Catequese básica: os vivos e os mortos, o Céu e a Terra, a Imaculada Conceição

Uma leitora que se identifica como "Vanessa" enviou ao post "Os santos podem interceder por nós?" um longo comentário, que reproduzimos abaixo, resumido:

"Quanto aos mortos ouvirem nossas orações: A bíblia descreve o céu como um lugar onde não haverá mais lágrima, pranto, lamento ou dor. é um paraiso preparado por Deus para os que o amam. Estar num lugar assim, maravilhoso, de paz, e ficar ouvindo as dores dos que amamos na terra, isso seria um paraiso? teríamos paz?Com certeza nao.

Quanto a oração dos santos: toda vez que encontrar essa palavra, saiba que ela está se referindo ao povo de Deus, e não aos 'santos' da igreja católica. os santos descritos na bíblia sao o povo de Deus, que estão (ou estavam à época) VIVOS. diz que esses vivos sim, devem orar uns pelos outros.

Além do mais, somos chamados de santos porque se confessarmos nossos pecados a Deus, Ele é fiel e justo para nos perdoar, de forma a nao se lembrar mais deles. Somos justificados por meio do sacrifício de Cristo na cruz. Jesus recomendou: 'SEDE SANTOS COMO EU SOU SANTO' (1Pe 1:16). A santidade é algo que devemos buscar a cada dia, mas sabemos que só houve um que viveu nessa terra que nao teve pecado, seu nome é JESUS! Só Ele é o criador. Todos os demais que vivem ou que já morreram sao criaturas, que precisam portando de perdão, pois já nasceram em pecado...

** Leia a nossa resposta
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O milagre Eucarístico de Lanciano e a ciência



** Leia sobre o Milagre

Ser cristão e ser espírita... mais uma vez


UM LEITOR QUE se identifica como "Frazão", militante defensor do espiritismo na internet, enviou-nos o seguinte comentário:

"O fato de não ser católico não quer dizer que o indivíduo não seja cristão, pois basta seguir o que Jesus nos legou como princípios doutrinários para sermos considerados como tal; e não se precisa ir além do personagem Jesus para poder demonstrar que se segue uma determinada doutrina; veja-se o caso do próprio Jesus, que foi executado por pressão dos líderes da religião em que Ele nasceu, cresceu, viveu e morreu, só porque apresentou e divulgou uma doutrina contrária aos interesses dos líderes da religião da época, da qual não abdicou, pois Ele mesmo disse que a Sua doutrina não era para revogar a então existente, mas aperfeiçoá-la, conforme está escrito em Mateus 5,17 'Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição.'

Assim, o catolicismo, por seguir a doutrina de Jesus, que, repito, nasceu, cresceu, viveu e morreu dentro do judaísmo, é uma seita religiosa oriunda do judaísmo, a exemplo dos demais seguimentos religiosos chamados de protestantes, e os espiritualistas seguidores dos princípios doutrinários divulgados por Jesus.

Logo, meu caro, cristianismo não é uma exclusividade dos católicos, porque pertence a todos os que professam os ensinamentos de Jesus, independente, de cor, raça e até de religião, como se vê do disse o Mahatma Gandhi: 'Se se perdessem todos os livros sacros da humanidade, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido.' E quem é o autor do sermão do Monte?...

Assim, meu caro, deixe de lado essa prepotência de dizer que só é cristão quem é católico 
(...).

Abraços. Frazão"

** Leia o comentário na íntegra e nossa resposta

Patriarcado Católico Bizantino faz declaração de anátema contra Papa Francisco


"Declaração:

Hoje, 02 de agosto de 2013, a Igreja Oriental Cristã celebra a festa de Santo Elias, o Profeta. Neste dia, o Patriarcado Católico Bizantino pela autoridade do Deus Uno e Trino declara anátema - a maldição de Deus (Gálatas 1.8-9) - o bispo de Roma, Francisco Bergoglio. O motivo: ele abusou de sua posição eclesiástica para violar a lei de Deus, promovendo pontos de vistas homossexuais, o que é contrário à essência do evangelho e destrói todos os valores morais.

Francisco Bergoglio é, portanto, excluído do Corpo Místico de Cristo. Agora está ocupando ilegalmente o cargo na organização visível da Igreja.

Além disso, o falso papa Francisco tem aprovado com o seu silêncio heresias modernas, assim como tem aprovado por suas ações o sincretismo juntamente com o paganismo. Heresias modernas como negar a inspiração divina das Escrituras, a divindade de Cristo, a singularidade de sua morte redentora na cruz e sua ressurreição real e histórica.

A homossexualidade promovida por Francisco Bergoglio é o resultado de heresias modernas e do sincretismo.

Todos os bispos e sacerdotes, e todos os fiéis católicos são obrigados a se separar interiormente do apóstata Francisco. Eles já não têm de obedecê-lo ou a estrutura liderada por ele. Se os bispos ou padres mencionarem o seu nome na Divina Liturgia, deixam claro que estão em união espiritual com a apóstata. Essas pessoas também caem sob a maldição de Deus - um anátema. Os crentes são obrigados a obedecer a Deus e devem se separar desses traidores de Cristo e não obedecê-los mais. Se eles fizerem isso, caem também sob a maldição de Deus - um anátema.

Francisco Bergoglio havia expulsado o Espírito Santo e aceitado o espírito do anticristo muito antes. Nunca foi o vigário visível de Cristo. Ele é um servo do anticristo e leva as almas enganadas à condenação eterna."

