Você me diz: é possível viver esmagado sob o peso do presente? Sem uma memória do passado e sem o desejo de olhar adiante para o futuro para construir algo, um futuro, uma família? Você consegue ir adiante assim? Este, para mim, é o problema mais urgente que a Igreja enfrenta.”

Um papa que chega a essa conclusão (...) parece reduzir os problemas da humanidade à falta de emprego ou de serviço de previdência social. Será um papa mesmo ou algum liberal ou socialista preocupado com cifras econômicas? Os males que afligem a Europa na atualidade não são apenas políticos e materiais. Eles também possuem uma causa espiritual, uma causa teológica. O Velho Continente deixou de ser cristão. Os valores espirituais da civilização europeia estão distorcidos. O Estado se agiganta, consolidando a idolatria secularista, numa verdadeira burocracia mundial. E o papa está preocupado com empregos e solidão de velhos? Virou agora economista? Ora, como se tais questões não fossem consequência da perda de valores!

E Francisco se trai em estranhas declarações:

 - “O proselitismo é uma solene tolice, não tem sentido. Nós temos que conhecer um ao outro, ouvir um ao outro e melhorar o nosso conhecimento do mundo ao nosso redor. Às vezes, após um encontro, desejo marcar outro porque novas idéias surgem e descubro novas necessidade. Isso é importante: conhecer as pessoas, ouvir, expandir nosso círculo de idéias. O mundo é cruzado por vias que se aproximam e se separam, mas o importante é que elas levem ao Bem.”

Quer dizer então que o católico não deve pregar o Evangelho a toda criatura? Quer dizer então que no meio da desinformação, da calúnia e da destruição sistemática da fé católica no mundo, o proselitismo é uma tolice? Se os pregadores da Europa do início da Idade Média ou os jesuítas do século XVI escutassem as palavras do Santo Padre, simplesmente não teríamos mais Cristianismo em toda a Terra.

Porém, o que nos aconselha Francisco? Que dialoguemos, que entendamos o mundo que nos odeia, para acompanhar “novas idéias” e “necessidades” e expandir nosso “circulo de idéias”. Talvez os católicos sejam realmente “estreitos”. E isso tudo para nos levar ao “bem”. O problema aqui ainda se torna mais grave: o que é o bem, nas palavras do papa? Eis o que ele responde:

 - “Cada um de nós tem uma visão do bem e do mal. Temos que encorajar as pessoas a caminhar em direção ao que elas consideram ser o bem (...). E repito aqui: Cada um tem sua própria ideia de bem e mal e deve escolher seguir o bem e combater o mal como concebe. Isso bastaria para fazer o mundo um lugar melhor.”

Vamos acompanhar o raciocínio papal. Digamos que Hitler, ao mandar construir Auschwitz e exterminar milhões de judeus, poloneses e russos, considerasse aquilo como “bem” [o que realmente é o  caso]? E que as “raças inferiores” fossem concebidas como um “mal” [idem]? Isso bastaria para fazer do mundo um lugar melhor [simplesmente eliminando esses povos, riscando-os do mapa como se nunca tivessem existido]?

E Stálin? Alguém duvidaria de suas boas intenções deportando milhões de pessoas inocentes para os campos da Sibéria, já que ele seguia um “bem” em que acreditava?

[Encorajar cada um a caminhar em direção ao que considera bem, e isso basta. Se isso não é o relativismo absoluto, não sei mais o que é!] O estrago das declarações do papa se faz sentir sobre toda a comunidade. Muitos católicos querem “interpretar” as palavras ambíguas de Francisco, dando a entender aquilo que ele não disse ou deixou de dizer. Os adivinhos e intérpretes das obscuras declarações papais tentam salvar o erro tapando o sol com peneira.

Outros [muitos] ameaçam cair na apostasia, já que acreditam ter a liberdade de crer em qualquer coisa, ou buscar o que consideram pessoalmente ser um “bem”. Talvez um [ou muitos] católico[s] comece[m] a ser espírita[s] ou protestante[s], porque não considerarão mais o catolicismo suficientemente um “bem” pessoal para ele. Se o bem agora é algo pessoal, e não um elemento objetivo, qualquer aberração pode ser escolhida em nome de um “bem”. Basta alguém escolher e gostar. Tal é a gravidade das declarações de Francisco.