+ Elijah
Patriarca do Patriarcado Católico Bizantino

+ Timothy OSBMr
+ Metódio OSBMr
Bispos Secretários
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Filme: Aparições Marianas no Século 20

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De topless, lesbicas ativistas agridem Arcebispo na Bélgica

Triste fato ocorreu em universidade de Bruxelas. Arcebispo não reagiu ao ataque.
AFP e Reuters

Integrantes do grupo feminista "Femen" cercaram, ameaçaram agrediram com palavras e ofensas violentas e jogaram água no Arcebispo Andre-Joseph Leonard, que participava de uma palestra em uma universidade de Bruxelas, na Bélgica. Com os seios à mostra, elas deram um show de violência e selvageria, num suposto protesto contra a "homofobia"(?) O Arcebispo Andre-Joseph Leonard não reagiu ao ataque.  Ao deixar o local, o Arcebispo beijou uma imagem da Virgem Maria.

Antes, o mesmo Arcebispo já havia sido esbofeteado em plena celebração de uma Missa em 2010 (confira aqui),  também por ativistas homossexuais, simplesmente por defender, como bispo católico que é, a doutrina moral da Igreja.

O grupo extremista "Femen", conhecido por reunir mulheres histéricas que gostam de ficar nuas em lugares públicos, também chamadas “feminazis”, recentemente invadiram a Catedral de Notre Dame, em Paris, comemorando a renúncia do Papa Bento XVI.

“Felizes sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por causa de Mim. Alegrai-vos e rejubilai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos Céus; pois foi assim que perseguiram os Profetas, que vieram antes de vós.”
(Jesus Cristo no Evangelho segundo S. Mateus 5,11)

___________
Fonte:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/de-topless-integrantes-do-femen-jogam-agua-em-arcebispo-na-belgica.html
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Sexta-Feira da Paixão do Senhor


Hoje é um dos dias mais importantes de todo o calendário cristão. É o dia de celebrar o Sacrifício Redentor de Jesus Cristo pela salvação de nossas vidas.

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A Igreja Santa e os escândalos na Igreja

Nestes tempos em que a Igreja é tão falada na mídia secular, por ocasião da renúncia de Bento XVI e da eleição do Papa Francisco, parece que todos se sentem abalizados para falar de como deveria ser e agir o novo Papa. Nesse processo, muita confusão é gerada. No último domingo, 10 de março, sofri uma grande decepção ao assistir a entrevista do filósofo Mário Sérgio Cortella no programa "Canal Livre" (Band). Em meio a um festival de grandes equívocos, o entrevistado parecia ter ensaiado para dizer tudo aquilo que os entrevistadores queriam ouvir, repetindo várias vezes que o novo Pontífice deveria estar "antenado com o mundo", e que tanto João Paulo II quanto Bento XVI foram Papas "retrógrados"... Triste.

Por que é tão difícil para as pessoas que não possuem uma conexão real com a Igreja compreender que um Papa, para sê-lo de fato, não pode jamais estar assim tão "antenado" com o mundo? Estar "antenado" com o mundo significaria, entre outras coisas, aprovar o aborto, a promiscuidade, o "casamento" homossexual, a "igualdade" absoluta entre todas as religiões... Ora, no dia em que um Papa admitir esse tipo de coisa, então será o fim da Igreja, porque não estará mais proclamando o Evangelho de Jesus Cristo. Consequentemente será também, literalmente, o fim do mundo, se é que cremos nas Promessas de Cristo.

E a mídia não se cansa de martelar sempre as mesmas teclas: escândalos, pedofilia, corrupção de padres e bispos... Ultimamente, este blog tem recebido insistentes mensagens de pessoas que não se conformam em apenas rejeitar a fé católica: querem também convencer a tantos quantos puderem de que a Igreja é a fonte de todo o mal do mundo. Não conseguem entender como podemos continuar crendo e confessando que a Igreja é Santa e Imaculada, com tantos escândalos do clero. Como responder a isso?

Providencialmente, o grande padre Paulo Ricardo acaba de gravar um vídeo (da sua ótima série Parresía) no qual esclarece com maestria essa questão persistente. Como continuar a crer que a Igreja é santa diante de tantas situações desconcertantes? Assista o vídeo, abaixo, e saiba a resposta.

Os pecados, os escândalos e a santidade
perene da Igreja Imaculada
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Quem é o Papa Francisco? Primeiras informações sobre o novo Papa


O novo Papa foi eleito nesta quarta-feira. A fumaça branca saiu às 18h06 da chaminé da Capela Sistina, indicando que um nome recolheu os votos de dois terços dos cardeais. Uma hora depois, Francisco I falou pela primeira vez como Papa.

# Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, a 17 de Dezembro de 1936 (tem 76 anos de idade), filho de um ferroviário. Tornou-se padre em 1969, e foi ordenado Cardeal em 2001, por João Paulo II;

# Até então Arcebispo de Buenos Aires, é ele o primeiro jesuíta que chega a Papa;

E o primeiro Papa latino-americano;

Ele não aparecia em nenhuma lista dos chamados vaticanistas, e figurava nos últimos lugares nas bolsas de apostas (nós avisamos que toda especulação era vazia...);

Ele tem experiência na administração do Vaticano;

Consta que é um sólido conservador. Não se alarmem por ser latino-americano: Bergoglio distanciou-se do movimento da "teologia" da libertação da América Latina (Deus seja louvado!);

Ele puniu duramente os casos de pedofilia na Arquidiocese de Buenos Aire;

Vivia num pequeno apartamento, em lugar da residência da Arquidiocese;

Usa transporte público e cozinha a própria comida;

Supõem-se que seja comprometido com a justiça social;

É um homem indubitavelmente simples e humilde, mas é considerado também um intelectual, e tudo indica que não relaxará nas questões de moral e doutrina;

Num belíssimo gesto, a primeira oração de Francisco foi em homenagem ao inesquecível Bento XVI. Logo depois, pediu ao povo católico: "Rezem por mim, para que eu seja abençoado!";

O novo Papa apelou à fraternidade na Igreja;

Os 115 cardeais votantes demoraram pouco mais de 25 horas para eleger o sucessor de Bento XVI, numa rapidez notável! O Papa Pio XII foi eleito com três votações em apenas 24 horas; João Paulo I com quatro votações; Bento XVI com quatro votações; Paulo VI com cinco votações; João Paulo II com oito votações e João XXIII, com 11 votações.

Francisco de Assis é o Padroeiro da Itália. Logo após a declaração de Francisco, o povo, em grande alegria, gritava: "Francisco! Francisco!..".

Graças a Deus, temos Papa, ele que personaliza a Unidade da Santa Igreja. Rezemos pelo novo Papa e pelo seu pontificado.


Algumas imagens do novo Papa Francisco:







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Dom Odilo Pedro Scherer fala sobre como viver o período sede vacante

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Primeira congregação geral dos cardeais em preparação para o Conclave

Cardeais são saudados pela Guarda Suíça ao chegar para o encontro
da manhã desta segunda-feira (4) no Vaticano (Foto: AP)

Invocando
o Espírito Santo, cardeais de todo o mundo reuniram-se hoje (4/mar/2013) no Vaticano para o primeiro dos encontros gerais antes do Conclave que elegerá o próximo Papa. O encontro ocorre em meio aos reflexos da decisão de Bento XVI de renunciar. Os chamados "príncipes da Igreja" foram assediados por repórteres e emissoras de televisão. "Um Papa latino-americano é possível. Tudo é possível", disse o Cardeal português Dom José Saraiva Martins.

A reunião é a oportunidade para os cardeais refletirem sobre os desafios que o novo Pontífice terá que enfrentar, e encontrarem o perfil adequado para o mais alto cargo da Igreja. Pesam sobre o sucessor do Apóstolo S. Pedro e de Bento XVI diversas questões cruciais dos nossos tempos, que já conhecemos bem: reforma litúrgica, escândalos de pedofilia, perseguição religiosa, etc.

Rezemos pelos nosso cardeais, para que se façam verdadeiramente dóceis ao Espírito Santo e elejam um novo Sumo Pontífice que venha a conduzir a Igreja fielmente segundo a Vontade do Pai do Céu.
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Uma imagem para a eternidade


Algumas horas após o Papa Bento XVI ter surpreendido o mundo com a sua renúncia, um raio atinge a Basílica de São Pedro, no Vaticano.

O Trono de Pedro está vazio


"Mesmo se me retiro agora, em oração estou sempre próximo a todos vós e tenho certeza de que também todos vós sois próximos a mim, mesmo que para o mundo eu permaneça escondido."

(Papa Bento XVI)
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Direto do Vaticano, Dom Odilo Scherer fala sobre Bento XVI e o Conclave

Entrevista concedida por Dom Odilo Pedro Scherer ao jornal arquidiocesano “O São Paulo”

Cortesia de Simone Fiorelli - Secretária Casa Episcopal - Dom Odilo Pedro Scherer


Dom Odilo se despede do Papa Bento XVI, após último encontro do Pontífice com o Colégio Cardinalício, no dia 28.02


Por Rafael Alberto, especial para O SÃO PAULO
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‘Renúncia foi aula de eclesiologia’


Para Arcebispo de São Paulo, Bento XVI será lembrado como um dos grandes Papas teólogos; Dom Odilo está em Roma desde quarta-feira, 27/2.

Diretamente de Roma, o Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo metropolitano de São Paulo, falou com exclusividade sobre suas percepções a respeito dos quase oito anos do pontificado de Bento XVI. Dom Odilo, que participará pela primeira vez de um Conclave, também orientou os católicos sobre como viver este tempo tão importante para a vida da Igreja. Veja a íntegra:


O que significou o pontificado de Bento XVI para a Igreja e quais foram suas principais contribuições?
Dom Odilo – Bento XVI deixa um legado importante para a Igreja e será certamente recordado como um dos grandes Papas teólogos; tanto pelo que escreveu e falou quando já era Sumo Pontífice, quanto pelo que escreveu antes disso. Será recordado também pelo seu esforço em ajudar a Igreja a voltar-se para a essência de sua fé e de sua missão. Mostram isso suas encíclicas sobre a esperança e a caridade, as Exortações Apostólicas sobre a Eucaristia e a Palavra de Deus. Mas será recordado, também, por ter estimulado o clero a buscar a autenticidade na vivência de sua vocação e toda a Igreja, na revalorização de sua fé e no esforço renovado para transmiti-la aos outros. Enfim, a própria renúncia é um gesto que ajudará a Igreja a voltar-se mais para o essencial de sua vida e missão, a partir de um renovado encontro com sua própria razão de ser e existir; um professor de teologia, em Roma, observou: a renúncia foi sua última aula de eclesiologia...