O papa vai mais além, criticando o “proselitismo”:

 - “É o amor pelos outros, como Nosso Senhor pregou. Não é fazer proselitismo, é amar. Amar o próximo, aquele fermento que serve ao bem comum.”

Mas para quê fazer "proselitismo" da Igreja, se cada um pode considerar um bem que lhe é conveniente, não é mesmo? A questão que se perde no ar é: como fica o amor sem a verdade? E que “fermento” é esse que serve ao “bem comum”, se o bem comum está para o homem e não o contrário? Amar o próximo como a si mesmo não dispensa o amor a Deus sobre todas as coisas!

Sem querer julgar o Santo Padre, mas parece que ele sofre de uma vaidade peculiar. Ele diz:

 - "Os líderes na Igreja frequentemente foram narcisistas, bajulados e negativamente influenciados por seus cortesões. A corte é a lepra do Papado.”

Nem toda vaidade implica ostentação e riqueza. Por vezes, a vaidade pode transparecer numa falsa aparência de humildade. Francisco cai numa perigosa ostentação de apelo à pobreza que parece forçada, demagógica. É verdade que muitos papas foram narcisistas, bajulados e influenciados pelos seus cortesões. E que a cortesania “vaticana” foi negativa ao papado. Contudo, o sentido oposto é visivelmente perigoso. E neste ponto, ele cai em outras declarações obscuras e temerárias:

 - “Também acontece comigo quando encontro um clericalista, de repente, me torno anticlerical. O clericalismo não deveria ter qualquer coisa a ver com o cristianismo. São Paulo, que foi o primeiro a falar aos gentios, os pagãos, crentes em outras religiões, foi o primeiro a nos ensinar isso.”

Se o “clericalismo” não tem nada a ver com o Cristianismo, por que devo obedecer ao papa? Por que devo obedecer ao bispo? Por que devo aceitar o mandamento do Magistério da Igreja? Os protestantes e demais seitas evangélicas seguem uma linha de pensamento um tanto parecida. Alguém tem dúvida do porquê dos evangélicos terem crescido tanto no Brasil como na América Latina, às custas da Igreja Católica? Se o papa não tem confiança no “clericalismo”, então por que um leigo teria? Depois de todas essas declarações, o Santo Padre ainda condena o “materialismo”. Vai entender!

Confesso um profundo ceticismo ao papado de Francisco. Suas declarações revelam fraqueza, inconsistência, confusão. Talvez seja por isso que a imprensa o aprecie tanto. Ele dá a munição necessária aos inimigos. Suas palavras são absorvidas alegremente pelos relativistas para atacar o trabalho dos fiéis. [Para o papa, se] O fiel católico prega o Evangelho e a doutrina da Igreja, defendendo-a de seus detratores, isso é “proselitismo”! E se o católico disser que a Igreja é a única que prega a religião verdadeira? Bobagem! Cada um acredita no bem que quiser!

Ainda verei aqui os adivinhos católicos das obscuras pregações papais aborrecidos, tentando interpretar o que foi dito, e afirmar o que não foi falado!

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Fonte:
Blog Conde Loppeux de la Villanueva, disponível em:
http://cavaleiroconde.blogspot.com.br/2013/10/o-que-seria-dos-protestantes-sem-igreja.html
Acesso 13/10/013
vozdaigreja.blogspot.com

15 comentários:

  1. Tambe´m concordo com o texto. O papa Francisco vem obrigando os católicos a interpretar o que ele diz, o fiel católico tem que ficar explicando para as pessoas que ele não quis dizer bem isso, não foi isso que ele quis falar..... é cansativo, também confesso minha grande preocupação com esse papa. Deus me perdoe

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  2. Nao quero julgar o papa, mas enquanto milhões de cristãos estão sendo massacrados nos países islamicos e a fé católica está praticamente acabando em toda a Europa ele dizer que os maiores males do mundo são o desemprego e a solidão dos velhos é difícil de entender.

    DaSilva

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  3. A todos os cristãos, Graça e Paz.