E o que significou a atuação de Bento XVI para a humanidade?
Dom Odilo – Isso ainda será melhor avaliado com o passar do tempo. De toda forma, continuando a tradição de seus predecessores, Bento XVI manifestou-se sobre todos os assuntos e fatos relevantes deste momento da vida e da história humanas. Sua contribuição para a cultura, a filosofia, a busca da verdade e do bem são extraordinárias; como teólogo e humanista tem largos horizontes e teve sua palavra geralmente acolhida com respeito e consideração; estimulou o mundo a pensar e a ir além das superficialidades de uma cultura consumista e imediatista. Sua encíclica social – Caritas in veritate – é uma contribuição importante para o discernimento sério sobre as questões que atualmente afligem a humanidade. Estimulou muito, também, o diálogo entre as religiões e as culturas. Teve sempre a preocupação da justiça, da paz e da solidariedade entre os povos.

Como os católicos devem encarar as críticas e este clima de “denuncismo” que se instaurou na mídia após o anúncio de que o Papa iria renunciar?
Dom Odilo – Com muita serenidade e discernimento. É um fato interessante que, de um momento a outro, todos começaram de novo a falar da Igreja, mesmo sem conhecer bem as questões abordadas. Muita matéria produzida foi sensacionalista ou simplesmente marcada pelo preconceito contra a Igreja, sem o interesse de conhecer ou comunicar a verdade. É sempre importante tentar saber de qual púlpito vem o sermão e perguntar se merecem crédito certas afirmações bombásticas, de efeito retórico (ex. “guerra civil no Vaticano”...), que não se sustentam em fatos, mas em suposições e conjecturas que visam jogar no descrédito a Igreja perante o mundo e perante seus próprios fieis. É preciso lembrar que cada um deverá prestar contas a Deus pelas afirmações mentirosas e injuriosas ditas contra o próximo ou também a Igreja. Recomendo que não se dê crédito fácil a certas caricaturas que se fazem da Igreja; quem conhece a Igreja e vive dentro dela sofre com o desprezo à Igreja. Infelizmente, as palavras do próprio Papa, proferidas no anúncio do dia 11 de fevereiro sobre sua renúncia, foram deixadas de lado, como sendo não-verdadeiras, para dar largas a todo tipo de suspeitas, especulações e conjecturas sobre os “reais motivos” da renúncia. Alguém nas condições e na autoridade do Papa deveria merecer mais crédito e respeito.

O senhor poderia descrever algum episódio mais pessoal de seus contatos com Bento XVI?
Dom Odilo – Lembro da vigília na Jornada Mundial da Juventude em Madrid, em julho de 2011. Veio um temporal muito forte durante a fala do Papa; o vento balançava até a estrutura do palco, onde estavam o Papa, os bispos e muitas outras pessoas. Mais de um milhão de jovens estavam à frente do Papa, apanhando toda aquela chuva. Os seguranças sugeriram várias vezes que ele se retirasse para um lugar mais seguro, mas Bento XVI quis permanecer ali, com os jovens... No final da celebração, parecia que não queria ir embora, preocupado com os jovens... Aproximou-se deles, de maneira muito paternal, e desejou que, apesar de tudo, eles repousassem ao menos um pouquinho... Na manhã seguinte, já debaixo de muito sol, a primeira coisa que fez foi perguntar aos jovens como tinham passado a noite. Achei isso de uma sensibilidade finíssima, que emocionou e cativou o coração dos jovens.

A partir dos momentos reservados que teve com Bento XVI, que características o senhor destacaria dele?
Dom Odilo - Um homem sereno, simples, inteligente, atento ao interlocutor, interessado em ouvir, extremamente gentil e fino no trato com as pessoas. Nunca pude ver nele aquele homem “autoritário” ou “duro”, como algumas vezes foi descrito; isso não corresponde à verdade. Quando visitou o Brasil, em 2007, fiquei perto do Papa durante alguns dias, na sua estadia em São Paulo. Eu lia os títulos na imprensa e me perguntava: de qual Papa estão falando? Não era do Papa Bento XVI, que eu conheço...

Estamos aguardando a escolha do novo Pontífice. A Igreja está “acéfala” até que o próximo Papa seja eleito?
Dom Odilo - Não, a Igreja nunca fica acéfala (sem cabeça, ou sem chefe) durante o período da vacância, porque o verdadeiro Chefe da Igreja é Jesus Cristo glorificado, que nunca abandona o seu Corpo, a Igreja. Além disso, durante a sede vacante, o Colégio dos Cardeais responde pela Igreja, segundo as competências que lhe são próprias.

Quais as características que o novo Papa deve ter?
Dom Odilo - O escolhido terá as qualidades que tiver, e não podemos idealizar demais. Nenhum Papa é igual a outro. Ele deverá ser dócil às inspirações e à ação do Espírito Santo, inteiramente fiel a Cristo e à própria Igreja. Podemos, humanamente, desejar que seja uma pessoa muito capaz, cheia de virtudes, preparada do ponto de vista intelectual e teológico, homem de grande fé e vigor espiritual, capaz de liderança e de comunicação, segundo as condições do nosso tempo. Mas também neste caso, precisamos ter a consciência de que ninguém nasce Papa, mas aprende a desempenhar essa árdua missão enquanto a exerce.

Quais são os principais desafios que o próximo Papa vai encontrar?
Dom Odilo - São os desafios de toda a Igreja, que se manifestam em toda parte: a nova evangelização, a transmissão da fé, a perseverança na fé e a operosidade dos filhos da Igreja para a irradiação da luz e da força viva do Evangelho no mundo... Há os desafios internos da renovação constante da Igreja, para que ela viva no compasso do tempo e da cultura, sem deixar de ser ela mesma; há os desafios externos, representados pela cultura do nosso tempo, muitas vezes fechada ao Evangelho, senão, contrária a ele. Há os desafios da presença pública da Igreja no mundo, no contexto da política, da economia, da educação, das relações sociais e internacionais. De fato, o Evangelho não é um bem privado da Igreja, mas uma “luz” para o mundo, que não deve ser ocultada, mas irradiada. Enfim, o desafios podem ser muitos, mas não devemos esperar que eles sejam enfrentados pelo Papa sozinho, nem sempre em primeira pessoa. A missão e a responsabilidade pela Igreja são compartilhadas, com o Papa, por todos os bispos em comunhão com ele. E em cada Igreja local, com os bispos, também os sacerdotes e todos os fiéis assumem essa mesma responsabilidade. A Igreja não depende só do Papa.

Qual deve ser a atitude dos católicos neste tempo de espera para a eleição do novo Papa?
Dom Odilo - Antes de tudo, uma serena fé e confiança na Igreja e na ação do Espírito de Cristo, que não abandona a Igreja. Talvez foi essa a mensagem mais insistente de Bento XVI nesses últimos dias de seu Pontificado: não estamos sozinhos; o Senhor não abandona a sua Igreja. Portanto, ninguém desanime, nem se deixe levar pelo pânico. Este é um tempo de espera e de serena esperança. A Igreja não conta apenas com as próprias forças e fragilidades. Ela pode continuar a contar com o seu supremo Pastor, que é o próprio Senhor Jesus.
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O adeus de Bento XVI

"Houve momentos em que as águas estavam agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor parecia dormir. " (Mt 8 23-27)


O Papa Bento XVI fez na manhã de hoje, 27/02, sua última Audiência Pública na praça de São Pedro, no Vaticano, antes de renunciar ao Ministério Petrino. Diante de uma assembleia de mais de 150 mil pessoas, disse estar feliz por enxergar a Igreja viva. O Santo Padre ainda recordou que a Igreja não pertence a ele, mas a Cristo, e por isso, ela jamais afundará, mesmo quando as águas estiverem agitadas. "Não abandono a cruz, sigo de uma nova maneira com o Senhor Crucificado, sigo a seu serviço no recinto de São Pedro", enfatizou.

A Audiência começou por volta das 10h40 locais (6h40 de Brasília). Ao aparecer na praça de São Pedro no papamóvel, Bento XVI foi ovacionado por uma multidão que gritava "Viva o Papa" e "Bento! Bento!". Claramente emocionado, passeou pela praça por quase 15 minutos, agradecendo aos fiéis que levantavam cartazes e o agradeciam. Foram distribuídos 50 mil ingressos para os peregrinos participarem da catequese, mas segundo as estimativas, o público presente era de mais de 150 mil pessoas.

O Papa ressaltou no seu discurso o significado do amor que se deve prestar à Igreja e a Cristo. "Amar a Igreja significa também ter a valentia de tomar decisões difíceis, tendo sempre presente o bem da Igreja, e não o de si próprio", afirmou. Falando ao público de língua portuguesa, disse que "um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro".

Bento XVI convidou os fiéis a rezarem por ele e pelo próximo Papa. Agradeceu a Deus por tê-lo guiado nesses oito anos de papado e pediu para que a Igreja amasse Jesus "com a oração e com uma vida cristã coerente": "Deus ama-nos, mas espera também que nós o amemos!", advertiu. Falou também das várias cartas que recebeu de pessoas simples enquanto esteve à frente da Igreja nestes últimos anos. Afirmou que essas manifestações afetuosas lhe permitiam como que "tocar com a mão o que é a Igreja", pois ela não é uma organização ou uma associação com fins religiosos ou humanitários, "mas um Corpo vivo, uma Comunhão de irmãos e irmãs no Corpo de Jesus Cristo, que nos une a todos".

"Experimentar a Igreja neste modo e poder assim tocar com as mãos a força da sua verdade e do seu amor, é motivo de alegria, num tempo em que tantos falam do seu declínio", declarou o papa entre os aplausos dos fiéis.

Bento XVI assumiu a Cátedra de Pedro em 19 de abril de 2005, aos 79 anos de idade. Nesses oitos anos de pontificado, presidiu 348 audiências gerais, das quais participaram 4,9 milhões de pessoas até dezembro de 2012. Além disso, escreveu três encíclicas (Deus caritas Est, Spe Salvi e Caritas in Veritate), a biografia de Jesus, na aclamada trilogia "Jesus de Nazaré", participou de três Jornadas Mundiais da Juventude, sendo a última em Madrid, Espanha, com a presença de mais de dois milhões de jovens, e fez mais de 50 viagens apostólicas por todo o mundo, incluindo o Brasil em 2007, quando veio para canonizar Frei Galvão e abrir a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.