    Acabei de ler a entrevista e o comentário. Tenho uma pergunta ao Blog: será que o Papa quando fala em proselitismo e defende a consciência de cada um quanto ao bem ou mal não está se referindo aos cristãos? Um cristão verdadeiro sabe a diferença entre bem e mal, age movido pelo Espírito Santo. Nesse sentido, talvez o proselitismo seja em relação a uma determinada ordem teológica ou opinião pessoal. E outra, quando o Papa fala jovens e idosos, é de amor que ele está falando, que é marca pela qual os Cristãos devem ser conhecidos. Quando as atitudes falam, não é preciso dizer mais nada! Além disso, Deus já nos disse: Não é pela força, mas pelo Meu Espírito! Lógico que o dever do cristão é pregar a tempo e a fora de tempo. Mas talvez seja mais produtivo hoje mostrar o amor cristão, sua ética e poder transformador através das ações do cristianismo. É isso que transforma o mundo.
    Pessoalmente, eu entendo o temor pela expansão do secularismo e também dos muçulmanos. Mas a escritura já dizia que, quando voltar o Filho do Homem, achará porventura fé na Terra? Tudo o que vemos já foi profetizado e está determinado por Deus.

    Toda honra e Glória seja dada a Deus!

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  4. Leonardo S. de Oliveira.14 de outubro de 2013 às 11:27

    No começo eu achava meus receios e incomôdos com essas entrevistas desse Papa Francisco fossem apenas frutos da minha falta de inteligência por não saber interpretar o que esse Papa dizia.Mas ai com o tempo veio mais entrevistas e eu ia nos sites católicos para saber o que esse Papa queria realmente dizer, mas assim que eu me recupero do susto ele vem com outras entrevistas que me causa vergonha e atrapalha toda a apologética que tenho feito para trazer de volta os hereges para Santa Igreja Católica.
    Será que estamos presenciando o grande passeio pelas instituições idealizado por Antonio Gramsci ocorrendo na Santa Igreja Católica? Será que o sr.Jorge Mario Bergoglio é um agente duplo ?
    A certeza que tenho é que o mundo (que jaz no maligno) o aplaude e defende, e os católicos debatem entre si por causa das declarações ambíguas dele.
    Para nossa benção e consolo Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu que as portas do geena não prevalecerão.

    Sancte Michael Archangele, defende nos in prælio; contra nequitiam et insidias diaboli esto præsidium. Imperet illi Deus, supplices deprecamur: tuque, Princeps Mlitiæ Cælestis, Satanam aliosque spiritus malignos, qui ad perditionem animarum pervagantur in mundo, Divina Virtute in infernum detrude. Amen.

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  5. João veio; ele não bebia e não comia, e disseram: Ele está possesso de um demônio.

    19. O Filho do Homem vem, come e bebe, e dizem: É um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos devassos. Mas a sabedoria foi justificada por seus filhos.
    Mateus 18,19.
    Jesus já profetizava que seu lider que ele deixou neste planeta chamado terra , tambem ser sinal de contradição.

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  6. Devemos praticar o amor ao próximo em qualquer circunstância, isso é o pedido mais urgente que nosso Santo Padre está pregando!! Sobre proselitismo, mais uma vez, nosso Papa está corretíssimo, pois o caminho é exortar de alegria por termos conhecido Cristo! Abraço a todos

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    1. A "profecia" do conde se cumpriu: "Ainda verei aqui os adivinhos católicos das obscuras pregações papais aborrecidos, tentando interpretar o que foi dito, e afirmar o que não foi falado!"

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    2. Leonardo S. de Oliveira.14 de outubro de 2013 às 16:58

      Amar o próximo é o segundo grande Mandamento.O Maior Mandamento é amar à Deus sobre todas as coisas.O concílio vaticano II tenta transformar o segundo mandamento em primeiro.
      O mais engraçado disso tudo é que esses católicos modernistas e liberais querendo agradar o mundo se esquece que Jesus Cristo mandou pregar o Evangelho e fazer discípulos em todo mundo.E Cristo não rogou pelo mundo mas pelo seus.
      In Corde Jesu, semper.
      PS: desafio essse católico modernista a falar de "amor" em um país islãmico.