A partir das 20h (locais) de amanhã, 28/02, inicia-se o tempo de Sé vacante, como estabeleceu o Papa Bento XVI no seu discurso em que anunciou a renúncia. Segundo o porta voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, Joseph Ratzinger continuará a usar o nome de Bento XVI e o título honorífico de "Sua Santidade". Ele, que foi o primeiro Papa a renunciar em quase 600 anos deverá ser chamado de "Papa emérito" ou "Pontífice Romano Emérito". Já o seu anel papal deverá ser quebrado, como prescreve a tradição quando termina um pontificado.




Dom Damasceno sobre o legado de Bento XVI: "Sua riqueza teológica é comparada à dos Padres da Igreja"


São Paulo, 26 Fev. 13 / 11:10 am (ACI/EWTN Noticias)- Em entrevista concedida ao jornal "Folha de São Paulo" nesta segunda-feira 25, o Cardeal Raymundo Damasceno, Arcebispo de Aparecida, falou de  questões relacionadas ao momento presente vivido pela Igreja, e mencionou o legado do Papa Bento XVI, ressaltando a riqueza espiritual e intelectual do seu Magistério.

“Ele nos deixa um legado muito rico quanto ao Magistério. (...) Muitos comparavam o papa Bento XVI aos grandes padres do início da Igreja, tamanha sua riqueza teológica. Será apreciado ainda mais com o passar do tempo”.

Sobre a renúncia do Papa, o Cardeal, que estará no próximo conclave como purpurado votante, disse que esta “foi também um gesto de coragem, porque ele tem consciência da repercussão do seu ato. Estamos vendo pelos meios de comunicação o impacto que a renúncia teve em toda a igreja. Com a consciência tranquila de quem cumpriu seu dever diante de nós, é um modelo pra todos. Aqui em Aparecida, o Papa nos deu um exemplo de humildade, de simplicidade, até um pouco tímido”, recordou o Cardeal referindo-se à primeira e que terminou sendo também última visita do Papa ao Brasil, para a Conferência Geral do Episcopado Latino-americano em Aparecida em 2007 .
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Frase da semana


"A divisão no clero e a falta de unidade
desfiguram o rosto da Igreja."


(
Bento XVI - última Missa pública)

Imagem da semana

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O Papa que desce


Nesta manhã nublada de uma Roma enternecida

Por que não ficas conosco, mais um pouco, a nos guiar à Verdade sem ocaso da Fé?


No ano da Fé, deixa-nos, então?

Não celebrarás conosco o amanhecer de uma Igreja restaurada por tua palavra

e banhada com o sangue de teu silencioso martírio?

O Trono, a glória, os suíços... – Todo o teu temporal não são capazes de te prender por entre os mármores de Pedro?

Sobre ti estão os olhares da humanidade,
e tu recusas o poder?


Como novo Celestino entendes a hora de descer e,
Livremente desces.

Como Bento, no nome e na graça, preferes o recolhimento na oração às glórias deste mundo, até a partida definitiva.

É próprio de quem é Grande, a descida.

Só os Grandes descem.

Com nobreza queres entregar o leme da Igreja a outro.

Reconhecendo tua fraqueza, renuncias.

Reconhecemos tua força e bradamos:

“Viva o Papa”!
O Papa que desce!

Que desce com tanta dignidade que é mais uma subida,
Que descida.

Mais demonstração de Força,
Que fraqueza.

Ó vós que sentis com a Igreja,
Olhai o Papa que desce!

Que desce para o Alto!

E hoje mais do que nunca,
Em honra do Grande, do Forte e do Magno
Brademos juntos,

Mais uma vez:
Viva o Papa que desce para o Alto!

Viva Bento XVI!


Pe. Marcélo Tenório ('Da Mihi Animas')
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Bento XVI anuncia sua renúncia como Papa

Neste dia de Nossa Senhora de Lourdes, com muita dor no coração, divulgamos a notícia inesperada e surpreendente. Abaixo, as palavras com que Bento XVI anunciou a sua decisão:
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Caríssimos Irmãos,

Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu Ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013


* Desde já, conclamamos a todos os nossos irmãos e irmãs que rezem a Deus pela vinda de um novo Papa tão digno quanto foi Bento XVI, e que seja igualmente voltado à necessária restauração da Igreja de Jesus Cristo. Nossa Senhora de Lourdes interceda por todos nós junto a seu Filho Salvador. Amém.
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Bento XVI foi o primeiro Papa a renunciar?

Algumas pessoas mal informadas, assim como também websites igualmente mal informados, pretendendo falar em nome da Igreja, foram rápidos em insinuar ou afirmar que Bento XVI teria sido o primeiro Papa na História a abdicar do Trono de Pedro. Isto não é verdade. Divulgamos abaixo a lista dos Papas que renunciaram à Cátedra de São Pedro (do blog 'Morro' por Cristo):
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SÃO PONCIANO
O Papa Ponciano foi o primeiro Bispo de Roma, na história da Igreja que não permaneceu no trono de São Pedro até seu falecimento, já que abdicou em 28 de setembro de 235. Confirmou a condenação que Demétrio de Alexandria lançou sobre os textos de Orígenes sobre a Resurreição e ordenou que os Salmos fossem cantados nas igrejas, além da recitação do Confiteor antes de morrer e o uso da saudação Dóminus vobiscum (‘o Senhor esteja convosco’). Pouco depois de sua renúncia ao Pontificado, Ponciano foi martirizado sendo açoitado até a morte, tendo seu corpo trasladado à Roma onde foi depositado nas Catacumbas de São Calixto.



SÃO PEDRO CELESTINO (CELESTINO V)

Entrou para a Ordem beneditina e, com licença do abade, voltou para a vida de eremita. Assumiu, então, o nome de Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do morro do mesmo nome, onde levantou uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas.

Em 1251, fundou, com a colaboração de dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos", conseguindo, pessoalmente, a aprovação do papa Leão IX, em 1273.

Em 1292, morreu o papa Nicolau V e, após um conclave que durou dois anos, ainda não se tinha chegado a um consenso para sua sucessão. Nessa ocasião, receberam uma carta contendo uma dura reprovação por esse comportamento, pois a Igreja precisava logo de um chefe. A carta era de Pedro de Morrone e os cardeais decidiram que ele seria o novo papa, sendo eleito em 1294 com o nome de Celestino V. Entretanto, a sua escolha foi política e por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais.

Pedro Celestino exerceu o papado durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se deslocado, e não sentindo apto para o cargo, renunciou à cátedra de São Pedro.Foi sucedido pelo Papa Bonifácio VIII. Isso gerou nova crise, com o poder civil ameaçando não reconhecer nem a renúncia, nem o novo sumo pontífice. Para não gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou, humildemente, ficar prisioneiro no castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte.
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GREGÓRIO XII
Foi eleito Papa em 19 de dezembro de 1406, aos oitenta anos de idade. Viveu o período do Grande Cisma do Ocidente quando chegou a haver 3 "Papas" (na verdade apenas UM Papa e 2 anti-papas). Após ter sido confirmado  legítimo sucessor de Pedro, o Santo Padre Gregório XII, tempos depois, renunciou à cátedra no dia 14 de julho de 1415.



BENTO XVI
Hoje recebemos a notícia da renúncia do Santo Padre, o Papa Bento XVI. Confesso que tive a sensação de me haver tornado órfão. É uma mistura de medo, insegurança, perplexidade, enfim, confesso que me sinto um tanto "perdido".

Ouvimos as justificativas relacionadas à idade avançada e ao cansaço do Santo Padre. Observo, porém, que fonte segura indicou meses antes dessa renúncia, que o Santo Padre poderia renunciar e que um dos motivos seria não o cansaço referente à idade mas ao fato de sentir-se não apoiado pelos seus, por aqueles que estão ao seu redor mas que dificultam de todas as formas o seu pontificado.

Como exemplo posso citar a aplicação Motu Propio Summorum Pontificum. De fato, quantos não o criticaram e mesmo o contrariaram dificultando de todas as formas a aplicação de tal documento (me refiro ao clero, grande número de Cardeais, Arcebispos, Bispos e Padres). Quantos de nós, "católicos comuns", também não o dificultamos e pior, quantos de nós (a grande maioria dos católicos) sequer ouvimos falar de tal documento...

Quantos por todo o mundo se dizem católicos mas se dão o direito de ignorar os ensinamentos do Santo Padre, selecionando somente aquilo que lhes interessa... Quantos vêem o Santo Padre como mero figurante, um velhinho de cabelos brancos que reside no vaticano e que na teoria "representa" a nós católicos, mas que na prática não tem muita serventia para a "igreja latinoamericana"... Quantos?

Por outro lado não podemos nos esquecer das palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a Igreja quando nos prometeu que "...as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (São Mateus, cap. 16 vers.18) e ao dizer que "Eis que estarei convosco, todos os dias, até o fim do mundo" (São Mateus cap. 28, vers. 20).

Eu como pobre pecador sou levado a tais sentimentos (insegurança, medo) mas como cristão católico devo confiar em Deus e nas promessas de Nosso Senhor, reconhecendo o gesto do Santo Padre, digno de um Grande Papa e orando e jejuando a fim de Deus Nosso Senhor se compadeça de sua Igreja e nos mande um Santo Papa digno de suceder ao Grande Bento XVI.

Finalizo com o comentário do José Pepe retirado do site "Cigueña de La Torre" que dispensa acréscimos de minha parte: Viva o Papa!

"Certamente lendo à alguns dos comentários, queridos amigos comentaristas, parece que Bento XVI faleceu ou morrerá no dia 28 deste mês. E não é assim, como todos sabemos. Ainda que seja assim de certa forma porque desaparece Bento XVI, ainda assim segue vivo Joseph A. Ratzinger. Ele diz que se retirará em oração, são palavras suas no comunicado de hoje. Apesar da imensa tristeza que venho sentindo desde a manhã de hoje, como diz Jaimepb e outros, as orações deste homem, que foi Papa, e ainda continua sendo durante todo este mês, um grande, um grandioso Papa, serão escutadas por Deus, levadas como incenso por seus anjos ao Trono do Pai."

Texto de José Santiago Lima
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Divulgação


Aos
nossos leitores e amigos que procuram substrato para sua fé, possivelmente interesse o lançamento do livro de Rafael Rodrigues, autor dos Apostolados Sã Doutrina e Apologistas Católicos. O título da obra é "Manual de Defesa dos Livros Deuterocanônicos", e trata, como é óbvio, da canonicidade da Bíblia Católica. O livro foi lançado pelo Clube dos Autores e pode ser adquirido num dos links abaixo:
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* Clube dos autores / Defesa dos Deuterocanônicos
* AGBOOKS

Para saber mais sobre a obra e ler as primeiras páginas: Manual de Defesa dos Livros Deuterocanônicos
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Ministério da Saúde orienta como fazer aborto

Alguém se lembra da promessa de Dilma Roussef, antes de ser eleita presidente, de que em seu governo não seria tomada nenhuma medida para promover o aborto? Pois bem, ela acaba de quebrar a promessa...