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    3. Concordo plenamente que o Primeiro Mandamento é o mais importante. Analise que se você cumprir o Segundo Mandamento estará de fato praticando o mais difícil dos mandamentos e cumprindo os demais.
      Em qual parte isto é pregar julgando o próximo como "católico modernista" ?
      Se você quer ser o verdadeiro Cristão tem que estar disposto a morrer por Nosso Senhor Jesus Cristo. Abraço

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    4. Leonardo S. de Oliveira.14 de outubro de 2013 às 21:57

      "Em qual parte isto é pregar julgando o próximo como "católico modernista" ?
      Isso te transforma em um católico modernista quando dá a entender que o segundo Mandamento é o primeiro.Isso te torna católico modernista quando diz que cumprindo o segundo Mandamento se cumpre todos os outros Mandamentos, onde na realidade é praticando o primeiro grande Mandamento que é Amar à Deus sobre todas as coisas que nos faz cumprir todos os outros Mandamentos.Pois qual é a melhor forma de amar à Deus? É cumprindo TODOS os Mandamentos.
      Toda vez que um católico modernista e liberal vem com esse slogan de "amar uns aos outros" me lembro na mesma hora das paradas gays que usam esse slogan (como o uso de Santos catolicos) para poder vilipendiar a Santa Igreja Católica e aos católicos.
      Os inimigos da Igreja adora atacar os católicos e quando os católicos protestam eles se defendem com esse slogam de "amar uns aos outros."

      "Se você quer ser o verdadeiro Cristão tem que estar disposto a morrer por Nosso Senhor Jesus Cristo. Abraço"
      Isso eu decidi fazer (morrer por Cristo e pela Sua Santa Igreja Católica) quando realmente abracei a fé Católica e deixei o políticamente correto de lado e disse bem alto:
      "FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO!"
      Eu decidi morrer por Cristo ao decidir mostrar os lobos em pele de cordeiro que costumam mandar as ovelhas "amar" os lobos.
      Eu decidi morrer por Cristo ao dizer que os deuses pagãos são demônios.
      Agora te pergunto "católico" modernistas que amor é esse que vc sente pelo seu próximo sabendo que o próximo fora da Igreja está destinado ao fogo do inferno?
      Quanto ao seu abraço eu dispenso, nunca aceitarei um abraço de quem relativisa a Fé Católica em nome do amor aqueles que sempre foram inimigos de Cristo, da Virgem Santíssima e da Santa Igreja Católica Apóstolica Romana.
      In Corde Jesu, semper!!
      PS:foi amando ao próximo que Voltaire mandou milhares de católicos (as) para guilhotina com a acusação de fanatismo e intolerância.

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    5. Leonardo S. de Oliveira.14 de outubro de 2013 às 22:14

      “… muitos dos que se dizem católicos ajudam os «revolucionários» . São esses, sempre «moderados», que estimam a «tranquilidade pública» como o bem supremo. Esses católicos tolerantes, condescendentes, brandos, doces, amáveis ao extremo com os maçons e furiosos inimigos de Jesus Cristo, guardam todo seu mau humor para os que gritam «Viva a Religião!» e a defendem sofrendo contínuas penalidades e expondo suas vidas. Para eles, esses últimos são «exagerados e imprudentes, que tudo comprometem com prejuízo dos interesses da Igreja» “.

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    6. Leonardo, Graça e Paz.

      Também creio que os deuses pagãos são falsos deuses (o que faz de seus seguidores servos do Maligno). E o nosso amor ao próximo se manifesta quando alertamos as pessoas disso, sem nos importarmos com a opinião pública. Isso hoje é politicamente incorreto, mas a verdade é atemporal, pois Cristo não muda e nele nos firmamos. Sem Cristo, não há salvação!

      Glória a Deus por podermos afirmar esta verdade.

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  7. O conhecimento do Bem e o Mal está intimamente ligado ao conhecimento da Verdade. Sendo a Una e Santa Igreja Católica "única" responsável pelo Depósito da Fé, não há como não fazer proselitismo. Se não o fizermos estaremos desobedecendo nossa missão.

    Talvez precisássemos, em obediência ao Santo Padre, abandonar a Igreja de Cristo e criar uma ONG.