Cartilha do Min. da Saúde com orientações
para a prática do aborto!

Ministério da Saúde publica manual de uso de medicamento abortivo

Enquanto os Estados Unidos foram o palco da maior Marcha pela Vida da sua história (veja aqui), o Ministério da Saúde do Brasil articulava mais uma manobra favorável ao aborto no país. Na tarde desta segunda-feira, 28/01, a página do Movimento Brasil Sem Aborto denunciou a cartilha que está sendo produzida pelo Governo Federal (com o meu e o seu dinheiro), com orientações sobre como usar determinado remédio abortivo! A tiragem do manual, - 268.108 exemplares, - e a linguagem de fácil compreensão leva a crer que o alvo principal deste material seja o público em geral. E fica o povo brasileiro, mais uma vez, a usar aquele já conhecido nariz de palhaço, chapéu de palhaço, cara de palhaço...

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Como a Igreja Católica construiu a Civilização

Assista à belíssima e esclarecedora série de palestras em vídeo organizadas pelo historiador, autor e professor Dr. Thomas Woods, fundamentadas em sua obra homônima. Vale à pena assistir.

** Assista os vídeos
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A Bíblia e a proibição de imagens


para (não) variar, o post sobre imagens na Igreja continua criando confusão na cabeça dos nossos irmãos "evangélicos". Um post que surgiu como resposta a uma pergunta feita por um leitor anônimo...

** Ler o artigo completo
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Imagem da Semana

Face de Cristo perfil - Vitral Católico (detalhe)
Fonte: Diocese de Joinvile (SC)
Clique sobre a imagem para ampliar
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O dia certo para desmontar o presépio e a árvore de Natal


O NATAL, uma das épocas mais esperadas do ano, em que os cristãos celebram o nascimento de Jesus Cristo, ao contrário do que muitos pensam, não termina depois das festas. Muitos correm a desmontar o presépio e retirar todos os enfeites que lembram a Natividade do Senhor logo após o dia 25 de Dezembro.

Tanto a árvore de Natal quanto o presépio fazem parte das pias tradições do Natal, e todos os anos casas e ruas são enfeitadas em como símbolo da reverência por esse tempo de espera e alegria pela Encarnação do Salvador do mundo. Os ambientes tornam-se mais agradáveis, e um sutil sentimento de júbilo, inexplicável, incontido, toma conta dos corações e mentes mais sensíveis, até mesmo dos não cristãos. Enfeites, árvores e presépios são alegorias, símbolos que serve para nos fazer lembrar desse época tão santa e tão importante.

Geralmente, o recomendado é que se monte o presépio, a árvore e os enfeites de Natal pelo início do Tempo do Advento, que começa com as vésperas do domingo mais próximo ao dia 30 de novembro. E para desmontá-lo, tem alguma data certa? A resposta é sim. E se possível, desmonte neste dia, pois isso também é uma piedosa e importante tradição, principalmente para os católicos.

Apesar de muita gente achar que se deve desmontar o presépio e a árvore de Natal no dia da Epifania, mais conhecido como Dia de Reis, em que os "Reis Magos" visitaram o Menino Jesus recém-nascido, não é essa data em que se deve desmontar a árvore e o presépio. - Dom Tomé, bispo diocesano de São José do Rio Preto (SP), esclarece: "O dia de desmontar o Presépio, corretamente, é sempre no dia seguinte à Solenidade do Batismo de Jesus, quando se encerra o Tempo do Natal. Esta é uma solenidade móvel, sem data fixa".

 Neste ano, 2014, a festa do Batismo do Senhor será em 12 de janeiro. Desmonte o presépio, portanto,  no dia 13. É nesse dia que começa o Tempo Comum na Liturgia.



Queima da lapinha

"Lapa" ou "lapinha" é o nome dado para o local onde se depositou a imagem do Menino Jesus (por isso é que se canta: 'Eis, na lapa, Jesus, nosso Bem...'), variável em cada lugar. Os resíduos do presépio que não serão reaproveitados devem ser queimados, para não serem jogados no lixo comum ou abandonados em algum lugar qualquer. Em algumas regiões observa-se uma cerimônia especial ou até se faz uma festa para esse ato.

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** Baseado no artigo "Qual é o dia certo para desmontar o presépio e a árvore de Natal?", website da região episcopal Ipiranga da Arquidiocese de São Paulo, disponível em:

http://regiaoipiranga.com.br/qual-e-o-dia-certo-para-desmontar-o-presepio-e-a-arvore-de-natal.html#sthash.VrwupbMe.dpuf
Acesso 31/12/013
vozdaigreja.blogspot.com

2013 já é uma realidade! Que seja bem vindo...


Jamais haverá realmente um feliz ano novo, se nós continuarmos a repetir os mesmos erros dos anos velhos... Que o amor, a paz e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, e o carinho materno e protetor de Nossa Senhora sejam em nossas vidas, durante este novo começo de ciclo!
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