    Mas lembramo-nos: As entrevistas de Bergoglio não pode ter caráter catequético. Felizmente!

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  8. Gente não vamos nos precipitar com relação ao que diz o Papa esperemos a continuação. não esqueçam que a Igreja e guiada pelo Espirito Santo e Jesus nos prometeu estar conosco ate a consumação dos dias e lembrem- se que não podemos nos comportar como os doutores da lei do tempo de Jesus pois não entendiam o que dizia Jesus sobre edificar o templo em 3 dias e sobre comer de sua carne e beber de seu sangue.obrigada pelo trabalho de voces. e desejo a recuperação de seu pai e força para seguir lutando.Amem!

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  9. Vaticano confirma erros na entrevista do Papa com jornalista Eugenio Scalfari do diário italiano La Repubblica

    ROMA, 07 Out. 13 (ACI/EWTN Noticias). O Padre Thomas Rosica, assistente da Sala de Imprensa da Santa Sé para os meios de fala inglesa, assinalou uma série de erros na recente entrevista com o Papa Francisco publicada pelo jornal italiano La Repubblica, como o fato de que o ateu Eugenio Scalfari, que realizou a entrevista, não gravou nem fez nenhuma anotação da mesma.
    A entrevista, que foi realizada no dia 24 de setembro e publicada no dia 1º de outubro, gerou certa inquietação entre os católicos e gerou também uma série de titulares descontextualizados em diversos jornais no mundo.
    A respeito disto e em uma declaração em 5 de outubro, em representação do Padre Federico Lombardi e da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Rosica explicou que "Eugenio Scalfari não gravou a entrevista com o Papa Francisco nem tampouco fez anotações, por isso o texto foi uma reconstrução posterior dos fatos".
    O sacerdote canadense disse que "tais textos correm o risco de ocultar alguns detalhes importantes ou confundir eventos relatados durante a entrevista oral. Scalfari assinalou que mostrou o texto ao Papa Francisco para a sua aprovação, mas não fica claro quão atentamente o Santo Padre o leu".
    Embora "o Padre Federico Lombardi, SJ, assegure a ‘integridade’ geral da entrevista de Scalfari", prossegue o Padre Rosica, "entretanto alguns detalhes menores e imprecisos causaram desconcerto entre vocês (jornalistas). Um deles se refere à suposta dúvida de parte do Papa Francisco ao aceitar a sua eleição ao pontificado e a chamada ‘experiência mística’ do Santo Padre no dia da sua eleição, em 13 de março de 2013".
    O sacerdote recordou que o que aconteceu nesse dia logo depois da eleição, o Papa já contou no último dia 16 de março no seu encontro com os jornalistas que cobriram este importante evento.
    O Padre Rosica assinala que "Scalfari sugere na sua entrevista que o Cardeal Bergoglio, aflito pela sua eleição, precisou de tempo para refletir sobre o que tinha acontecido antes de aceitar o papado. Os cardeais que testemunharam o momento declararam categoricamente que o recém-eleito papa nunca saiu da Capela Sistina para um período de reflexão antes de aceitar finalmente o papado, exceto quando foi à ‘sacristia do pranto’ para receber as vestimentas".
    "Nunca houve nenhuma mostra de dúvida ou de necessidade de reflexão séria sobre a eleição que aconteceu, nem para pensar o que tinha recaído sobre ele!", exclamou
    Sobre a chamada "experiência mística" do Papa Francisco citada na entrevista de Scalfari, que também é diretor do diário La Reppublica, o Padre Rosica assinala que "muito provavelmente se refere ao momento de oração na Capela Paulina. Esse momento está muito claramente explicado em uma entrevista exclusiva concedida à Salt and Light Catholic Television Network no Canadá por Mons. Dario Viganò, Diretor do Centro Televisivo Vaticano" realizada no fim de junho deste ano.
    Esta entrevista a Mons.Viganò, explica o Padre Rosica, diretor da Salt and Light, serve como um testemunho "mais uma vez da profunda espiritualidade e da paz que são tão evidentes na pessoa do Papa Francisco, antes, durante e depois dos históricos eventos de 13 de março de 2013 na Capela Sistina".

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